quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Chinese Democracy
Tremo sempre quando vou comprar cigarros e peço um Português amarelo, com medo que me sirvam o Paulo China.
terça-feira, 29 de setembro de 2009
30 anos, milhares de vidas
Sábado à noite, fui um dos 40 mil privilegiados que puderam assistir a um grande, grande concerto dos Xutos.
Sim, eu sei, tal como toda a gente já vi dezenas de concertos dos Xutos. Mas, na verdade, não ia a um já há alguns anos, e confesso que estava com saudades.
E o concerto deste sábado foi, de facto, muito especial.
Porque foi a comemoração dos 30 anos de carreira da mais importante banda portuguesa de todos os tempos (goste-se ou não), porque o estádio estava cheio, porque a banda está (ainda e sempre) em forma. E porque, naquele relvado e naquelas bancadas, estavam milhares de fãs a sério, que foram celebrar e acarinhar o grupo que serviu de banda sonora a tantos momentos marcantes das nossas vidas.
Mais do que admiração ou devoção, o que se viu naquele estádio foi, sobretudo, empatia e carinho, entre palco e público. Em três horas de concerto, as músicas que mais me tocaram foram algumas das minhas velhinhas preferidas: Prisão em Si, Esta Cidade, Enquanto a Noite cai, só para mencionar algumas. Tinha um bilhete a mais e, à última da hora, ainda tentei convidar o Amarelo. Ficámos amigos, há mais de 15 anos, exactamente por, na secundária, sermos ambos fãs de Xutos. Não o vejo há algum tempo, e teria sido um reencontro bonito, os dois a curtirmos tudo aquilo. Mas enfim, um gajo que, ao sábado à noite, tem o telemóvel desligado às 10 da noite, acaba por ter o que merece.
Mais do que a banda, quero falar do público. Vi malta de 60 anos, e crianças, muitas crianças. Vestidas a rigor, de t-shirt e braços em X, às cavalitas dos pais, que eventualmente se terão apaixonado ao som daquelas músicas. Foi bonito de ver todo o respeito entre o público, unidos por algo em comum, o que se passava no palco e se tem passado ao longo dos últimos 30 anos.
E os Xutos são isto. É o bitoque, não tem nada que enganar, e nunca falha.
No fim, quando as crianças já dormiam no colo dos pais (alguns alcoolizados), todos saímos dali felizes, e conscientes de termos presenciado algo histórico, e de termos participado na celebração de algo que nos une a todos.
Todos estão de parabéns: Kalu, Cabeleira, Tim, Zé Pedro, Gui, os excelentes e emocionados convidados (entre eles Camané e Pacman) e, de forma igual, todos os fãs dos Xutos.
E, pelo que vi nas bancadas, o legado da banda está bem vivo, naqueles pequenos braços cruzados dos milhares que, pela primeira vez, foram a um concerto de rock.
Rock on!
Sim, eu sei, tal como toda a gente já vi dezenas de concertos dos Xutos. Mas, na verdade, não ia a um já há alguns anos, e confesso que estava com saudades.
E o concerto deste sábado foi, de facto, muito especial.
Porque foi a comemoração dos 30 anos de carreira da mais importante banda portuguesa de todos os tempos (goste-se ou não), porque o estádio estava cheio, porque a banda está (ainda e sempre) em forma. E porque, naquele relvado e naquelas bancadas, estavam milhares de fãs a sério, que foram celebrar e acarinhar o grupo que serviu de banda sonora a tantos momentos marcantes das nossas vidas.
Mais do que admiração ou devoção, o que se viu naquele estádio foi, sobretudo, empatia e carinho, entre palco e público. Em três horas de concerto, as músicas que mais me tocaram foram algumas das minhas velhinhas preferidas: Prisão em Si, Esta Cidade, Enquanto a Noite cai, só para mencionar algumas. Tinha um bilhete a mais e, à última da hora, ainda tentei convidar o Amarelo. Ficámos amigos, há mais de 15 anos, exactamente por, na secundária, sermos ambos fãs de Xutos. Não o vejo há algum tempo, e teria sido um reencontro bonito, os dois a curtirmos tudo aquilo. Mas enfim, um gajo que, ao sábado à noite, tem o telemóvel desligado às 10 da noite, acaba por ter o que merece.
