É desta que os fodemos a todos
Balboa confirmado no Glorioso!
quarta-feira, 25 de junho de 2008
Diário de dois benfiquistas angustiados
Johnny diz:
No pongolle!
Kowalski diz:
no me gusta al pongolle
Kowalski diz:
mi piace el ratito microli
Johnny diz:
balboa confirmado...
Kowalski diz:
o rocky?
Johnny diz:
no o Javier
Kowalski diz:
me gusta microli & aimar
Kowalski diz:
no me gusta ruben amorim & pongolle
Kowalski diz:
no connosco el pongolle
Johnny diz:
tiens qui tiener calma
Kowalski diz:
tengo calma hace muchos años, compañero de desgracia
Johnny diz:
ainda vamos tener un gran equipo
Johnny diz:
o not
Kowalski diz:
los galactivos del LFV
Johnny diz:
no el orelhas no poude tocar en lo equipo
Kowalski diz:
solo hace mierda
Johnny diz:
si
Kowalski diz:
oreja no piesca nada de ballon
Johnny diz:
mas tengo confianza em Rui
Johnny diz:
el maiestro!
Kowalski diz:
el maestro ha sido gran papado con cebolllita
Kowalski diz:
a ver lo que hace
Kowalski diz:
si traz lo aimar
Johnny diz:
o cebollita es un mercênário! cabron!
Kowalski diz:
pesetero!
Johnny diz:
e vai tener um tumor en los cojones!
Kowalski diz:
dos!
Kowalski diz:
el moreto dice que quiere volver
Johnny diz:
vai ah cagar!
Kowalski diz:
a cagar mui lejo!
Kowalski diz:
si me dan microli y aimar, soy contento
Johnny diz:
comier mierda!
Kowalski diz:
me cago en ceboliita
Johnny diz:
mui contento no pequeño bombardiêro
Johnny diz:
és lo mejor!
Kowalski diz:
enseñar a lo cardozo como jugar a la pelota
Johnny diz:
cardozo solo tiene que hacer o gol
Kowalski diz:
y lo hace bien!
Johnny diz:
de culo, de tolan... pueco mi importa
Johnny diz:
el micollo tiene que le dar los gols a marcar!
Kowalski diz:
si
Kowalski diz:
y partir los rins a los defensas, coitaditos
Johnny diz:
si coitaditos!
Johnny diz:
a ber...
Johnny diz:
jo sigo mui tranquilo...
Johnny diz:
no passa nada
Johnny diz:
que se fuda los media desportivos
Kowalski diz:
tiengo mucho miedo
Kowalski diz:
MUCHA CAGUFA
Johnny diz:
pior que este año no puede ser
Kowalski diz:
es dificil
Johnny diz:
e ao mienos no tenemos que ouvir lo orejas
Kowalski diz:
bueno, vamos a salir a ganar
Kowalski diz:
cojones
Johnny diz:
assi lo espiero
Johnny diz:
tenemos que despaxar los cranquios
Johnny diz:
todos...
Kowalski diz:
los luis felipes e zoros
Johnny diz:
si todos
Johnny diz:
ponelos en la sanitia e puchar lo toclismo... lol
Johnny diz:
No pongolle!
Kowalski diz:
no me gusta al pongolle
Kowalski diz:
mi piace el ratito microli
Johnny diz:
balboa confirmado...
Kowalski diz:
o rocky?
Johnny diz:
no o Javier
Kowalski diz:
me gusta microli & aimar
Kowalski diz:
no me gusta ruben amorim & pongolle
Kowalski diz:
no connosco el pongolle
Johnny diz:
tiens qui tiener calma
Kowalski diz:
tengo calma hace muchos años, compañero de desgracia
Johnny diz:
ainda vamos tener un gran equipo
Johnny diz:
o not
Kowalski diz:
los galactivos del LFV
Johnny diz:
no el orelhas no poude tocar en lo equipo
Kowalski diz:
solo hace mierda
Johnny diz:
si
Kowalski diz:
oreja no piesca nada de ballon
Johnny diz:
mas tengo confianza em Rui
Johnny diz:
el maiestro!
Kowalski diz:
el maestro ha sido gran papado con cebolllita
Kowalski diz:
a ver lo que hace
Kowalski diz:
si traz lo aimar
Johnny diz:
o cebollita es un mercênário! cabron!
Kowalski diz:
pesetero!
Johnny diz:
e vai tener um tumor en los cojones!
Kowalski diz:
dos!
Kowalski diz:
el moreto dice que quiere volver
Johnny diz:
vai ah cagar!
Kowalski diz:
a cagar mui lejo!
Kowalski diz:
si me dan microli y aimar, soy contento
Johnny diz:
comier mierda!
Kowalski diz:
me cago en ceboliita
Johnny diz:
mui contento no pequeño bombardiêro
Johnny diz:
és lo mejor!
Kowalski diz:
enseñar a lo cardozo como jugar a la pelota
Johnny diz:
cardozo solo tiene que hacer o gol
Kowalski diz:
y lo hace bien!
Johnny diz:
de culo, de tolan... pueco mi importa
Johnny diz:
el micollo tiene que le dar los gols a marcar!
Kowalski diz:
si
Kowalski diz:
y partir los rins a los defensas, coitaditos
Johnny diz:
si coitaditos!
Johnny diz:
a ber...
Johnny diz:
jo sigo mui tranquilo...
Johnny diz:
no passa nada
Johnny diz:
que se fuda los media desportivos
Kowalski diz:
tiengo mucho miedo
Kowalski diz:
MUCHA CAGUFA
Johnny diz:
pior que este año no puede ser
Kowalski diz:
es dificil
Johnny diz:
e ao mienos no tenemos que ouvir lo orejas
Kowalski diz:
bueno, vamos a salir a ganar
Kowalski diz:
cojones
Johnny diz:
assi lo espiero
Johnny diz:
tenemos que despaxar los cranquios
Johnny diz:
todos...
