domingo, 14 de agosto de 2011

Esgoto

Na sexta-feira, todos os jornais traziam uma informação comum: que o Governo, depois de um Conselho de Ministros de 10 horas, ia anunciar medidas de corte da despesa. O DN foi o mais "azarado" de todos, porque espetou a informação em manchete.
Acontece que toda a gente tinha.
E acontece que não foi nada disso que aconteceu, mas o contrário. Toma lá mais impostos, ou seja, "Paga, Zé!", outra vez.
E depois?
Depois nada.
Isto não caiu do céu. Isto foi dito, "passado" aos jornais, obviamente, por alguém do Governo.
Não é fundamental, excepto para os jornalistas, a questão de os jornais e os jornalistas terem sido enganados.
O que é fundamental, e muito grave, é todos os jornais terem enganado os seus leitores. Num sector já afundado no descrédito, é este tipo de coisas que cava o buraco mais fundo.
Diz o código deontológico do jornalista que há apenas um caso em que o jornalista deve revelar as suas fontes: quando estas o enganam e, indirectamente, enganam os leitores.
Já passaram dois dias e ainda não vi um único jornal revelar quem, no Governo, lhe deu a informação que se verificou ser completamente falsa...

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