quinta-feira, 27 de novembro de 2008

The real pro

Hoje vi, pela primeira vez, o actual programa novo do Júlio Isidro. Chama-se Quarto Crescente, ou Quarto Minguante, ou qualquer coisa assim a ver com a lua.
Para mim, as palavras Júlio e Isidro trazem-me sempre um sorriso de escárnio aos lábios. A minha geração, que cresceu a ver o senhor na televisão, encara-o como um símbolo do antigamente, uma relíquia kitsch que está no duvidoso panteão ocupado por figuras como Badaró, Luis Pereira de Sousa, Eládio Clímaco, Avô Cantigas, Vasco Granja ou o Engenheiro Sousa Veloso.
Sim, ele é um tótó. Sim, ele é um xoninhas. Sim, ele é bastante ridículo, se quisermos ser cínicos.
Mas também é, e só hoje me apercebi disso, um grandíssimo profissional.
Neste programa, os dois convidados principais eram o Carlos do Carmo, a comemorar 40 anos de carreira, e o Miguel Chen, o do circo, a comemorar 50 anos de carreira. O Júlio Isidro também não é nenhum jovem. Mas a verdade é que, contra todas as expectativas, o programa foi muito interessante. Júlio Isidro é, acima de tudo, um gentleman. Tem um genuíno interesse pelas pessoas com quem fala, coloca-as no centro das atenções e não a si próprio, não se exibe, não se impõe. Mais do que entrevistar, ele conversa. E tudo com uma polidez e um respeito que já não se vê em televisão. Mais, informa-se sobre as coisas, e isso permite-lhe fazer perguntas inteligentes e interessantes. Trata com carinho as pessoas que aceitam o seu convite para conversar à frente de milhares de pessoas. Não tenta enganar ninguém, não aldraba, simplifica sem cair no facilitismo ou na burrice, problema de muitos "apresentadores" que por aí andam.
Neste programa falou-se de fado, de circo, de flamenco e de ópera. Tudo de forma simples, acessível, cativante mesmo para quem acha que essas coisas são só para os eruditos, ou os ricos. Júlio Isidro é, no que toca à televisão, um homem profundamente democrático. Não é preciso dar merda às massas só porque são massas. Se lhes dermos coisas boas, da maneira certa, elas não fogem. Isso, e uma serenidade à prova de bala, fizeram-me escrever este post ridículo.
E ainda a floresta de "Caras Notícias", "Fama Shows", "Praças da Alegria", Teresas Guilhermes e Josés Figueiras que pululam pela caixa quadrada.
Júlio Isidro é serviço público. Deviam fazer-lhe uma estátua à frente da RTP.
Tenho dito. Venha a crítica.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

A crise, via MSN

freud diz:
é impressão minha ou a crise agudizou-se desde que morreu o badaró?
freud diz:
mercados em queda, falências
Kowalski diz:
é coisa para deprimir qualquer um
Kowalski diz:
era uma pessoa estimada
freud diz:
isto é que vais uma crise
freud diz:
*vai
freud diz:
ontem tive insónias e deu-me para ver o euromilhoes
freud diz:
euronews
freud diz:
é o fim ddo mundo em cuecas
freud diz:
esta merda está a levar um abanão tal..
Kowalski diz:
pois
Kowalski diz:
valha-nos o benfica
freud diz:
e a selecção
Kowalski diz:
sim
Kowalski diz:
isso sim é uma crise
Kowalski diz:
O Queirós, ou queiroz ou lá que merda é, é o vítor constâncio do futebol
Kowalski diz:
ou não faz nada ou só faz merda
freud diz:
e quando nada faz, consegue ser enrabado
freud diz:
foda-se

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Versus

"Joaquim de Almeida lamenta a crise actual"

Crise actual lamenta Joaquim de Almeida.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Vá lá, dê-nos um desconto

raviolli_ninja says:
A gaja do escritório para alugar já telefonou?

