Disse o professor Cavaco, esse terror do bolo-rei, que os portugueses deviam passar mais férias em Portugal, porque isso ajudaria a economia e o nosso défice externo. Não ligando ao paternalismo de alguém que só saiu de Boliqueime obrigado, em termos económicos tem toda a razão. Eu por acaso até sou daqueles que gosta bastante de passar férias por cá, nomeadamente na costa alentejana. Belas praias, come-se bem, é barato e não é o Algarve ou o sul de Espanha.
Adiante.
Depois de Mr. Cavaco dizer de sua justiça, veio o Vieira da Silva, o ministro Zarolho que, dizem, já foi um esquerdalho a valer, rebater. Este senhor, que apesar de ser ministro da Economia percebe tanto do assunto como eu de nenúfares, veio dizer, em tom jocoso, que era perigoso dar estes conselhos, porque os dos outros países podiam fazer o mesmo e a gente perdia os turistas estrangeiros, que muita falta fazem.
Este argumento, que é tão despropositado quanto o tom utilizado, mostra bem que, no PS e no Governo, já estamos em pré-campanha para as presidenciais. A questão é que, com tantos assuntos nos quais se pode atacar Cavaco, escolher este é gastar uma munição a disparar para as árvores. O senhor Vieira da Silva, ministro da ECONOMIA, podia ter simplesmente ficado calado, e evitava ter de, em público, receber uma lição de ECONOMIA.
E Cavaco, já agora, podia ter-se coíbido de responder à parvoíce do senhor ministro.
É que o momento exigiria, digo eu, que duas das principais figuras do país não andassem aos remoques, quais putos no recreio.
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