Vodka Atónito

E agora, um pouco de política(?!)

Confesso que me está a dar um gozo tremendo a barraca instalada no PSD.
Em primeiro lugar, tenho de admitir que o Menezes me surpreendeu. Não acreditei que ele alguma vez conseguisse ser mais incompetente e desastrado do que o Sacana Lopes. Estava enganado. Em seis meses, fez mais merda e deu mais tiros no pé que o Sacana em toda a sua longa e estéril carreira. Aliás, estou convencido que a História corrigirá este erro e, num futuro não muito longínquo, consagrará Menezes como o verdadeiro trapalhão-mor da política mundial. É uma questão de tempo, e de justiça. O seu a seu dono.
Menezes é uma espécie de Santana do Norte. Também é só fogo de vista, mas enquanto o Santana é um beto incorrigível, Menezes é um azeiteiro a armar ao inteligente. Basta ver a sua equipa de fiéis (neste momento para aí dois gajos), o Ribau e o Gomes da Silva, para se perceber que isto só podia acabar mal.
Diz que o homem se demitiu, num gesto de grande dignidade. Não é verdade. Menezes é muito, mas muito ambicioso, e se saiu agora foi porque teve finalmente a convicção que todos os restantes portugueses já tinham: nunca na vida ganharia a Sócrates, nem com batota. Mais, percebeu que já toda a gente o tinha topado, e que as sucessivas merdas em que insistiu em enterrar-se nestes seis meses o estavam a desmascarar para sempre (para aqueles para quem tal era necessário).
Assim, a estratégia é simples e faz sentido. Ele sabe que, quem quer que ganhe o PSD, vai levar uma abada do Sócrates, que pura e simplesmente abafou por completo o espectro político habitual do PSD. Como tal, mais vale sair agora e armar-se em sério e mártir, deixar o cliente seguinte enterrar-se e voltar depois, com um argumento já gasto pelo Santana: não me deixaram levar as coisas até ao fim, porque se tivesse lá ficado tudo teria sido fantástico, uma terra de leite e mel.
É simples e faz sentido, excepto na parte em que Menezes é realmente mau demais para ser verdade, e que, mesmo nesta terra de acéfalos centrão-lovers, nunca ganhará nada.
Diz que agora já há candidatos. Fala-se em Rui Rio - o Salazar da Ribeira - em Manuela Ferreira Leite, fala-se no António Borges (o maior farsola, overrated, bluff da política nacional a seguir ao António Vitorino), fala-se até do professor Marcelo.
Por enquanto, há dois. Pedro Passos Coelho, um zé-ninguém tecnocrata disposto a contrariar uma lei da física que diz que um líder da Jota nunca chega a líder do partido. E Aguiar Branco, um gajo que dizem que até existe mesmo. A minha pergunta é simples: Aguiar Branco?! Who the fuck is Aguiar Branco?!
E é a isto que está reduzido o PSD.
E é fabuloso.
O meu candidato? Luis Filipe Menezes.
Obviamente.

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