Cavaco na TVI
Passaram dez anos, conforme fez questão de repetir vezes sem conta. Resultado: o não-político, antigo primeiro-ministro, candidato pela segunda vez a PR, tecnocrata e académico perdeu qualidades.
Disse pouco. Ideias nenhumas. Não saiu das proverbiais e congénitas intenções de cooperar com o governo e de incentivar o crescimento económico junto dos vários agentes.
Cansado, repetitivo, num registo quase boçal, deixou notar que tudo isto – a campanha – é uma tremenda maçada para ele. Um fastidioso pro form.
Pouco interessado em se revelar, refugiou-se na vacuidade e no silêncio dos lugares comuns, enleando-se na miserável estratégia de um já de si miserável discurso, nomeadamente quando confrontado com os contundentes ataques que dirigiu há dez anos a Sampaio.
O melhor que lhe saiu da boca foi a opinião sobre a guerra no Iraque. De resto, uma decepção.
Só pode ter ficado às escuras quem esperava uma luz messiânica.
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