Um bom ano
2005 foi, para mim, um bom ano.
Duro, difícil, problemático, e por isso mesmo muito interessante.
Foi o ano em que finalmente perdi a vergonha e comecei a enviar livros para as editoras, para receber a temida rejeição.
Foi o ano em que recebi uma proposta para mudar de emprego, e que não tive medo de aceitar.
Foi o ano em que arranjei o meu gato, que já faz parte da casa tanto como eu.
Foi o ano em que muitos casais amigos se separaram, todos de forma surpreendente. Uns ficarão melhor, outros pior, mas todos fazem o seu caminho.
Foi o ano em que o meu pai foi operado ao coração e ficou internado após algumas complicações, e a primeira vez em que senti o medo real de o perder. Está vivo e bem, e agora sei bem a falta que ele me faria.
Foi um ano em que fui obrigado a estar vivo todos os segundos. Alerta, vivo, atento, sensível, duro, frágil e forte ao mesmo tempo.
Há um ano atrás, 2005 não me metia medo nenhum, porque eu sentia que seria um ano igual aos anteriores.
Felizmente não foi assim.
2006, que está prestes a começar, dá-me um medo do caraças por causa de todos os desafios que aí vêm, mas dá-me também uma pica desgraçada para os enfrentar.
E é assim que eu gosto.
Estou vivo.
Desejo-vos um óptimo 2006.
sexta-feira, 30 de dezembro de 2005
A culpa é obviamente do Sócrates
Segundo uma sondagem divulgada pelo Expresso, um milhão de portugueses, ou 10% do total, são homossexuais.
A pergunta que se impõe é: onde raio fez o Espesso esta tal sondagem?
a) na casa de banho do José Castelo Branco
b) no grupo parlamentar do CDS
c) no estádio de Alvalade, ou Alvaláxia ou lá o que é….
d) no Príncipe Real
e) no Conselho de Ministros
f) na redacção do Expresso
Segundo uma sondagem divulgada pelo Expresso, um milhão de portugueses, ou 10% do total, são homossexuais.
A pergunta que se impõe é: onde raio fez o Espesso esta tal sondagem?
a) na casa de banho do José Castelo Branco
b) no grupo parlamentar do CDS
c) no estádio de Alvalade, ou Alvaláxia ou lá o que é….
d) no Príncipe Real
e) no Conselho de Ministros
f) na redacção do Expresso
quinta-feira, 29 de dezembro de 2005
2005 v.3.0
Acontecimento do Ano (ex-quo) - Benfica Campeão Nacional, Vitória do Glorioso sobre o Manxêsta
Boa Noticia do Ano - Raviolli Ninja y su Alcagoita vão ser pais
Idiotices Tipicamente Lusas do Ano: Andaime Gigante de Natal na Praça do Comércio, Pão com Chouriço de 1 Km, Bolo-rei de uma tonelada
Milagre de São Santana e Beato Barroso do Ano - Maioria Absoluta do Partido Socialista
Santinha da Ladeira do Ano - Maria José Nogueira Pinto
Bardo do Ano - Manuel Alegre
Bardo Cego do Ano - Manuel Alegre p'lo facto de fazer um ode ao Figo, em vez de à esposa do dito cujo
Manuel Alegre do Ano - Manuel João Vieira
Fava do Ano - Cavaco Silva
Cú do Ano - Cú Méne e Cú Adriaanse
Agora Lambo este Cú do Ano - Luis Delgado
Não Há Cú para este Gajo do Ano - Eduardo Prado Coelho (since 1800's)
Cinematografias do Ano - Carlinhos e a Fábrica dos Chiculátes, Life Aquatic with Steve Zissou, Wallace & Grommit, Closer, The Hitchhikers Guide do Galaxy
Sonoros do Ano - Arcade Fire, Death From Above 1979, The Kills, Bloc Party
Sonoro Épico do Ano - The Mars Volta "Frances The Mute"
Filme Romântico com Zombies do Ano - Shaun of the Dead
Regresso do Zombie do Ano - Shaun Ryder
Comédia Britânica do Ano - Little Britain
Programa de TV do Ano - Na Roça com os Tachos
Joquim de Almeida do Ano - Joaquim de Almeida
Acontecimento do Ano (ex-quo) - Benfica Campeão Nacional, Vitória do Glorioso sobre o Manxêsta
Boa Noticia do Ano - Raviolli Ninja y su Alcagoita vão ser pais
