segunda-feira, 29 de novembro de 2010

domingo, 28 de novembro de 2010

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Boa Sexta-Feira, minha gente!

O verdadeiro contra-senso é...

...Lingerie sexy para grávidas.

PS - e sim, vou pagar cara esta piaducha.

Saquinhos



Para vomitar

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Submissão

A 5 de Julho, José Eduardo Bettencourt anunciava a venda do seu capitão de equipa a um clube que, em teoria, é rival. E, procurando escamotear a sua própria responsabilidade, atacou o jogador que sempre, dentro de campo, deu tudo pelo seu ridículo clube. Moutinho era uma "maçã podre", disse JEB. Que ainda arranjou tempo para elogiar o comportamento do seu homólogo portista, um tipo que não apenas foi apanhado nas escutas a gozar alarvemente com o próprio JEB como é presidente de um clube que perdeu pontos por corrupção de árbitros. Agradeceu o comportamento de Pinto da Costa, que se portou "com toda a lisura", porque lhe ligou a dizer que não avançaria com a contratação se o Sporting não autorizasse. Ora tendo em atenção que o jogador foi transferido abaixo da cláusula de rescisão, quem quer que o contratasse só o poderia fazer com a autorização do Sporting. Ou seja, JEB aproveitou apenas mais uma oportunidade para dobrar a espinha ao seu aliado, como se já não fosse suficiente assumir a sua menoridade ao vender a um suposto rival o seu capitão e símbolo do clube.
Ora agora, apenas quatro meses depois, JEB fala de maneira diferente de Moutinho. Quando questionado sobre a reacção previsível, em Alvalade, a um jogador contra quem ele tentou colocar todos os sportinguistas, isto é o que ele tem a dizer: "O João Moutinho, enquanto profissional do Sporting, foi sempre fantástico. Enquanto vestiu a camisola do Sporting, e até na última vez que actuou neste estádio, fê-lo sempre com profissionalismo. Não gostaria de ver atitudes menos correctas em relação ao João, que é um profissional que hoje representa outro clube, mas que durante muitos anos foi nosso."

Ora que bonito. Isto vindo de um tipo que pediu uma recepção agressiva a Simão Sabrosa. Que não saiu do Sporting para um clube rival. Que saiu a bem, deixando muito dinheiro em Alvalade. E que, nesse jogo em relação ao qual os responsáveis(?) sportinguistas apelaram à violência, representava o Atlético de Madrid.

Isto mostra bem, para quem tivesse dúvidas (cegos ou sem vontade de ver?), que há um clube corrupto e um clube submisso. Um clube submisso, o Belenenses do Lumiar, que com tanta cegueira ataca o Benfica que se afunda cada vez mais na sua irrelevância. Incapaz de se afirmar por si próprio, apenas encontrando identidade na oposição ao maior clube português, enquanto continua conivente com quem, comprovadamente, prejudicou todos os clubes nacionais, e a verdade desportiva, durante uma década, pelo menos.

Fica claro que há um inimigo e um aliado. Curiosamente, o aliado é quem ganha (quase) sempre, mas já percebemos que para o lado dos submissos isso de ganhar ou perder é relativo (mede-se sempre pelo panorama no outro lado da segunda circular).

Quanto ao JEB, nem esta incoerência gritante mostra mais do que já sabíamos. Que esteja muitos anos à frente do Belenenses do Lumiar, é o que lhe desejo.

E, pronto, sei que já meti aqui este vídeo, mas é tão bom que merece um replay.

Bom resto de semana, minha gente.

Fado

20 cantos contra 4. O triplo dos remates. Mais posse de bola. Mais tudo.
E perder 3-0.
Neste momento, em que me encontro profundamente desgostoso, a reacção natural é questionar tudo, mudar tudo, mandar tudo de fora e fazer de novo.
Não é o caminho certo.
É evidente que algo correu mal, e que tem de ser corrigido. Faltou cabeça, a puta da pontaria e, claramente, sorte. Basta ver que os dois primeiros golos do Happoel surgiram de duas carambolas na nossa área. Mas a verdade é que tivemos 20 cantos, e não houve uma puta de uma carambola para o nosso lado. E um golo mal anulado num momento decisivo do jogo, etc, etc.

É uma coisa que acontece uma vez em 100, este resultado com este jogo.