pituín says:
Nop

raviolli_ninja says:
Puta putéfia, cheira-lhe a fim de semana, já não quer fazer nada.

raviolli_ninja says:
Há-de lhe dar um corrimento vaginal tão forte este fim de semana que vai ter de andar de galochas.

pituín says:
Credo

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Cego, surdo & mudo

O Presidente da República considerou hoje que deve "abster-se" de fazer comentários públicos sobre matérias que são polémicas entre os partidos, nomeadamente investimentos públicos como o TGV."Quando as matérias são polémicas entre as diferentes forças político-partidárias, o Presidente da República deve abster-se de fazer comentários públicos", afirmou.

Deixem-me ver se percebi. O Presidente deve falar quando os assuntos não são polémicos, não são discutidos. Isso deixa o quê? O míldio e o oídio? O estatuto dos Açores?

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Modernices

Não sei porquê, houve uma televisão que se lembrou de noticiar que, desde 2007, tornou-se crime, em Portugal, um pai ou uma mãe dar uma palmada numa criança. É crime.
E eu, a princípio, não queria acreditar. Mas depois comecei a pensar, e de facto faz todo o sentido. A Suécia foi o primeiro país a fazê-lo, é completamente lógico que a gente vai atrás.
É lógico na mentalidade tacanha do Portugal modernaço de Sócrates. É só Magalhães e GPS's, flexigurança e coisas do estilo.
Temos um país completamente terceiro mundista. Banqueiros corruptos, autarcas corruptos, cunhas e amiguismos às claras, os pobres que se fodam, como sempre. O nosso país nada tem de moderno. É um exemplo acabado do Terceiro Mundo económico, cultural e social. Mas, se não temos modernidade, temos modernices. Continuamos a varrer o que é importante para debaixo do tapete, enquanto metemos um plasma novo na parede.
Nada do que está fundamentalmente errado neste país se resolve, porque quem poderia resolver se está a servir muito bem do sistema implantado. Entretanto vamos dando uma pintura de fachada para enganar o pagode.
Mas a fachada não salva um país, a fachada não torna a nossa vida melhor ou mais fácil. Mas talvez sirva para enganar uns quantos milhões de otários, a julgar pelas sondagens.
A nossa arma é a nossa própria inteligência e o nosso voto. E, olhando para este último, parece que temos o que merecemos.
Chorões vs Iludidos

O jogo da Taça entre Sporting e Porto foi uma bela jogatana. Emoção, luta, algum futebol.
Eu, bom chefe de família, até estava a torcer pela lagartagem, pela simples razão de ter, do outro lado, os azuis. E vi um grande Sporting na primeira parte, e uma segunda parte equilibrada, em que o Porto voltou a meter os trincos todos.
E depois entrou o árbitro em cena e, em conjunto com o descontrolo dos jogadores, lixou o jogo.
No final, passou o Porto, sem merecer, e ficou o Sporting pelo caminho, porque não soube aproveitar o facto de estar muito melhor no jogo.
Mas, ouvindo os portistas e os sportinguistas no final do jogo, parece-me que andam todos a fumar coisas estranhas.
Os sportinguistas queixam-se do árbitro. Têm toda a razão, foi uma exibição miserável de um árbitro miserável, e alguém há de me explicar por que raio este incompetente encartado continua a apitar. Mas foi miserável para os dois lados. Deixou por marcar um penalti para cada lado: mão do Rolando e paragem cerebral do Rui Patrício sobre o Hulk, o resto foram lances marados que podiam ou não ser marcados. Expulsou dois gajos do Porto, e bem, e expulsou um do Sporting, e bem. Podiam ter ido mais para a rua, mas o árbitro a certa altura desligou a mão dos cartões. Os lagartos queixam-se da expulsão do Caneira. É simples: ele tinha um cartão, decidiu armar-se em maroto, primeiro, dando uma patada "inocente" e "casual" na boca do Hulk; e a seguir decidiu armar-se em mau, de cabeça espetada para o outro, que fez o mesmo. Amarelo para os dois, o Caneira já tinha. Azar, não tinha nada que se ir armar ao pingarelho.
Se os sportinguistas desempenham o habitual papel do bébé-chorão, os portistas alinham pela cantiga do Jesualdo, que no final do jogo teve a suprema lata de dizer que "o Porto foi um justo vencedor". Só pode ser piada. O Porto, tal como em 90% dos jogos esta época, não jogou um charuto. Por mim tudo bem: quanto mais tempo os portistas acreditarem que têm uma grande equipa e um grande treinador, melhor.
Em suma: Sporting melhor mas não quis matar o jogo quando pôde, preferiu "controlar", que é uma cena que o Sporting adora fazer mas não sabe como. O Porto teve sorte, mostrou o seu péssimo momento de forma, mas teve alguma atitude a seguir à primeira parte. O árbitro foi uma nódoa mas não prejudicou ninguém em especial. Esperemos que nunca mais apite, ele e o seu amigo Xistra.
Eu sou suspeito, mas fico contente por ter um treinador como Quique Flores que, até aqui, sempre disse o correcto, não buscando alibis nem tapando o sol com a peneira. Seria bom que outros treinadores fizessem o mesmo.