Idiotices Tipicamente Lusas do Ano: Andaime Gigante de Natal na Praça do Comércio, Pão com Chouriço de 1 Km, Bolo-rei de uma tonelada
Milagre de São Santana e Beato Barroso do Ano - Maioria Absoluta do Partido Socialista
Santinha da Ladeira do Ano - Maria José Nogueira Pinto
Bardo do Ano - Manuel Alegre
Bardo Cego do Ano - Manuel Alegre p'lo facto de fazer um ode ao Figo, em vez de à esposa do dito cujo
Manuel Alegre do Ano - Manuel João Vieira
Fava do Ano - Cavaco Silva
Cú do Ano - Cú Méne e Cú Adriaanse
Agora Lambo este Cú do Ano - Luis Delgado
Não Há Cú para este Gajo do Ano - Eduardo Prado Coelho (since 1800's)
Cinematografias do Ano - Carlinhos e a Fábrica dos Chiculátes, Life Aquatic with Steve Zissou, Wallace & Grommit, Closer, The Hitchhikers Guide do Galaxy
Sonoros do Ano - Arcade Fire, Death From Above 1979, The Kills, Bloc Party
Sonoro Épico do Ano - The Mars Volta "Frances The Mute"
Filme Romântico com Zombies do Ano - Shaun of the Dead
Regresso do Zombie do Ano - Shaun Ryder
Comédia Britânica do Ano - Little Britain
Programa de TV do Ano - Na Roça com os Tachos
Joquim de Almeida do Ano - Joaquim de Almeida
quarta-feira, 28 de dezembro de 2005
Viagens na nossa terra
Depois de tanta especulação, afinal a casa do Almeida Garrett, ali em Campo de Ourique, vai mesmo ser demolida.
O nosso estimado Sacana Lopes, como é seu hábito, tinha entrado no processo como salvador da pátria e assegurado que a Câmara Municipal de Lisboa não deixaria que tal fosse por diante.
Ora acontece que tudo o que se passou então foram manobras dilatórias sem qualquer propósito.
E hoje veio a confirmação: vão deitar abaixo a casa de um dos maiores vultos da cultura portuguesa (para quem eu me estou um bocado a cagar, já agora).
Mas achei interessantes os argumentos da CM de Lisboa, pela voz da vereadora Gabriela Seara.
Basicamente, não há dinheiro para comprar a casa, até porque há outras prioridades (como o túnel do Marquês, talvez, ou para andar a meter cartazes de louvor ao executivo camarário).
Assim, fica tudo em águas de bacalhau, ou seja, vai em frente o projecto anterior para o sítio onde está a casa: um prédio de cinco pisos com apartamento luxuosos com garagem para estacionamento, projecto curiosamente aprovado pela Câmara Municipal de Lisboa.
É curioso que este post tenha começado por falar em especulação....
Depois de tanta especulação, afinal a casa do Almeida Garrett, ali em Campo de Ourique, vai mesmo ser demolida.
O nosso estimado Sacana Lopes, como é seu hábito, tinha entrado no processo como salvador da pátria e assegurado que a Câmara Municipal de Lisboa não deixaria que tal fosse por diante.
Ora acontece que tudo o que se passou então foram manobras dilatórias sem qualquer propósito.
E hoje veio a confirmação: vão deitar abaixo a casa de um dos maiores vultos da cultura portuguesa (para quem eu me estou um bocado a cagar, já agora).
Mas achei interessantes os argumentos da CM de Lisboa, pela voz da vereadora Gabriela Seara.
Basicamente, não há dinheiro para comprar a casa, até porque há outras prioridades (como o túnel do Marquês, talvez, ou para andar a meter cartazes de louvor ao executivo camarário).
Assim, fica tudo em águas de bacalhau, ou seja, vai em frente o projecto anterior para o sítio onde está a casa: um prédio de cinco pisos com apartamento luxuosos com garagem para estacionamento, projecto curiosamente aprovado pela Câmara Municipal de Lisboa.
É curioso que este post tenha começado por falar em especulação....
2005 (II)
Acontecimento do ano – Glorioso campeão.