A equipa tentou, lutou, jogou. Não merecia, claramente, este desfecho. Mas a verdade é que começo a ficar cansado do azar, do ressalto, do árbitro. Há alturas em que tudo corre mal. Eu sei, como adepto já passei muitas temporadas a ver isto. Mas também sei que há coisas que não podem acontecer. E perder 3 jogos fora, não marcar um único golo...não podemos dizer que é injusto.

É duro, é cruel, mas enfim. Liga Europa, não temos pedalada ou personalidade para mais.

Neste jogo, não vale a pena atacar o Jesus ou os jogadores. Os deuses não estavam connosco, é tudo.

É perceber que foram cometidos erros, desde o início da época, mas que também tudo está a correr mal, quando tanta coisa depende de a bola ir 10 centímetros mais ao lado. Mantenho confiança na equipa e no treinador. Há que estar unidos e reagir. Porque realmente há uma malapata em cima desta equipa.

Coisas dispensáveis

Mulheres que tratam as outras por "Ó Grávida!".

Eu, a Besta

Num jantar entre velhos amigos, esta noite, obtive, de duas pessoas diferentes, a mesma reacção, quando respondi à pergunta:
"Vais assistir ao parto, certo?".
E não, não vou.
E as pessoas fazem a pergunta como que dando-me apenas a hipótese de brilhar, porque é óbvio para toda a gente que eu vou assistir ao parto.
Mas não vou.
E quando digo isso fica tudo com uma cara um bocado parva, procurando não me censurar abertamente mas fazendo-o claramente.
E também não fui a qualquer aula de preparação de parto, nas quais os homens são tratados como castrados irrelevantes. E, ao contrário da grande maioria dos meus amigos, a minha filha vai nascer num hospital do Estado.
E a verdade é que não tomo qualquer destas decisões só para ser diferente ou do contra. São decisões suficientemente importantes para serem bem ponderadas. Apenas acredito que devo pensar, eu, no que quero. É bastante simples.
Sei que, ao não assistir, estou a perder a hipótese de assistir àquele momento, mágico acredito, do primeiro momento em que verei a minha filha. E que não estarei ao lado da minha mulher todo o tempo, dando-lhe apoio. Mas ela será apoiada, e isso é que é importante.
Parece estranho para toda a gente que eu, na minha cabeça, não queria misturar os conceitos da minha mulher enquanto objecto de desejo sexual e de parideira. Que não me agrade especialmente ver a minha mulher sofrer durante 15 horas. Que não me agrade estar presente quando um batalhão de pessoal médico e mais uns quantos estudantes de medicina lhe espreitam pelas pernas acima.
Para que conste, a coisa foi assim: Disse-lhe que, por mim, não estaria presente. Mas que, obviamente, se ela me quisesse lá, eu lá estaria, de corpo e alma. Ao que ela respondeu que assim seria melhor, porque ela gostaria de ter consigo a sua mãe. Que é alguém em que eu confio inteiramente. End of story.
Mas pronto, sou um animal, um insensível e um antiquado, porque agora o "moderno" é o pai assistir e fazer de flor de lótus nas aulas de preparação. Não tenho nada contra, para outros. Que cada um pense por si, e aja de forma consequente.
Eu vou ser a besta, cá fora, a fumar desalmadamente.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Fine Line

Espero sinceramente que a minha filha não nasça amanhã. Não gostaria nada que o seu primeiro acto fosse furar uma greve.

sábado, 20 de novembro de 2010

Apoio Oficial

O Vodka apoia, naturalmente, o Candidato Vieira. Mas eu não sei mexer nisto e meter lá em cima uma daquelas coisas a dizer "Este blog apoia o Candidato Vieira".
De qualquer forma, é assim.
Deixo-vos aqui, uma reveladora e imperdível entrevista com the man itself: o Candidato Vieira, Lello Minsk, Lello Marmelo, Manuel João Vieira, Orgasmo Carlos.
Check it out (E TRATEM DA MERDA DAS ASSINATURAS PARA O HOMEM PODER CONCORRER!!!).

