quarta-feira, 25 de julho de 2012
terça-feira, 24 de julho de 2012
domingo, 15 de julho de 2012
Solução Final
Um dia a história há-de olhar para trás e louvar o que o Hitler fez de bom.
Por exemplo, foi ele que matou o Hitler.
Por exemplo, foi ele que matou o Hitler.
sexta-feira, 13 de julho de 2012
The Black Knight always wins!
Creio que tudo já foi dito sobre Miguel Relvas. Todas as piadas, todos os cartoons, todos os artigos.
Como tal, mais vale eu assumir já que não vou dizer nada de novo.
Mas como eu gosto de ler coisas a dizer mal do Relvas, mesmo que já as tenha lido 50 vezes, aí vai disto.
Miguel Relvas é, de facto, um sobredotado.
É espantoso o número de imbróglios em que o senhor se meteu, no espaço de um (!) anito de governo.
Senão vejamos:
1 - começou com a Antena 1 e com o Pedro Rosa Mendes. Toda a gente percebeu que o senhor não gostou de uma crónica do dito jornalista e fez pela sua demissão. Resultado: Rosa Mendes down.
2 - Depois foi o delicioso caso da Maçonaria, da Ongoing, dos Serviços Secretos e de Jorge Silva Carvalho, tudo ligado. Curiosamente, aqui quem perdeu o emprego foi o superespião do clipping e um assessor de Miguel Relvas (tinha mentido a mando do chefe e quando este foi apanhado em contradição, demitiu-se para arcar com as culpas de ter dado informações falsas). Two more down.
3 - Depois veio o Público. As ameaças à jornalista e aos directores do jornal, as inúmeras mentiras em que foi apanhado, etc. Resultado: Jornalista do Público down.
4 - Agora é a turbo-licenciatura, que cheira a marosca por tudo o que é lado. Quem se demitiu foi o Reitor da Lusófona do Porto. Another man down.
E Relvas lá vai. Alegre e contente, serpenteando qual peixe ensaboado que não se deixa agarrar.
É um "não assunto". "Fui totalmente ilibado" pela ERC, um órgão que, apesar de ser a voz do dono e lhe ter feito o frete, ainda teve a desfaçatez de considerar "inaceitável" o que o Ministro fez, apesar de "não ilegal". Mas, para Relvas, o Super-Bolonha, só lhe ficou na memória parte da decisão. Quanto ao facto de, pelo menos politicamente, ser intolerável o que fez (já para não falar de mentir, que é coisa que me incomoda num tipo eleito e pago por mim), isso não o incomoda. Nem lhe parece estranho que, depois dos casos Rosa Mendes e Público continue a ter a tutela da Comunicação Social!!! Fabuloso.
Tal como na super-licenciatura, Relvas é um moço que não tem tempo a perder. Depois de ter feito um curso inteiro num ano, a sua faceta de crónico ejaculador precoce manifesta-se agora na incontinência no campeonato dos casos, das trafulhices e das gaffes.
Apesar de tudo, ele continua. A fingir que é alguém. A fingir que é Ministro. A fingir que alguém dá um grama de credibilidade ou sequer de atenção a seja o que for que ele diga ou faça, depois de tudo isto. Ele não é um cadáver político, mas para lá caminha. É, na verdade, um zombie político, ainda aí anda mas sem esperança de voltar à vida. E o espantoso é que tudo isto foi conseguido no espaço de um ano. Embora para Relvas um ano dê para muita coisa, como sabemos.
Relvas age como o Cavaleiro Negro do fantástico filme dos Monthy Python, o "Holy Grail". Enquanto luta, vai perdendo uma perna, depois outra, depois um braço, depois outro, até ficar só um cotozito no chão. Mas, ainda assim, a mandar bocas, cheio de atitude, como se ainda fosse um temível cavaleiro de corpo inteiro.
Quando o Cavaleiro Negreo, já sem um braço e a espichar 30 litros de sangue, diz que aquilo "não passa de um arranhão", é o equivalente de Passos dizer que as trafulhices de Relvas são "um não assunto".
O homem sangra por todos os lados e nem toda a arrogância, autismo e bazófia do mundo o poderão esconder.
Relvas é, já ou a prazo, "um Não Ministro".
Como tal, mais vale eu assumir já que não vou dizer nada de novo.
Mas como eu gosto de ler coisas a dizer mal do Relvas, mesmo que já as tenha lido 50 vezes, aí vai disto.