Gaja do ano – Soraia Chaves (Isabel Figueira, a vencedora do ano anterior, foi desqualificada por ser ter casado com um parolo qualquer cujo nome não me lembro)
Feliz despedida do ano – Manuela Moura Guedes
Infeliz despedida do ano - George Best e, claro está, Tarzan Taborda
Disco do ano – You can have it so much better – Franz Ferdinand
Hemorróida do ano – Morangos com Açúcar (DZRT incluídos)
Concerto do ano – Emir Kusturica & the no smoking band – Coliseu, Janeiro
Kalimero do ano – Pedro Santana Lopes
Pinóquio do ano – José Sócrates
Filme do ano – Alice- Marco Martins
Blog do ano – Garfiar
Bosta do ano – TVI, pelo terceiro ano consecutivo
Prémio DZRT do ano – Da Weasel (tchiiiiii, eu sei, seu sei, sorry)
Banda do ano – Da Weasel (pela mais que justa consagração)
Personagem do ano – Inspector rola
Bezana do ano – 23/12/2005 – Bairro Alto (moscatel, tinto, medronho e cerveja), e uma nova pintura do passeio
Prémio “Ganda cabrão, sem saber ler nem escrever” do ano – César Peixoto
Acontecimento do ano – Glorioso campeão.
Gaja do ano – Soraia Chaves (Isabel Figueira, a vencedora do ano anterior, foi desqualificada por ser ter casado com um parolo qualquer cujo nome não me lembro)
Feliz despedida do ano – Manuela Moura Guedes
Infeliz despedida do ano - George Best e, claro está, Tarzan Taborda
Disco do ano – You can have it so much better – Franz Ferdinand
Hemorróida do ano – Morangos com Açúcar (DZRT incluídos)
Concerto do ano – Emir Kusturica & the no smoking band – Coliseu, Janeiro
Kalimero do ano – Pedro Santana Lopes
Pinóquio do ano – José Sócrates
Filme do ano – Alice- Marco Martins
Blog do ano – Garfiar
Bosta do ano – TVI, pelo terceiro ano consecutivo
Prémio DZRT do ano – Da Weasel (tchiiiiii, eu sei, seu sei, sorry)
Banda do ano – Da Weasel (pela mais que justa consagração)
Personagem do ano – Inspector rola
Bezana do ano – 23/12/2005 – Bairro Alto (moscatel, tinto, medronho e cerveja), e uma nova pintura do passeio
Prémio “Ganda cabrão, sem saber ler nem escrever” do ano – César Peixoto
Como uma conversa de Geeks evolui para uma conversa de Nerds
via msn
...
Steve Stall: Vi um disco externo na Fnac porreiro. Tinha interface próprio e tudo.
Raviolli_Ninja: Esse é bué fixe, dá para Wireless ou Lan normal. Dá para pôr a casa toda mandar merdas para lá.
Steve Stall: O Exaustor a fazer backups. Ao fim do ano apresentava relatório.
Raviolli_Ninja: "Emissão de 500 Kg de dióxido de carbono, vai ser reportado ao Tratado de Quioto".
Raviolli_Ninja: Ao fim de 30 minutos tinhas uns polícias a dar-te com cacetetes na cabeça.
Steve Stall: Trabalha caralho.
via msn
...
Steve Stall: Vi um disco externo na Fnac porreiro. Tinha interface próprio e tudo.
Raviolli_Ninja: Esse é bué fixe, dá para Wireless ou Lan normal. Dá para pôr a casa toda mandar merdas para lá.
Steve Stall: O Exaustor a fazer backups. Ao fim do ano apresentava relatório.
Raviolli_Ninja: "Emissão de 500 Kg de dióxido de carbono, vai ser reportado ao Tratado de Quioto".
Raviolli_Ninja: Ao fim de 30 minutos tinhas uns polícias a dar-te com cacetetes na cabeça.