Mais do que a banda, quero falar do público. Vi malta de 60 anos, e crianças, muitas crianças. Vestidas a rigor, de t-shirt e braços em X, às cavalitas dos pais, que eventualmente se terão apaixonado ao som daquelas músicas. Foi bonito de ver todo o respeito entre o público, unidos por algo em comum, o que se passava no palco e se tem passado ao longo dos últimos 30 anos.
E os Xutos são isto. É o bitoque, não tem nada que enganar, e nunca falha.
No fim, quando as crianças já dormiam no colo dos pais (alguns alcoolizados), todos saímos dali felizes, e conscientes de termos presenciado algo histórico, e de termos participado na celebração de algo que nos une a todos.
Todos estão de parabéns: Kalu, Cabeleira, Tim, Zé Pedro, Gui, os excelentes e emocionados convidados (entre eles Camané e Pacman) e, de forma igual, todos os fãs dos Xutos.
E, pelo que vi nas bancadas, o legado da banda está bem vivo, naqueles pequenos braços cruzados dos milhares que, pela primeira vez, foram a um concerto de rock.
Rock on!
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Prémio "Best Product Placement"
Direitinho para a Comissão Nacional de Eleições por montar mesas de votos num stand de automóveis.
Debacle
E pronto, está feito.
O Socras ganhou, apesar de ter perdido uma batelada de votos. Aliás, o PS foi o único partido a descer.
A Ferreira Leite perdeu claramente e é a grande derrotada da noite. Saindo das europeias, Sócrates estava em KO técnico. Começou a campanha, Sócrates levou uma básica demão de marketing, e Ferreira Leite enredou-se em gaffes e parvoíces, numa campanha sem capacidade de resposta perante a bem oleada máquina socialista.
O CDS e o BE são o grandes vencedores destas eleições, sobretudo o primeiro, que passou a ser o terceiro partido mais votado. Acho que esta subida faz todo o sentido, porque o discurso de Portas encontra natural eco em muita gente insatisfeita no nosso país. Apesar de ser um partido que eu desprezo ideologicamente, considero que é bom para a democracia portuguesa este reforço. É um partido com uma ideologia própria e diferente de todos os outros, e é importante que existam opções para que os eleitores escolham. E a democracia é isto.
O Bloco deu mais um salto e parece-me que ainda não bateu no tecto do que pode crescer. Vamos agora ver qual a sua relevância, no parlamento. Na óptica de diversidade, é também muito importante.
A CDU, na qual votei, também subiu, mas claramente mostra que tem dificuldades em dar saltos e, em termos de votos, encontrar correspondência à grande influência social que felizmente ainda tem.
O povo falou. Respeitemos. Mas quem votou pela manutenção deste estado de coisas, que não se venha depois queixar. Enganado uma vez acontece; ser enganado duas vezes é burrice.
PS - as várias emissões televisivas foram de uma mediocridade que, confesso, até a mim me surpreendeu. Sempre as mesmas caras, a bonecada de um lado para o outro, sempre as mesmas opiniões dos mesmos gajos, os sorrisinhos tácticos, um universolo parolo, medíocre e provinciano. Nem uma opinião que se aproveitasse, nenhum golpe de asa. Uma noite sem chama, sem gás, sem magia, sem arte, sem um pouco de anarquia. Nada. A televisão é a montra que nos mostra um país fascinado pelo dinheiro, pela vaidade e pela ambição de poder. Somos um país de parolos liderados por um exército de iupis.
O Socras ganhou, apesar de ter perdido uma batelada de votos. Aliás, o PS foi o único partido a descer.
A Ferreira Leite perdeu claramente e é a grande derrotada da noite. Saindo das europeias, Sócrates estava em KO técnico. Começou a campanha, Sócrates levou uma básica demão de marketing, e Ferreira Leite enredou-se em gaffes e parvoíces, numa campanha sem capacidade de resposta perante a bem oleada máquina socialista.