Miguel Relvas é, de facto, um sobredotado.
É espantoso o número de imbróglios em que o senhor se meteu, no espaço de um (!) anito de governo.
Senão vejamos:
1 - começou com a Antena 1 e com o Pedro Rosa Mendes. Toda a gente percebeu que o senhor não gostou de uma crónica do dito jornalista e fez pela sua demissão. Resultado: Rosa Mendes down.
2 - Depois foi o delicioso caso da Maçonaria, da Ongoing, dos Serviços Secretos e de Jorge Silva Carvalho, tudo ligado. Curiosamente, aqui quem perdeu o emprego foi o superespião do clipping e um assessor de Miguel Relvas (tinha mentido a mando do chefe e quando este foi apanhado em contradição, demitiu-se para arcar com as culpas de ter dado informações falsas). Two more down.
3 - Depois veio o Público. As ameaças à jornalista e aos directores do jornal, as inúmeras mentiras em que foi apanhado, etc. Resultado: Jornalista do Público down.
4 - Agora é a turbo-licenciatura, que cheira a marosca por tudo o que é lado. Quem se demitiu foi o Reitor da Lusófona do Porto. Another man down.
E Relvas lá vai. Alegre e contente, serpenteando qual peixe ensaboado que não se deixa agarrar.
É um "não assunto". "Fui totalmente ilibado" pela ERC, um órgão que, apesar de ser a voz do dono e lhe ter feito o frete, ainda teve a desfaçatez de considerar "inaceitável" o que o Ministro fez, apesar de "não ilegal". Mas, para Relvas, o Super-Bolonha, só lhe ficou na memória parte da decisão. Quanto ao facto de, pelo menos politicamente, ser intolerável o que fez (já para não falar de mentir, que é coisa que me incomoda num tipo eleito e pago por mim), isso não o incomoda. Nem lhe parece estranho que, depois dos casos Rosa Mendes e Público continue a ter a tutela da Comunicação Social!!! Fabuloso.
Tal como na super-licenciatura, Relvas é um moço que não tem tempo a perder. Depois de ter feito um curso inteiro num ano, a sua faceta de crónico ejaculador precoce manifesta-se agora na incontinência no campeonato dos casos, das trafulhices e das gaffes.
Apesar de tudo, ele continua. A fingir que é alguém. A fingir que é Ministro. A fingir que alguém dá um grama de credibilidade ou sequer de atenção a seja o que for que ele diga ou faça, depois de tudo isto. Ele não é um cadáver político, mas para lá caminha. É, na verdade, um zombie político, ainda aí anda mas sem esperança de voltar à vida. E o espantoso é que tudo isto foi conseguido no espaço de um ano. Embora para Relvas um ano dê para muita coisa, como sabemos.
Relvas age como o Cavaleiro Negro do fantástico filme dos Monthy Python, o "Holy Grail". Enquanto luta, vai perdendo uma perna, depois outra, depois um braço, depois outro, até ficar só um cotozito no chão. Mas, ainda assim, a mandar bocas, cheio de atitude, como se ainda fosse um temível cavaleiro de corpo inteiro.
Quando o Cavaleiro Negreo, já sem um braço e a espichar 30 litros de sangue, diz que aquilo "não passa de um arranhão", é o equivalente de Passos dizer que as trafulhices de Relvas são "um não assunto".
O homem sangra por todos os lados e nem toda a arrogância, autismo e bazófia do mundo o poderão esconder.
Relvas é, já ou a prazo, "um Não Ministro".
Funcionalismo
Queria apenas agradecer ao senhor funcionário público que decidiu intervir há coisa de dois posts abaixo. Graças a ele, este desanimado tasco quadruplicou as suas visitas. Isto sim, é serviço público.
E para que não fique com a ideia de que não gosto de funcionários públicos, deixo aqui um exemplo de um espécime que muito me apraz. Não é portuguesa, mas está ao serviço.
Bem haja.
E para que não fique com a ideia de que não gosto de funcionários públicos, deixo aqui um exemplo de um espécime que muito me apraz. Não é portuguesa, mas está ao serviço.
Bem haja.
quarta-feira, 11 de julho de 2012
sábado, 7 de julho de 2012
De inconstitucionalidades e outras merdas
Vi muita gente - sobretudo malta da Esquerda - cantar vitória com a decisão do Tribunal Constitucional (TC) sobre os subsídios de natal e de férias dos pensionistas e dos funcionários públicos.
