quarta-feira, 15 de setembro de 2004

A Liga Protectora dos Animais Adverte:

Caros amigos da esquerda desunida,

Há algo que me faz imensa confusão: como é que se pode defender o poder do povo e, contracensualmente, vir depois criticar e ridicularizar o dito povo quando este ascende na cadeia alimentar?
Vamos lá perceber uma coisa: o Alberto João Jardim É o povo! É brejeiro, tem maus modos, fala alto, adora bailes, tira macacos do nariz e cospe para o chão! Além disso diz o que lhe apetece da forma que lhe apetece, sem olhar a cortesias, protocolos, obrigações ou deveres de qualquer ordem. É mau político porque, embriagado pelo poder (ainda por cima está lá quase desde de que nasceu), deixa que o seu ego controle a Região Autónoma da Madeira. Como se sabe, as duas grandes funções de qualquer ego que se preze são defender-se e obter prazer. Assim, se o duelo entre este ego e a razão for desigual (neste caso para o lado do ego) estamos no campo daquilo que arrisco apelidar de "a patologia da normalidade".
É isto o povo! Se lhe juntarmos a sobrevivência do mais apto num capitalismo canibal, uma pitada de sal e deixarmos marinar numa espécie de novo-riquismo aplicado ao poder, obtemos o Sr. Jardim!
"Quem ama o povo não conhece o povo!" disse-me alguém um dia. Concordo (principalmente agora que estou na administração pública)! O povo é uma figura romântica, literária e ideológica! Uma vez tornada realidade revela-se bem mais feia e crua...bem mais Alberto João Jardim!

Ass: Advogado do Diabo


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