O CDS e o BE são o grandes vencedores destas eleições, sobretudo o primeiro, que passou a ser o terceiro partido mais votado. Acho que esta subida faz todo o sentido, porque o discurso de Portas encontra natural eco em muita gente insatisfeita no nosso país. Apesar de ser um partido que eu desprezo ideologicamente, considero que é bom para a democracia portuguesa este reforço. É um partido com uma ideologia própria e diferente de todos os outros, e é importante que existam opções para que os eleitores escolham. E a democracia é isto.
O Bloco deu mais um salto e parece-me que ainda não bateu no tecto do que pode crescer. Vamos agora ver qual a sua relevância, no parlamento. Na óptica de diversidade, é também muito importante.
A CDU, na qual votei, também subiu, mas claramente mostra que tem dificuldades em dar saltos e, em termos de votos, encontrar correspondência à grande influência social que felizmente ainda tem.
O povo falou. Respeitemos. Mas quem votou pela manutenção deste estado de coisas, que não se venha depois queixar. Enganado uma vez acontece; ser enganado duas vezes é burrice.
PS - as várias emissões televisivas foram de uma mediocridade que, confesso, até a mim me surpreendeu. Sempre as mesmas caras, a bonecada de um lado para o outro, sempre as mesmas opiniões dos mesmos gajos, os sorrisinhos tácticos, um universolo parolo, medíocre e provinciano. Nem uma opinião que se aproveitasse, nenhum golpe de asa. Uma noite sem chama, sem gás, sem magia, sem arte, sem um pouco de anarquia. Nada. A televisão é a montra que nos mostra um país fascinado pelo dinheiro, pela vaidade e pela ambição de poder. Somos um país de parolos liderados por um exército de iupis.
domingo, 27 de setembro de 2009
On Sale
A diferença entre o Sócrates e o Steven Seagal é que há momentos em que este último quase parece credível, enquanto arranca a cabeça a cinco gajos com um único rotativo.
No Future
A diferença entre a JS e beber uma garrafa de absinto em 20 minutos é que quando bebo absinto consigo parar de vomitar passadas duas horas.
White noise
A diferença entre a JS e um centro de emprego é que quem vai a um centro de emprego tem pelo menos de fingir que quer trabalhar.
Reacção após ouvir o discurso do Sócrates no Altis III
Qualquer sítio em que se ouçam as letras JS é bom para fazer um atentado à bomba.
Reacção após ouvir o discurso do Sócrates no Altis II
O Altis parece ter as condições acústicas e de frequência ideais que fazem dele um bom alvo para um atentado à bomba.
Work Hard, Play Hard
Angela Merkel assegura reeleição e anuncia coligação com FDP
Porra, o Sócrates ainda agora ganhou e já fechou a coligação...
Porra, o Sócrates ainda agora ganhou e já fechou a coligação...
sábado, 26 de setembro de 2009
Voto de sábado
Eu amanhã voto é nestes gajos
O que infelizmente me vai impedir de desfrutar da companhia destes gajos (mas vai valer a pena).
O que infelizmente me vai impedir de desfrutar da companhia destes gajos (mas vai valer a pena).
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Futuro risonho
Jaquim diz:
Coméqué?
fizeste sucesso no blog
Manel diz:
pois!
catano
três comentários!
Jaquim diz:
a malta quer é abardinanço
Manel diz:
claro!
para falar de coisas sérias estão as pessoas importantes e sisudas
Jaquim diz:
sim, que ganham alguma coisa com isso
Manel diz:
mas eu tb sou uma nódoa e ninguém me dá cargos importantes..
Jaquim diz:
pois, devias ter entrado para uma jota
perdeste demasiado tempo com a jola
Manel diz:
é, pó centro de emprego do rato
mas preocupo-me mais com ratas
Coméqué?
fizeste sucesso no blog
Manel diz:
pois!
catano
três comentários!
Jaquim diz:
a malta quer é abardinanço
Manel diz:
claro!
para falar de coisas sérias estão as pessoas importantes e sisudas
Jaquim diz:
sim, que ganham alguma coisa com isso
Manel diz:
mas eu tb sou uma nódoa e ninguém me dá cargos importantes..