Nota benfiquista: saudação para Aimar, que começa a mostrar os pormenores geniais que fazem dele um verdadeiro craque. Saudação muito especial para David Luiz, um míudo que é um grande jogador e que finalmente regressa à competição.
Devagar faremos o nosso caminho. Pior que os anos anteriores não deve ser.

sábado, 8 de novembro de 2008

Desculpem, mas que merda vem a ser esta?

35 anos depois, terminou o caso de Fátima Felgueiras, a única autarca portuguesa a ter o nome da terra que governa, pelo menos até o saudoso basquetebolista Carlos Lisboa se candidatar à capital.
O resultado? Condenação por três crimes, peculato, peculato de uso e abuso de poder. A pena? Prisão por três anos e três meses, com pena acessória de perda de mandato.
O que vai efectivamente acontecer? Nada. Niente. Rien.
Pois.
É que a pena de prisão é pena suspensa, e a perda de mandato refere-se a um crime que prescreveu há 15 meses.
Qual a reacção da senhora? Saiu sorridente do tribunal, esfuziante, aplaudida por todos aqueles azeiteiros que odeiam os de fora e por isso amam a mulher que andou a enriquecer com o seu dinheiro, e com o nosso. Afirmando-se "satisfeita" com o veredicto, ainda assim disse que vai recorrer. E conseguiu, apesar de tudo, dizer que não foi condenada. Não sei a que julgamento estava ela a prestar atenção, mas enfim.
"Aquilo que existiu foi uma monstruosidade mas a justiça funcionou. Sinto-me satisfeita, foi-me reposta a dignidade a mim e a Felgueiras", afirmou a autarca. Fátima Felgueiras disse ainda que a perda de mandato "não está em causa", sem se alongar sobre as acusações. "Não fui condenada, fui ilibada de uma condenação que durou 10 anos".
A senhor foge para o Brasil, atrasa o processo, volta e concorre às eleições, consegue que o crime que lhe custaria o lugar prescreva, e tem a suprema lata de sair do tribunal com uma vencedora. Não perde o mandato, não vai dentro, não passa nada. E a imprensa dá eco destes factos, do que disse à saída, e não há um único juízo crítico acerca disto, todos escondidos por detrás da capa hipócrita da objectividade. É uma completa vergonha e deve envergonhar este país.
Um dos arguidos, que colaborou com a PJ e denunciou todo o esquema, disse a única coisa que poderia dizer: "Estou arrependido de colaborar com a Justiça. Aconselho toda a gente que, se souber de alguma coisa, não diga nada à Justiça".

