A MAMA
Pois é, é com isto que a América se ocupa. A mama. Ainda por cima com a mama da Janet Jackson, a mama da mana do outro. A autoridade supervisora dos espectáculos, nos EUA, abriu um inquérito ao sucedido, o seu presidente afirma-se "chocado e indignado", a MTV, que organizou o concerto no intervalo do Superbowl, pede desculpas e diz que não sabia de nada. A mesma MTV que ganha milhões de dólares a promover artistas que diminuem as mulheres e fomentam a violência, sem problemas de consciência porque põe um piiii por cima das asneiras e tapa as mamas das meninas com faixas na imagem.
A mama da mana do outro abriu telejornais toda a semana, e a América puritana está em choque. A mesma América que tem a maior produção e o maior mercado pornográfico do mundo (talvez o único ponto positivo dos EUA).
A América está chocada, e não é por a CIA ter finalmente desmentido tudo o que disse, e Bush repetiu, sobre as armas de destruição maciça, no Iraque.
A América está chocada porque as suas crianças, puras e virginais, viram dois segundos de mama, e uma mama preta.
As mesmas crianças que, na sua inocência, apenas queriam ver três saudáveis horas de um jogo em que trinta gajos se tentam desfazer uns aos outros à porrada.
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