Kowalski diz:
los luis felipes e zoros
Johnny diz:
si todos
Johnny diz:
ponelos en la sanitia e puchar lo toclismo... lol
domingo, 22 de junho de 2008
Primeira e última lição, Sr. Costa
Aquele que foi o melhor jogador do Glorioso na última época vai para o FC Porto. Nada de especial, apenas este facto. A coisa não é estranha, já aconteceu algumas vezes, mas desta parece que custa mais.
Em primeiro lugar, porque a estratégia do Benfica para a próxima época está a conseguir ter menos lógica estratégica que em qualquer das épocas anteriores, o que eu achava impossível ou, pelo menos, muito, muito difícil.
E ora aí está.
Ruben Amorim, um queque que tem medo da bola, Jorge Ribeiro, um camionista, e depois uns franceses da segunda divisão, um argelino que joga não sei onde, e pouco mais.
Depois, porque esta é a primeira temporada a ser preparada por Rui Costa, e não se está a ver nada de melhor, o que é no mínimo curioso. É verdade que foi buscar um treinador que, à partida, promete, mas jogadores é só merda. Ainda não despachámos o camião de cancros que lá temos no balneário, só comprámos bosta, e ainda oferecemos o nosso melhor jogador ao Porto.
Dizem que o Rodriguez tinha tudo apalavrado com o Benfica e que, à última hora, quis o dobro. Diz também que o senhor queria tudo limpo, receber através de uma offshore, o que é ilegal em Portugal. E diz que apareceu o Porto a dar isto e ainda mais, e que ele lá foi.
Para Rodriguez, um agradecimento pelo trabalho na última época e um desejo para o futuro: que tenhas um tumor nos tomates, hijo de puta.
Para o Senhor Rui Costa, um simples alerta: bemvindo ao futebol português. Deixa de ser menino, porque no actual clima Benfica/Porto acabaste de dar mais uma machadada na nossa auto-estima. Abre a pestana e depressa, porque cometeste um erro que o Sr. Veiga nunca cometeria. Já chega de o Benfica servir de olheiro do Porto, ir buscar jogadores em negócios ruinosos e depois o Porto os aproveitar. Basta. Basta de incompetência.
Quanto ao Porto, tudo certo. Se esse clube consegue corromper os árbitros, ser condenado, assumir que o fez ao não recorrer, e acabar a ser defendido por meio país como se estivesse a ser vítima de uma terrível conspiração, é óbvio que burlar o fisco português não tem mal nenhum.
Sr. Costa, acorde para a vida. Queremos títulos.
A não ser que a estratégia seja, finalmente, retirar ao nosso presidente qualquer veleidade de dizer que temos uma equipa fabulosa. Com a merda de plantel que temos, quero vê-lo a dizer isso sem se rir.
Saudações benfiquistas.
Aquele que foi o melhor jogador do Glorioso na última época vai para o FC Porto. Nada de especial, apenas este facto. A coisa não é estranha, já aconteceu algumas vezes, mas desta parece que custa mais.
Em primeiro lugar, porque a estratégia do Benfica para a próxima época está a conseguir ter menos lógica estratégica que em qualquer das épocas anteriores, o que eu achava impossível ou, pelo menos, muito, muito difícil.
E ora aí está.
Ruben Amorim, um queque que tem medo da bola, Jorge Ribeiro, um camionista, e depois uns franceses da segunda divisão, um argelino que joga não sei onde, e pouco mais.
Depois, porque esta é a primeira temporada a ser preparada por Rui Costa, e não se está a ver nada de melhor, o que é no mínimo curioso. É verdade que foi buscar um treinador que, à partida, promete, mas jogadores é só merda. Ainda não despachámos o camião de cancros que lá temos no balneário, só comprámos bosta, e ainda oferecemos o nosso melhor jogador ao Porto.
Dizem que o Rodriguez tinha tudo apalavrado com o Benfica e que, à última hora, quis o dobro. Diz também que o senhor queria tudo limpo, receber através de uma offshore, o que é ilegal em Portugal. E diz que apareceu o Porto a dar isto e ainda mais, e que ele lá foi.
Para Rodriguez, um agradecimento pelo trabalho na última época e um desejo para o futuro: que tenhas um tumor nos tomates, hijo de puta.
Para o Senhor Rui Costa, um simples alerta: bemvindo ao futebol português. Deixa de ser menino, porque no actual clima Benfica/Porto acabaste de dar mais uma machadada na nossa auto-estima. Abre a pestana e depressa, porque cometeste um erro que o Sr. Veiga nunca cometeria. Já chega de o Benfica servir de olheiro do Porto, ir buscar jogadores em negócios ruinosos e depois o Porto os aproveitar. Basta. Basta de incompetência.
Quanto ao Porto, tudo certo. Se esse clube consegue corromper os árbitros, ser condenado, assumir que o fez ao não recorrer, e acabar a ser defendido por meio país como se estivesse a ser vítima de uma terrível conspiração, é óbvio que burlar o fisco português não tem mal nenhum.
Sr. Costa, acorde para a vida. Queremos títulos.
A não ser que a estratégia seja, finalmente, retirar ao nosso presidente qualquer veleidade de dizer que temos uma equipa fabulosa. Com a merda de plantel que temos, quero vê-lo a dizer isso sem se rir.
Saudações benfiquistas.
sexta-feira, 20 de junho de 2008
O BODE EXPIATÓRIO II
É verdade. Não há volta a dar-lhe. Não vale a pena dizer que o Quim se lesionou, blá blá blá. Toda a gente sabe que o Scolari iria sempre apostar no Ricardo. A culpa não é do frangueiro lagarto, mas nem com o fim da sombra de Quim (via lesão), Ricardo conseguiu ganhar confiança. Dos 3 golos que levámos dos alemães, dois foram culpa, pelo menos parcialmente, dele. Então o último, aquele que acabou com o jogo, teria sido hilariante, se não nos tivesse acontecido a nós.
Toda a gente só se lembra dos penaltis e do jogo com a Inglaterra. Mas, se pensarem um bocadinho, lembrar-se-ão que, na final contra a Grécia, perdemos com um golo igualzinho ao último contra a Alemanha. Custou-nos o Europeu. Espero que tenha a dignididade de levar aquela vozinha de panasca para o raio que o parta e abandone finalmente a Selecção.