Jaquim diz:
pois, devias ter entrado para uma jota
perdeste demasiado tempo com a jola
Manel diz:
é, pó centro de emprego do rato
mas preocupo-me mais com ratas
Grandes males, pequenas soluções
Na hipótese de haver alguém a escutar o que o Presidente diz, não seria uma atitude preventiva dar a Cavaco Silva algum bolo-rei?
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
Coisas que fazem um gajo sentir-se velho e desencantado
No quiosque ao pé do trabalho.
eu: boa tarde. Era um Português Suave, por favor
a rapariga: diga?
eu: um Português Suave.
A mão dela deambula em direcção aos maços de tabaco, vagamente na direcção certa. Ainda tenho esperança, mas sou obrigado a ceder quando ela, em desespero de causa, agarra num maço vermelho.
eu, suspirando e sentindo-me ridículo e velho por ser do tempo do Português Suave: era um Português dos amarelos.
E lá se deu a transacção. Valeu a pena? Não creio.
eu: boa tarde. Era um Português Suave, por favor
a rapariga: diga?
eu: um Português Suave.
A mão dela deambula em direcção aos maços de tabaco, vagamente na direcção certa. Ainda tenho esperança, mas sou obrigado a ceder quando ela, em desespero de causa, agarra num maço vermelho.
eu, suspirando e sentindo-me ridículo e velho por ser do tempo do Português Suave: era um Português dos amarelos.
E lá se deu a transacção. Valeu a pena? Não creio.
Rock on, Fátima Lopes
Por estes dias, no novo programa da Fátima Lopes, uma emocionada senhora cega cantava.
Custou-me que ela não visse que desafinava imenso.
Custou-me que ela não visse que desafinava imenso.
1...2... Experiência... Som!
Técnico etilizado a mudar as pilhas ao blog. Voltamos a emitir dentro de momentos.
terça-feira, 22 de setembro de 2009
Pois, diz que é coiso por causa daquilo
É só para dizer ao homem do estupefacto amarelo que pode voltar, está perdoado. Depois de um merecido (e implorado por alguns leitores) período de quarentena, creio que pode voltar sem receio. A malta está com saudades de ter alguém a quem insultar, e isso faz de mim um alvo. Não gosto disso.
Portanto volta.
Moderadamente, mas volta.
Um postzito por dia, de preferência sem paneleirices.
Pronto, com uma ou outra paneleirice, vá, mas só de vez em quando.
Mas só um por dia, como o Actimel. Diz que ajuda as defesas, mete um tipo dentro de uma bolha e ajuda a cagar.
PS: e vocês outros calões, que dizem que não escrevem porque têm coisas supostamente importantes como cirroses e filhos, toca a contribuir.
É só para dizer ao homem do estupefacto amarelo que pode voltar, está perdoado. Depois de um merecido (e implorado por alguns leitores) período de quarentena, creio que pode voltar sem receio. A malta está com saudades de ter alguém a quem insultar, e isso faz de mim um alvo. Não gosto disso.
Portanto volta.
Moderadamente, mas volta.
Um postzito por dia, de preferência sem paneleirices.
Pronto, com uma ou outra paneleirice, vá, mas só de vez em quando.
Mas só um por dia, como o Actimel. Diz que ajuda as defesas, mete um tipo dentro de uma bolha e ajuda a cagar.
PS: e vocês outros calões, que dizem que não escrevem porque têm coisas supostamente importantes como cirroses e filhos, toca a contribuir.
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Little Bastard em versão astrólogo
A menos de uma semana das eleições, isto é o que eu acho que vai acontecer.
Sócrates ganha, mais folgado do que as sondagens indicam. Aposto numa vantagem de uns 5% sobre o PSD. Depois forma governo sozinho, fazendo acordos pontuais com BE e CDS, à vez.
Os portugueses, mais uma vez, vão mostrar que só sabem viver no centrão, que é exactamente o monstro que lhes tem comido a liberdade e os recursos económicos (já para não falar dos recursos culturais, se calhar os mais preciosos, porque a falta de cultura só prolonga este estado de miséria espiritual e económica).