Steve Stall: Trabalha caralho.
terça-feira, 27 de dezembro de 2005
2005
Blog do Ano: Rititi
Pior Blog do Ano: Barnabé
Metralhas do Ano: Isaltino, Fátima, Valentim e Avelino
Salada de Putas do Ano: Apito Dourado
Presumível Inocente do Ano: Paulo Pedroso
Boato do Ano: Afinal, o José Sócrates é mesmo paneleiro
Burla do Ano: A promessa do PS de não aumentar os impostos
Deputado do Ano: António Filipe
Assalto à mão armada do Ano: Projectos da OTA e do TGV
Não Assalto do Ano: Arrastão de Carcavelos
Ratazana de Igreja do Ano: João César das Neves
Inferno do Ano: Paris
Filme do Ano: Million Dollar Baby
Disco do Ano: Funeral, dos Arcade Fire
Frase Freak do Ano: "Olá, eu sou o Zé Milho dos Dzert"
Frase Porno do Ano: “Vai dizer à tua mãe que não gostas”
Blog do Ano: Rititi
Pior Blog do Ano: Barnabé
Metralhas do Ano: Isaltino, Fátima, Valentim e Avelino
Salada de Putas do Ano: Apito Dourado
Presumível Inocente do Ano: Paulo Pedroso
Boato do Ano: Afinal, o José Sócrates é mesmo paneleiro
Burla do Ano: A promessa do PS de não aumentar os impostos
Deputado do Ano: António Filipe
Assalto à mão armada do Ano: Projectos da OTA e do TGV
Não Assalto do Ano: Arrastão de Carcavelos
Ratazana de Igreja do Ano: João César das Neves
Inferno do Ano: Paris
Filme do Ano: Million Dollar Baby
Disco do Ano: Funeral, dos Arcade Fire
Frase Freak do Ano: "Olá, eu sou o Zé Milho dos Dzert"
Frase Porno do Ano: “Vai dizer à tua mãe que não gostas”
quinta-feira, 22 de dezembro de 2005
Prémio José Hermano Saraiva 2005
Vai para Ribeiro e Castro, presidente interino do CDS/PP, que defendeu a perigosa ligação entre a esquerda e os fenómenos terroristas que se vivem no mundo.
“A esquerda tem responsabilidades em grandes males do mundo. Isso é indiscutível. É importante que a esquerda se saiba libertar dessas suas referências tremendas de violência, crueldade e intolerância”, afirmou o tipo, fazendo referência a Che Guevara, que é alvo de uma admiração juvenil que Ribeiro e Castro considera “preocupante”.
E ele vai mais longe.
Che Guevara é “um dos grandes assassinos do final do Século XX”, o que é uma afirmação particularmente adequada visto que o revolucionário argentino só foi assassinado em 1967….
Vai para Ribeiro e Castro, presidente interino do CDS/PP, que defendeu a perigosa ligação entre a esquerda e os fenómenos terroristas que se vivem no mundo.
“A esquerda tem responsabilidades em grandes males do mundo. Isso é indiscutível. É importante que a esquerda se saiba libertar dessas suas referências tremendas de violência, crueldade e intolerância”, afirmou o tipo, fazendo referência a Che Guevara, que é alvo de uma admiração juvenil que Ribeiro e Castro considera “preocupante”.
E ele vai mais longe.
Che Guevara é “um dos grandes assassinos do final do Século XX”, o que é uma afirmação particularmente adequada visto que o revolucionário argentino só foi assassinado em 1967….
Eye of the tiger
Sylsvester Stallone, o actor que está a filmar o sexto filme da grande saga Rocky, desmaiou em pleno set, ao levar “uma forte pancada na cabeça”.
Que se calem as línguas maldosas que dizem que o Sly está velho demais para ressuscitar Rocky Balboa: o homem levantou-se, partiu a boca toda ao Ivan Drago, roubou os colares ao Mr. T, desancou toda a equipa de filmagens (menos o produtor, que conseguiu fugir) e acabou a cena a gritar pelo camafeu da sua esposa: AAAAAAAADDRRRIIIIIIIIAAAAAAAAAAAAAAANNNN!!!!!!
Sylsvester Stallone, o actor que está a filmar o sexto filme da grande saga Rocky, desmaiou em pleno set, ao levar “uma forte pancada na cabeça”.
Que se calem as línguas maldosas que dizem que o Sly está velho demais para ressuscitar Rocky Balboa: o homem levantou-se, partiu a boca toda ao Ivan Drago, roubou os colares ao Mr. T, desancou toda a equipa de filmagens (menos o produtor, que conseguiu fugir) e acabou a cena a gritar pelo camafeu da sua esposa: AAAAAAAADDRRRIIIIIIIIAAAAAAAAAAAAAAANNNN!!!!!!
