Há várias qualidades que, em teoria, são exigíveis a um primeiro ministro ou a um governo. Competência, por exemplo. Honestidade. Transparência. Responsabilidade.
Pelo menos isto.
Vem isto a propósito das últimas movimentações de Sócrates e sus muchachos no que toca à lei laboral,algo muito bem lembrado pelo camarada Papousse. Tal como tinha já escrito, assim que se começou a falar nesta matéria percebemos todos que algo estava errado e que, de uma forma ou de outra, nos iam foder outra vez. Sócrates esteve em Bruxelas e de lá, da Comissão Europeia, veio a informação de que Portugal ia "flexibilizar" as leis laborais, Ora já sabemos o que isto quer dizer, que nos vão "flexibilizar" a espinha. Mas Sócrates disse logo, já em Portugal, que nada disso. Naaaaa, estamos é a olhar para as regras laborais de forma a estimular o emprego, em várias vertentes.
Ora o que aconteceu?
Só isto: a primeira alteração conhecida é a fixação de montantes máximos de indemnização em caso de despedimento de trabalhadores. Será isto uma medida de estímulo ao emprego? Ou será mais uma medida de estímulo ao desemprego?...
Mais uma vez, temos este cenário: conversa, conversa, conversa, eufemismos e digressões verbais. Mentiras descaradas. A gente pergunta uma coisa, eles respondem outra, arranjam nomes técnicos e parvoíces, sem dar nunca uma resposta clara. E depois vêm as medidas, e aqui temos.
Eu gostava de ter um governo competente. Eu gostava de ter um governo honesto. Eu gostava de ter um governo que falasse a verdade, falasse claro e respondesse ao escrutínio público.
Gostava, no mínimo, de ter um governo que não fizesse de mim parvo todos os dias do ano.
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
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2 comentários:
Estás a pedir de mais, camarada.A novilíngua governa(?) a Europa.
querem é poleiro
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