quarta-feira, 22 de outubro de 2003

Hoje acordei...

... sem ser eu, nem o outro, era qualquer coisa de intermédio. Estava outra vez possuído pelo espírito do Mário de Sá Carneiro. Por muito que o génio do poeta me desse algum jeito, não queria, de maneira nenhuma, entregar-me à angústia e ao desalento que o levou ao suicídio. Só havia um remédio, uma solução terrível, arriscada, que poderia causar-me danos irreversíveis, mas a única maneira de exorcizar o espírito de um escritor genial é uma dose cavalar de literatura de merda. Por isso, lá fui até à Fnac comprar a obra completa da Margarida Rebelo Pinto, do Manuel Arouca, do Richard Bach e do Nicholas Sparks.

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