Sócrates vai ganhar porque é um político profissional no que isso tem de mais nojento, oportunista e repugnante. Depois de cinco anos de governação ultraliberal, assustou-se com as europeias e agora é só falar de esquerda, quando a verdadeira esquerda há muito que não está no seu partido. Fez um banho de marketing ainda mais básico que as pseudo-revoluções sonoras e estilísticas da Madonna. E, poucos meses depois, os tugas vão cair na esparrela. Fala de esquerda, mas o PS é um partido subserviente face ao privado. Não porque se submeta a ele, mas porque faz questão de o controlar, numa teia de favores mútuos. A diferença entre isto e a esquerda estatizante é que o Sócrates pôs o PS a mandar em tudo o que há neste país. O PS, não o Estado, eles estão-se bem cagando para o Estado. (Já agora, gostei muito de ler a notícia de que uma ordem superior veio ordenar a anulação de multas de trânsito passadas a condutores de carros de campanha do PS).
Este PS é um polvo asfixiante e eu acho, sinceramente, que as coisas seriam, neste aspecto, menos más com Ferreira Leite. Talvez por ser uma política inábil, que ainda acredita no Pai Natal e que são as ideias que ganham eleições, acredito que não iria tentar controlar tudo desta forma. E eu sinto na pele, todos os dias, a corrupção do polvo socialista, que através de directores de jornais que tem no bolso polui a mente dos leitores com informação escolhida a dedo.
O meu voto, como em várias eleições anteriores, vai para Jerónimo de Sousa e para a CDU. Tranquilamente e sem dúvidas de qualquer espécie.
E, entre os que podem ganhar, espero que ganhe Ferreira Leite.
E isto, para uma pessoa que nunca votou à direita do PC, diz muito do que penso acerca de Sócrates e da sua corte de parasitas inúteis e de ego inchado.
Que todos votemos, na suave convicção de que o nosso voto vale tanto como o de todos os mentecaptos que vão perpetuar este reinado parolo de mediocridade.
A menos de uma semana das eleições, isto é o que eu acho que vai acontecer.
Sócrates ganha, mais folgado do que as sondagens indicam. Aposto numa vantagem de uns 5% sobre o PSD. Depois forma governo sozinho, fazendo acordos pontuais com BE e CDS, à vez.
Os portugueses, mais uma vez, vão mostrar que só sabem viver no centrão, que é exactamente o monstro que lhes tem comido a liberdade e os recursos económicos (já para não falar dos recursos culturais, se calhar os mais preciosos, porque a falta de cultura só prolonga este estado de miséria espiritual e económica).
Sócrates vai ganhar porque é um político profissional no que isso tem de mais nojento, oportunista e repugnante. Depois de cinco anos de governação ultraliberal, assustou-se com as europeias e agora é só falar de esquerda, quando a verdadeira esquerda há muito que não está no seu partido. Fez um banho de marketing ainda mais básico que as pseudo-revoluções sonoras e estilísticas da Madonna. E, poucos meses depois, os tugas vão cair na esparrela. Fala de esquerda, mas o PS é um partido subserviente face ao privado. Não porque se submeta a ele, mas porque faz questão de o controlar, numa teia de favores mútuos. A diferença entre isto e a esquerda estatizante é que o Sócrates pôs o PS a mandar em tudo o que há neste país. O PS, não o Estado, eles estão-se bem cagando para o Estado. (Já agora, gostei muito de ler a notícia de que uma ordem superior veio ordenar a anulação de multas de trânsito passadas a condutores de carros de campanha do PS).
Este PS é um polvo asfixiante e eu acho, sinceramente, que as coisas seriam, neste aspecto, menos más com Ferreira Leite. Talvez por ser uma política inábil, que ainda acredita no Pai Natal e que são as ideias que ganham eleições, acredito que não iria tentar controlar tudo desta forma. E eu sinto na pele, todos os dias, a corrupção do polvo socialista, que através de directores de jornais que tem no bolso polui a mente dos leitores com informação escolhida a dedo.
O meu voto, como em várias eleições anteriores, vai para Jerónimo de Sousa e para a CDU. Tranquilamente e sem dúvidas de qualquer espécie.