A NATO

Ao contrário de toda a gente em Portugal, eu não tenho opinião alguma em relação à NATO. Como esquerdalho, devia estar do lado das manifestações contra, dos gajos que partem montras e andam à porrada com a bófia. Mas eu não sei o suficiente sobre a NATO para ter uma opinião.
Atenção, não tenho nada - antes pelo contrário - contra partir montras e mandar calhauzada à polícia e aos políticos. Acho que este país está a pedi-lo há muito tempo e seria refrescante fazê-lo, para que alguma malta percebesse que, se calhar, temos meio colhão, por conjunto, neste país. (Não temos, estou só a dizer que eles podiam pensar que sim).
Para mim, a NATO é uma organização politico-militar que agrupa a malta que, em teoria, é mais ou menos do nosso mundo, o ocidental. Na verdade, depois da Guerra Fria, a NATO só pode servir para uma coisa: para servir de garantia de músculo contra o seu único inimigo comum: o mundo islâmico, ou melhor, os seus milhões de extremistas. Agora, como é óbvio, ninguém pode assumir uma coisa destas.
Eu queria achar que os tipos da NATO são uns fascistas de merda. A sério.
Mas não sei se são.
Se o Amarelo ainda por aqui andasse, de certeza que trazia as suas sandalinhas e paus de incenso e nos explicaria tudo muito bem, mas assim....

Respeito, muito respeito

"As instituições do Estado e tudo quanto representam, incluindo o hino e a bandeira, são símbolos de uma sociedade iníqua e injusta contra a qual tenho lutado toda a vida. Não tenho qualquer respeito nem pelas instituições nem pelo que elas representam" - José Mário Branco, in DN.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Crime

Estou nesta casa há quatro meses mas, neste espaço, foi visível uma escalada assustadora.
Ao fim da minha rua, à porta da igreja de Arroios, todos os dias é feita a distribuição de comida de vários tipos, aquilo que se costuma chamar de "Sopa dos Pobres".
E a verdade é que, neste período de quatro meses, é visível o aumento exponencial do número de pessoas que recorre a esta ajuda. Se, no início, eram sobretudo sem-abrigo, agora vê-se de tudo. Muitos idosos e, sobretudo, muitas pessoas à volta dos cinquenta anos. Que se escondem com vergonha, que rondam a fila até sentir a fome a apertar, até cederem e enfrentarem a realidade de que, sim, chegaram a isto. Viver de comida oferecida na rua.
E é por isto que, quando ouço os políticos falar na televisão, com os seus bons fatos, bons carros, assessores e tudo o mais, usando palavras caras e ocas que nada produzem, nada acrescentam, nada resolvem, me dá uma raiva que não consigo explicar.
Não é acordos de governo. Não é gabinetes com vista ou motoristas que servem Ferrero Rocher. Não é dinheiro. Nem sequer é poder.
A sua missão é não deixar o nosso povo dormir e comer nas ruas.
Não falharam essa missão apenas por negligência. Falharam por desprezo por tudo o que não seja o seu interesse próprio.
Não são apenas políticos incompetentes. São criminosos, e como tal deviam ser julgados.

PS: todas as noites, os voluntários, gente como nós mas melhor do que nós, apanha o frio e trabalha, para dar de comer aos que nada têm. Esta gente, que não pede nada, merece tudo.

Para quem ama tanto o Sócrates como eu

É só clickar aqui e desfrutar.

Facto



Ironia é, neste país e neste momento, eu ir chamar a minha filha de "Alice".

Normal

A sra Fátima Felgueiras foi condenada, por corrupção, a três anos e três meses de pena suspensa. Isto depois de ter fugido para o Brasil, após ter sido avisada da investigação, país de onde deu entrevistas a dizer que fez muito bem em bazar por causa da nossa Justiça
Agora vem dizer que está indignada e que se sente prejudicada porque ainda não foi julgado o recurso que interpôs.
De facto, se há alguém que tem moral para se queixar da Justiça é esta brilhante autarca.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Reminder

É só para lembrar os senhores das lojas e dos supermercados que, NÃO CARALHO, AINDA NÃO É NATAL!

                                                             
                                                               Mas, por outro lado...

Melhor que o Vital Moreira a fazer rafting...

...é o Vital Moreira a fazer-se de socialista.

De cabeça perdida

É Edite Estrela que chama nomes a Ana Gomes (provavelmente a única vez na vida em que concordei com Edite Estrela). Esta diz, em reacção, "só me posso rir".
É Vital Moreira, o homem cuja imagem de calças de lycra a fazer rafting no Rio Minho nunca sairá da minha mente, a dizer que há que remodelar o Governo, começando por Teixeira dos Santos.
Depois é Vital Moreira a dizer que não queria dizer isso, as suas declarações (em artigo de opinião escrito por si!!!) foram mal interpretadas.
Luis Amado, com aquele seu ar de herói dos Lusíadas, diz em entrevista ao Expresso que devia haver uma coligação governamental, um governo de salvação nacional. E que, por ele, até dá a vaga de ministro.
Depois diz que não disse isso, e que está muito motivado para o seu cargo.
Sócrates aproveita e, na única declaração que fez numa semana, mente com todos os dentes, dizendo que o Governo quis e tentou uma coligação governamental.
Teixeira dos Santos diz que há um risco elevado de Portugal ter de pedir ajuda ao exterior. No próprio dia diz que não disse isso.

