quarta-feira, 29 de abril de 2009

Horário de Expediente

Kowalski diz:
F
U
D
E
R
f u d e r diz:
t
i
a
g
o
Kowalski diz:
http://clubedasvirgens.blogspot.com/
f u d e r diz:
foda-se
que merda vem a ser esta?
Kowalski diz:
são virgens, senhor, são virgens
f u d e r diz:
são pravas
Kowalski diz:
são feias, de certeza
f u d e r diz:
as parvas não despem pravda
Kowalski diz:
é tipo 99% das gajas góticas
é para fingir que são feiosas de propósito
f u d e r diz:
25 aninhos sem levar com ele é fodido
Kowalski diz:
"isto não é o meu aspecto, é uma ideologia"
fonix
damaged goods
f u d e r diz:
exacto
Kowalski diz:
se ninguém lhes toca
f u d e r diz:
fruta estragada, restos d'ontem?!?!?
come-os tu!!!!!!!!!
Kowalski diz:
come restus
f u d e r diz:
como se chama a senhora ai ai ai lá de odeceixe?
Kowalski diz:
não é uma senhora
o sítio chama-se café dorita
e aluga quartos por cima do café
o dono é um velhote bué bacano, acho que é senhor fernando
f u d e r diz:
ok
Kowalski diz:
com a idade, os gostos vão-se refinando
f u d e r diz:
então?!
já não bebes casal da eira?
Kowalski diz:
dou por mim a apreciar cada vez mais a beleza de um bom cu
f u d e r diz:
tempras os bifes com chardonay?
Kowalski diz:
em detrimento, das mais banais boas mamas
f u d e r diz:
xiiiiiiiii
Kowalski diz:
um bom cu é algo de verdadeiramente único
e dificil de atingir
f u d e r diz:
um cu bom é o príncipio de uma bela amizade
Kowalski diz:
promissor
f u d e r diz:
isso
«um bom cu é um promissor principio de amizade»
Kowalski diz:
bravo
f u d e r diz:
«um bom cu é um promissor principio de brava amizade»
«atingir um bom cu é um promissor principio de brava amizade»
tanta parvoeira
que fixe
Kowalski diz:
e pronto, agora não meto no blog sem a tua autorização assinada
deves querer roialties
f u d e r diz:
não metas freud
´emuita óbvio
Kowalski diz:
vou meter frued
f u d e r diz:
mete anaclaeto
Kowalski diz:
lol
f u d e r diz:
druef
Kowalski diz:
fuder
f u d e r diz:
isso!!!!!

quinta-feira, 23 de abril de 2009

No Início Era O Zero...



Zero Manuel Durão Barroso ou o Triunfo dos Incapazes

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Obviamente

f r e u d diz:
diz-me uma coisa
uma gajo mesmo cansado e fodido da vida, fode sempre que pode, certo?

f r e u d acaba de lhe enviar um toque.

Kowalski diz:
só não fode qdo não pode

Kowalski diz:
e mesmo assim tenta

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Baby, I'm Back From The Future

O Michael J. Fox é cada vez mais um actor tremendo.

domingo, 19 de abril de 2009

Uma noite com 3 mil brasileiros (e brasileiras)

Sexta à noite, concerto de O Rappa, no pavilhão desportivo da Quinta dos Lombos, em Carcavelos. Eu sou de Carcavelos, vivi 25 anos lá, mas não fazia a mínima ideia que aquele pavilhaão existia. Aliás, todo aquele bairro é novo, parece que simplesmente brotou do chão quando virei costas.
Adiante.

70% do público era brasuca. E parecia aquelas imagems que vemos na televisão de um jogo no Maracanã. Tudo a mexer, loucura total. Maior percentagem de ganzas por metro quadrado em qualquer concerto a que tenha ido (excepto, talvez, Manu Chao ao pé da Torre de Belém).

O som do pavilhão - um ringue de futebol, coberto - era uma merda. Mas isso não era importante, toda a gente sabia as músicas de cor. E foi bonito ver a paixão daquela malta, de quem vive e trabalha longe de casa mas ama perdidamente o seu país.