E, entre os que podem ganhar, espero que ganhe Ferreira Leite.
E isto, para uma pessoa que nunca votou à direita do PC, diz muito do que penso acerca de Sócrates e da sua corte de parasitas inúteis e de ego inchado.
Que todos votemos, na suave convicção de que o nosso voto vale tanto como o de todos os mentecaptos que vão perpetuar este reinado parolo de mediocridade.
domingo, 20 de setembro de 2009
Helpdesk
Sim, eu estou consciente que este blog está com um aspecto de anos 80, se nos anos 80 já existissem blogs.
Eu explico.
Bom, o tasco estava com uns problemas técnicos, basicamente com uns erros na página e era impossível ler os posts mais antigos (mesmo de há duas semanas).
Eu, que tirei o curso de direito e trabalho em jornalismo, achei que conseguia resolver a coisa.
As boas notícias são que resolvi a questão dos post mais antigos. Agora, todo o brilhante arquivo de seis anos de Vodka está novamente disponível.
As más notícias são que fodi completamente as últimas alterações, com as imagens bonitas, os links actualizados e a votação em curso.
Por isto, peço desculpa.
Aproveito para pedir a qualquer uma das almas caridosas que sabem mexer nisto, nomeadamente ao Idle Consultant, que veja se sabe como meter o tasco todo bonito outra vez (no blogger dizem que fica tudo gravado, mas não sei se acredito).
Bom, era isto.
As minhas desculpas, mais uma vez.
Sim, eu estou consciente que este blog está com um aspecto de anos 80, se nos anos 80 já existissem blogs.
Eu explico.
Bom, o tasco estava com uns problemas técnicos, basicamente com uns erros na página e era impossível ler os posts mais antigos (mesmo de há duas semanas).
Eu, que tirei o curso de direito e trabalho em jornalismo, achei que conseguia resolver a coisa.
As boas notícias são que resolvi a questão dos post mais antigos. Agora, todo o brilhante arquivo de seis anos de Vodka está novamente disponível.
As más notícias são que fodi completamente as últimas alterações, com as imagens bonitas, os links actualizados e a votação em curso.
Por isto, peço desculpa.
Aproveito para pedir a qualquer uma das almas caridosas que sabem mexer nisto, nomeadamente ao Idle Consultant, que veja se sabe como meter o tasco todo bonito outra vez (no blogger dizem que fica tudo gravado, mas não sei se acredito).
Bom, era isto.
As minhas desculpas, mais uma vez.
sábado, 19 de setembro de 2009
O disco da minha vida IV
1969. Os hippies estavam a dar as últimas, e o som inglês começava a tomar conta. Depois dos Beatles e dos Stones, uns anos antes, os sons mais pesados dos Led Zeppelin, Deep Purple e Black Sabath começavam a anunciar o que se seguiria, nos anos 70.
1992. Um puto do subúrbio recebe uma cassete mal gravada que muda a sua vida.
Estamos a falar dos Led Zeppelin, essa banda de hard-rock e blues com as letras mais parolas do mundo (dragões e o camandro) e o maior feeling que alguma vez saiu de um poderoso PA.
Todos os albums dos LZ são bons, exceptuando talvez os dois últimos, "Coda" e "In through the out door".
O "Led Zeppelin II" foi o primeiro deles que conheci, o que talvez explique o facto de, ainda hoje, ser o meu preferido da banda. Como aconteceu com tantos outros discos e bandas, foi o rapaz do estupefacto amarelo quem mo mostrou, de entre o espólio de música fixe do seu irmão mais velho. Na altura, eram os Doors que estavam a dar, mas os LZ eram diferentes. Todos queriam ser o Jim Morrison, ninguém queria ser alguém dos Zepp, pela simples razão que ninguém sabia quem eles eram. Era uma banda, uma verdadeira banda, e o som, a música, eram tudo o que era importante. Os quatro membros da banda eram de um poder incrível, individualmente, mas ultrapassava tudo quando estavam juntos. Um som intenso, coerente, surpreendente, poderoso.