É sempre bom ver que, num momento de crise, o nosso Governo não está de cabeça perdida.

Estão a falar a sério? É esse o vosso plano para resolver a crise?...

Timor-Leste pode comprar dívida pública portuguesa.

Descubra as diferenças

Há um "risco elevado" de termos de pedir ajuda ao exterior - Teixeira dos Santos

Obras do TGV arrancam já em Janeiro - António Mendonça

domingo, 14 de novembro de 2010

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Olha as mamas!

Bom, tendo em atenção que os dois últimos posts foram sobre mortos, achei melhor aligeirar o ambiente. Esta senhora por acaso até já deve ter morrido, mas enfim, merece sempre ser relembrada.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

O derradeiro Adeus

Morreu o Senhor João Serra, que por todos, e por mim também, era conhecido como "O Senhor do Adeus". Para quem vive ou trabalha nesta triste e fabulosa cidade de Lisboa, era uma figura incontornável.
Acenava, acenava, acenava. De sorriso estampado no rosto. Nunca falei a sério com ele, passei quase sempre de carro, e acenava sempre, e quando ele estava distraído e não retribuia, apitava, e lá vinha o sorriso e o aceno. E quando o apanhava num semáforo, abria o vidro e desejava-lhe boa noite. Ele retribuía.
Bastava isso.
Era um símbolo de calor e de humanidade numa cidade cada vez mais desumana, cada vez mais abandonada, cada vez mais fria. Fazia-me sorrir, e sentir bem por dentro.
Esta noite, mais de 100 pessoas juntaram-se num dos seus poisos habituais, a praça do Saldanha, e acenaram aos carros.
E isto, nos dias que correm, comoveu-me.
Foi o gesto derradeiro deste homem. Juntar pessoas na rua, acenando. Comunicando.
Obrigado, João.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Foi há um ano

E não esquecemos.

Mais uma vez...

...queria apenas salientar que, enquanto Teixeira dos Santos, Vieira da Silva e um batalhão dos Sapadores de São Bento passaram o dia a afastar o FMI e a tentar vender a merda da dívida portuguesa a qualquer pacóvio, José Sócrates continua caladinho que nem um rato, e estava no Alentejo a inaugurar um lagar de azeite.

O que vale é que este país é tão espectacular que funciona em piloto automático, e se pode dar ao luxo, neste momento, de ter um Primeiro Ministro dedicado a uma "never ending" campanha eleitoral.

Era só.

Fim de festa

A União Europeia está, claramente a cair aos bocados.
É como um grande almoço de família.
Temos que convidar todos, mesmo aqueles de que não gostamos nada. A meio, uns mais desvairados não sabem comer à mesa (os chamados PIGS, os porcalhões). Os patriarcas, as Merkels desta vida, vão torcendo o nariz, fingindo não ver, mas ficando cada vez mais incomodados. Por último, os gregos e os tugas acabam a refeição com mousse com cheirinho e umas valentes aguardentes, enquanto Sarkozy e Merkel se ficam por um prosaico descafeínado, suspirando de alívio por este tenebroso almoço colectivo estar perto do fim.
Mas eis que chega a conta.
Tugas, gregos, espanhóis e irlandeses, grossos que nem cachos querem, naturalmente, dividir a conta por todos.
Merkel explode de indignação, que não está para pagar os vícios destes selvagens, ela que nem pão com manteiga papou. Cada um paga o seu! Estes ranhosos de raça inferior!

E é assim.
Nunca gostámos muito uns dos outros. Mas chegada a conta, é cada vez mais difícil de disfarçar.

Cara de pau socialista

Normalmente, o meu estilo é sempre o mesmo: eu meto uma citação ou uma notícia, depois critico e pronto.

Mas a declarações de hoje de Almeida Santos, esse fóssil traidor do socialismo, dispensam a parte da crítica.

