Protesto
Eu sei que a malta gosta é de rir e que o blog até está bem jeitoso (ao estilo placard do talho), mas agora vou mandar uma posta a sério.
Porque quero. Porque posso. Porque o Benfica acaba de levar 3 na anilha e não me apetece brincar.
Já houve um tempo em que nem todos os autores deste tasco tinham ainda caído no niilismo. Nessa altura, os bons velhos tempos (em que ninguém cá vinha), dizia-se mal. No Vodka dizia-se mal, pronto. Agora também se diz mal, mas agora é com piada, é com finesse, com suplesse, em folha seca, enfim. Como dizia o Octávio Machado, vocês sabem do que eu estou a falar.
Entremos então na máquina do tempo, e digamos mal.
Bora lá.
And now, for something completely different....
Quero falar das urgências hospitalares.
(Com esta fodi-vos, na foi?)
Pois, as urgências. Estive o fim de semana passado ali na zona de Aveiro, numa das minhas raras incursões ao bárbarro território do norte. E, lendo um jornal local, fiquei a saber que o Governo planeia encerrar nada mais nada menos que 14 urgências hospitalares. Na bonita zona em que fiquei instalado, são afectados os serviços de Ovar, Estarreja, Espinho e São João da Madeira, entre outros, deixando, na prática, milhares de pessoas afastadas de cuidados de saúde em tempo rápido. E atenção, não estamos a falar de centros de operações XPTO, mas sim de urgências, aqueles serviços que deviam existir em todo o lado.
E isto, meus amigos, é uma vergonha.
Depois queixem-se da fuga para as grandes cidades e da morte do interior e das vilas (sim, porque se isto se passa relativamente perto da costa, imaginem no interior).
Para além de tudo o que de grave isto tem, só dá ao resto do país mais argumentos para a velha lengalenga que os tipos de Lisboa decidem tudo num gabinete e os lixam à distância. O que até é verdade, com a simples ressalva de os tipos do Governo serem todos da província, por acaso.
É esta a esquerda que temos no Governo.
Prontes, era isto.
Siga a banda.
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