É verdade. Não há volta a dar-lhe. Não vale a pena dizer que o Quim se lesionou, blá blá blá. Toda a gente sabe que o Scolari iria sempre apostar no Ricardo. A culpa não é do frangueiro lagarto, mas nem com o fim da sombra de Quim (via lesão), Ricardo conseguiu ganhar confiança. Dos 3 golos que levámos dos alemães, dois foram culpa, pelo menos parcialmente, dele. Então o último, aquele que acabou com o jogo, teria sido hilariante, se não nos tivesse acontecido a nós.
Toda a gente só se lembra dos penaltis e do jogo com a Inglaterra. Mas, se pensarem um bocadinho, lembrar-se-ão que, na final contra a Grécia, perdemos com um golo igualzinho ao último contra a Alemanha. Custou-nos o Europeu. Espero que tenha a dignididade de levar aquela vozinha de panasca para o raio que o parta e abandone finalmente a Selecção.
quinta-feira, 19 de junho de 2008
O BODE EXPIATÓRIO I
Agora que se vai embora, é tempo de balanço, que não será feita agora. Agora é tempo de o criticar, de lhe bater, de mandar vir, porque realmente fez muita merda.
Sobretudo no que toca ao treino e à táctica, que infelizmente são coisas importantes num treinador.
Saímos do Europeu com duas derrotas e duas vitórias, uma competição que, em termos de jogadores, tínhamos condições para ganhar. A equipa contra a Suíça foi um equívoco, porque minou a confiança dos jogadores e lhes retirou a possibilidade de fazer mais um jogo em conjunto (a equipa A). Há uma competição destas de dois em dois anos, e ele está a tentar fazer descansar jogadores?! Pronto, lixou-se e lixou-nos, uma vez que a poupança acabou por sair cara. Portugal entrou em campo, contra a Alemanha, encolhido, com medo, a ver como paravam as modas. Portugal jogou como sempre joga, seja contra a Itália ou contra San Marino, o mesmo modelo, a mesma táctica, tudo igual. A Alemanha surpreendeu-nos pela positiva, porque o seu treinador tem mais de meio neurónio. Equipa mal montada, a nossa, e substituições fabulosas. Gostei sobretudo de quando nós, a perdermos por 3-1, tirámos o Nuno Gomes para metermos o Nani, esse grande ponta de lança. Acabámos a mandar bolas para a área, e o Postiga fez o que pôde. Lamento, mas não é admissível estarmos a perder, num jogo a eliminar, e acabarmos apenas com um avançado em campo. Chamem-me antiquado, mas é assim.
Scolari sai, e ainda bem. Com a sua mentalidade pequenina nunca nos levaria onde podemos ir, ao lugar mais elevado.
Duas notas sobre jogadores: Deco tentou levar a equipa às costas; Ronaldo fez um Europeu medíocre. Os grandes jogadores têm de aparecer quando são precisos, e não quando querem.
Agora que se vai embora, é tempo de balanço, que não será feita agora. Agora é tempo de o criticar, de lhe bater, de mandar vir, porque realmente fez muita merda.
Sobretudo no que toca ao treino e à táctica, que infelizmente são coisas importantes num treinador.
Saímos do Europeu com duas derrotas e duas vitórias, uma competição que, em termos de jogadores, tínhamos condições para ganhar. A equipa contra a Suíça foi um equívoco, porque minou a confiança dos jogadores e lhes retirou a possibilidade de fazer mais um jogo em conjunto (a equipa A). Há uma competição destas de dois em dois anos, e ele está a tentar fazer descansar jogadores?! Pronto, lixou-se e lixou-nos, uma vez que a poupança acabou por sair cara. Portugal entrou em campo, contra a Alemanha, encolhido, com medo, a ver como paravam as modas. Portugal jogou como sempre joga, seja contra a Itália ou contra San Marino, o mesmo modelo, a mesma táctica, tudo igual. A Alemanha surpreendeu-nos pela positiva, porque o seu treinador tem mais de meio neurónio. Equipa mal montada, a nossa, e substituições fabulosas. Gostei sobretudo de quando nós, a perdermos por 3-1, tirámos o Nuno Gomes para metermos o Nani, esse grande ponta de lança. Acabámos a mandar bolas para a área, e o Postiga fez o que pôde. Lamento, mas não é admissível estarmos a perder, num jogo a eliminar, e acabarmos apenas com um avançado em campo. Chamem-me antiquado, mas é assim.
Scolari sai, e ainda bem. Com a sua mentalidade pequenina nunca nos levaria onde podemos ir, ao lugar mais elevado.
Duas notas sobre jogadores: Deco tentou levar a equipa às costas; Ronaldo fez um Europeu medíocre. Os grandes jogadores têm de aparecer quando são precisos, e não quando querem.
quarta-feira, 18 de junho de 2008
O preconceito via messenger II
Kowalski diz:
O público tem uma foto mto ternurenta de duas fufas idosas a beijarem-se
:: f r e d :: diz:
eu vi isso ontem nas noticias, nos EUA, né?
:: f r e d :: diz:
cadavéricas, sugadinhas, mas é bonito
:: f r e d :: diz:
como será eu elas passam os serões...?
:: f r e d :: diz:
a jogar à bisca lambida?
Kowalski diz:
ahahahaha
Kowalski diz:
"ó querida, deixa-me tirar-te as meias de descanso"
:: f r e d :: diz:
apetece-te algo, lquerida...? um clister?
Kowalski diz:
Tchiiiiiiiiiii
Kowalski diz:
O público tem uma foto mto ternurenta de duas fufas idosas a beijarem-se
:: f r e d :: diz:
eu vi isso ontem nas noticias, nos EUA, né?
:: f r e d :: diz:
cadavéricas, sugadinhas, mas é bonito
:: f r e d :: diz:
como será eu elas passam os serões...?
:: f r e d :: diz:
a jogar à bisca lambida?
Kowalski diz:
ahahahaha
Kowalski diz:
"ó querida, deixa-me tirar-te as meias de descanso"
:: f r e d :: diz:
apetece-te algo, lquerida...? um clister?