Passo a citar:

"Mesmo assim, eu acho que o Governo, sendo um Governo doloroso para os portugueses, é um bom Governo para o país. Toda a gente diz que é um mau Orçamento. Eu tenho dito que é um bom Orçamento porque é o que o país precisa. Implica sofrimentos para as pessoas, mas não é por isso que ele é mau. Infelizmente temos mesmo de pedir às pessoas que assumam sacrifícios, porque os portugueses têm vivido quase sempre acima das suas possibilidades e têm de regressar a viver dentro das suas possibilidades, para não termos crises financeiras como a que agora temos".

É isso. Eu sempre soube que a culpa era minha, e não vossa. Obrigado por me explicares de maneira a eu perceber.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Fooooooda-se, invejosos, não podem ver nada!!

O Estado Social

O secretário de Estado da Administração Pública, um tal de Gonçalo Castilho dos Santos, veio hoje admitir, a contragosto, que afinal é verdade que o Estado vai cortar os benefícios da ADSE. E mais, vai dar a possibilidade aos beneficiários da ADSE, 1,3 milhões de pessoas, de optar por abandonar este sistema. Na prática, abrindo dois caminhos: empurrando a malta para o privado; ou empurrando a malta para sistema geral do Sistema Nacional de Saúde, que como sabemos está em extremo desequilíbrio financeiro e a rebentar pelas costuras (600 médicos reformaram-se no último ano, por exemplo).

Mas tenho a certeza de que, certinho como o destino, vamos voltar a ver o grande camarada Sócrates agitar a bandeira do salvador do Estado Social.
A cara de pau xuxalista não tem fim.

Homenagem

Aqui há uns dias, a japonesa Sony fez um triste mas esperado anúncio: vai deixar de fabricar um dos seus inventos mais populares, o walkman.
Toda a gente teve um walkman, e toda a gente queria ter um walkman. O meu era parecido com o desta imagem, e estava sempre a ficar sem pilhas. Mas eu adorava-o.
Podia dizer muitas coisas acerca deste objecto tão marcante, que tão bem me acompanhou. Mas não o saberia fazer melhor do que o artigo de hoje do Público, esse jornal que insiste, apesar de tudo, a reservar-me bons momentos de leitura.

Aqui fica:

"Não é propriamente o fim do walkman, que nunca trocaríamos hoje por qualquer um dos seus incrivelmente mais práticos e eficientes descendentes, que se celebra com nostalgia; é o fim de mais um bocadinho da adolescência da geração nascida na década de 1970, quando a vida era ritmada pelo rodar infatigável de cassetes de 90 minutos com um álbum de cada lado - cassetes onde, quais camadas de experiência, se ouviam ainda os álbuns que ali tinham estado antes, preservados na fita como ruído de fundo espectral que se revelava no silêncio dos intervalos entre canções (perceber que ouvíamos Nirvana ou Black Sabath onde antes tinham estado Brian Adams ou os Dire Straits, era sinal inequívoco que caminhávamos na direcção certa, a caminho da iluminação)" - Mário Lopes, in Público

Perdido por 5, perdido por mil

Momento "Carlos Carvalho" do Ano:


Qual é a diferença entre o Benfica e um táxi?

É que um táxi só leva quatro.

INCHA CABRÃO!!!



Rogério Alves: «Fanfarrão levou banho de humildade»

Vamos lá ver esse sorrizinho quando tirares o Maniche e o Machado do cú!

The final countdown

A poucos dias (no máximo semanas) de me tornar progenitor, devo advertir a clientela que, se a experiência passada demonstra alguma coisa, esta tasca se encontra em sério risco de despejo, como a sede do Fernando Nobre.
Aconteceu a muitos. Uns tiveram putos, outros cirroses. Por uma razão ou outra deixaram de servir ao balcão, embora ainda cá venham beber o seu copito, às escondidas da senhora.
De qualquer forma, e visto que toda a gente me avisa da tarefa colossal que me espera quando a minha filhota cá estiver, há uma séria hipótese de que, também eu, fique impossibilitado de manter ligada à máquina este cadáver de sete anos.
Como tal, meus amigos, é aproveitar enquanto dá. Entramos em liquidação total. Bebidas a metade do preço (excepto o medronho, porque já há pouco) e gratuitidade total no consumo dos rissóis de Junho de 2005 e dos pipis do ano passado.
Rock on.
E que sa foda a austeridade.

