"O futebol é um jogo de onze jogadores contra onze jogadores, e no fim ganha a Alemanha". Lembrei-me hoje desta frase do antigo avançado inglês Gary Lineker, habituado a ver a sua selecção ser derrotada pelos boches.
Hoje, a "minha" Argentina vai para casa. Tenho muita pena, naturalmente, uma vez que era a minha equipa preferida em prova. Preferida, claro, por causa de Diego. O México 86, a consagração do Deus do Futebol, é a primeira memória que tenho deste tipo de torneios. E a razão pela qual sempre adorei a Argentina e sempre torcerei por ela.
Hoje, a Argentina foi trucidada por uma Alemanha que já havia despachado os ingleses também com quatro batatas. Foi um jogo fantástico, com duas equipas ao ataque, a tentar ganhar, e apenas se desequilibrou nos 25 minutos finais. Não faltará agora quem volte a crucificar Maradona, que tantas críticas recebeu no seu papel de treinador. Eu cá teria mexido mais cedo na equipa, tirando o aguerrido mas disparatado Tevez e o tenrinho Higuain, por troca com Aguero e Milito. Mas a verdade é que, feitas as contas, a Alemanha foi muito melhor. Ao contrário da Argentina, em que Tevez, Messi e Higuain fazem gala de não passar a bola a ninguém, a Alemanha é um regalo de futebol colectivo. E isto no bom sentido, não no sentido de que a Itália é sempre um bloco mas é defensiva e cínica. A Alemanha ganhava por 1-0, e continuava a atacar como gente grande. Não é ingenuidade - os alemães não têm disso - mas é interesse genuíno pelo jogo, e uma forma positiva de encarar o futebol, de que atacando se ganha mais vezes (não é, professor Queiroz?). Klose, Podolski, Ozim, Schweinsteiger (que grande jogo!), Lahm, Muller e outros são de uma eficiência bonita e inspiradora. A prova de que não ganha sempre quem tem melhores individualidades. É uma questão de treino, de filosofia, de empenho e de ligação entre os jogadores. E isso a Alemanha tem, para dar e vender. É, agora, a grande favorita ao título mundial.
Quanto a Diego, mostrou que não é tão mau como o pintavam, mas a sua grande capacidade enquanto treinador é a sua capacidade de inspiração. Não chegou.
Mas Diego é Diego. É o maior. Ponto final.
PS - e agora, FORÇA HOLANDA!!!
sábado, 3 de julho de 2010
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1 comentário:
Ai o Zanetti, o Zanetti...
Tive pena pelo Maradona, mas ele acabou por ser vítima das suas próprias opções.
A Alemanha também não ajudou nada. É uma equipa fortíssima, feita de
jogadores de grande talento. Um regalo.
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