Separado à nascença do George Constanza? Nem pensar! O meu irmão é o Jardel.
"Não me concebo como número dois, concebo-me como António Vitorino”
"Sou António Vitorino, colaboro naquilo que acho que em cada momento posso fazer”
"O futuro a Deus pertence"
António Vitorino, ontem, em entrevista à Rádio Renascença.
“Todos sabemos que se o Jardel está em forma tem possibilidade de fazer muitos golos. No Alavés não vai ser diferente e prometo marcar muitos golos assim que estiver em forma. Se não fizer golos, mato-me”
“O futuro a Deus pertence”
Mário Jardel, na sua apresentação como jogador do Alavés.
quinta-feira, 27 de janeiro de 2005
Piada politicamente incorrecta para testar o nível de semitismo dos nossos leitores ou se isto fosse Israel já tinha um missil com o meu nome
Líderes de 30 países reunidos em Auschwitz.
Devido à vaga de frio que assola grande parte da Europa, resolveram ligar os fornos crematórios para ver se isto fica mais aprazível.
Líderes de 30 países reunidos em Auschwitz.
Devido à vaga de frio que assola grande parte da Europa, resolveram ligar os fornos crematórios para ver se isto fica mais aprazível.
quarta-feira, 26 de janeiro de 2005
O estéril debate
Muito se tem falado de debates, nos últimos dias. Sócrates e Santana assobiam para o lado, enquanto Jorge Coelho e Miguel Relvas se degladiam em público, recorrendo à retórica e a acusações veladas de medo e mentira, de parte a parte.
Ou seja, com as eleições à porta (falta menos de um mês), e perante a nebulosidade das propostas dos dois maiores partidos, estes entretêm-se a debater a questão dos debates, em vez de debater o que querem fazer pelo país.
Estes senhores continuam sem perceber que a política não deveria ser a sua coutada particular, em que trocam mimos e floreados venenosos nas ondas hertzianas.
Para os portugueses, sobra a confirmação de que tudo lhes serve para manipular a opinião pública, acusando os outros de não quererem debater.
Enquanto os políticos olham para o umbigo e entretêm a comunicação social com esta e outras querelas, o povo está na mesma: mal informado como eles querem.
Muito se tem falado de debates, nos últimos dias. Sócrates e Santana assobiam para o lado, enquanto Jorge Coelho e Miguel Relvas se degladiam em público, recorrendo à retórica e a acusações veladas de medo e mentira, de parte a parte.
Ou seja, com as eleições à porta (falta menos de um mês), e perante a nebulosidade das propostas dos dois maiores partidos, estes entretêm-se a debater a questão dos debates, em vez de debater o que querem fazer pelo país.
Estes senhores continuam sem perceber que a política não deveria ser a sua coutada particular, em que trocam mimos e floreados venenosos nas ondas hertzianas.
Para os portugueses, sobra a confirmação de que tudo lhes serve para manipular a opinião pública, acusando os outros de não quererem debater.
Enquanto os políticos olham para o umbigo e entretêm a comunicação social com esta e outras querelas, o povo está na mesma: mal informado como eles querem.
Tristeza
Pela intervenção de Francisco Louçã, num debate televisivo com Paulo Portas. O Frei Louçã, assanhado numa discussão sobre o aborto, afirmou que Portas não tem moral para falar do assunto, porque "nem sequer tem filhos", ao contrário de Louçã, que tem uma filha. Ou seja, não interessa ouvir argumentos e a sua validade, alguém sem filhos não tem legitimidade para falar em assuntos que tenham a ver com a família ou o planeamento familiar.
Isso é a mesma coisa que dizer que Louçã não pode falar sobre as SCUT porque anda de autocarro.
O líder bloquista, apercebendo-se da borrada, já tentou explicar que não queria dizer bem aquilo, mas a má imagem ficou.
É um autêntico tiro no pé, colocando Louçã ao nível dos Guilhermes Silvas e Telmos Correias da política portuguesa.
Parece que o disparate e o slogan fácil atacam a todos, quando começa a cheirar a poder.
Pela intervenção de Francisco Louçã, num debate televisivo com Paulo Portas. O Frei Louçã, assanhado numa discussão sobre o aborto, afirmou que Portas não tem moral para falar do assunto, porque "nem sequer tem filhos", ao contrário de Louçã, que tem uma filha. Ou seja, não interessa ouvir argumentos e a sua validade, alguém sem filhos não tem legitimidade para falar em assuntos que tenham a ver com a família ou o planeamento familiar.
Isso é a mesma coisa que dizer que Louçã não pode falar sobre as SCUT porque anda de autocarro.
O líder bloquista, apercebendo-se da borrada, já tentou explicar que não queria dizer bem aquilo, mas a má imagem ficou.
É um autêntico tiro no pé, colocando Louçã ao nível dos Guilhermes Silvas e Telmos Correias da política portuguesa.
Parece que o disparate e o slogan fácil atacam a todos, quando começa a cheirar a poder.
segunda-feira, 24 de janeiro de 2005
O Encarquilhado Inspector Rôla e os Desenxabidos Neo-Nazis
O tom de voz do director da Judiciária ao telefone não augurava nada de bom. Os chocos grelhados com tinta e o jarrinho de vinho verde à pressão do almoço ficaram a meio. O Fiat Uno vermelho de 87, cruza as ruas de Lisboa a alta velocidade com a desenvoltura de uma bailarina com artrose em direcção à sede dos serviços.
A elite da Judiciária estava à minha espera, o caso não era para menos. Uma série de ataques racistas perpetrados por um grupo de jovens neo-nazis, aterrorizava a população. Dois isqueiros Bic, um preto e outro azul escuro tinham sido espancados junto à estação de metro do Intendente; um pacote de mortalhas Smoking preta, porteiro de uma discoteca africana foi brutalmente esfaqueado e sofreu múltiplos ferimentos por rasgão; e mais recentemente o inqualificável assassinato da senhora Conguito e de dois dos seus trinta e oito filhos menores, em Chelas.
