Mas é para isso que está cá o Vodka.
O Sócrates grita como o Alan ao pé do Javi Garcia, que quer negociar o PEC mas o PSD é irresponsável, isto depois de o PS ter ignorado toda a gente olimpicamente e ter ido fazer directamente o arranjinho a Bruxelas e a Frankfurt.
Passos Coelho grita como um steward ao pé do Hulk, e diz que não aprova aquilo.
Mas ouçamos o que diz o presidente do Eurogrupo, um senhor com nome de esquentador, Jean-Claude Juncker:
"Não gostaria de interferir num debate de política interna em Portugal, mas nós aprovámos o programa de ajustamento tal ele como nos foi proposto pelo Governo português, que foi avalizado pela Comissão Europeia e pelo BCE, pelo que não vejo nenhuma razão para que possa ser alterado o programa tal como ele nos foi comunicado e aprovado por ocasião da nossa ultima reunião".
Ou seja, estamos bem fodidos.
A primeira mentirinha vem de Passos Coelho. Fica claro, por estas palavras, que o Estado português está vinculado a esta merda, esteja quem estiver no Governo. Se Passos for para lá a seguir, vai ter de o cumprir. Portanto, esta palhaçada do não aprovo - que eu aplaudo - não serve para absolutamente nada.
E depois a grande, gorda, obesa mórbida mentira. A de Pinócrates, esse mentiroso patológico e trafulha encartado.
Estica a corda e dramatiza, dizendo que quem tem a culpa é o PSD. Ele está disposto a negociar, podem ser outras medidas, desde que o resultado seja o mesmo.
Ora o que fica agora claro é que não há qualquer negociação possível. É apenas uma desculpa para provocar a crise e culpar os outros.
Como é óbvio, se Sócrates quisesse negociar, tê-lo-ia feito antes. Antes de ir a Bruxelas e a Frankfurt assinar, em nome do país, este PEC, na exacta redacção que ele tem.
É isto que Juncker diz. É isto que Merkel diz.
Sócrates, que cagou para toda a gente, apareceu lá de peito feito e botou a cruz no sítio da assinatura. Com isso selou ainda mais o nosso destino para os próximos anos.
Tudo o resto é uma falácia. Mais mentiras, num ambiente que está demasiado irrespirável.
1 comentário:
Já há muito tempo que ninguém me faz uma bela falácia.
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