E a convicção de que as brasucas quando se produzem, vão "way, way out". Para elas, produzirem-se é aputalharem-se. Não que me esteja a queixar.

Concerto emotivo, com um som de merda, de uma grande banda.
BUBAMARA

Reflexões pós-concerto de Kusturica & the non smoking orchestra.

A multidão bastante heterogénea. Poucos autênticos freaks dos cães, sobretudo muitos betos a armar ao radical de esquerda. Elevada percentagem de gajas, diferente, digamos, de um concerto dos AC/DC (que só consigo imaginar a tocarem na concentração de Faro). Estranhamente, numa multidão de aspecto bastante controladinho, a coisa até animou bastante. Mas de forma controlada, sempre.
Houve uma espécie de moche. Frequente e agitado, mas nada de muito perigoso. Se todo aquele movimento fosse a sério, teria havido feridos. Vários.
Foi um óptimo concerto para observar pessoas. As várias ganzas ajudaram, e de que maneira. Há um primeiro movimento de moche, dos mais empenhados. Depois, quando a música volta a subir, o grupo parte, como um comboio, para outras paragens, levando tudo à sua passagem. E depois nasce a segunda ronda do moche. São aqueles que, aquando do primeiro, estiveram vai não vai para se envolverem, mas ficaram tímidos e não foram. Depois, quando a coisa pega de novo, não querem perder a oportunidade e entram. Mas já são os preguiçosos, e o moche dura pouco.
É também um bom concerto para aproveitar os moches para apalpar as gajas. Diferente de, digamos, um concerto dos metalica, em que tal poderá ser não apenas incompreensível como perigoso.

Um dos últimos moches, o único que me acabou por entornar um pouco de cerveja, era bastante sui generis. Olhei, e no fundo eram apenas três gajos e duas gajas. A força motriz era um grandalhão, betinho mas já nos 30, que estava muito emocionado por estar a partilhar aquele momento de maluquice com os amigalhaços. Então, eles abraçavam-se todos, com os braços gigantes do grandalhão a unirem todas aquelas pessoas, e depois saltam todos ao mesmo tempo, abalroando malta à volta.
É o moche dos abracinhos.

Nos concertos mais agitados, aliás em todos os concertos, a localização é importante. Tendencialmente, vai haver mais molho e competição pelo espaço quanto mais perto do palco se está. É aí que estão os fãs hardocre, e os gajos mais mamados.
Quando a coisa começa a aquecer, o mais perigoso não são os gajos grandes. São os de porte médio, mais móveis, que cobrem mais área enquanto saltam ou dançam freneticamente. Um gajo grande é chato porque tapa a visão, mas também não tem, habitualmente, a mesma capacidade de deslocação. Ontem, o único golpe que recebi foi de uma gaja que achou boa ideia estar no meio da confusão com uma mala gigante, tipo mochila de campismo, e me deu com ela nas costelas.

A meio de um concerto, a questão da localização está mais ou menos resolvida por si. A malta já se organizou, já encontrou o sítio onde está confortável. Depois há, claro, os fluxos migratórios, hordas de bárbaros que, de repente, vêm de algum lado em filinha pirilau. Geram alguma perturbação, mas normalmente seguem viagem. Já me irrita bastante aqueles que parecem vir a passar e depois param, bem à nossa frente. Mas nada que uma pisadela não resolva (tipo Jorge Costa a marcar o João Pinto).