Há já algum tempo que os serviços tinham este grupo referenciado e sob vigilância, tendo inclusive infiltrado alguns agentes no seio do grupo. Os resultados para a Judiciária não poderiam ter sido mais nefastos, nenhum dos agentes regressou com vida da sua missão. O memorial aos que tombaram no exercício da sua função, homenageia agora mais três bravos e honrados agentes: um Duende de Jardim de Porcelana, uma Garrafa de Oitavo de Castelo e um Trapezista do Circo Chen.
Cabia agora a mim, o mais condecorado de todos os agentes da PJ, a missão de me infiltrar e tentar deter os criminosos.
A infiltração não se afigurava nada fácil, este grupo de energúmenos era muito fechado e a única solução era apelar às minhas melhores capacidades dissimulatórias. Tinha que dar o meu melhor, não havia margem para erro.
Este grupo de não era um grupo de cabeças rapadas normal, aliás distinguiam-se de todos os outros por cobrirem as suas cabeças com uma espécie de touca vermelha. De touca vermelha colocada na cabeça, dirigi-me para a sede do grupo aonde se reuniam todas as noites para jogar matecos e planear futuros ataques a vítmas inocentes.
Pela calada da noite e econberto pela ausência de luar, aproximei-me com as maiores cautelas da sede do grupo que se situava num terreno baldio ali para os lados de Loures. A sede era uma pequena caixa de fósforos e estava bem identificada pelo símbolo do grupo: as cinco quinas.
Entrar na pequena sede revelou-se não só um exercício de camuflagem como também de contorcionismo. Tive que partir ambos os joelhos e de deslocar o ombro esquerdo. Entrei.
O local estava apinhado até ao tecto de cabeças vermelhas, entretidos a beber minis e a preparar novos actos criminosos.
Hora e meia depois já tinha reunido todas as provas de que necessitava contra o grupo, estava na altura de mandar avançar os reforços e efectuar as detenções. Antes disso um cigarrinho. Cigarro na boca, puxo do Zippo para o acender. Num repente todas aquelas cabeças vermelhas nazis começam a inflamar-se violentamente, uma atrás da outra. O pânico é geral e a confusão total, consigo escapar por um triz.
Dos nazis, nem um sobrevivente.
Cá fora, os paramédicos tratam-me de algumas queimaduras ligeiras. Saco de outro cigarro e do fiel Zippo. A noite está fria. Tenho fome.
O tom de voz do director da Judiciária ao telefone não augurava nada de bom. Os chocos grelhados com tinta e o jarrinho de vinho verde à pressão do almoço ficaram a meio. O Fiat Uno vermelho de 87, cruza as ruas de Lisboa a alta velocidade com a desenvoltura de uma bailarina com artrose em direcção à sede dos serviços.
A elite da Judiciária estava à minha espera, o caso não era para menos. Uma série de ataques racistas perpetrados por um grupo de jovens neo-nazis, aterrorizava a população. Dois isqueiros Bic, um preto e outro azul escuro tinham sido espancados junto à estação de metro do Intendente; um pacote de mortalhas Smoking preta, porteiro de uma discoteca africana foi brutalmente esfaqueado e sofreu múltiplos ferimentos por rasgão; e mais recentemente o inqualificável assassinato da senhora Conguito e de dois dos seus trinta e oito filhos menores, em Chelas.
Há já algum tempo que os serviços tinham este grupo referenciado e sob vigilância, tendo inclusive infiltrado alguns agentes no seio do grupo. Os resultados para a Judiciária não poderiam ter sido mais nefastos, nenhum dos agentes regressou com vida da sua missão. O memorial aos que tombaram no exercício da sua função, homenageia agora mais três bravos e honrados agentes: um Duende de Jardim de Porcelana, uma Garrafa de Oitavo de Castelo e um Trapezista do Circo Chen.
Cabia agora a mim, o mais condecorado de todos os agentes da PJ, a missão de me infiltrar e tentar deter os criminosos.
A infiltração não se afigurava nada fácil, este grupo de energúmenos era muito fechado e a única solução era apelar às minhas melhores capacidades dissimulatórias. Tinha que dar o meu melhor, não havia margem para erro.
Este grupo de não era um grupo de cabeças rapadas normal, aliás distinguiam-se de todos os outros por cobrirem as suas cabeças com uma espécie de touca vermelha. De touca vermelha colocada na cabeça, dirigi-me para a sede do grupo aonde se reuniam todas as noites para jogar matecos e planear futuros ataques a vítmas inocentes.
Pela calada da noite e econberto pela ausência de luar, aproximei-me com as maiores cautelas da sede do grupo que se situava num terreno baldio ali para os lados de Loures. A sede era uma pequena caixa de fósforos e estava bem identificada pelo símbolo do grupo: as cinco quinas.
Entrar na pequena sede revelou-se não só um exercício de camuflagem como também de contorcionismo. Tive que partir ambos os joelhos e de deslocar o ombro esquerdo. Entrei.
O local estava apinhado até ao tecto de cabeças vermelhas, entretidos a beber minis e a preparar novos actos criminosos.
Hora e meia depois já tinha reunido todas as provas de que necessitava contra o grupo, estava na altura de mandar avançar os reforços e efectuar as detenções. Antes disso um cigarrinho. Cigarro na boca, puxo do Zippo para o acender. Num repente todas aquelas cabeças vermelhas nazis começam a inflamar-se violentamente, uma atrás da outra. O pânico é geral e a confusão total, consigo escapar por um triz.
Dos nazis, nem um sobrevivente.
Cá fora, os paramédicos tratam-me de algumas queimaduras ligeiras. Saco de outro cigarro e do fiel Zippo. A noite está fria. Tenho fome.
sexta-feira, 21 de janeiro de 2005
quinta-feira, 20 de janeiro de 2005
quarta-feira, 19 de janeiro de 2005
terça-feira, 18 de janeiro de 2005
quinta-feira, 13 de janeiro de 2005
Triplo mortal encarpado (à retaguarda)
A muito custo, José Sócrates lá vai deixando escapar qualquer réstia de ideia sobre o que vai fazer quando for primeiro-ministro.
Depois de atacar ferozmente toda e qualquer medida apresentada e aprovada pela Direita, começa agora a dizer que, afinal, as vai manter.