Kowalski diz:
Tchiiiiiiiiiii
O preconceito via messenger I
Kowalski diz:
O público tem uma foto mto ternurenta de duas fufas idosas a beijarem-se
Kowalski diz:
não quero ser preconceituoso, mas
Kowalski diz:
era desnecessário
O Ímpio e Infiel Inspector Rôla diz:
credo
O Ímpio e Infiel Inspector Rôla diz:
ca noijo
Kowalski diz:
pois
Kowalski diz:
ainda bem que foste tu que disseste
Kowalski diz:
tu é que és o preconceituoso cabrão
O Ímpio e Infiel Inspector Rôla diz:
pois sou
Kowalski diz:
eu limitei-me a constatar o óbvio
O Ímpio e Infiel Inspector Rôla diz:
fufas.. só novas e boas
Kowalski diz:
é o fim das fufas enquanto mito sexual
Kowalski diz:
exactamente
O Ímpio e Infiel Inspector Rôla diz:
ehehhe
Kowalski diz:
novas, boas, e abertas a novas experiências
Kowalski diz:
O público tem uma foto mto ternurenta de duas fufas idosas a beijarem-se
Kowalski diz:
não quero ser preconceituoso, mas
Kowalski diz:
era desnecessário
O Ímpio e Infiel Inspector Rôla diz:
credo
O Ímpio e Infiel Inspector Rôla diz:
ca noijo
Kowalski diz:
pois
Kowalski diz:
ainda bem que foste tu que disseste
Kowalski diz:
tu é que és o preconceituoso cabrão
O Ímpio e Infiel Inspector Rôla diz:
pois sou
Kowalski diz:
eu limitei-me a constatar o óbvio
O Ímpio e Infiel Inspector Rôla diz:
fufas.. só novas e boas
Kowalski diz:
é o fim das fufas enquanto mito sexual
Kowalski diz:
exactamente
O Ímpio e Infiel Inspector Rôla diz:
ehehhe
Kowalski diz:
novas, boas, e abertas a novas experiências
A verdade
Nunca fui gajo de fazer promessas. A mim próprio fiz uma única, a que teria sucesso enquanto escritor antes dos 30, a idade que tenho agora. Eu tinha 22. Antes disso, o meu coração partiu-se, e desde então tenho a cabeça cheia de livros e folhas mortas. Desde lá escrevi três livros, dois deles rejeitados, à vez, por cinco editoras.
Pior que tudo, olho para o que fiz, que me saiu das veias, e penso se serei capaz de voltar a aprisionar aquela intensidade, aquela, em muitas circunstâncias, absoluta verdade comigo mesmo e que só nos livros sai.
Penso, também, que se calhar não valho a ponta dum corno, na única coisa em que defini para mim próprio, aquilo que me faria chegar lá, para além das 12 horas de trabalho por dia, que pagam a conta da mercearia. Sem saber bem como, sou realmente bom nesse trabalho que paga a mercearia, apesar de o ter sempre encarado como algo para fazer e ganhar dinheiro enquanto ninguém descobre o quão genial eu sou. E se, ironia das ironias, eu for apenas um gajo que faz bem o seu trabalho, e não tenha um pingo de talento literário? E se, finalmente, perceber que tudo aquilo que sempre procurei para mim próprio não passa de uma fraude, e que não passo, na verdade, de um funcionariozinho competente?
É nestes momentos que vem a dúvida, em relação a tudo o que fiz e a tudo o que sou.
Estou cada vez mais cínico, e não era para aí que eu queria ir.
Nunca fui gajo de fazer promessas. A mim próprio fiz uma única, a que teria sucesso enquanto escritor antes dos 30, a idade que tenho agora. Eu tinha 22. Antes disso, o meu coração partiu-se, e desde então tenho a cabeça cheia de livros e folhas mortas. Desde lá escrevi três livros, dois deles rejeitados, à vez, por cinco editoras.
Pior que tudo, olho para o que fiz, que me saiu das veias, e penso se serei capaz de voltar a aprisionar aquela intensidade, aquela, em muitas circunstâncias, absoluta verdade comigo mesmo e que só nos livros sai.
Penso, também, que se calhar não valho a ponta dum corno, na única coisa em que defini para mim próprio, aquilo que me faria chegar lá, para além das 12 horas de trabalho por dia, que pagam a conta da mercearia. Sem saber bem como, sou realmente bom nesse trabalho que paga a mercearia, apesar de o ter sempre encarado como algo para fazer e ganhar dinheiro enquanto ninguém descobre o quão genial eu sou. E se, ironia das ironias, eu for apenas um gajo que faz bem o seu trabalho, e não tenha um pingo de talento literário? E se, finalmente, perceber que tudo aquilo que sempre procurei para mim próprio não passa de uma fraude, e que não passo, na verdade, de um funcionariozinho competente?
É nestes momentos que vem a dúvida, em relação a tudo o que fiz e a tudo o que sou.
Estou cada vez mais cínico, e não era para aí que eu queria ir.
I love "The Jews"
Estou finalmente em casa, depois de mais um dia daqueles em que a ironia me impulsiona a exclamar, em alta voz, "mais um dia espectacular, pá!".
Ouço "Lookout mountain, lookout sea", o novíssimo álbum dos Silver Jews, e acho que vale a pena acreditar.
Descobri os Jews, AKA David Berman, há talvez ano e meio, com o seu disco anterior, uma coisa sublime em forma de rodela de plástico chamada "Tanglewood Numbers". Foi nesse álbum que descobri como a música pode ser boa e fodida, e melhor por isso mesmo. Berman, um tipo que passou a vida a tentar livrar-se de vários vícios, não perdeu o vício de fazer canções com o nome de "Sometimes a pony gets depressed". No mesmo álbum, a faixa que o abre dá pelo nome de "Punks in the beerlight", e tem um dos momentos mais poéticos que já ouvi alguma vez. Ela canta, insistentemente "If it gets really, really bad...", "If it gets really, really bad...", assim, com uma urgência de quem diz, "se alguma vez as coisas ficarem demasiado desesperantes e tudo parecer perdido....", e ele limita-se a responder, naquela voz grave de quem está cansado de tudo "let's not kid ourselves: it's really, really bad".
