A Profissão Edificante
Galão matutino. A saborear a torrada do meio, aquela que quase não tem côdea. Passo os olhos pela coluna Vox Populi, do Publico Local. "Qual é o seu edifício preferido em Lisboa?"
Maria Correia - "O Centro Comercial Colombo. As mulheres são assim: compras, compras... É um edíficio que junta o útil ao agradável. Por um lado a beleza arquitectónica, por outro lado o consumismo. É um local muito bom."
Eu, compreensivo, tolerante, penso apenas: "E depois elas admiram-se de levar porrada no lombo..."
Olho para a fotografia, compreensivo, tolerante: "Com uma carita de parva destas, bem merecia..."
Verifico a profissão: Professora, de 27 anos. Cuspo a torrada.
Deixando de parte a Educação Visual ou coisas relacionadas, esta senhora até pode ser muito boa professora de Inglês, Matemática ou Fusão Nuclear a Frio. Mas peço um bocadinho mais a um professor do que ensinar a matéria que lhe compete. Peço que não seja mongo. Ou acéfalo, como neste caso.
Só descanso os olhos quando passo para a inquirida do lado. Maria Russo, estudante, 20 anos: "A casa José Malhoa, porque é um património artístico de Lisboa. (...) Agrada-me a conjugação dos elementos arquitectónicos."
Já ganhou, a sorridente Maria Russo ascende à minha 2ª fachada preferida em Lisboa.
Não digo que é a 1ª porque não quero problemas lá em casa.
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