terça-feira, 22 de junho de 2010

O motivo pelo qual acredito que o bloco central seria a melhor coisa que nos podia acontecer

É simples. Os portugueses votam sempre nos mesmos, e sempre reactivamente. Votam contra alguém, mesmo que tenham votado nesse alguém nas eleições anteriores. Não é um exercício de cidadania, é um exercício de vingança.
Todos já percebemos o enredo do filme. O PSD não tem a certeza de ganhar se for agora a eleições, por isso vai deixando o PS cozer em banho-maria, à espera do golpe de misericórdia. Quando o momento for certo, haverá moção de censura, e Pedro Passos Coelho será, não tenhamos dúvidas, o próximo primeiro-ministro de Portugal. Depois faz merda, volta o PS, etc, etc.

Após um bloco central, este espírito vingativo dos tugas poderia fazê-los finalmente virar-se para as alternativas.

Enquanto teoria soa bem, não soa?...

4 comentários:

funafunanga disse...

Quando as alternativas são ainda mais irresponsáveis, nem por isso. Apesar de tudo, os tais grandes grupos económicos que os têm na mão sempre impedem isto de chegar ao nível do Zimbabwe. Diz que é mau para o negócio...

papousse disse...

Funafunanga,

Quando tivessem que gerir o tasco, as alternativas irresponsáveis perderiam logo algum do seu lirismo. Cheira-me.

funafunanga disse...

Aí tens, papousse. Acabas de enfiar o dedo no furunculo mais pestilento da política e ei-lo agora a largar pinguinhas de pus.

Se votamos nos partidos fora do centrão na esperança de que o poder os faça ficar mais corromparecidos com aquele, what's the point? E na improvável hipótese de serem coerentes e se manterem iguais a si próprios... medo!

papousse disse...

Ficar mais pragmático não significa entrar - e não sair - num processo de jorgecoelhização.