Fui à Fnac comprar o novo álbum, mas não há. Há Tonis e Micaeis Carreiras em barda, Kizomba Brasil e Luis Represas, mas não há o novo álbum dos Silver Jews (na do Chiado há o "Tanglewood Numbers", a 18 euros!). Vim para casa e saquei da net.
Ainda não tenho o livrinho, o cd bonitinho, mas por hoje já posso ouvir David Berman.
Good enough for me.
Estou finalmente em casa, depois de mais um dia daqueles em que a ironia me impulsiona a exclamar, em alta voz, "mais um dia espectacular, pá!".
Ouço "Lookout mountain, lookout sea", o novíssimo álbum dos Silver Jews, e acho que vale a pena acreditar.
Descobri os Jews, AKA David Berman, há talvez ano e meio, com o seu disco anterior, uma coisa sublime em forma de rodela de plástico chamada "Tanglewood Numbers". Foi nesse álbum que descobri como a música pode ser boa e fodida, e melhor por isso mesmo. Berman, um tipo que passou a vida a tentar livrar-se de vários vícios, não perdeu o vício de fazer canções com o nome de "Sometimes a pony gets depressed". No mesmo álbum, a faixa que o abre dá pelo nome de "Punks in the beerlight", e tem um dos momentos mais poéticos que já ouvi alguma vez. Ela canta, insistentemente "If it gets really, really bad...", "If it gets really, really bad...", assim, com uma urgência de quem diz, "se alguma vez as coisas ficarem demasiado desesperantes e tudo parecer perdido....", e ele limita-se a responder, naquela voz grave de quem está cansado de tudo "let's not kid ourselves: it's really, really bad".
Fui à Fnac comprar o novo álbum, mas não há. Há Tonis e Micaeis Carreiras em barda, Kizomba Brasil e Luis Represas, mas não há o novo álbum dos Silver Jews (na do Chiado há o "Tanglewood Numbers", a 18 euros!). Vim para casa e saquei da net.
Ainda não tenho o livrinho, o cd bonitinho, mas por hoje já posso ouvir David Berman.
Good enough for me.
segunda-feira, 16 de junho de 2008
So Long, Big Phil
É claro, depois de dois excelentes jogos, cá está o profeta da desgraça a dizer mal da Selecção e do intocável Scolari.
Pois.
Há duas coisas que me estão a fazer muita confusão em relação ao treinador de todos nós. Vamos por partes.
Em primeiro lugar, esta saída para o Chelsea. O timing do anúncio foi absolutamente desastroso, isso parece-me óbvio. Depois de dizer que os jogadores só podiam pensar na selecção, e só no fim do Euro tratar da vidinha, é fabuloso ele vir fazer exactamente o contrário. Depois, é gritante a diferença de actuação em relação ao que aconteceu no Euro 2004. Aí, tinha contactos com o Benfica, mas assim que a notícia saiu veio armar-se em virgem ofendida e dizer que, no Benfica, nunca! Só a selecção interessava, e o resto tinha o simples intuito de destabilizar. Pois, os tempos mudam, e as divisas também.
Por falar em divisas, Scolari teve o desplante de dizer que, nos últimos 15 dias, o presidente da federação andou a correr as capelinhas à procura de um patrocinador que cobrisse a oferta do Chelsea. "Infelizmente não foi possível", explicou, muito pouco pesaroso, o bom do Scolari, esse tuga do Rio Grande do Sul. Que o troglodita do Madaíl não se tivesse cansado, digo eu, talvez tivesse saído desta novela com um ar um bocadinho menos ridículo. Toda a gente sabe que "it's all about the money". Mas, muito sinceramente, não era preciso esfregar-nos o nariz na merda, desta maneira. Depois de tanta santinha do Caravaggio, de tanta bandeirinha na janela, depois de tanta emoção a trautear o hino dos canhões a marchar, lá vem o vil metal estragar esta fabulosa "love story". Como diz o bom povo português, "ele a mim nunca me enganou", e não era preciso esta historieta do Chelsea.
A segunda coisa que me está a irritar foi o jogo contra a Suíça. Já o defendi, inclusivamente aqui no tasco, que Scolari teve o mérito - graças em boa parte aos nossos grandes jogadores - de nos aproximar das melhores selecções do mundo, mas não foi nem será capaz de nos levar ao topo, onde podemos estar. Ele continua a ver Portugal como um país de padeiros, mulheres de bigode, adoradores de Roberto Leal, desgraçadinhos muito agradecidos por ele, do país do futebol, nos ter levado até onde não tínhamos ido, excepto no tempo do Deusébio.
O jogo com a Suíça foi como um tratado sobre a psique de Scolari. Tacanho, de mentalidade pequena, medroso, incapaz de decidir no momento que separa os meninos dos homens. Era um jogo a feijões? Era. Era para ganhar? Obviamente que sim. Era, em certa medida, um dos jogos mais importantes do torneio. Era o jogo mais ansiado pelos emigrantes portugueses radicados na Suíça, que todos os dias têm de servir à mesa dos comedores de chocolate e adoradores de cucos. Era uma questão de orgulho, era uma questão de dignidade básica. Mas tudo isso Scolari matou, com o calculismo muito pouco latino de quem já estava apurado e resguardava as estrelas para outros campeonatos. Concordo inteiramente com a equipa que montou, de início. Talento não falta, na nossa equipa, e também eu queria ver jogar os quaresmas, os velosos, os migueis, os meireles. A verdade é que, tirando o Nani, ninguém mostrou pedalada para roubar o lugar de quem jogou os dois primeiros jogos. O Quaresma continua mais interessado em mostrar-se do que em ajudar a equipa, e só não foi para a rua porque não calhou. O Veloso não soube desbloquear o jogo nacional, e em termos defensivos não se viu, embora tenha dado à equipa uma nova capacidade de passe longo. O Meireles andou perdido, não se viu. O Miguel fez disparates o jogo todo. O Postiga tentou bater o recorde mundial de foras de jogo, e deixou o Nuno Gomes e a sua bandelete mais tranquilo. O Bruno Alves não consegui matar ninguém, e como tal não serviu para nada. Ah, e o Ricardo foi igual a si próprio, um mijas kamikaze.