Quem sabe sabe
O BES queria fazer nevar no Marquês de Pombal, embora eu pessoalmente preferisse que trouxessem o calor da Jamaica à baixa lisboeta.
Infelizmente, os transeuntes que se aglomeravam na rotunda central da nossa querida cidade, ficaram a ver navios, isto é, não viram neve alguma, apenas dois atropelamentos (apenas um mortal) e quatro acidentes (um deles em cadeia).
Isto porque o banco, sabendo do domínio laranja na Câmara de Lisboa se “esqueceu” de pedir uma autorização necessária para o efeito.
Eu não percebo por que raio uma Câmara que escavaca a cidade inteira para fazer a merda de um túnel inútil, e caga de alto para o estudo de impacto ambiental obrigatório, decide agora limitar esta magnífica acção promocional do BES.
E pensar que para abater sobreiros protegidos basta uma machadinha……
O BES queria fazer nevar no Marquês de Pombal, embora eu pessoalmente preferisse que trouxessem o calor da Jamaica à baixa lisboeta.
Infelizmente, os transeuntes que se aglomeravam na rotunda central da nossa querida cidade, ficaram a ver navios, isto é, não viram neve alguma, apenas dois atropelamentos (apenas um mortal) e quatro acidentes (um deles em cadeia).
Isto porque o banco, sabendo do domínio laranja na Câmara de Lisboa se “esqueceu” de pedir uma autorização necessária para o efeito.
Eu não percebo por que raio uma Câmara que escavaca a cidade inteira para fazer a merda de um túnel inútil, e caga de alto para o estudo de impacto ambiental obrigatório, decide agora limitar esta magnífica acção promocional do BES.
E pensar que para abater sobreiros protegidos basta uma machadinha……
quarta-feira, 21 de dezembro de 2005
segunda-feira, 19 de dezembro de 2005
Ganda Maluco
O deputado João Almeida foi ontem eleito, pela quarta vez, líder da Juventude Popular.
O jovem (?) mostra que já entrou no caixote do lixo do século XXI, e diz que pretende “conquistar a geração que vê os Morangos com Açúcar, que usa o Messenger e o Hi5 e que saca músicas da Internet”.
O Vodka aproveita esta ocasião para deixar os parabéns a esse ser, cuja maior qualidade é ter o penteado mais ridículo desde o Marquês de Pombal.
O deputado João Almeida foi ontem eleito, pela quarta vez, líder da Juventude Popular.
O jovem (?) mostra que já entrou no caixote do lixo do século XXI, e diz que pretende “conquistar a geração que vê os Morangos com Açúcar, que usa o Messenger e o Hi5 e que saca músicas da Internet”.
O Vodka aproveita esta ocasião para deixar os parabéns a esse ser, cuja maior qualidade é ter o penteado mais ridículo desde o Marquês de Pombal.
KO Computer
O plano tecnológico, esse insondável mistério, foi uma das bandeiras eleitorais de Sócrates, um bocado como foi o Jardel para o Vilarinho. Tal como nesse outro caso, parece que tudo não passou de fogo de vista.
Senão vejamos: o primeiro coordenador, José Tavares, foi descrito como o maior génio desde Da Vinci, mas saiu sem fazer fosse o que fosse; o segundo, um tal de Lebre de Freitas, outro técnico fabuloso, saiu menos de um mês depois, sem mostrar serviço de qualquer espécie.
Até que entrou o salvador, um tal de Carlos Zorrinho.
Não é técnico, embora saiba mandar sms e e-mails, mas tem uma qualidade que o coloca à frente de toda a gente: é um boy.
Portugal tem esta incompreensível fixação pelos políticos, considerando-os capazes de todas as tarefas, por mais específicas que sejam.
E assim segue a banda, que é Natal e coisa e tal, com o Jardel de José Sócrates completamente ferido de morte.
O plano tecnológico, esse insondável mistério, foi uma das bandeiras eleitorais de Sócrates, um bocado como foi o Jardel para o Vilarinho. Tal como nesse outro caso, parece que tudo não passou de fogo de vista.