Novo éleron

Como não sei fazer nada de especial em termos informáticos - e temo apagar o precioso e extenso arquivo do Vodka - não mexo grande coisa no motor do tasco. Abro o capô, vejo se tem algum fio desligado, se tem óleo e água, e chega. Por isso vou-me entretendo ao meter uns élerons e uns dados felpudos no espelho da viatura.
Ah, e de vez em quando escrevo, assumindo o fardo pesado de todos aqueles pais fundadores que agora têm mais que fazer.
Adiante.
Tudo para chamar a atenção para um pequeno link aí à direita. Sim, o segundo onde diz "Outros tascos". É o "Ausências" ou "Tou Sempre Fora" (gosto mais deste nome), é escrito por uma senhora, que se encontra grávida. E que olha o assunto com o romantismo de um camionista embriagado, ou que é óptimo e me fez pensar que poderá conquistar solidariedade de alguns leitores desta famigerada espelunca. Vá, dêem uma vista de olhos que vale a pena.
Obrigados.

Uma boa notícia

Depois de, no post anterior, ter enaltecido os Suede, não é que os Pulp nos dão uma bela notícia?
É que os senhores, na sua formação clássica, se vão reunir para dar concertos, pela primeira vez em 15 anos? Por enquanto só há uma data num festival em Inglaterra e outra num festival em Espanha. Mas quem sabe se é desta que vou finalmente ver a minha banda preferida ao vivo?...
Que eu saiba só vieram cá uma vez, ao Porto, mas eu não sabia que os cabrões se iam separar, portanto não fui...
Para além de tudo, os Pulp têm uma qualidade rara: ouvindo um disco deles fico, na cabeça, com material para um livro de contos e um ou outro romance, de tal forma sugestiva são as letras e as atmosferas que Jarvis & Companhia sempre conseguiram criar. É o que acontece com esta fantástica faixa, que deixo aqui em jeito de homenagem. Uma música que me acompanhou muitos anos, muitos deles maus. Mas linda. Linda.

domingo, 7 de novembro de 2010

O Disco da Minha Vida XIII

Ia escrever umas linhas sobre o tímido ressurgimento de uma das bandas que mais marcaram a minha vida, quando me lembrei que ainda não tinha contemplado os Suede com qualquer capítulo da saga “O Disco da Minha Vida”. Portanto cá vai.

Conheci os Suede a meio dos anos 90, quando vieram cá a uma das primeiras edições do Sudoeste, num ano em que também os Blur passaram pela Zambujeira. Traziam para apresentar o seu disco mais recente, o fantástico “Coming Up”, que acabou por ser a minha porta de entrada para este grupo.

Eu fui daqueles que gostei profundamente da britpop. Blur, Suede e Pulp são das minhas bandas preferidas de todos os tempos, e os dois primeiros discos dos Oasis são, de facto, muito, muito bons. Mas se os Blur ficaram enormes, com toda a justiça, os Suede foram quase sempre uma injusta segunda linha, ao passo que os Pulp se mantêm, até hoje, como o segredo mais bem guardado da música britânica.

Contava que conheci os Suede através do “Coming Up”. É um grande disco, que faz a síntese perfeita entre o rock indie/glam dos dois discos anteriores com a faceta mais pop que marcou os seus últimos trabalhos. É um disco que me marcou muito, mas não é este o protagonista deste post.

Essa honra cabe a Sci-Fi Lullabies, cd duplo de lados B, editado depois de “Coming Up”. Para os fãs mais sérios de Suede, como o amigo Amarelo, os melhores momentos da banda foram os dois primeiros discos, alimentados pela dupla genial Bret Anderson/Bernard Butler, respectivamente vocalista e guitarrista, mais um capítulo da bela tradição de duplas compositoras britânicas: Lennon/McCartney ou Morrissey/Marr, por exemplo.

“Sci-Fi” é uma colectânea de lados B de singles dos Suede desde os primeiros tempos. A beleza desta banda é que, mesmo em lados B, os Suede nada tinham de experimental. Nunca conseguiram fazer uma música que não fosse profundamente pop. Por isso, para um fâ à espera de mais discos, descobrir um duplo cd com 27 músicas que eu nunca tinha ouvido, foi uma coisa extraordinária. E está lá tudo. As baladas algo melosas, o rock glam, a heroína, o aborrecimento britânico. Tendo em atenção que reúne músicas avulsas feitas ao longo de vários anos, o alinhamento é variado, não conceptual, e nunca farta. Este disco acompanhou-me durante muitos anos, e ainda hoje é o disco de Suede que, de vez em quando, meto a tocar.

Vi-os duas vezes ao vivo. A primeira, numa queima das fitas em Coimbra, num dia em que fiquei sem bateria no carro à saída do concerto. E anos mais tarde, na Aula Magna, num grande concerto.