São más à mesma, porque ele não se contradiz (não! que ideia!!!), mas há circunstâncias especiais que o justificam.
Começou com o aborto legislativo e social que é o código do trabalho, que o PS criticou de alto a baixo para, agora, o manter com apenas ligeiros "acertos".
E agora temos a pseudo-descida dos impostos e o fim dos benefícios fiscais para os PPR e outros que tais. Essa medida, que era "mais um feroz ataque à classe média que já paga os seus impostos", afinal vai ser mantida.
Em nome da "estabilidade fiscal". Pois.
E, com apenas duas ou três decisões anunciadas, Sócrates já garantiu os mínimos para os próximos jogos olímpicos, na categoria de ginástica rítmica.
A muito custo, José Sócrates lá vai deixando escapar qualquer réstia de ideia sobre o que vai fazer quando for primeiro-ministro.
Depois de atacar ferozmente toda e qualquer medida apresentada e aprovada pela Direita, começa agora a dizer que, afinal, as vai manter.
São más à mesma, porque ele não se contradiz (não! que ideia!!!), mas há circunstâncias especiais que o justificam.
Começou com o aborto legislativo e social que é o código do trabalho, que o PS criticou de alto a baixo para, agora, o manter com apenas ligeiros "acertos".
E agora temos a pseudo-descida dos impostos e o fim dos benefícios fiscais para os PPR e outros que tais. Essa medida, que era "mais um feroz ataque à classe média que já paga os seus impostos", afinal vai ser mantida.
Em nome da "estabilidade fiscal". Pois.
E, com apenas duas ou três decisões anunciadas, Sócrates já garantiu os mínimos para os próximos jogos olímpicos, na categoria de ginástica rítmica.
O Ébrio Inspector Rôla e o Homicídio na A5
Passavam quinze minutos depois das nove da noite. dirigia-me a toda a velocidade para o local do crime: saída para Porto Salvo na A5. Sentido: Lisboa-Cascais. O Renault 5 côr creme carcomida pelo sol de 82 do serviço, voava em terceira a fundo pelo Alto da Pimenteira acima. A quarta tinha-se finado no início dos anos 90.
Os homens da Brigada de Trânsito aguardavam-me e o tráfego havia sido desviado para a saída de Oeiras. Pinos laranja e brancos delimitavam o local do homicídio. Atropelamento e fuga, segundo testemunhas oculares.
Da vítima, um traço contínuo pouco mais restava do que um pequeno tracejado. A viatura de intervenção rápida do INEM tinha chegado ao local pouco depois da ocorrência mas nada haviam podido fazer, a morte foi imediata.
As testemunhas, dois portageiros, uma moita e um traço contínuo vizinho próximo da vítima estavam todos de acordo. O criminoso conduzia uma travessa de pirex de 99, 2000 talvez, era pequeno e atarracado, apresentava uma tez de côr estranha, possivelmente estrangeiro e passou na portagem sem parar, nem pagar.
Pelo rádio chega a comunicação de que uma viatura semelhante à envolvida no crime foi encontrada nas imediações do Casino do Estoril, e um indivíduo cuja descrição correspondia ao suspeito foi avistado a entrar no casino. Terceira a fundo para o Estoril.
Já no casino, contando com a colaboração de reforços da PJ percorro a sala das máquinas de jogo, o meu olhar perspicaz e treinado procura descobrir por entre as centenas de jogadores, o suspeito. Duas gémeas com corpos de modelo prendem-me a atenção, puxo de um cigarro e peço-lhes lume. São suecas as manas Ikea. Belas prateleiras.
Caminho por entre a multidão, piso alguém. Olho para baixo, é um tipo pequeno, atarrcado e amarelo. Será o meu suspeito? Ele dirige-se para a saída, sigo-o com a mesma subtileza com que um felino segue a sua presa na savana africana. Diriige-se para a travessa de pirex estacionada numa esquina próxima. Apresso a passada e detenho-o.
Muito vai ter que explicar ao Senhor Doutor Juiz, senhor Atum Ramirez.
É agora quase meia-noite. Preciso de um copo, ou dois.
Passavam quinze minutos depois das nove da noite. dirigia-me a toda a velocidade para o local do crime: saída para Porto Salvo na A5. Sentido: Lisboa-Cascais. O Renault 5 côr creme carcomida pelo sol de 82 do serviço, voava em terceira a fundo pelo Alto da Pimenteira acima. A quarta tinha-se finado no início dos anos 90.
Os homens da Brigada de Trânsito aguardavam-me e o tráfego havia sido desviado para a saída de Oeiras. Pinos laranja e brancos delimitavam o local do homicídio. Atropelamento e fuga, segundo testemunhas oculares.
Da vítima, um traço contínuo pouco mais restava do que um pequeno tracejado. A viatura de intervenção rápida do INEM tinha chegado ao local pouco depois da ocorrência mas nada haviam podido fazer, a morte foi imediata.
As testemunhas, dois portageiros, uma moita e um traço contínuo vizinho próximo da vítima estavam todos de acordo. O criminoso conduzia uma travessa de pirex de 99, 2000 talvez, era pequeno e atarracado, apresentava uma tez de côr estranha, possivelmente estrangeiro e passou na portagem sem parar, nem pagar.
Pelo rádio chega a comunicação de que uma viatura semelhante à envolvida no crime foi encontrada nas imediações do Casino do Estoril, e um indivíduo cuja descrição correspondia ao suspeito foi avistado a entrar no casino. Terceira a fundo para o Estoril.
Já no casino, contando com a colaboração de reforços da PJ percorro a sala das máquinas de jogo, o meu olhar perspicaz e treinado procura descobrir por entre as centenas de jogadores, o suspeito. Duas gémeas com corpos de modelo prendem-me a atenção, puxo de um cigarro e peço-lhes lume. São suecas as manas Ikea. Belas prateleiras.
Caminho por entre a multidão, piso alguém. Olho para baixo, é um tipo pequeno, atarrcado e amarelo. Será o meu suspeito? Ele dirige-se para a saída, sigo-o com a mesma subtileza com que um felino segue a sua presa na savana africana. Diriige-se para a travessa de pirex estacionada numa esquina próxima. Apresso a passada e detenho-o.