Senão vejamos: o primeiro coordenador, José Tavares, foi descrito como o maior génio desde Da Vinci, mas saiu sem fazer fosse o que fosse; o segundo, um tal de Lebre de Freitas, outro técnico fabuloso, saiu menos de um mês depois, sem mostrar serviço de qualquer espécie.
Até que entrou o salvador, um tal de Carlos Zorrinho.
Não é técnico, embora saiba mandar sms e e-mails, mas tem uma qualidade que o coloca à frente de toda a gente: é um boy.
Portugal tem esta incompreensível fixação pelos políticos, considerando-os capazes de todas as tarefas, por mais específicas que sejam.
E assim segue a banda, que é Natal e coisa e tal, com o Jardel de José Sócrates completamente ferido de morte.
sexta-feira, 16 de dezembro de 2005
Padre Malícias
Contam-me – que eu não vi – que, ontem, no debate entre o Jerónimo Sousa e o Francisco Louçã, este último terá aproveitado a sua intervenção final para elogiar João Amaral e Lino de Carvalho.
Assenta bem a Louçã esta prática tão portuguesa de elogiar mortos depois de mortos!
No Abrupto, Pacheco Pereira classifica o acto de oportunismo político. Eufemístico, parece-me, considerando o historial do líder bloquista.
São correntes em Louçã os laivos de desbragado moralismo. Lembremo-nos, por exemplo, do debate em que proibiu a Paulo Portas de falar da vida por nunca ter sido pai.
Ontem, não fugiu à regra. Invocou as capacidades de dois inteligentes homens, como que querendo lembrar aos vivos, olhos nos olhos, que tempos houve em que existiam comunistas bons e que a ele, Francisco, homem impoluto neste mundo de esquerdas sectárias, cabe a invocação da boa palavra e das boas memórias da esquerda.
Ontem, no gesto firme e calculado da sua última intervenção, Louçã fez muito mais que oportunismo político. Da minha parte, agradeço-lhe não só a homenagem (lamentavelmente póstuma) feita a dois comunistas, mas sobretudo o seu contributo na fundação de uma nova doutrina de esquerda: o trotsquismo mórbido.
Obrigado, Francisco.
Contam-me – que eu não vi – que, ontem, no debate entre o Jerónimo Sousa e o Francisco Louçã, este último terá aproveitado a sua intervenção final para elogiar João Amaral e Lino de Carvalho.
Assenta bem a Louçã esta prática tão portuguesa de elogiar mortos depois de mortos!
No Abrupto, Pacheco Pereira classifica o acto de oportunismo político. Eufemístico, parece-me, considerando o historial do líder bloquista.
São correntes em Louçã os laivos de desbragado moralismo. Lembremo-nos, por exemplo, do debate em que proibiu a Paulo Portas de falar da vida por nunca ter sido pai.
Ontem, não fugiu à regra. Invocou as capacidades de dois inteligentes homens, como que querendo lembrar aos vivos, olhos nos olhos, que tempos houve em que existiam comunistas bons e que a ele, Francisco, homem impoluto neste mundo de esquerdas sectárias, cabe a invocação da boa palavra e das boas memórias da esquerda.
Ontem, no gesto firme e calculado da sua última intervenção, Louçã fez muito mais que oportunismo político. Da minha parte, agradeço-lhe não só a homenagem (lamentavelmente póstuma) feita a dois comunistas, mas sobretudo o seu contributo na fundação de uma nova doutrina de esquerda: o trotsquismo mórbido.
Obrigado, Francisco.
quinta-feira, 15 de dezembro de 2005
sexta-feira, 9 de dezembro de 2005
Pró Natal, o meu presente………
…eu quero que seja, e coiso e tal.
Ok.
Quando eu era puto, gostava do Natal. Faz sentido gostar do Natal quando se é puto. Depois, quando gastas mais em prendas do que o valor das que recebes, não só estás velho como o Natal deixa de fazer sentido.
Pior ainda, há quem diga que só então começas a “apreciar o verdadeiro espírito do Natal”.
Que fique claro, o verdadeiro espírito do Natal ou é uma merda ou não existe, ainda não me decidi.
O Natal, aquilo a que chamamos Natal, tem três vantagens: a) há um dia que é feriado; b) comes e bebes que nem uma besta; c) as pessoas dão-te prendas.
