Roubei o título desta posta a uma mensagem escrita por um dos camaradas deste tasco, na noite das eleições que consagrou a reeleição de Sócrates.
Socrates ganhou apelando a algumas coisas, e colocando-as mesmo no seu programa de Governo:
- investimento público em barda, nomeadamente um TGV entre todas as residências e o café da esquina mais próximo
- reforço do papel do Estado
- não ao aumento de impostos
- reforço dos apoios sociais, como forma de lidar com a crise
Acredito que já ninguém se lembre (afinal foi há longínquos seis meses), mas Ferreira Leite defendeu algumas coisas diferentes: cortes nas obras públicas - nomeadamente o TGV - , redução do peso do Estado, regresso à disciplina orçamental, inúmeros alertas acerca do défice e da insustentabilidade do endividamento externo.
Sócrates, ao contrário de todos os economistas que não do PS, jurava a pés juntos que tudo estava bacano, que o défice estava controlado, ia ficar nos dois e tal por cento (ficou nos 9). Tudo jóia.
E agora, depois de gozar descaradamente com a velha, está a fazer tudo, mas tudo, o que ela defendeu.
Discute-se no parlamento se Sócrates mentiu aos deputados. Isso é relativamente indiferente. É indesmentível que mentiu aos portugueses.
E, com tudo isto, e com o que se sabe da Face Oculta (estou a falar para pessoas normais, não o Amarelo, que não se permite saber nada), saem as sondagens e, voilá, se fosse hoje Sócrates ganharia de novo.
Portanto: O Povo gosta, o Povo merece.
sexta-feira, 12 de março de 2010
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2 comentários:
A única forma de combater esta hipocrisia seria criar incentivos fortes à honestidade política, instituindo-se que por cada promessa eleitoral não cumprida, fosse arrancado um testículo a um dos elementos do conselho de ministros.
Ferreira Leite não é boa política.
Mas ideais para um país melhor? Talvez.
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