Muito vai ter que explicar ao Senhor Doutor Juiz, senhor Atum Ramirez.
É agora quase meia-noite. Preciso de um copo, ou dois.
quarta-feira, 12 de janeiro de 2005
A vergonha
Já passaram alguns anos sobre o caso que ficou conhecido como o massacre do Ambriz. Mas, para além da dor daqueles que perderam os seus familiares, há coisas que impedem os mortos e os vivos de, finalmente, descansarem.
Lisete Pereira perdeu familiares nesse assassinato, em Angola. Vivendo com uma pensão de 200 euros por mês, e perante o vergonhoso comportamento do Estado português em todo o processo, a dita senhora não pagou o funeral.
Resultado: foi metida em tribunal pelas dívidas resultantes do enterro, e o Estado português continua a assobiar para o lado.
O Estado, esse malfeitor que devido a interesses económicos, mais do que diplomáticos, deixou as famílias sem apoio e sem respostas, até ao fim.
Tenham vergonha.
Já passaram alguns anos sobre o caso que ficou conhecido como o massacre do Ambriz. Mas, para além da dor daqueles que perderam os seus familiares, há coisas que impedem os mortos e os vivos de, finalmente, descansarem.
Lisete Pereira perdeu familiares nesse assassinato, em Angola. Vivendo com uma pensão de 200 euros por mês, e perante o vergonhoso comportamento do Estado português em todo o processo, a dita senhora não pagou o funeral.
Resultado: foi metida em tribunal pelas dívidas resultantes do enterro, e o Estado português continua a assobiar para o lado.
O Estado, esse malfeitor que devido a interesses económicos, mais do que diplomáticos, deixou as famílias sem apoio e sem respostas, até ao fim.
Tenham vergonha.
O nosso candidato
É só para lembrar que hoje, à meia noite, na SIC, vamos ter duas horas seguidas da grande esperança para a política portuguesa no século XXI, Manuel João Vieira, alias Lello Minsk, alias Lelo Marmelo.
A noite arranca com o documentário político sobre o Candidato Vieira, seguindo-se o concerto dos Ena Pá 2000, "20 anos a pedalar na bosta".
Relembrando o slogan com que este líder carismático começava os seus concertos/comício: "Abaixo a caganeira, Vota Vieira!".
É só para lembrar que hoje, à meia noite, na SIC, vamos ter duas horas seguidas da grande esperança para a política portuguesa no século XXI, Manuel João Vieira, alias Lello Minsk, alias Lelo Marmelo.
A noite arranca com o documentário político sobre o Candidato Vieira, seguindo-se o concerto dos Ena Pá 2000, "20 anos a pedalar na bosta".
Relembrando o slogan com que este líder carismático começava os seus concertos/comício: "Abaixo a caganeira, Vota Vieira!".
terça-feira, 11 de janeiro de 2005
A Saga de Sacana Lopes XII
Depois do fiasco do anterior cartaz, em que Sacana Lopes foi impedido de entrar no panteão laranja, o bébé tem um novo slogan: "Contra ventos e marés. Em favor de Portugal", com a cara dele a sorrir, entre o maroto e o sofredor, e assinado em baixo, "PPD/PSD".
Começando por aqui. O PPD/PSD não existe há décadas, nem sequer juridicamente. Esta pseudo-intenção de recuperar o pseudo-purismo dos tempos naif do PSD de Sá Carneiro é apenas um chavão como outro qualquer.
Depois, "em favor de Portugal". É simples, caro Sacana, põe-te nas putas e deixa-nos em paz.
Mas mais curioso que tudo, temos o "contra ventos e marés", e também tsunamis, presumimos.
Para além do estilo camoniano, que não se percebe, que raio quer ele dizer com isso?!
Quem são esses misteriosos ventos e essas misteriosas marés? Que injustiças tão graves aconteceram ao bébé, que dificuldades injustificadas lhe apareceram à frente, a ele, a quem o poder caiu no colo sem o recurso à humilhante experiência de ir a votos, e obviamente perder?!
Nessa frase se define aquilo que Sacana Lopes é, ou acredita ser. O novo Sá Carneiro, o verdadeiro D. Sebastião, aquele que, estava "escrito nas estrelas", seria o salvador do Grande Luso Pequenino.
Sacana Lopes fala muito do "combate político", do qual diz não ter medo. O que ele não percebe é que governar um país não é só feito de combate político, ou seja, debates televisivos e parlamentares, escândalos e contra-escândalos, conferências de imprensa a puxar ao espertalhaço. Governar o país é tomar medidas, impopulares se necessário, para melhorar a vida dos portugueses. Apenas isso.
Esses ventos e essas marés são tudo um pouco: os maus do PPD/PSD que batem no bébé, a oposição que não se conforma em ser oposição sem que as eleições a empurrem para lá, os portugueses que continuam a viver mal e a perder o emprego.
Mas a verdadeira maré e o verdadeiro vento adverso, que conspiram contra o destino para o impedir de governar, não é mais que a sua própria incompetência, como ele já se encarregou de demonstrar.
Depois do fiasco do anterior cartaz, em que Sacana Lopes foi impedido de entrar no panteão laranja, o bébé tem um novo slogan: "Contra ventos e marés. Em favor de Portugal", com a cara dele a sorrir, entre o maroto e o sofredor, e assinado em baixo, "PPD/PSD".
Começando por aqui. O PPD/PSD não existe há décadas, nem sequer juridicamente. Esta pseudo-intenção de recuperar o pseudo-purismo dos tempos naif do PSD de Sá Carneiro é apenas um chavão como outro qualquer.
Depois, "em favor de Portugal". É simples, caro Sacana, põe-te nas putas e deixa-nos em paz.
Mas mais curioso que tudo, temos o "contra ventos e marés", e também tsunamis, presumimos.
Para além do estilo camoniano, que não se percebe, que raio quer ele dizer com isso?!
Quem são esses misteriosos ventos e essas misteriosas marés? Que injustiças tão graves aconteceram ao bébé, que dificuldades injustificadas lhe apareceram à frente, a ele, a quem o poder caiu no colo sem o recurso à humilhante experiência de ir a votos, e obviamente perder?!
