Diz o Público que Ferro Rodrigues foi convidado para liderar a lista do PS por Lisboa, nas próximas eleições legislativas, estando a ponderar esse convite. Por outro lado, vai estar no Congresso/Comício/Piquenicão/Adoração Socrática do PS, este fim de semana, para dar ao evento “um perfume de esquerda”, como outro jornal tão bem disse.
Nos corredores do poder diz-se que Ferro está farto da OCDE e quer voltar à política activa, podendo esta ser uma forma de marcar lugar como eventual sucessor do camarada Sócrates.
Em teoria, não vejo no PS ninguém melhor que Ferro Rodrigues para vir a mudar o partido (o Tozé Seguro continua a ser um garoto inconsequente e mais invertebrado do que quer deixar transparecer).
Mas a minha questão é outra. Aceitando, agora, candidatar-se como cabeça de lista de Sócrates é um muito mau começo. O PS de Ferro não tem nada, mas mesmo nada, a ver com o PS de Sócrates. Vir agora dar-lhe a mão, ajudando Pinócrates a conseguir o tal “perfume de esquerda”, fará com que Ferro não seja mais que um novo idiota útil, agora que o mito Manuel Alegre finalmente morreu.
Quem quer que queira dar um rumo de verdadeira Esquerda ao PS só tem um caminho: desafiar abertamente Sócrates e a sua via liberal e autocrática. E já. Dar-lhe agora a mão para, mais tarde, fazer uma suave transição de poder é alienar muita da Esquerda que até poderia vir a votar em Ferro Rodrigues.
sexta-feira, 8 de abril de 2011
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