Os putos de agora são bastante mais livres do que nós éramos. Mais homogéneos, é certo, mas fazem mais cenas.
Quando nós éramos putos, 80% era controlado. Tínhamos amigos ou conhecidos que faziam surf, andavam de skate, eram cool, etc. Nós não, fazíamos parte da imensa massa de nerds que eram a grande maioria da nossa geração. A diferença é que os putos de agora, com toda a liberdade dada pelos paizinhos, e aquela arrogância da juventude de quem considera ter direito a tudo, fazem tudo aquilo que os poucos gajos cool da nossa geração faziam: surf, drogas, moches e sexo antes do tempo (e com gajas que se sabem vestir, ao contrário do antigamente). Os putos de hoje foram ensinados a olhar esses meios cool dos nossos tempos como alternativos e adoptarem-nos todos, porque todos querem ser alternativos. A diferença é que na nossa geração a maioria não o fazia, era tenrinha, batia píveas em casa à espera de perder a virgindade, apanhava bezanas ridículas e nunca seria apanhado em algo tão 'in' como um moche num concerto. A nossa geração estava na casa de banho a vomitar a garrafa de vinho do porto.

Havia um tipo fascinante à minha frente. Com um penteado a linhas rectas, parecia um macaco. Dançava freneticamente sem deixar de ocupar o mesmo espaço (obrigado por não me teres pisado vez nenhuma). E foi a prova de que os homens conseguem fazer mais do que uma coisa ao mesmo tempo: este conseguiu enrolar uma ganza enquanto saltava.
Parecia ser um bocado o cromito do grupo. É claro que era ele o enrolador designado. Deve ter jeito para montar merdas e deve perceber de máquinas. Deve ser também o condutor do grupo e nunca fica com qualquer gaja.

Um tipo atrás de mim, que decidiu mandar vir com a generosidade do público em termos de palmas. "Também já estão a exagerar. Se batem palmas por tudo e por nada eles não se esforçam, ainda não fizeram nada". Este é o gajo que leva lençóis para o estádio da luz, e que utiliza sempre a expressão "nem sabem marcar um canto, caralho".

Momento alto da noite: quando o alucinado vocalista, vestido como um morcego azul-cueca, apresentou Emir Kusturica como "Manuel Rui Costa". Muito bom, também, o facto de haver uma banda que incentiva o seu público a gritar "fuck you MTV" e "Fuck USA".

É muito fácil um tipo ficar com ar ridículo durante um concerto do Kusturica. Quando a música está a bombar e de repente desacelera, vi por ali muito macho aos semi-saltinhos, com as mãozinhas no ar, a bater palminhas.

Dúvida da noite: quando os gajos começam a puxar gajas para cima do palco, uma dúvida se instala por entre os milhares de presentes: mas aquele maluca é a Rita Blanco?
Ainda agora não sei. O vocalista tira a camisola e incentiva as moças a imitarem, só esta (Rita Blanco?) o acompanha. E estava claramente em baixo de forma, completamente louca com as banhitas aos saltos. A emoção de estar a ver uma carreira terminar num único instante de loucura. Seria ela?

As cervejas e as ganzas mudam completamente um concerto. Aliás, a minha grande vitória foi ter-me aguentado como um touro. Estava com um grupo que fazia ganzas com a velocidade de um space shuttle alucinado. Não tenho ido aos treinos, mas não queria fazer fraca figura. E, para meu orgulho, aguentei-me à bronca. Quem sabe nunca esquece. É como andar de bicicleta, mas bastante mais divertido.

Chegado a casa, o incrível ataque dos munchies. A dúvida perante comer ou não uma fatia de fiambre. E depois a sensação de que: "eh pá, tás mocado e é fiambre. o que raio pode correr mal aqui?". Indeed. Com a fomeca da ganza, aquele fiambrinho foi um festival, como milhares de pequenos canhões a detonarem confetis dentro da boca. Foi um massacre de prazer.