Nessa frase se define aquilo que Sacana Lopes é, ou acredita ser. O novo Sá Carneiro, o verdadeiro D. Sebastião, aquele que, estava "escrito nas estrelas", seria o salvador do Grande Luso Pequenino.
Sacana Lopes fala muito do "combate político", do qual diz não ter medo. O que ele não percebe é que governar um país não é só feito de combate político, ou seja, debates televisivos e parlamentares, escândalos e contra-escândalos, conferências de imprensa a puxar ao espertalhaço. Governar o país é tomar medidas, impopulares se necessário, para melhorar a vida dos portugueses. Apenas isso.
Esses ventos e essas marés são tudo um pouco: os maus do PPD/PSD que batem no bébé, a oposição que não se conforma em ser oposição sem que as eleições a empurrem para lá, os portugueses que continuam a viver mal e a perder o emprego.
Mas a verdadeira maré e o verdadeiro vento adverso, que conspiram contra o destino para o impedir de governar, não é mais que a sua própria incompetência, como ele já se encarregou de demonstrar.
Lauro Atónito apresenta........
........"Olhem para mim", de Agnés Jaoui.
É verdade, mais um franciú, aproveitando o entusiasmo do 5x2.
Tal como "O gosto dos outros", é uma comédia de costumes, feita das pequenas grandes neuroses da burguesia parisiense. Coisa que os franceses costumam fazer bem, portanto.
E mais uma vez conseguem-no, com um argumento com piada e personagens interessantes, se bem que com o senão de, por vezes, serem demasiado caricaturais. Há o pai artista, arrogante e desligado, há a filha gorda e carente de atenção, há o escritor frustrado que de repente tem de aprender a lidar com o sucesso, há a professora de canto que gostaria de ter sido uma grande cantora.
Um filme levezinho, com o gajo do "O gosto dos outros" (que continua a ter piada, mas menos), mas é também um bocado mais do mesmo, em relação a esse outro filme. Com uma agravante, o que o outro tinha de subtileza e elegância, este tem de forçado e de demasiadamente marcado, o que prejudica a leveza da história e contribui para um filme com fases muito desequilibradas.
É um filme interessante, que se vê bem e que vale a pena ver, mas desilude pela comparação com o anterior, objecto bem mais precioso e mais conseguido em termos de equilíbrio, talvez por a realizadora e argumentista se ter então centrado em menos personagens, podendo trabalhá-las melhor.
E, 'hélas', é um filme francês sem mamas, o que é tão estranho como uma música do João Pedro Pais com uma letra de jeito.
........"Olhem para mim", de Agnés Jaoui.
É verdade, mais um franciú, aproveitando o entusiasmo do 5x2.
Tal como "O gosto dos outros", é uma comédia de costumes, feita das pequenas grandes neuroses da burguesia parisiense. Coisa que os franceses costumam fazer bem, portanto.
E mais uma vez conseguem-no, com um argumento com piada e personagens interessantes, se bem que com o senão de, por vezes, serem demasiado caricaturais. Há o pai artista, arrogante e desligado, há a filha gorda e carente de atenção, há o escritor frustrado que de repente tem de aprender a lidar com o sucesso, há a professora de canto que gostaria de ter sido uma grande cantora.
Um filme levezinho, com o gajo do "O gosto dos outros" (que continua a ter piada, mas menos), mas é também um bocado mais do mesmo, em relação a esse outro filme. Com uma agravante, o que o outro tinha de subtileza e elegância, este tem de forçado e de demasiadamente marcado, o que prejudica a leveza da história e contribui para um filme com fases muito desequilibradas.
É um filme interessante, que se vê bem e que vale a pena ver, mas desilude pela comparação com o anterior, objecto bem mais precioso e mais conseguido em termos de equilíbrio, talvez por a realizadora e argumentista se ter então centrado em menos personagens, podendo trabalhá-las melhor.
E, 'hélas', é um filme francês sem mamas, o que é tão estranho como uma música do João Pedro Pais com uma letra de jeito.
segunda-feira, 10 de janeiro de 2005
Lauro Atónito apresenta.......
......."5x2", de François Ozon.
Filme francês, portanto, com as coisas boas e más que normalmente os filmes franceses têm.
É um filme sobre relações, especificamente uma relação, um casal à beira da ruptura e de toda a história que nos poderia dar pistas para perceber onde tudo começou a correr mal.
O facto de o filme ser contado ao contrário, do divórcio para quando se conheceram- o que tanto agradou aos críticos- é apenas mais um pormenor formal, interessante mas não decisivo.
O que é importante é que, começando por saber o destino daquela relação, queremos ainda assim saber mais, saber tudo, sabendo já que não vai ser tudo bonito, porque raramente o é.
Ao contrário da escola norte-americana, neste filme franciú não nos dão respostas fáceis. Não há um acontecimento decisivo que explique a ruptura, não há um bom e um mau. Há pessoas, que se amavam e queriam estar juntas, e anos depois perceberam que já não era assim.
É um filme feito de detalhes, que acabam por nos ser familiares, o que lhe atribui uma credibilidade e uma textura convincentes.
Realização sóbria e boa, excepto talvez uma ou outra cena de crueza (crueldade?)desnecessária, um par de actores em grande forma, uma belíssima banda sonora, um argumento de equilíbrio difícil mas bem trabalhado e bem conseguido.
Em suma, o ano começa bem com esta bela meia-surpresa.
E sim, tem mamas com fartura.
......."5x2", de François Ozon.
Filme francês, portanto, com as coisas boas e más que normalmente os filmes franceses têm.
É um filme sobre relações, especificamente uma relação, um casal à beira da ruptura e de toda a história que nos poderia dar pistas para perceber onde tudo começou a correr mal.
O facto de o filme ser contado ao contrário, do divórcio para quando se conheceram- o que tanto agradou aos críticos- é apenas mais um pormenor formal, interessante mas não decisivo.
O que é importante é que, começando por saber o destino daquela relação, queremos ainda assim saber mais, saber tudo, sabendo já que não vai ser tudo bonito, porque raramente o é.
