A dualidade de critérios, esse monstro
Scolari é um mestre da vitimização. Aquela conferência de imprensa em que ele aparece como o coitadinho, a dizer que a penalização de 4 jogos sem se sentar no banco é "excessiva" devia ser estudada nas escolas de psicologia, na parte da matéria dedicada ao "Virar o Bico ao Prego".
E para mostrar que futebol não é só pontapé na bola (também se pode jogar de cabeça e com os joelhos, mas não com os punhos), façamos um exercício de memória.
Lembram-se do Sá Pinto, que ganhou o amor de todos os benfiquistas quando foi às fuças ao Artur Jorge? Nem sequer foi em nenhum jogo, mas levou uma suspensão que o levou a deixar o país.
Lembram-se do Abel Xavier, o Chewbacca do LA Galaxy, que fez o famoso penalti contra a França (e foi mesmo penalty, acho que já o podemos admitir) e se fartou de mandar vir com o árbitro? Levou seis meses sem tocar na chincha.
Lembram-se do João Pinto, o ex-menino de ouro, aquele que, pela esposa que tem, se dedica agora a jogar à mama? Deu um murro fantasma a um árbitro, nunca mais voltou à Selecção. Mais, foi a própria Federação que, antes sequer de haver um inquérito formal, pediu um castigo exemplar para um dos mais internacionais jogadores portugueses.
E, finalmente, o célebre Zequinha, cujas imagens correram mundo quando decidiu roubar um cartão vermelho das mãos de um árbitro. Um miúdo de 19 anos, que nem sequer bateu em ninguém, foi suspenso, pela própria Federação, por um ano.
E vem agora o senhor Scolari queixar-se do castigo que lhe foi aplicado. Quatro jogos a olhar para ontem, enfim, não é muito diferente do que ele fez nos quatro jogos anteriores.
Mas o que é chocante é a posição da Federação. Quanto toca aos jogadores, que são gente naturalmente sem formação e que precisa de disciplina, pulso de ferro. Quando é um treinador, escolha pessoal do presidente da Federação, sopinhas e falinhas mansas.
Scolari deve sair. Não pelo que fez, afinal, um homem é um homem, e às vezes passa-se. Deve sair porque, depois do que fez pela Selecção, já mostrou não ser capaz de a levar mais longe, e torná-la naquilo que ela pode ser.
Mas se pensarmos em mudanças, é na própria Federação que elas são necessárias. Já há muitos anos, aliás.
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3 comentários:
Murros no Madaíl é que era.
exato, scolari deu o murro, msm para nao ser despedido... ele sabia k dps dakele resultado corri mts hipoteses de haver um motim, para se ir embora, dando o murro, ja nao o iriam despedir, pois soaria a "fui despedido porque bati num jogador... e nao pk andei a brincar as escolinhas com os jogadores!"
tá na hora de chamar o mourinho?
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