Os Suede sempre foram uma banda de que não era cool gostar. Havia algo de gay na sua atitude, e durante muitos anos isso foi duro para um sério fã de rock n roll como eu. Mas as músicas, as melodias, são uma das coisas mais extraordinárias do fim do século XX.

Acaba de ser editado um Best Of dos Suede, que já é o segundo da sua história, depois de “Singles”. Não traz nada de novo para um fã da velha guarda, mas pode dá-los a conhecer a novos ouvintes, que eles bem merecem. Juntaram-se também para uns concertos de promoção à colectânea, mas nada indica que se voltem a juntar, enquanto banda, para criar música nova. Os seus últimos discos já davam mostras de alguma exaustão criativa, embora continuassem a ser bons discos. Eu cá, nestas coisas, gosto sempre que as minhas bandas preferidas se voltem a juntar, mesmo que façam merda. Troco esse risco por um disco novo, sem problemas.

Tendo em atenção que, sendo um disco de lados B (mesmo que esteja recheado de potenciais êxitos), não há qualquer videoclip de uma música de “Sci-Fi Lullabies”, deixo-vos a primeira música de Suede que ouvi. “Trash”, de “Coming Up”, só um dos melhores singles pop de sempre. Espero que gostem.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Obrigado pela atenção, agora desandem, sff.

Já tive vários amigos e amigas que, nesta altura, insistem em marcar cafés e jantares comigo e com a minha esposa. E com o argumento de que ainda não a viram gorda.
Nos últimos meses, eu vejo-a gorda todos os dias, e é bastante menos espectacular do que esta gente indicia. Não percebo esta cena, sinceramente, esta obsessão com “vê-la gorda”. Eh pá, juntem-se ao clube de fãs da Simara, ou coisa assim, cambada de freaks.

Deus Não Dorme

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Alegria, minha gente

Porque é quase, quase fim de semana.

Completely GaGa

Este é um post sobre música que não terá, no fim, o habitual vídeo. Aliás, pensando bem, este não é um post sobre música, mas sim sobre a indústria musical.
Lendo revistas e sites sobre música, ou vendo televisão, há uma personagem que está em todo o lado: Lady GaGa.
A menina descascada; a menina vestida de bifes; a menina vestida como um cagalhão com um laçarote.
Depois os números: milhões de discos vendidos, prémios MTV e merdas parecidas em barda, milhões de seguidores no facebook, milhões de dólares, milhões de tudo.
E, na base de tudo isto, está o quê? Um disco.
Exacto.
Um disco. Unzinho. One. Um só disco.
E uma bela merda, por sinal.
Aliás, minto. Já são três discos. Um de originais; um que mistura faixas novas com outras do primeiro; e outro de remixes.
Só falta uma compilação e um disco ao vivo, para mostrar como a mesma poia pode ser formatada e reembrulhada de inúmeras formas: merda, cagalhão, diarreia, etc, etc....
Lembro-me bem, de quando o disco saiu, da crítica da Blitz. Um paneleiro qualquer deu-lhe umas 3 estrelas (mas queria ter dado quatro, o maroto) e elogiava a forma desavergonhada como a senhora fazia pop.
E este é um dos problemas.
Smiths era pop. Beatles era pop. Lily Allen é pop. Lady GaGa é merda.
Eu adoro música. E música, para mim, é em grande parte melodia. Não é preciso necessariamente grande mensagem, grande substrato, grandes ideias. São precisas boas melodias, frescura, adolescência, juventude, garra e sonho.
Esta menina gaga é apenas mais uma desta indústria, a que chamo fábrica de merda. Que paga produtores a peso de ouro para lhe escrever as músiquinhas e mascarar as falhas na voz. Que se distingue apenas pelas fatiotas e pelo mais que gasto truque da provocação sexual/religiosa. Que não vale, pardon my french, um caralho.
É claro que os milhões de fãs de Lady Gaga são pré-adolescentes. Que gostam de outros grandes montes de bosta como Tokyo Hotel, Katy Perry ou My Chemical Romance, por exemplo. Mas isto não é o errado. A pop sempre foi terreno de pré-adolescentes, quer gostassem de Bros, da Sabrina ou do David Fonseca. É mais grave é quando gente de barba rija e com idade para ter juízo, começa a abichanar com estas merdas de frases como "pop descaradamente simples e provocadora". Desligar o cérebro e abrir o cu.
Esta senhora tem um disco, e uma gigantesca máquinade marketing. E isso, mais uma vez e mais do que nunca, basta.
Ainda por cima sem a originalidade dessa rainha da bosta fumegante, Madonna, que sempre foi terrível demais para ser verdade, mas cuja provocação ainda tinha algo de novo, ainda que a sua música não.