Foi o meu terceiro concerto desta banda. E sim, voltou a valer a pena.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Volta Salazar, eras um menino

José Sócrates anda sensível. Anda tristonho, magoado com este país de ingratos, que não o merece.
Talvez por isso - ou porque governar um país como Portugal é bastante menos divertido que, digamos, jogar Playstation o dia todo - Sócrates anda entretido a processar quem diz mal da sua santa e imaculada pessoa.
Na impossibilidade técnica de processar todos os portugueses sentados à mesa do café, ele e Augusto Goebbels Santos Silva, optaram por processar jornalistas e colunistas. As últimas vítimas foram alguns jornalistas e o director do Público - devido a uma notícia acerca da discrepância de valores do preço das casas do prédio onde mora o PM - e o colunista do DN, José Miguel Tavares.
Este último teve a ousadia de dizer, num texto de opinião (e assinalado como de opinião), que "Ver José Sócrates apelar à moral na política é tão convincente quanto a defesa da monogamia por parte de Cicciolina". Mais, atreveu-se a dizer (a opinar) que Sócrates "tem vergonha da democracia portuguesa por ser 'terreno propício para as campanhas negras'; eu tenho vergonha da democracia portuguesa por ter à frente dos seus destinos um homem sem o menor respeito por aquilo que são os pilares essenciais de um regime democrático".
E pronto, isto valeu uma queixa-crime do PM sobre o colunista.
Isto é grave. Isto é muito grave. Por muito menos que isto, Santana foi apelidado de fascista. Estamos de volta aos tempos do "quem se mete com o PS, leva!". Com a agravante de agora ser o próprio PM quem mete acções em tribunal, quando devia, digo eu, estar ocupado a tratar dos problemas do país.

Para além de tudo isto, que é uma tentativa grosseira e fascistóide de amordaçar a opinião pública, há uma campanha subreptícia de controlar os media. O Diário de Notícias, onde escreve o colunista, nada fez. Nem um gesto de solidariedade para com o seu colaborador. Comeu e calou, enviando um bem claro sinal para todos os outros seus colunistas: não critiquem Sócrates, porque o jornal não vos vai defender, e se forem processados arriscam-se a ficar sem casa (os jornalistas do Público arriscam-se a ter de pagar 250 mil euros).

Independentemente de haver ou não alternativa, eu só peço é que toda a gente pense muito bem em dar o seu voto a alguém assim. Mais uma vez, depois não se queixem.

PS - O DN é o jornal onde trabalha a namorada de Sócrates. A mesma que, num programa de televisão, defendeu com unhas e dentes que os jornalistas (classe a que pertence) estão a fazer um péssimo trabalho no caso Freeport, que não fazem investigação, que se limitam a ser orquestrados. A mesma que, através dessas declarações, pôs em causa o trabalho dos seus colegas de redacção, publicamente e porque se sabe intocável, por ser namorada de quem é. E a direcção do jornal não fez nada, ignorou. Consentiu.
A mesma direcção que censurou uma notícia acerca da validade dos processos judiciais a jornalistas, por achar que podia ser interpretada como um ataque ao PM.
De facto, o respeitinho é muito bonito.
A cara de pau e a rotunda

José Sá Fernandes, que se baldou do Bloco e vive o glamour do mainstream, está em alta. Longe vão os tempos em que embargava túneis e comia sandes de coirato. Agora, que aquece a caminha de António Costa antes de este se ir deitar, tudo está diferente.
A polémica surgiu depois de o vereador ter mandado retirar do Marquês de Pombal alguns cartazes de propaganda política. O pequeno problema é que o próprio Sá Fernandes, enquanto candidato, também lá teve os seus cartazes. Contradição? Não. Sá Fernandes explica: "Já lá os tive, é verdade, mas quem lá os pôs foi o Bloco de Esquerda". Ah, pronto. Tá explicado. Aliás, se quisermos ser exactos, isso nem é tecnicamente correcto. Quem os pôs lá foram dois pretos em cima de um escadote. Nunca na vida o Sá Fernandes, que é branco. Não se percebe a confusão, de facto.
Mas o vereador tem razão nesta luta para não usar certos locais da cidade para propaganda. Aliás, em 2008, a rotunda do Marquês foi alugada à Sagres e à TMN para fazerem propaganda dos seus produtos, mas aí, com certeza, havia um óptimo motivo. E sim, foi Sá Fernandes quem assinou os contratos que permitiram essas acções.
Conveniências