E, num momento em que toda a gente começou a querer ser alternativa, ninguém sabia quem eram os LZ. Eram uma relíquia dos anos 70, um comboio-expresso chegado do passado a meio da noite. Eram, enfim, rock n roll como nunca conhecera, e como nunca soubera que era possível existir.
É, de todos os discos deles, o mais completo, aquele no qual todos os membros têm os seus momentos brilhantes e espaço para o mostrar, dentro do som coerente da banda. É também a primeira vez que uma band de hard-rock mostra o que era possível fazer no estúdio. A produção é suja mas fabulosa, com ecos, reverb, feedback, tudo e mais alguma coisa. Em resumo, uma viagem de montanha-russa de rock e blues, com toda a energia de uns AC/DC, mas com 10 mil vezes mais criatividade.
É o disco de Whole Lotta Love, que abre o album, mas todas as músicas são excelentes. Destaco a drogada "The Lemon Song", com Robert Plant a bombar na harmónica, a relaxada "What is and what should never be", a histórica Moby Dick com John Bonham a mostrar por que razão foi o melhor baterista rock de sempre, bem, todas as músicas, realmente.
Não me apaixonei, não sofri, não encontrei subitamente o meu lugar na vida com este disco. Não foi preciso nada disso para, ainda hoje, ser um dos discos da minha vida. Era acerca do som, e sempre foi acerca do som.
Um dia, levava a cassete no walkman, tinha calçadas as botas que eu achava que pareciam de cowboy. A descer a rua, a caminho da escola, senti-me um homem. E ouvir este disco, em alto volume, leva-me ´lá outra vez.
Ramble On!!
1969. Os hippies estavam a dar as últimas, e o som inglês começava a tomar conta. Depois dos Beatles e dos Stones, uns anos antes, os sons mais pesados dos Led Zeppelin, Deep Purple e Black Sabath começavam a anunciar o que se seguiria, nos anos 70.
1992. Um puto do subúrbio recebe uma cassete mal gravada que muda a sua vida.
Estamos a falar dos Led Zeppelin, essa banda de hard-rock e blues com as letras mais parolas do mundo (dragões e o camandro) e o maior feeling que alguma vez saiu de um poderoso PA.
Todos os albums dos LZ são bons, exceptuando talvez os dois últimos, "Coda" e "In through the out door".
O "Led Zeppelin II" foi o primeiro deles que conheci, o que talvez explique o facto de, ainda hoje, ser o meu preferido da banda. Como aconteceu com tantos outros discos e bandas, foi o rapaz do estupefacto amarelo quem mo mostrou, de entre o espólio de música fixe do seu irmão mais velho. Na altura, eram os Doors que estavam a dar, mas os LZ eram diferentes. Todos queriam ser o Jim Morrison, ninguém queria ser alguém dos Zepp, pela simples razão que ninguém sabia quem eles eram. Era uma banda, uma verdadeira banda, e o som, a música, eram tudo o que era importante. Os quatro membros da banda eram de um poder incrível, individualmente, mas ultrapassava tudo quando estavam juntos. Um som intenso, coerente, surpreendente, poderoso.
E, num momento em que toda a gente começou a querer ser alternativa, ninguém sabia quem eram os LZ. Eram uma relíquia dos anos 70, um comboio-expresso chegado do passado a meio da noite. Eram, enfim, rock n roll como nunca conhecera, e como nunca soubera que era possível existir.
É, de todos os discos deles, o mais completo, aquele no qual todos os membros têm os seus momentos brilhantes e espaço para o mostrar, dentro do som coerente da banda. É também a primeira vez que uma band de hard-rock mostra o que era possível fazer no estúdio. A produção é suja mas fabulosa, com ecos, reverb, feedback, tudo e mais alguma coisa. Em resumo, uma viagem de montanha-russa de rock e blues, com toda a energia de uns AC/DC, mas com 10 mil vezes mais criatividade.
É o disco de Whole Lotta Love, que abre o album, mas todas as músicas são excelentes. Destaco a drogada "The Lemon Song", com Robert Plant a bombar na harmónica, a relaxada "What is and what should never be", a histórica Moby Dick com John Bonham a mostrar por que razão foi o melhor baterista rock de sempre, bem, todas as músicas, realmente.