Valentins Loureiros, Carmonas, Felgueiras. Toda a gente sabe, toda a gente vê, às vezes até os tribunais o dizem, e tudo continua como dantes.
Quando vamos perceber que a corrupção e a impunidade são os maiores cancros da nossa democracia? Até quando não se vai passar nada?
Abriu a época de caça. Espécie venatória: Barack Obama

Sim, está na hora. Não pensavam que íamos deixar o homem chegar à Casa Branca e efectivamente fazer alguma coisa para o começarmos a criticar, pois não?
Bom, o futuro presidente dos EUA começa a formar a sua equipa, e há coisas que se podem retirar daqui. Estou a falar do seu chefe de gabinete, um senhor chamado Rahm Emanuel.
Este senhor, conhecido como "Cão de ataque" ou "Rambo", é um congressista e foi um dos conselheiros de Bill Clinton enquanto presidente. É visto com um homem do aparelho, um executante férreo do que tem que ser feito. Passou pela banca de investimento de Wall Street, tendo ganho 16 milhões de dólares em três anos. Tem 48 anos, é judeu e, como todos os judeus americanos - os Silver Jews - leva isso demasiado a sério. Exemplo: em 1991 fez uma pausa, um momento Kit Kat, na sua carreira política, para ser voluntário numa base militar norte-americana, em Israel.
Misture-se Wall Street e Israel, e começa a perceber-se que, talvez, Obama traga pouca diferença ao mundo.

Obama é, provavelmente, o animal político mais perfeito que vi surgir durante a minha vida. Tudo nele bate certo: a voz, o tom, o aspecto, o discurso, a radicalidade polida e simples, o background familiar e pessoal perfeito para uma nação multicultural. Ah, e é bastante diferente de Bush.
Sei que se lhe pede o impossível. Que mude tudo. Que faça com que o mundo deixe de odiar a América. Que traga mais igualdade ao país alimentado pelo indivudualismo e materialismo mais primários do mundo. Se fizer metade ou um terço disto, será um sucesso, pelos menos aos meus olhos.
Mas os primeiros sinais são algo inquietantes.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Um sentido adeus

No fim de semana passado, enquanto o país andava, estupidamente, preocupado com a nacionalização de um banco, morreu o grande Badaró. Comentei isto com um colega, de 23 anos, que reagiu como se eu lhe estivesse a falar do Comodore Amiga.
E, para mim, o Badaró é isto. Para o bem e para o mal, o Badaró é um bocadinho da minha infância. O tipo do Chinezinho Limpópó, o do Abreu dá cá o meu, o do "É política!", enfim, o tipo que eu via quando a televisão só tinha dois canais e num deles estava a dar ciclismo, seguido da Telescola e do "Follow Me".
Era bom porque era o que havia, e isso diz tudo acerca da minha geração. Podíamos ter saído bem pior.
Badaró tentou fazer um comeback há uns anos atrás, quando apareceu no Big Show Sic vestido de Sangoku e a cantar o Dragon Ball. Volto a fazer um apelo a quem quer que tenha imagens desse momento. Partilhem, por favor.
E agora foi-se. Ah, e doou o corpo à ciência (verídico).
Neste momento está a feliz a fazer o que gosta, a mandar piadas secas no céu.
Até sempre, Badaró!
Opus Gay

Em recente entrevista ao Diário Económico (?), D. José Policarpo, o cardeal patriarca de Lisboa, fala sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Em relação à homossexualidade, diz que "Eu próprio ajudei muitos a equacionar esse problema, e bem".

Algo bastante adequado numa entrevista que termina com a brilhante questão: "Ainda se sente papável"?
Parabéns, Obama!