Ao contrário da escola norte-americana, neste filme franciú não nos dão respostas fáceis. Não há um acontecimento decisivo que explique a ruptura, não há um bom e um mau. Há pessoas, que se amavam e queriam estar juntas, e anos depois perceberam que já não era assim.
É um filme feito de detalhes, que acabam por nos ser familiares, o que lhe atribui uma credibilidade e uma textura convincentes.
Realização sóbria e boa, excepto talvez uma ou outra cena de crueza (crueldade?)desnecessária, um par de actores em grande forma, uma belíssima banda sonora, um argumento de equilíbrio difícil mas bem trabalhado e bem conseguido.
Em suma, o ano começa bem com esta bela meia-surpresa.
E sim, tem mamas com fartura.
O Anafado Inspector Rôla e o Massacre dos 7 Pães de Kilo
Quatro e meia da manhã, há já quase sete horas que jogo à lerpa com a Morte e estou perdendo a paciência. Cerveja atrás de cerveja e a manilha está seca, o trunfo: espadas.
Uma rotineira investigação de assalto a uma residência, aonde apenas uma varinha mágica tinha sido furtada, descambou numa jogatana de lerpa. Acho que estava fascinado pela Morte, essa ruiva escanzelada de peitos firmes. As ruivas sempre me fascinaram.
Aproveito uma pausa no jogo em que a Morte vai à retrete e vou à cozinha buscar mais um par de cervejas, no frigorifico já não há mais nenhuma, talvez na arca congeladora. Ao lado do pack de seis a refrescar algo prende a minha atenção, um tupperware de tampa vermelha, a minha curiosidade professional obriga-me a investigá-lo. Abro o tupperware e deparo-me com um quarto de Pão de Kilo cortado com a precisão de um neurocirurgião.
Lembrei-me imediatamente de um caso por resolver que assombrava os serviços da PJ há vários meses, o caso do desaparecimento de um Pão de Kilo, todas a primeiras quintas-feiras do mês de uma padaria ali para os lados de Santos, um que caso pertencia ao Inspector Rotring.
O autoclismo é puxado. Regresso à sala com duas cervejas fresquinhas.
O quarto de Pão de Kilo na arca não me sai da cabeça, tenho que pôr em acção as minhas capacidades indagatórias. A questão é directa e mortífera: "Tenho uma certa fome, será que não me arranja uma sandezinha?" Uma pausa suspeita e surge a resposta: "Lamento mas não tenho pão." "Excepto aquele quarto de Pão de Kilo, na sua arca congeladora, não?", respondo à queima-roupa.
A Morte levanta-se subitamente e de um armário saca um livro do Manuel Alegre e tenta atingir-me com dois versos, esquivo-me por pouco. Saco da minha fusca e atinjo a Morte por entre os olhos, com um certeiro refrão de uma das músicas do Quinteto Tati.
A Morte caí fulminada no chão. A Morte está morta.
Chamo os colegas da criminolgia. Após apurada investigação à residência da suspeita, são descobertos os restos mortais de mais seis Pães de Kilo, de todos eles apenas sobra um quarto, cortado com a precisão de um neurocirurgião e dois deles já bolorentos.
Já não se pode confiar numa ruiva. Merda!
Quatro e meia da manhã, há já quase sete horas que jogo à lerpa com a Morte e estou perdendo a paciência. Cerveja atrás de cerveja e a manilha está seca, o trunfo: espadas.
Uma rotineira investigação de assalto a uma residência, aonde apenas uma varinha mágica tinha sido furtada, descambou numa jogatana de lerpa. Acho que estava fascinado pela Morte, essa ruiva escanzelada de peitos firmes. As ruivas sempre me fascinaram.
Aproveito uma pausa no jogo em que a Morte vai à retrete e vou à cozinha buscar mais um par de cervejas, no frigorifico já não há mais nenhuma, talvez na arca congeladora. Ao lado do pack de seis a refrescar algo prende a minha atenção, um tupperware de tampa vermelha, a minha curiosidade professional obriga-me a investigá-lo. Abro o tupperware e deparo-me com um quarto de Pão de Kilo cortado com a precisão de um neurocirurgião.
Lembrei-me imediatamente de um caso por resolver que assombrava os serviços da PJ há vários meses, o caso do desaparecimento de um Pão de Kilo, todas a primeiras quintas-feiras do mês de uma padaria ali para os lados de Santos, um que caso pertencia ao Inspector Rotring.
O autoclismo é puxado. Regresso à sala com duas cervejas fresquinhas.
O quarto de Pão de Kilo na arca não me sai da cabeça, tenho que pôr em acção as minhas capacidades indagatórias. A questão é directa e mortífera: "Tenho uma certa fome, será que não me arranja uma sandezinha?" Uma pausa suspeita e surge a resposta: "Lamento mas não tenho pão." "Excepto aquele quarto de Pão de Kilo, na sua arca congeladora, não?", respondo à queima-roupa.
A Morte levanta-se subitamente e de um armário saca um livro do Manuel Alegre e tenta atingir-me com dois versos, esquivo-me por pouco. Saco da minha fusca e atinjo a Morte por entre os olhos, com um certeiro refrão de uma das músicas do Quinteto Tati.
A Morte caí fulminada no chão. A Morte está morta.
Chamo os colegas da criminolgia. Após apurada investigação à residência da suspeita, são descobertos os restos mortais de mais seis Pães de Kilo, de todos eles apenas sobra um quarto, cortado com a precisão de um neurocirurgião e dois deles já bolorentos.
Já não se pode confiar numa ruiva. Merda!
sexta-feira, 7 de janeiro de 2005
E agora, para terminar a semana em tristeza, um pouco de política
E para falar das listas.
O regabofe continua, e os partidos, nesta fase delicada de atribuição de cunhas e favores, mostram a sua horrorosa face.
Falarei apenas dos partidos do eixo do poder, aqueles em que o factor C e a corrupção já se tornaram divisa comum.
Quanto aos outros, BE e CDU nas calmas, PP também, este último confirmando que é o partido do táxi, já que todos os membros cabem num, pelo que não se esperaria qualquer problema (até foram desenterrar o Narana, candidato a rolha Manuel Monteiro de 2005).
No PS, é um deserto.