O problema não foi a equipa principal. Os jogadores não estão entrosados e até correram, não foi esse o problema. O problema foi, no início da segunda parte, perceber-se claramente que a Suíça - país conhecido pelo ski e pelo curling - estava a ganhar o domínio do jogo, e que com uma ou duas mexidas na equipa Portugal limpava-lhes o sebo num instante. Mas Scolari mostrou, nesse momento, que não queria ganhar o jogo. Que se lixe a honra, que se lixe o nome, que se lixem os emigrantes que pagaram para ver a selecção treinar. Se para ganhar o jogo fosse preciso meter titulares com nervo e capacidade de decisão, então era preferível que perdêssemos. Foi essa a mensagem que passou para dentro do campo, enquanto a equipa se afundava por entre os equívocos do futebol suíço. E foi por isso que perdemos.
Scolari vai para o Chelsea, e eu sou daqueles que acha que ele não dura até ao Natal. Treinar um clube como o Chelsea, em Inglaterra (se ele acha que a dócil imprensa portuguesa é dura, que espere para ver), é mais difícil do que acertar uma pera num sérvio parado, e nem isso ele conseguiu. Quero vê-lo a convencer o Balack a rezar à senhora do Caravaggio, ou o Drogba a curtir ao som do Roberto Leal.
Viva a selecção nacional.
É claro, depois de dois excelentes jogos, cá está o profeta da desgraça a dizer mal da Selecção e do intocável Scolari.
Pois.
Há duas coisas que me estão a fazer muita confusão em relação ao treinador de todos nós. Vamos por partes.
Em primeiro lugar, esta saída para o Chelsea. O timing do anúncio foi absolutamente desastroso, isso parece-me óbvio. Depois de dizer que os jogadores só podiam pensar na selecção, e só no fim do Euro tratar da vidinha, é fabuloso ele vir fazer exactamente o contrário. Depois, é gritante a diferença de actuação em relação ao que aconteceu no Euro 2004. Aí, tinha contactos com o Benfica, mas assim que a notícia saiu veio armar-se em virgem ofendida e dizer que, no Benfica, nunca! Só a selecção interessava, e o resto tinha o simples intuito de destabilizar. Pois, os tempos mudam, e as divisas também.
Por falar em divisas, Scolari teve o desplante de dizer que, nos últimos 15 dias, o presidente da federação andou a correr as capelinhas à procura de um patrocinador que cobrisse a oferta do Chelsea. "Infelizmente não foi possível", explicou, muito pouco pesaroso, o bom do Scolari, esse tuga do Rio Grande do Sul. Que o troglodita do Madaíl não se tivesse cansado, digo eu, talvez tivesse saído desta novela com um ar um bocadinho menos ridículo. Toda a gente sabe que "it's all about the money". Mas, muito sinceramente, não era preciso esfregar-nos o nariz na merda, desta maneira. Depois de tanta santinha do Caravaggio, de tanta bandeirinha na janela, depois de tanta emoção a trautear o hino dos canhões a marchar, lá vem o vil metal estragar esta fabulosa "love story". Como diz o bom povo português, "ele a mim nunca me enganou", e não era preciso esta historieta do Chelsea.
A segunda coisa que me está a irritar foi o jogo contra a Suíça. Já o defendi, inclusivamente aqui no tasco, que Scolari teve o mérito - graças em boa parte aos nossos grandes jogadores - de nos aproximar das melhores selecções do mundo, mas não foi nem será capaz de nos levar ao topo, onde podemos estar. Ele continua a ver Portugal como um país de padeiros, mulheres de bigode, adoradores de Roberto Leal, desgraçadinhos muito agradecidos por ele, do país do futebol, nos ter levado até onde não tínhamos ido, excepto no tempo do Deusébio.
O jogo com a Suíça foi como um tratado sobre a psique de Scolari. Tacanho, de mentalidade pequena, medroso, incapaz de decidir no momento que separa os meninos dos homens. Era um jogo a feijões? Era. Era para ganhar? Obviamente que sim. Era, em certa medida, um dos jogos mais importantes do torneio. Era o jogo mais ansiado pelos emigrantes portugueses radicados na Suíça, que todos os dias têm de servir à mesa dos comedores de chocolate e adoradores de cucos. Era uma questão de orgulho, era uma questão de dignidade básica. Mas tudo isso Scolari matou, com o calculismo muito pouco latino de quem já estava apurado e resguardava as estrelas para outros campeonatos. Concordo inteiramente com a equipa que montou, de início. Talento não falta, na nossa equipa, e também eu queria ver jogar os quaresmas, os velosos, os migueis, os meireles. A verdade é que, tirando o Nani, ninguém mostrou pedalada para roubar o lugar de quem jogou os dois primeiros jogos. O Quaresma continua mais interessado em mostrar-se do que em ajudar a equipa, e só não foi para a rua porque não calhou. O Veloso não soube desbloquear o jogo nacional, e em termos defensivos não se viu, embora tenha dado à equipa uma nova capacidade de passe longo. O Meireles andou perdido, não se viu. O Miguel fez disparates o jogo todo. O Postiga tentou bater o recorde mundial de foras de jogo, e deixou o Nuno Gomes e a sua bandelete mais tranquilo. O Bruno Alves não consegui matar ninguém, e como tal não serviu para nada. Ah, e o Ricardo foi igual a si próprio, um mijas kamikaze.
O problema não foi a equipa principal. Os jogadores não estão entrosados e até correram, não foi esse o problema. O problema foi, no início da segunda parte, perceber-se claramente que a Suíça - país conhecido pelo ski e pelo curling - estava a ganhar o domínio do jogo, e que com uma ou duas mexidas na equipa Portugal limpava-lhes o sebo num instante. Mas Scolari mostrou, nesse momento, que não queria ganhar o jogo. Que se lixe a honra, que se lixe o nome, que se lixem os emigrantes que pagaram para ver a selecção treinar. Se para ganhar o jogo fosse preciso meter titulares com nervo e capacidade de decisão, então era preferível que perdêssemos. Foi essa a mensagem que passou para dentro do campo, enquanto a equipa se afundava por entre os equívocos do futebol suíço. E foi por isso que perdemos.
