O crime perfeito
Tinha entrado pela porta das traseiras, atravessou a cozinha, pegou na faca de trinchar a carne, mergulhou na escuridão do corredor e dirigiu-se à sala. Lá estava ela, sentada no sofá, iluminada apenas pela luz ténue da televisão, avançou o corpo, seguido do braço, da faca, do aço que trespassou a carne uma, duas, três... vezes sem conta até os tecidos musculares fundirem-se com o tecido do sofá. A luz acendeu, os balões de várias cores espalhados pela sala, assim como a fita que prendia no tecto, em cantos opostos e onde se podia ler: "SURPRESA!", não faziam sentido nenhum. Muito menos os familiares e amigos que permaneciam estarrecidos, enquanto ele tentava reconhece-los através dos olhos enublados de sangue.
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