Há 3 maneiras de fazer as coisas: a maneira certa, a maneira errada, e a maneira à tuga.
Esta última está algures entre as duas primeiras, ou seja, até leva ao objectivo, mas vai primeiro dar uma ganda volta.
Parece que há entre 800 e 900 mil "utentes-fantasma" no Serviço Nacional de Saúde. Ou seja, malta que morreu ou emigrou para não voltar, mas que continua a ter fichinha no serviço. Quer isto dizer que pessoas como eu, quando querem um médico de família, não têm, porque cada médico tem uma quota máxima de "utentes". Alguns deles estão mortos, mas enfim, ainda lá está a ficha, por isso os vivos que se aguentem à bronca.
Como resolveu o Estado esta situação? Obrigou toda a gente a ir registar-se de novo.
Como os mortos não vão ao Centro de Saúde, quem aparecer está vivo, e lá se pode inscrever.
Acontece que, das últimas vezes que lá fui com a minha filha, os velhotes amontoavam-se por todo o lado. Com medo de perderem a inscrição, apressam-se, atropelam-se, morrem mais um pouco perante a indiferença dos serviços pagos por todos nós.
Tudo isto por uma razão muito simples: porque depois do simplex e o caralho, continua a não haver cruzamento de informação dentro da máquina do Estado. As Finanças sabem se um tipo morreu, porque deixam de cobrar impostos, assim como a Segurança Social. Então por que carga de água não avisam o Ministério da Saúde?!
Não, a melhor maneira é obrigar 10 milhões de pessoas a correr para os centros de saúde, para começar tudo de novo...
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2 comentários:
AS finanças não sabem se uma gajo morreu. A forma como descobriram a velha de Massamá que estava a apodrecer há dez anos no apartamento foi porque a casa foi executada pelas finanças. E a caixa de correio estava a abarrotar de cartas do fisco.
Mais valia cruzarem informação com a Dica da Semana, esses sim não falham.
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