Scolari vai para o Chelsea, e eu sou daqueles que acha que ele não dura até ao Natal. Treinar um clube como o Chelsea, em Inglaterra (se ele acha que a dócil imprensa portuguesa é dura, que espere para ver), é mais difícil do que acertar uma pera num sérvio parado, e nem isso ele conseguiu. Quero vê-lo a convencer o Balack a rezar à senhora do Caravaggio, ou o Drogba a curtir ao som do Roberto Leal.
Viva a selecção nacional.
terça-feira, 10 de junho de 2008
quarta-feira, 4 de junho de 2008
Face the music
Finalmente, uma boa notícia relativa ao futebol português. O Porco, perdão, o Porto, afinal não vai à Liga dos Campeões. Ooooooohhhhhhhh, que pena.
A coisa adquire uns toques de justiça divina (aquela que, diz o azeiteiro presidente nortenho, há de o absolver), até porque o Porto só se enterrou porque se armou em xico-esperto, e não recorreu da condenação por corrupção. O raciocínio foi lindo: perdemos seis pontos, mas temos mais de 20 de vantagem; como tal, bora não recorrer, perdemos os seis pontos nesta temporada - em que não fazem falta - e evitamos arrastar o processo e arriscar começar a próxima época com seis pontos a menos.
Muito bom. Gosto muito do facto de, para o Porto, ser considerado culpado de corrupção desportiva, ser irrelevante, irrelevante ao ponto de não se darem ao trabalho de recorrer. É típico. O que interessa são os resultados, os métodos que se lixem. Acontece é que, ao não recorrer, o Porto tacitamente assumiu que era culpado. E agora acha muito estranho a Uefa vir penalizá-los.
Hoje ouvi muita coisa, de adeptos tripeiros irados: a culpa é da Federação, da Uefa, que anda a perseguir o Porto, e do Benfica, claro, para um tripeiro até o aquecimento global é culpa do Benfica, sintoma daquele complexo de inferioridade que nenhuma montanha de troféus parece conseguir diminuir. Ouvi também a expressão "o Benfica só ganha na secretaria". Duas coisas: 1 - o Benfica não ganhou nada; 2 - o Porto foi condenado oficialmente - e tacitamente admitiu tê-lo feito - por corrupção desportiva, que é só a coisa mais grave que se pode fazer em qualquer desporto. Da última vez que vi, comprar árbitros, isso sim, é que era ganhar na secretaria. Ou em algum sítio mais escondido ainda.
Também gostei muito de o Porto estar confiante num desfecho favorável do recurso, por ter "relações privilegiadas" com um dos juízes. De facto, não aprendem, e depois acham estranho.
Os adeptos tripeiros andam loucos a queixar-se de uma cabala, a mandar vir com tudo e com todos. Mas não foi o Porto quem andou a comprar árbitros? Não é suposto isso ser assim mais ou menos a atirar para o proibido? Foi o Benfica que comprou os árbitros para o Porto? Foi a FPF? Foi a Uefa?!
O Porto está numa situação complicada, da qual ainda se poderá salvar por via dos recursos. Mas está nessa situação por sua única e exclusiva culpa. Porque tem um presidente e uma direcção corrupta e porque tem advogados xicos-espertos e de merda.
Pelo que fez na última época, o Porto merecia estar na Champions? Claro que sim.
Se o Benfica lá for, só vai fazer merda? Muito provavelmente.
Mas é bom ver, por uma vez, o estilo mafioso e trauliteiro ser penalizado a sério, e isso não se faz com seis míseros pontos.
Para a história fica um clube pela primeira vez condenado por corrupção desportiva. E por mais taças que conquistem, para o verdadeiro adepto, essa mancha não sairá nunca.
Finalmente, uma boa notícia relativa ao futebol português. O Porco, perdão, o Porto, afinal não vai à Liga dos Campeões. Ooooooohhhhhhhh, que pena.
A coisa adquire uns toques de justiça divina (aquela que, diz o azeiteiro presidente nortenho, há de o absolver), até porque o Porto só se enterrou porque se armou em xico-esperto, e não recorreu da condenação por corrupção. O raciocínio foi lindo: perdemos seis pontos, mas temos mais de 20 de vantagem; como tal, bora não recorrer, perdemos os seis pontos nesta temporada - em que não fazem falta - e evitamos arrastar o processo e arriscar começar a próxima época com seis pontos a menos.
Muito bom. Gosto muito do facto de, para o Porto, ser considerado culpado de corrupção desportiva, ser irrelevante, irrelevante ao ponto de não se darem ao trabalho de recorrer. É típico. O que interessa são os resultados, os métodos que se lixem. Acontece é que, ao não recorrer, o Porto tacitamente assumiu que era culpado. E agora acha muito estranho a Uefa vir penalizá-los.
Hoje ouvi muita coisa, de adeptos tripeiros irados: a culpa é da Federação, da Uefa, que anda a perseguir o Porto, e do Benfica, claro, para um tripeiro até o aquecimento global é culpa do Benfica, sintoma daquele complexo de inferioridade que nenhuma montanha de troféus parece conseguir diminuir. Ouvi também a expressão "o Benfica só ganha na secretaria". Duas coisas: 1 - o Benfica não ganhou nada; 2 - o Porto foi condenado oficialmente - e tacitamente admitiu tê-lo feito - por corrupção desportiva, que é só a coisa mais grave que se pode fazer em qualquer desporto. Da última vez que vi, comprar árbitros, isso sim, é que era ganhar na secretaria. Ou em algum sítio mais escondido ainda.
Também gostei muito de o Porto estar confiante num desfecho favorável do recurso, por ter "relações privilegiadas" com um dos juízes. De facto, não aprendem, e depois acham estranho.