É oficial. O Governo português apoia a recondução de Durão Barroso. Ontem, no parlamento, a esquerda questionou como pode o nosso PM apoiar ferverosamente a "nova política" de Obama e depois aplaudir Durão Barroso, descrito no parlamento como "o rosto da guerra e do ultraliberalismo". Eu não iria tão longe. Isso seria dar algum valor e princípios e convicções políticas a alguém que, de tão medíocre, é candidato ao título mundial de "bem sucedido sem saber ler nem escrever". O Durão é assim como uma espécie de Nuno Gomes, nunca fez nada de jeito mas lá vai fazendo uma carreira. Como? É um mistério.
Sócrates, apertado por todos os lados, lá explicou, a contragosto, a razão do seu apoio.
"Por ser português"."Uma questão patriótica".
Como se dissesse "eu sei que ele é uma merda, mas gosta de bacalhau".
Como diz o Pulido Valente, Sócrates apoia o Durão como mais uma faceta da saloiice tuga de idolatrar o Mourinho e o Ronaldo.
É apenas mais uma faceta da realpolitik de Sócrates, juntamente com os broches ao regime corrupto de Angola, por exemplo. Que se fodam as convicções, os princípios, a ética, o que interessa é o que conseguimos sacar disso.

sábado, 4 de abril de 2009

Rich Kids

E então, no meio de toda esta merda desta crise, os líderes dos 20 países mais ricos do mundo encontraram-se para resolver os problemas.

Numa cimeira rodeada de tanto paleio, tanta cobertura mediática e tanta expectativa, para os intervenientes darem umas palmadinhas nas costas, umas mezinhas e siga para bingo. Alguém fez as contas, e vista a duração da cimeira, cada interveniente tinha 11 minutos para falar, e salvar o mundo.
Seria de esperar que tal não funcionasse.

Dali saíram algumas intenções vagas, mais dinheiro para o FMI, um super-regulador mundial e pouco mais.
A história do FMI é básica, é dar-lhe mais dinheiro para que o dê aos países à rasca; o resto nem essa utilidade tem, são intenções que serão esquecidas quando o mercado começar a subir.
A verdade é que, de fundamental, nada foi decidido.

Tudo isto aconteceu devido a um modelo económico caduco, e à ganância.
As coisas corriam bem, as economias desenvolviam-se, as empresas tinham lucro, o desemprego descia.
Mas aconteceu algo que é intrínseco ao estado de maturidade (decrepitude?) a que chegou o nosso capitalismo: não era suficiente.
Habituámo-nos a crescimentos insustentáveis, e convencemo-nos de que bastava os chineses começarem a comer bifes e a andar de carro para tudo estar bem.
Errado.

Todo o sistema capitalista assenta na lógica do "sempre mais", mais lucro, mais rápido. E é exactamente essa voracidade que acaba por dar uma das mais fortes machadadas no sistema.
Ele podia durar mais vários séculos, se fosse minimanente comedido. Mas o âmago do sistema é não ser comedido, é ser ganacioso.
E foram esses excessos (tomada de risco alavancado em dívida, como forma de conseguir ganhos muito maiores do que em circunstâncias normais) que levou a esta situação. Com todo este dinheiro virtual (que teria de ser pago), bastou uma peça da cadeia partir para despoletar todo este turbilhão, de pânico e perdas colossais.

O problema, claro, é que isto está a apanhar todos os tipos como eu e vocês que não foram tidos nem achados nesta maneira de fazer negócios, e que não lucraram nada quando isto estava a enriquecer os gajos que agora nos entalaram.

Voltando ao G 20.
Nada de relevante, de facto, foi decidido. No entanto, na semana da cimeira, a bolsa conseguiu o maior ganho em perto de um ano. É normal. Os especuladores andam desesperados por algo que se assemelhe vagamente a um plano.

A verdade é que, para impedir que tudo isto volte a suceder, há que analisar o modelo. Discutir se é mais importante medir o crescimento anual do PIB de um país ou a sua distribuição mais justa. Se é mais importante (ou possível) ganhar sempre a um ritmo mais e mais rápido, ou se faria mais sentido ter calminha e ir ganhando um bocadinho, de forma estável.