E agora, já podemos começar a odiá-lo?

sábado, 1 de novembro de 2008

O belo sonho lusitano
José Sócrates tem um sonho, 'god bless him': que Portugal volte a ser, como há 500 anos, o farol do mundo. Teve foi o azar de lhe sair na rifa este povo mandrião e 'bon vivant', que parece convencido, estupidamente, que é mais fixe e mais agradável e muito melhor divertir-se e andar na balda do que produzir e trabalhar.
Guterres tinha a paixão pela educação, mas não era um amante fiel, porque fez muita merda. Sócrates é um amante frio, eficaz, glacial. Por que razão havemos de gastar milhões e milhões de euros a melhorar a educação em Portugal, para que os frutos se vejam quando ele já não estiver no poder e não puder colher os louros de tal feito, se dá para fazer a coisa de borla, e automaticamente?
É esperto, este tipo.
E foi assim que, de repente, todos os alunos portugueses passaram a ser fabulosos. Toda a gente tem grandes notas, todas as escolas sobem as suas médias, tudo é lindo. Estamos, finalmente, na vanguarda do mundo moderno. Terá já sido efeito do Magalhães?
Não sabemos. Sabemos apenas que, fazendo testes apenas competitivos para atrasados mentais, temos, de um dia para o outro, alunos em barda que fazem o burro Bill Gates corar de vergonha.
E agora surge outro projecto fabuloso, totalmente coerente com a linha que este governo tem seguido: ninguém pode chumbar no ensino obrigatório.
É espectacular, pá! E com um argumento genial: as crianças e os jovens não devem ficar com "o estigma da reprovação". Fantástico.
Depois de transformar os professores em burocratas e contínuos, impedindo-os de perder tempo com essa coisa chamada de Ensino, o governo quer um exército de avaliadores positivos, optimistas, patetas alegres. É o estilo modernaço de Sócrates, do pensamento positivo, do tocador de lira enquanto Roma arde.
Só há aqui uma coisa. Eu sou do Benfica. Gosto mesmo muito do Benfica. Mas, anos e anos de sofrimento depois, eu estou a ficar com o "estigma da derrota". É chato, pá. O Porto ganha sempre, o Sporting papa umas taças, e a gente nada. Sinto-me estigmatizado. Será que o senhor nosso primeiro ministro pode fazer algo acerca disso?
E depois há os pobres, senhor nosso primeiro ministro. Alguns são pobres há muitos anos, foram pobres toda a vida, alguns vêm de uma família que é pobre há uma data de gerações. Vamos acabar com o "estigma da pobreza" e dar dinheiro a todos eles?
E o "estigma do desemprego"?
E o "estigma de vermos o país ser governado por uma classe política e empresarial nojenta e sem a mínima qualidade"?
Podemos fazer algo acerca disso?
Conto consigo, senhor nosso primeiro ministro.

Yes, we can!
Por falar em Porto e em Sousa Tavares...

...cá vai uma piada roubada ao Bruno Nogueira:

"Sousa Tavares? Esse gajo não é do Porto? Então é bem feito que lhe tenham roubado o computador, para o gajo sentir o que é ser gamado em casa".

Nem mais.
O Porto em Lisboa

Confesso que não percebo o poder que o Porto de Lisboa (PL) tem sobre o resto da cidade. Toda a gente sabe que são responsáveis pelo divórcio entre a cidade e o rio. Que fazem edifícios absurdamente desproporcionados, enormes, tapando a cidade, tornando-a mais feia. Que enchem de contentores uma área completamente irrazoável para o que fazem. Que não deviam estar onde estão, mas noutro lado qualquer, no Barreiro, onde quer que seja.
E é do Estado. É por isso que não percebo por que razão o Estado não mete ordem naquilo, e os senhores da administração do PL continuam a tratar a cidade e a Câmara Municipal como a sua coutada privada. É claro que os Júdices desta vida não ajudam, sempre a comer de todos os pratos ao mesmo tempo.
O Sousa Tavares, esse arrogante, tripeiro e romancista amador, chamou-os de bando de malfeitores. E tem razão.
Eles vão fazer o que querem, lixar mais um pouco a cidade, tapando o rio com uma charmosa parede de contentores Evergreen. Mas pronto, isto ao menos serviu para ver o Sousa Tavares ser insultado publicamente por dezenas de trabalhadores braçais. E para ver que, para além do seu 'bravado' habitual, não foi à cara a ninguém. É pena.