Os adeptos tripeiros andam loucos a queixar-se de uma cabala, a mandar vir com tudo e com todos. Mas não foi o Porto quem andou a comprar árbitros? Não é suposto isso ser assim mais ou menos a atirar para o proibido? Foi o Benfica que comprou os árbitros para o Porto? Foi a FPF? Foi a Uefa?!
O Porto está numa situação complicada, da qual ainda se poderá salvar por via dos recursos. Mas está nessa situação por sua única e exclusiva culpa. Porque tem um presidente e uma direcção corrupta e porque tem advogados xicos-espertos e de merda.
Pelo que fez na última época, o Porto merecia estar na Champions? Claro que sim.
Se o Benfica lá for, só vai fazer merda? Muito provavelmente.
Mas é bom ver, por uma vez, o estilo mafioso e trauliteiro ser penalizado a sério, e isso não se faz com seis míseros pontos.
Para a história fica um clube pela primeira vez condenado por corrupção desportiva. E por mais taças que conquistem, para o verdadeiro adepto, essa mancha não sairá nunca.
domingo, 1 de junho de 2008
The Great Rock n' Roll Circus
Rock in Rio. Dia de toquios hoteis, just girls e docemania. Por entre as brumas do algodão doce das crianças que, no meu tempo, não teriam felizmente comparecido (50 euros para veres esses paneleiros dos toqios hotel? vai trabalhar, malandro!, era o que responderia se tivesse filhos e algum mo pedisse), surge a maior banda portuguesa de todos os tempos.
Sim, eu sei.
Não é 'fashion' gostar dos Xutos, é aquilo que toda a gente diz, que gosta dos Xutos. Mas, neste caso, ainda bem. Porque os Xutos, para o bem e para o mal, têm um pouco de cada um de nós. São gajos normais, sem vedetismos, que andam nesta merda há muitos, muitos anos, sempre com muita estrada, sempre em cada santa terrinha, sempre a tocar, sempre lá. As vendas não os pararam; os unplugged não os tornaram velhos; o sucesso não os matou, mas andou lá perto.
Cresceram, lutaram, tiveram putos, divórcios, perdas familiares, sucessos e fiascos, e andam aí, de peito feito, dignidade, e muito rock nas veias.
"O fim do mês já cá está outra vez e nós sempre a esticar", "Dia se São Receber", são músicas simples, feitas há anos, mas que tocam a toda a gente, sobretudo em tempo de crise. É essa, para mim, a grande qualidade dos Xutos e a razão da empatia que têm com o público. Falam de coisas reais, do trabalho, de autocarros, de dúvidas, de dificuldades.
Eu, que não sou nada nacionalista e tenho a mania que sou diferente, gosto dos Xutos pela mesma razão que gosto do Benfica. Porque, apesar de tudo, tenho um enorme carinho pelo povo português, esse merdoso desgraçado que anda a ser enrabado há décadas e décadas, mas que mantém a boa alma que faz a diferença.
Força Xutos. 30 anos não são nada.
PS - pelas directivas comerciais da grandessíssima bosta que é o Rock in Rio, os Xutos foram obrigados a tocar de dia, e antes dos Tokyo Hotel, uma merda de boys-band de alemães (hello, Scorpions) cheios de estilo à morangos armados em maus. Os Xutos sofreram a ingomínia de, perto do final do seu set, serem confrontados com gritos infantis que exigiam os Tokyo Hotel. É fruto do festival que é e da mudança dos tempos, em que os putos acham que mandam alguma coisa (bitaites, no mínimo, o que já é muito) e fruto desta geração de pais bananas que por aí andam.
Os Xutos reagiram como sempre fizeram, com a música.
Que grande concerto!
Rock in Rio. Dia de toquios hoteis, just girls e docemania. Por entre as brumas do algodão doce das crianças que, no meu tempo, não teriam felizmente comparecido (50 euros para veres esses paneleiros dos toqios hotel? vai trabalhar, malandro!, era o que responderia se tivesse filhos e algum mo pedisse), surge a maior banda portuguesa de todos os tempos.
Sim, eu sei.
Não é 'fashion' gostar dos Xutos, é aquilo que toda a gente diz, que gosta dos Xutos. Mas, neste caso, ainda bem. Porque os Xutos, para o bem e para o mal, têm um pouco de cada um de nós. São gajos normais, sem vedetismos, que andam nesta merda há muitos, muitos anos, sempre com muita estrada, sempre em cada santa terrinha, sempre a tocar, sempre lá. As vendas não os pararam; os unplugged não os tornaram velhos; o sucesso não os matou, mas andou lá perto.
Cresceram, lutaram, tiveram putos, divórcios, perdas familiares, sucessos e fiascos, e andam aí, de peito feito, dignidade, e muito rock nas veias.
"O fim do mês já cá está outra vez e nós sempre a esticar", "Dia se São Receber", são músicas simples, feitas há anos, mas que tocam a toda a gente, sobretudo em tempo de crise. É essa, para mim, a grande qualidade dos Xutos e a razão da empatia que têm com o público. Falam de coisas reais, do trabalho, de autocarros, de dúvidas, de dificuldades.
Eu, que não sou nada nacionalista e tenho a mania que sou diferente, gosto dos Xutos pela mesma razão que gosto do Benfica. Porque, apesar de tudo, tenho um enorme carinho pelo povo português, esse merdoso desgraçado que anda a ser enrabado há décadas e décadas, mas que mantém a boa alma que faz a diferença.
Força Xutos. 30 anos não são nada.
PS - pelas directivas comerciais da grandessíssima bosta que é o Rock in Rio, os Xutos foram obrigados a tocar de dia, e antes dos Tokyo Hotel, uma merda de boys-band de alemães (hello, Scorpions) cheios de estilo à morangos armados em maus. Os Xutos sofreram a ingomínia de, perto do final do seu set, serem confrontados com gritos infantis que exigiam os Tokyo Hotel. É fruto do festival que é e da mudança dos tempos, em que os putos acham que mandam alguma coisa (bitaites, no mínimo, o que já é muito) e fruto desta geração de pais bananas que por aí andam.
Os Xutos reagiram como sempre fizeram, com a música.
Que grande concerto!
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