domingo, 16 de maio de 2010
A inveja é um sentimento muito feio
Escrever sobre sexo é um exercício arriscado. São poucos os escritores que o fazem sem cair no ridículo ou no mau gosto. É preciso ter um enorme talento para o conseguir. É o caso desta pérola do Rubem Fonseca (escritor brasileiro que eu conheci há alguns anos através de uma prenda do Bastard): "Afinal, fomos para minha casa, entrámos e ficámos imóveis, um olhando para o outro, nossos rostos se aproximaram lentamente e nos beijámos, primeiro de maneira tímida, sem que o resto dos nossos corpos se tocasse. Karin estava muito emocionada, eu também, a inocência de Karim acendia uma centelha, um frisson de eufórica felicidade dentro de mim, comovi-me com a radiância do seu corpo nu curvado, sua boca no meu pénis, ouvi-a perguntar, docemente, fitando-me com os seus olhos cheios de pureza, está bom?" (Rubem Fonseca, in Mandrake, a bíblia e a bengala). A inveja é um sentimento muito feio.
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1 comentário:
O problema da escrita dita erótica é que, na maioria dos casos, gera incómodo em gajos que não têm qualquer problema em ver porno com animais e anões maléficos.
O único gajo que soube realmente como fazê-lo foi o Henry Miller. Tem coisas melhores que várias edições da Gina.
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