Pop não tem que ser acéfala, como não tem que ser erudita. Mas tem que existir. E um vestido de bifes é apenas isso, uma coisa estúpida. E uma melodia vale, sempre, muito mais o que isso.

PS - na imagem acima, deixo-vos o melhor ângulo da Lady Gaga. De costas, de cu ao léu, até disfarça.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

La famiglia

Depois de Bagão Felix e os seus discursos “a la” Vitorino Nemésio, também Manuela Ferreira Leite voltou à conversa de olhar o orçamento do país como quem olha o orçamento de uma família. Diz a senhora, e bem, que quando uma família gasta mais do que ganha, tem de se endividar para pagar esse acréscimo, o que é uma bola de neve de endividamento a médio prazo. Tem razão. Mas ela usou este argumento para dizer que este Orçamento do Estado para 2011 tem de ser aprovado, sem se demorar – e ela tinha toda a autoridade moral do mundo para o fazer – sobre os culpados.


É que se este OE fosse equiparado ao orçamento de uma família, então José Sócrates seria o filho drogado, que vende o televisor e a bimby, que são de todos (privatizações), para gastar em droga (a dependência pública de mordomias e financiamento de má gestão).

Numa família, o filho drogado Sócrates já teria sido, finalmente, posto fora de casa, depois de várias tentativas fingidas de se recuperar do vício.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Quase decidido

O senhor Fernando Nobre tinha tudo para dar certo. Obviamente não para ganhar eleições, que essas coisas dos independentes é erva que não cresce na tuga. Mas para ser uma lufada de ar fresco no meio desta ETAR a céu aberto que é a política nacional.
Acontece que o senhor é um bocado tenebroso, com aquele olhar sempre de lado, falando como se estivesse sempre a remoer os restos do almoço, enfim.
Agora apareceu uma muito engraçada, obviamente uma notícia encomendadíssima, de que o senhor está prestes a ser despejado da sua sede de campanha em Lisboa, por falta de pagamento da renda.
Ora aqui está um bom argumento para votar neste senhor. Ora aqui está o único candidato que pode dizer que se identifica com o eleitorado, ao ponto de passar por um problema - dívidas, dificuldade em lhes fazer frente e uma ordem de despejo à vista - que assola muitos portugueses.

Não acho o gajo grande espingarda, é verdade. Mas respeito o seu percurso. E depois da desilusão da proposta do PC, do facto de Cavaco ser Cavaco e Alegre ser Alegre, enfim, a minha decisão fica bastante facilitada.

Feliz cumpleaños, Dieguito

Sentida e respeitosa homenagem dupla do Vodka Atónito, que se curva perante o maior de todos.



A Austeridade

Enfim, eu sei que tem que ser. Eu sei que o Estado e tal, gasta mais do que tem, etc.
Eu sei isso tudo.
Só há uma coisa que me incomoda.
É que esta malta fala como se isto até aqui tivesse sido um espectáculo, em regabofe, um país no qual o Estado distribui Porsches pelas pessoas (aaah..., bom, ignorem os boys socialistas), um país no qual a malta não tem que bulir nem pagar contas, enfim, um deboche total.
É que eu fui um dos poucos (aparentemente) que tinha de trabalhar para viver, pagava as contas e os impostos e não cagava numa retrete de ouro...

Coincidências

Este senhor que aqui vêem, é o António Borges. Além de laranja e a pessoa no mundo que se acha mais iluminada que todos (a seguir a Sócrates), é o novo responsável pelas actividades do FMI na Europa.
Tendo em atenção que, mais cedo ou mais tarde, será o FMI a mandar neste país, esta escolha não será uma coincidência.
Até estou a imaginar o Strauss-Kahn a tomar a decisão.
"Eh pá, tou a ver que aqueles tótós dos tugas não resolvem aquela palhaçada sozinhos. Temos que arranjar já um gajo para quando formos governo, pá. Ainda aí um rapaz, com bom ar e que percebe de números...como é que ele se chama?! Eh pá, liga ao gajo, e vê se ele é o tipo certo para nos liderar lá. Se sabe onde se come bem, onde se vai às meninas..."