Naturalmente, seguiu-se a discussão sobre onde vai agora bater o pau, sabendo-se de forma limpinha que vai ao dorso dos privados.
Mas não se discutiu ainda, pelo menos da forma correcta, a própria decisão que esteve na origem destas dúvidas todas: o acórdão do TC.
É que, na minha modesta opinião, o TC está redondamente enganado.
O grande argumento é que o corte aos subsídios da função pública e reformados (poupando apenas os que ganham menos) viola o princípio constitucional da igualdade, porque não corta os subsídios dos privados.
A partir daqui, a coisa complica-se.
Como é óbvio, o Estado só é dono do que é seu. Por outras palavras, só pode cortar no dinheiro que possui, no dinheiro que gasta. Não pode dizer aos privados "nao paguem os subsídios aos vossos trabalhadores", porque o dinheiro desses subsídios não é seu. É dos privados, que o pagam aos seus trabalhadores.
Portanto, o TC diz que é inconstitucional porque não corta a todos. Mas cortar a todos seria ilegal, porque seria o Estado a mandar numa coisa que não é sua. Mas o TC não parece preocupado com isto. Porque, do alto do seu cadeirão, só diz se é constitucional ou inconstitucional, não sugere nada, nenhuma alternativa. É óbvio que deixa no ar a alternativa, que por acaso, como aqui demonstrei, é ilegal.
Tá certo.
Por outro lado, se o Estado fizesse uma lei que diria assim: "neste país, até 2018, é proibido pagar subsídios de Natal, públicos ou privados". Isto seria legal (com esta nova lei) e seria constitucional. Não serviria é para porra nenhuma em termos de défice das contas públicas. O Estado pouparia nos subsídios que não pagaria, mas não ganharia nada com o corte aos privados. Esse, simplesmente, ficaria nos bolsos das empresas privadas, que estariam proibidas de os pagar (e elas chateadas!).
Ou seja, sabendo nós que a solução que o TC "sugere" para derrubar a inconstitucionalidade - o corte a todos - é ilegal, ficamos a perceber que o único argumento que resta ao TC é ideológico. Não tenho nada contra, aliás, a Constituição é um documento ideológico. Mas, saindo do reino da legalidade - no qual o TC não parece ter muito jeito - entramos no reino da ideologia e, sobretudo, do subjectivismo esotérico.
Como não pode sugerir a ilegalidade (e a inutilidade para as contas públicas) do corte igual para todos, refugia-se numa formulação que defende que todos, por igual, devem partilhar o esforço. Quer o TC com isto dizer que não é isso que está a acontecer. Que, por via do corte dos subsídios, os funcionários públicos estão a suportar um maior esforço do que os trabalhadores do privado. Curiosamente, desde o início desta crise (2007, com o subprime, remember?) eu não vi um único funcionário público ser despedido. Um só. Despedido a sério, como no privado, como aconteceu a 30 pessoas na minha empresa.
Portanto, se vamos falar de igualdade, do princípio constitucional da Igualdade, convém que os senhores do TC fossem sérios e consequentes.
Porque, no fundo, tudo o que está em causa nesta decisão é a opinião (aliás, não consensual) do TC de que os esforços associados à austeridade não estão a ser igualitários, penalizando sobretudo os funcionários públicos, que curiosamente são os únicos que não podem perder o emprego. Sendo que, também curiosamente, o desemprego, a perda do emprego, é a principal chaga desta crise e desta austeridade. E não chega aos funcionários públicos...
Mais, se querem ser consequentes, então porque não defender um imposto sobre as fortunas? Sobre o património? Sobre as transacções financeiras? Ah, porque aí o dinheiro ia-se embora. Ou seja, austeridade é boa mas só para a classe média e baixa. Para os outros, nada. E o TC, tão ufano na defesa dos SEUS subsídios, sobre isto não diz nada...
Senhores do TC: se querem defender o princípio constitucional da Igualdade, até ao fim, terão todo o meu apoio. Mas então olhem para a merda de país que temos, mas olhem bem, porque vão ter de o mudar de alto a baixo. Na questão da Igualdade, senhores do TC, todo o Portugal É UM PAÍS INCONSTITUCIONAL!
Não esperem é o meu apoio numa questão que no fundo, se resume a isto: para o ano, os senhores do TC querem ir de férias a Cancun, e assim já podem. Vou eu pagar.
Bravo.