Como desvantagens há pelo menos 150, mas elenco as mais básicas, no meu modesto entender.
a) É suposto dares moedas aos desgraçadinhos do metro, aqueles que passaste o ano todo a ignorar, e apenas por ser Natal
b) A gaja lá de casa entra realmente no transe natalício e quer fazer uma árvore de Natal, não percebendo a tua completa falta de entusiasmo pelo ritual
c) Tens que estar com a família que não vês há um ano e que, muito francamente, preferes não ver
d) Pior, tens que passar a noite de Natal com eles, e aturar o cunhado atrasado mental, pelo simples facto de ser Natal
e) As ruas estão cheias de gente, que desce das montanhas para a visita anual à cidade
f) Está frio
g) Às vezes chove
h) Às vezes está frio e chove
i) Às vezes está frio, chove e faz vento
j) É Natal
Quando eu era puto gostava do Natal, e gostava por causa das prendas e porque era o centro das atenções. Lembro-me de desejar muito um carrinho foleiro que havia numa papelaria do meu bairro, na Parede, e a minha mãe acabou por mo oferecer, e eu adorei.
Recebi algumas vezes “A Minha Agenda”, que era um bocado gay para rapaz, mas gostei. Porque o melhor do Natal, aliás, a única coisa vagamente aceitável no Natal, são as prendas.
E hoje dei por mim a pensar nas prendas que sempre desejei e acabei por não receber (pelo menos até agora, nunca se sabe).
Deixo-as aqui, por ordem de importância/cobiça.
1- O barco dos piratas da Playmobil
2- Um carro telecomandado da Nikko
3- Uma verdadeira bola de cautchú (que recebi infelizmente demasiado tarde)
4- Uma fisga a sério
5- A Carmen Electra
6 - O castelo dos cóbóis da Palymobil
7- Um iPod (que merda burguesa).
…eu quero que seja, e coiso e tal.
Ok.
Quando eu era puto, gostava do Natal. Faz sentido gostar do Natal quando se é puto. Depois, quando gastas mais em prendas do que o valor das que recebes, não só estás velho como o Natal deixa de fazer sentido.
Pior ainda, há quem diga que só então começas a “apreciar o verdadeiro espírito do Natal”.
Que fique claro, o verdadeiro espírito do Natal ou é uma merda ou não existe, ainda não me decidi.
O Natal, aquilo a que chamamos Natal, tem três vantagens: a) há um dia que é feriado; b) comes e bebes que nem uma besta; c) as pessoas dão-te prendas.
Como desvantagens há pelo menos 150, mas elenco as mais básicas, no meu modesto entender.
a) É suposto dares moedas aos desgraçadinhos do metro, aqueles que passaste o ano todo a ignorar, e apenas por ser Natal
b) A gaja lá de casa entra realmente no transe natalício e quer fazer uma árvore de Natal, não percebendo a tua completa falta de entusiasmo pelo ritual
c) Tens que estar com a família que não vês há um ano e que, muito francamente, preferes não ver
d) Pior, tens que passar a noite de Natal com eles, e aturar o cunhado atrasado mental, pelo simples facto de ser Natal
e) As ruas estão cheias de gente, que desce das montanhas para a visita anual à cidade
f) Está frio
g) Às vezes chove
h) Às vezes está frio e chove
i) Às vezes está frio, chove e faz vento
j) É Natal
Quando eu era puto gostava do Natal, e gostava por causa das prendas e porque era o centro das atenções. Lembro-me de desejar muito um carrinho foleiro que havia numa papelaria do meu bairro, na Parede, e a minha mãe acabou por mo oferecer, e eu adorei.
Recebi algumas vezes “A Minha Agenda”, que era um bocado gay para rapaz, mas gostei. Porque o melhor do Natal, aliás, a única coisa vagamente aceitável no Natal, são as prendas.
E hoje dei por mim a pensar nas prendas que sempre desejei e acabei por não receber (pelo menos até agora, nunca se sabe).
Deixo-as aqui, por ordem de importância/cobiça.
1- O barco dos piratas da Playmobil
2- Um carro telecomandado da Nikko
3- Uma verdadeira bola de cautchú (que recebi infelizmente demasiado tarde)
4- Uma fisga a sério
5- A Carmen Electra
6 - O castelo dos cóbóis da Palymobil
7- Um iPod (que merda burguesa).