É claro que isso levaria mais que um dia, que foi exactamente o que demorou esta cimeira de super-heróis que julgam ter salvo o mundo.
Toda a escola macroeconómica dominante há pelo menos um século falhou redondamente, e tudo o que se faz é remendar e atirar dinheiro para cima dos problemas. O nosso dinheiro, o que é ainda mais aborrecido.

É evidente que não podemos acabar de repente com a especulação. Especulação, ganância e capitalismo puro são o motor das bolsas, e a única forma de combater aqueles fenómenos é limitar muito, ou até acabar, com esses mercados. Como se faz isto, sem rebentar de uma vez com toda a economia mundial (assente unicamente neste modelo)? Não faço ideia.

Mas sei que enquanto não se discutir abertamente que modelo temos e que modelo queremos, estamos apenas a adiar os problemas. O resto é apenas um bando de ricaços a sorrir para o retrato.

Carry on.
Touché

A melhor avaliação de algo que escrevi, pelo meu amigo Ricardo.

"Gostei. Como sempre: autenticidade, simplicidade, poesia. Que sejam enrabados sete vezes os filhos da puta dos editores que te recusaram publicação.

Depreendo o seguinte subtexto:

1. Visão amarga das relações amorosas, concebidas sempre como algo intenso mas efémero, condenado a esmorecer devagar pelo atrito da rotina, “eu não quero morrer devagar, eu não quero morrer devagar”. Encontrei uma boa palavra no dicionário. És um misógamo: que ou aquele que tem horror ao casamento. Conjugalidade é sinónimo de entrada no mundo dos adultos, a chacina das crianças inocentes. Ao pé da nossa mulher não nos podemos peidar. Ponto final.

2. Visão optimista da amizade (masculina), concebida como algo permanente, o porto de abrigo a que se pode sempre regressar depois das tempestades emocionais, um lugar mágico onde nunca se cresce, a neverland de Peter Pan. Com os nossos amigos, podemo-nos sempre peidar. E rirmo-nos como crianças...

3. Resumindo: claro contraponto entre conjugalidade e amizade. Conjugalidade é o mundo dos adultos, das responsabilidades, das exigências, do controlo, do excesso de palavras, da traição. A amizade é o mundo das eternas crianças, das despreocupações, das poucas palavras, da camaradagem, da lealdade.

4. Secundarização das mulheres (misoginia?). Quem está no plano central do teu conto são sempre homens. As mulheres que aparecem nunca existem por si só, são simplesmente as mulheres desses homens, os seus acessórios de quem pouco se fica a saber.

Sub-concordas?"
Orgulhosamente só

Eu não estou no Tweeter.

(nem sei bem o que é).
Halfway between the gutter and the stars

f r e u d diz:
então
que tal?
Kowalski diz:
buba
ressaca
ia vomitando no metro
dead man walking
f r e u d diz:
bravo
Kowalski diz:
tou feito em merda
f r e u d diz:
só te tenho a congratulaer
é para isso que cá andamos
antes andar assim por causa dos copos
Kowalski diz:
claro
f r e u d diz:
e então, estava fixe?
Kowalski diz:
tava bacano
mas eu tava bué podre
mas curti
f r e u d diz:
muito bem!!!
e hoje, xixi cama, certo?
Kowalski diz:
claramente
alias, primeiro cama
se houver vontade de xixi, vai ali mesmo

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Only Fools and Horses

"Antiga inspectora coordenadora da PJ condenada a sete anos e meio de prisão"

"Graciete Pinto e Silva, a advogada de defesa, revelou que vai recorrer da sentença. "Por que é que a palavra de 30 inspectores da PJ [que testemunham no julgamento] vale mais do que a palavra de uma coordenadora?", questionou a advogada."

Viva O Isaltino!
Viva O Avelino!
Viva A Fátinha!

Viva o Portugal!