Naturalmente, seguiu-se a discussão sobre onde vai agora bater o pau, sabendo-se de forma limpinha que vai ao dorso dos privados.
Mas não se discutiu ainda, pelo menos da forma correcta, a própria decisão que esteve na origem destas dúvidas todas: o acórdão do TC.
É que, na minha modesta opinião, o TC está redondamente enganado.
O grande argumento é que o corte aos subsídios da função pública e reformados (poupando apenas os que ganham menos) viola o princípio constitucional da igualdade, porque não corta os subsídios dos privados.
A partir daqui, a coisa complica-se.
Como é óbvio, o Estado só é dono do que é seu. Por outras palavras, só pode cortar no dinheiro que possui, no dinheiro que gasta. Não pode dizer aos privados "nao paguem os subsídios aos vossos trabalhadores", porque o dinheiro desses subsídios não é seu. É dos privados, que o pagam aos seus trabalhadores.
Portanto, o TC diz que é inconstitucional porque não corta a todos. Mas cortar a todos seria ilegal, porque seria o Estado a mandar numa coisa que não é sua. Mas o TC não parece preocupado com isto. Porque, do alto do seu cadeirão, só diz se é constitucional ou inconstitucional, não sugere nada, nenhuma alternativa. É óbvio que deixa no ar a alternativa, que por acaso, como aqui demonstrei, é ilegal.
Tá certo.
Por outro lado, se o Estado fizesse uma lei que diria assim: "neste país, até 2018, é proibido pagar subsídios de Natal, públicos ou privados". Isto seria legal (com esta nova lei) e seria constitucional. Não serviria é para porra nenhuma em termos de défice das contas públicas. O Estado pouparia nos subsídios que não pagaria, mas não ganharia nada com o corte aos privados. Esse, simplesmente, ficaria nos bolsos das empresas privadas, que estariam proibidas de os pagar (e elas chateadas!).
Ou seja, sabendo nós que a solução que o TC "sugere" para derrubar a inconstitucionalidade - o corte a todos - é ilegal, ficamos a perceber que o único argumento que resta ao TC é ideológico. Não tenho nada contra, aliás, a Constituição é um documento ideológico. Mas, saindo do reino da legalidade - no qual o TC não parece ter muito jeito - entramos no reino da ideologia e, sobretudo, do subjectivismo esotérico.
Como não pode sugerir a ilegalidade (e a inutilidade para as contas públicas) do corte igual para todos, refugia-se numa formulação que defende que todos, por igual, devem partilhar o esforço. Quer o TC com isto dizer que não é isso que está a acontecer. Que, por via do corte dos subsídios, os funcionários públicos estão a suportar um maior esforço do que os trabalhadores do privado. Curiosamente, desde o início desta crise (2007, com o subprime, remember?) eu não vi um único funcionário público ser despedido. Um só. Despedido a sério, como no privado, como aconteceu a 30 pessoas na minha empresa.
Portanto, se vamos falar de igualdade, do princípio constitucional da Igualdade, convém que os senhores do TC fossem sérios e consequentes.
Porque, no fundo, tudo o que está em causa nesta decisão é a opinião (aliás, não consensual) do TC de que os esforços associados à austeridade não estão a ser igualitários, penalizando sobretudo os funcionários públicos, que curiosamente são os únicos que não podem perder o emprego. Sendo que, também curiosamente, o desemprego, a perda do emprego, é a principal chaga desta crise e desta austeridade. E não chega aos funcionários públicos...
Mais, se querem ser consequentes, então porque não defender um imposto sobre as fortunas? Sobre o património? Sobre as transacções financeiras? Ah, porque aí o dinheiro ia-se embora. Ou seja, austeridade é boa mas só para a classe média e baixa. Para os outros, nada. E o TC, tão ufano na defesa dos SEUS subsídios, sobre isto não diz nada...
Senhores do TC: se querem defender o princípio constitucional da Igualdade, até ao fim, terão todo o meu apoio. Mas então olhem para a merda de país que temos, mas olhem bem, porque vão ter de o mudar de alto a baixo. Na questão da Igualdade, senhores do TC, todo o Portugal É UM PAÍS INCONSTITUCIONAL!
Não esperem é o meu apoio numa questão que no fundo, se resume a isto: para o ano, os senhores do TC querem ir de férias a Cancun, e assim já podem. Vou eu pagar.
Bravo.
quarta-feira, 4 de julho de 2012
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