California Dreamin’
Cavaco Silva, o terror do bolo-rei, disse ontem que “Portugal pode ser a nova Califórnia da Europa”.
Se ele se está a referir a uma invasão de silicone estrategicamente implantado, sou totalmente a favor.
Mas, tirando umas ondas porreiras em Carcavelos e no Guincho, não estou bem a ver que raio quer isto dizer……
Cavaco Silva, o terror do bolo-rei, disse ontem que “Portugal pode ser a nova Califórnia da Europa”.
Se ele se está a referir a uma invasão de silicone estrategicamente implantado, sou totalmente a favor.
Mas, tirando umas ondas porreiras em Carcavelos e no Guincho, não estou bem a ver que raio quer isto dizer……
terça-feira, 6 de dezembro de 2005
Sugestão de Natal Old School
Na edição de 20 de Dezembro, o Blitz vai trazer a reedição do primeiro álbum dos Censurados, por mais uns euricos.
Com hinos como “Censurados”, “É difícil” ou “Os Animais”, esse é talvez o melhor trabalho de João Ribas e amigos.
Aqui fica a sugestão de prenda para os putos (como o meu irmão mais novo) que acham que os Limp Bizkit e outras merdas pré-fabricadas são “uma ganda cena”.
Na edição de 20 de Dezembro, o Blitz vai trazer a reedição do primeiro álbum dos Censurados, por mais uns euricos.
Com hinos como “Censurados”, “É difícil” ou “Os Animais”, esse é talvez o melhor trabalho de João Ribas e amigos.
Aqui fica a sugestão de prenda para os putos (como o meu irmão mais novo) que acham que os Limp Bizkit e outras merdas pré-fabricadas são “uma ganda cena”.
Caribean Flavour
Alberto João Jardim vai comemorar o 30º aniversário da Região Autónoma da Madeira, inaugurando praças com o seu nome e distribuindo pela populaça milhares de bandeirinhas alusivas à região, para que sejam empunhadas numa monumental procissão.
Nestas coisas, parece que o senhor Jardim aprendeu as lições de organização de um barbudo idoso lá para os lados das Américas, percebendo-se agora por que gosta tanto de falar nos “cubanos”…..
Alberto João Jardim vai comemorar o 30º aniversário da Região Autónoma da Madeira, inaugurando praças com o seu nome e distribuindo pela populaça milhares de bandeirinhas alusivas à região, para que sejam empunhadas numa monumental procissão.
Nestas coisas, parece que o senhor Jardim aprendeu as lições de organização de um barbudo idoso lá para os lados das Américas, percebendo-se agora por que gosta tanto de falar nos “cubanos”…..
segunda-feira, 5 de dezembro de 2005
quinta-feira, 1 de dezembro de 2005
Portugueses!
Segundo um estudo hoje divulgado, Portugal é apenas o oitavo maior consumidor mundial de álcool per capita. Isto é dramático, porque há sete países em que cada um desses felizardos bebe mais, em média, que os desgraçados portugueses.
E há mais.
Há um ano, à nossa frente estavam apenas a França e o Luxemburgo, países que, como toda a gente sabe, estão cheios de tugas.
Mas agora, todo esse trabalho se perdeu.
No entanto, eu acredito em Portugal. Eu acredito que, com o esforço de todos, podemos sair da cauda da Europa e voltar a estar entre os maiores bêbados do mundo.
Eu acredito. Acredito e conto com todos.
Portugal precisa de si.
Tenho dito.
Segundo um estudo hoje divulgado, Portugal é apenas o oitavo maior consumidor mundial de álcool per capita. Isto é dramático, porque há sete países em que cada um desses felizardos bebe mais, em média, que os desgraçados portugueses.
E há mais.
Há um ano, à nossa frente estavam apenas a França e o Luxemburgo, países que, como toda a gente sabe, estão cheios de tugas.
Mas agora, todo esse trabalho se perdeu.
No entanto, eu acredito em Portugal. Eu acredito que, com o esforço de todos, podemos sair da cauda da Europa e voltar a estar entre os maiores bêbados do mundo.
Eu acredito. Acredito e conto com todos.
Portugal precisa de si.
Tenho dito.
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