As mesmas caras guterristas, de ministros recauchutados, um ou dois (pouco) independentes para compor o ramalhete e enganar o pagode, nada de soluções, nada de ideias, apenas mais do mesmo.
É um mesmo melhor que o da Direita, sim, claro, mas ainda assim claramente insuficiente para o que o país precisa.
No PSD, é a farsa do costume, com a hilariante agravante de ter Sacana Lopes à frente, o que torna tudo muito mais divertido e caótico.
Tanto no PSD como no PS, abundam os chamados pára-quedistas, tipos de Faro que são candidatos por Bragança, tipos de Lisboa que vão encabeçar listas para a província apenas porque são conhecidos, trogloditas do futebol que são candidatos apenas para captar os votos flutuantes dos fanáticos tripeiros, temos até o caso do actual ministro da Agricultura, que toda a vida viveu nos Açores e é cabeça de lista por Portalegre.
Fabuloso.
No PS cheira a poder, e todos os lugares são poucos para satisfazer os boys que nos últimos (poucos) anitos até tiveram de trabalhar (pouco) para viver!
No PSD cheira a derrota, um cheiro de algo que o bébé anda há uns meses a deixar nos cueiros.
Cheirando a derrota, o objectivo é diferente do dos boys do PS. Os mais medíocres (80 por cento do partido) continuam a querer um lugarzito de deputado, sempre é melhor do que ir ganhar a vida. Mas os outros, os razoáveis, todos eles deram à sola, porque sabem que vão entrar numa lista para perder as eleições e só servirão para encher uma bancada de oposição que estará afastada do poder e será dilacerada pelas lutas pela sucessão do bébé, que já se preparam.
Ressalvando poucos casos, estamos perante a inevitabilidade de ter um parlamento de qualidade ridiculamente baixa, mais uma vez preenchido apenas pela voragem da caça ao tacho.
É só ver o currículo dos candidatos de PP, PSD e PS: tirando os lugares politiqueiros para que têm vindo a ser designados, é uma mão cheia de nada
Nunca fizeram e nada sabem da vida dos portugueses.
O sistema está doente há muito tempo.
Estamos apenas a assistir ao seu último estertor.
E para falar das listas.
O regabofe continua, e os partidos, nesta fase delicada de atribuição de cunhas e favores, mostram a sua horrorosa face.
Falarei apenas dos partidos do eixo do poder, aqueles em que o factor C e a corrupção já se tornaram divisa comum.
Quanto aos outros, BE e CDU nas calmas, PP também, este último confirmando que é o partido do táxi, já que todos os membros cabem num, pelo que não se esperaria qualquer problema (até foram desenterrar o Narana, candidato a rolha Manuel Monteiro de 2005).
No PS, é um deserto.
As mesmas caras guterristas, de ministros recauchutados, um ou dois (pouco) independentes para compor o ramalhete e enganar o pagode, nada de soluções, nada de ideias, apenas mais do mesmo.
É um mesmo melhor que o da Direita, sim, claro, mas ainda assim claramente insuficiente para o que o país precisa.
No PSD, é a farsa do costume, com a hilariante agravante de ter Sacana Lopes à frente, o que torna tudo muito mais divertido e caótico.
Tanto no PSD como no PS, abundam os chamados pára-quedistas, tipos de Faro que são candidatos por Bragança, tipos de Lisboa que vão encabeçar listas para a província apenas porque são conhecidos, trogloditas do futebol que são candidatos apenas para captar os votos flutuantes dos fanáticos tripeiros, temos até o caso do actual ministro da Agricultura, que toda a vida viveu nos Açores e é cabeça de lista por Portalegre.
Fabuloso.
No PS cheira a poder, e todos os lugares são poucos para satisfazer os boys que nos últimos (poucos) anitos até tiveram de trabalhar (pouco) para viver!
No PSD cheira a derrota, um cheiro de algo que o bébé anda há uns meses a deixar nos cueiros.
Cheirando a derrota, o objectivo é diferente do dos boys do PS. Os mais medíocres (80 por cento do partido) continuam a querer um lugarzito de deputado, sempre é melhor do que ir ganhar a vida. Mas os outros, os razoáveis, todos eles deram à sola, porque sabem que vão entrar numa lista para perder as eleições e só servirão para encher uma bancada de oposição que estará afastada do poder e será dilacerada pelas lutas pela sucessão do bébé, que já se preparam.
Ressalvando poucos casos, estamos perante a inevitabilidade de ter um parlamento de qualidade ridiculamente baixa, mais uma vez preenchido apenas pela voragem da caça ao tacho.
É só ver o currículo dos candidatos de PP, PSD e PS: tirando os lugares politiqueiros para que têm vindo a ser designados, é uma mão cheia de nada
Nunca fizeram e nada sabem da vida dos portugueses.
O sistema está doente há muito tempo.
Estamos apenas a assistir ao seu último estertor.
quarta-feira, 5 de janeiro de 2005
terça-feira, 4 de janeiro de 2005
A incompetência Duracell
Qual coelho da Duracell, a incompetência e os disparates no PSD não páram, e duram, duram, duram..........
Depois da parvoíce incompreensível da nova paixão com o PPM, que já faz vítimas internas entre os milhares de boys laranjas, o novo ano conheceu mais dois episódios que deviam fazer o bébé corar de vergonha.
Primeiro foi o "Caso Pôncio Monteiro", o troglodita tripeiro que, só por esse motivo, a sua presença em qualquer lista de qualquer partido seria um disparate. No entanto, o PSD consegui fazer ainda melhor...., perdão, pior.
Sacana Lopes conseguiu que o troglodita rejeitasse o lugar de número da lista por uma terra qualquer para os lados da Galiza, e ainda que o dito troglodita ameaçasse que está "a perder a paciência com o PSD". Fabuloso.
E agora o cartaz, magnífico espécime da arte piroseiresca do novo PPD/PSD/PPM/PT (e CDS/PP), tantos pês para levar no cu à mesma.
A leganda do cartaz reza "Ninguém fez mais por Portugal", e por cima as figuras de Cavaco, Durão, Balsemão, Sá Carneiro e Sacana Lopes, estes dois juntinhos, de certeza por coincidência.
