sexta-feira, 28 de maio de 2010
A obediência civil
"Saibam todos quantos isto lerem que eu, Henry Thoreau, não quero ser considerado membro de qualquer sociedade constituída a que não tenha aderido". "Incorrer no castigo, por desobedecer ao Estado, custa menos do que obedecer-lhe. Obedecer é como confessar que nada valho" (Henry Thoreau, in "A desobediência civil"). Saibam todos que eu acordei hoje como um trapo amarrotado por ter estado ontem até às tantas da manhã a tratar da merda do IRS, para que o Estado português, que nunca me perguntou se eu queria aderir a ele, canalizar o dinheiro dos meus impostos para alimentar a obscena clientela partidária do bloco central; os privilégios dos grandes grupos económicos que só sabem enriquecer sem risco e sem concorrência sobre o chapéu protector das "parcerias público-privadas"; o desperdício e a corrupção que sorvem quase todos os restantes recursos, nada sobrando para que os nossos 2 milhões de pobres deixem de o ser. Saibam todos quantos isto lerem que eu, o homem do estupefacto amarelo, nada valho.
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1 comentário:
Eu sou um gajo bué radical, portanto deixei passar o prazo.
vão-me entalar com a multa, como é óbvio...
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