Nem vou entrar aqui pela desfaçatez do bébé Sacana em achar que fez alguma coisa "por Portugal", a não ser enterrar-nos ainda mais na merda e, há que admiti-lo, proporcionar incontroláveis gargalhadas diárias aos portugueses com sentido de humor e barriga cheia.
O mais giro ainda foi Cavaco o ter mandado dar uma volta, recusando-se a ser utilizado nesta glorificação bacoca e ridícula.
Decididamente, parece escrito nas estrelas que Sacana Lopes não tem mesmo queda para a coisa.
A incompetência pressentida antes confirmou-se depois com a sua indigitação para PM, apenas para continuar a mostrar-se em toda a sua magnífica extensão.
Agora que já não pode fazer mal a ninguém, Sacana Lopes promete continuar a garantir-nos muitos e bons episódios de puro gozo, e reduzir-se finalmente à sua insignificância pessoal e política.
Qual coelho da Duracell, a incompetência e os disparates no PSD não páram, e duram, duram, duram..........
Depois da parvoíce incompreensível da nova paixão com o PPM, que já faz vítimas internas entre os milhares de boys laranjas, o novo ano conheceu mais dois episódios que deviam fazer o bébé corar de vergonha.
Primeiro foi o "Caso Pôncio Monteiro", o troglodita tripeiro que, só por esse motivo, a sua presença em qualquer lista de qualquer partido seria um disparate. No entanto, o PSD consegui fazer ainda melhor...., perdão, pior.
Sacana Lopes conseguiu que o troglodita rejeitasse o lugar de número da lista por uma terra qualquer para os lados da Galiza, e ainda que o dito troglodita ameaçasse que está "a perder a paciência com o PSD". Fabuloso.
E agora o cartaz, magnífico espécime da arte piroseiresca do novo PPD/PSD/PPM/PT (e CDS/PP), tantos pês para levar no cu à mesma.
A leganda do cartaz reza "Ninguém fez mais por Portugal", e por cima as figuras de Cavaco, Durão, Balsemão, Sá Carneiro e Sacana Lopes, estes dois juntinhos, de certeza por coincidência.
Nem vou entrar aqui pela desfaçatez do bébé Sacana em achar que fez alguma coisa "por Portugal", a não ser enterrar-nos ainda mais na merda e, há que admiti-lo, proporcionar incontroláveis gargalhadas diárias aos portugueses com sentido de humor e barriga cheia.
O mais giro ainda foi Cavaco o ter mandado dar uma volta, recusando-se a ser utilizado nesta glorificação bacoca e ridícula.
Decididamente, parece escrito nas estrelas que Sacana Lopes não tem mesmo queda para a coisa.
A incompetência pressentida antes confirmou-se depois com a sua indigitação para PM, apenas para continuar a mostrar-se em toda a sua magnífica extensão.
Agora que já não pode fazer mal a ninguém, Sacana Lopes promete continuar a garantir-nos muitos e bons episódios de puro gozo, e reduzir-se finalmente à sua insignificância pessoal e política.
Política de Rabo na Boca
(via messenger)
fatchary@work says:
sabes que é que é o namorado do Sócrates?
jolino says:
nope
jolino says:
conta lá
fatchary@work says:
o Diogo Infante, uma amiga aqui da chefe mora no mesmo prédio que ele
jolino says:
eh
jolino says:
lôque lôque
jolino says:
não pode
fatchary@work says:
nunca se sabe, mas é divertido...
jolino says:
mas é desconfiança ou é mesmo
fatchary@work says:
sabes como é que são estas cenas
fatchary@work says:
mas é perfeitamente possível
jolino says:
só fico um bocado naquela... o diogo infante era moço para escolher melhorzito
jolino says:
pensava que era mais inteligente
fatchary@work says:
ficam fofinhos
fatchary@work says:
já viste o outdoor do PSD?
jolino says:
já
jolino says:
los amtadores
jolino says:
matadores
jolino says:
o cavaco já mandou tirar
fatchary@work says:
parece uma versão rasca dos Cães Danados
fatchary@work says:
e o Sá Carneiro sempre em destaque
fatchary@work says:
e o Santana com a mesma importância com o Cavaco
jolino says:
eh eh
jolino says:
o durão bem lá atrás
fatchary@work says:
acho que foi esse aspecto que o Cavaco não gostou
jolino says:
e claro, o super herói cá à frente
fatchary@work says:
não percebo o mito do Sá Carneiro, o Cavaco, quer se goste ou não, fez realmente muito por Portugal... agora o Sá Carneiro a única coisa que fez foi tornar-se o JFK português...
fatchary@work says:
... sem baía dos porcos
jolino says:
a única coisa que fez foi morrer
jolino says:
e comer a Snu
fatchary@work says:
até tinha bom aspecto
fatchary@work says:
sempre é melhor que comer o Diogo Infante
jolino says:
podes crer
(via messenger)
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sabes que é que é o namorado do Sócrates?
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nope
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conta lá
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o Diogo Infante, uma amiga aqui da chefe mora no mesmo prédio que ele
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eh
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lôque lôque
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não pode
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nunca se sabe, mas é divertido...
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mas é desconfiança ou é mesmo
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sabes como é que são estas cenas
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mas é perfeitamente possível
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só fico um bocado naquela... o diogo infante era moço para escolher melhorzito
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pensava que era mais inteligente
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ficam fofinhos
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já viste o outdoor do PSD?
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já
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los amtadores
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matadores
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o cavaco já mandou tirar
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parece uma versão rasca dos Cães Danados
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e o Sá Carneiro sempre em destaque
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e o Santana com a mesma importância com o Cavaco
jolino says:
eh eh
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o durão bem lá atrás
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acho que foi esse aspecto que o Cavaco não gostou
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e claro, o super herói cá à frente
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não percebo o mito do Sá Carneiro, o Cavaco, quer se goste ou não, fez realmente muito por Portugal... agora o Sá Carneiro a única coisa que fez foi tornar-se o JFK português...
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... sem baía dos porcos
jolino says:
a única coisa que fez foi morrer
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e comer a Snu
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até tinha bom aspecto
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sempre é melhor que comer o Diogo Infante
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podes crer
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