Não me apaixonei, não sofri, não encontrei subitamente o meu lugar na vida com este disco. Não foi preciso nada disso para, ainda hoje, ser um dos discos da minha vida. Era acerca do som, e sempre foi acerca do som.
Um dia, levava a cassete no walkman, tinha calçadas as botas que eu achava que pareciam de cowboy. A descer a rua, a caminho da escola, senti-me um homem. E ouvir este disco, em alto volume, leva-me ´lá outra vez.
Ramble On!!
O sentimentalismo online
Esta conversa é absolutamente real. Todos os nomes foram alterados para proteger a identidade de idiotas e vítimas. O mencionado Bacamarte fica com esse nome, até porque não sabemos o seu nome verdadeiro.
Manel diz:
estou mais morto que vivo
Jaquim diz:
atão, man?
Manel diz:
adivinha, tens duas hipóteses
Jaquim diz:
ressaca?
Manel diz:
trabalho, caralho
antes fosse
Jaquim diz:
eh pá, isso é pior
Manel diz:
então, que contas?
Jaquim diz:
sabes de quem é que eu me lembrei hoje?
Manel diz:
nopes
Jaquim diz:
do Bacamarte!
Manel diz:
xiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii
Jaquim diz:
lembras-te do bacamarte?
vi um gajo igual a ele na rua
Manel diz:
nem me lembro já da cara dele
Jaquim diz:
barba e gadelha
Manel diz:
a catarina conseguia descer bem baixo
Jaquim diz:
sim
Manel diz:
o baluarte do caralho do CALA-TE FODA-SE!!!!!!!!!!!
Jaquim diz:
ehehehehehe
Manel diz:
pópópópópópó.
estive na polux na sexta feira passada, umas festarola bem gira
cheia de teengrelo
mas estava sozinho, restou-me encostar ao balcão e foder-me alarvemente ,
Jaquim diz:
na polux?
mto bom
Manel diz:
sim, todos bêbedos.. eu ainda perguntei lá a uma gaja «que festa é esta?»É DE TODA A GENTE!!!!!
fiquei por lá uma hora e picos
Jaquim diz:
boa boa
Manel diz:
e tu?
Jaquim diz:
como foste lá parar?
eu ando a morrer em pé
Manel diz:
estava a ver aquelas festas do TODOS na mouraria, acabou
Jaquim diz:
e decidiste ir ver o que se passava na academia
Manel diz:
pois
Jaquim diz:
o bacamarte era um ganda manso
não foi o gajo que pagou umas férias à catarina, em malta, e nem lhe saltou para a cueca?
Manel diz:
isso!!!!!!!!!
Jaquim diz:
ahahaha
que categoria
Manel diz:
as gajas são fodidas
Jaquim diz:
e a catarina a querer papar a viagem e fingir que aquilo era perfeitamente natural
Manel diz:
e papou ou não papou?
Jaquim diz:
ela papou a viagem. ele pagou e não papou um caralho
Manel diz:
olha, a única vez que me pagaram uma viagem tive que foder todos os dias
Jaquim diz:
ela de papo para o ar, na piscina
LOL
Manel diz:
e não me importei
Jaquim diz:
pois!
Manel diz:
imagino o gajo, a doerem-lhe os tomates
Jaquim diz:
e a bancar
Manel diz:
HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHHAHAHAHHAHAA
Jaquim diz:
e ela a ver o mar e a ler anais nin
Manel diz:
ai o amor
Jaquim diz:
torna um gajo idiota
Manel diz:
o amor dura até um gajo se vir
Jaquim diz:
mas há aqueles que já são idiotas à partida
no caso dele, ainda está apaixonado
Manel diz:
eu batia uma p+unheta para a cara da gaja qiue me fizesse isso
Jaquim diz:
LOL
ela a dormir descansadinha e pumba!
Manel diz:
cumshot facial à revelia
Jaquim diz:
hehehehe
seria demasiado mau eu meter isto no blog?
mais disfarçado que o habitualmente?
Manel diz:
diz que hidrata, querida
Esta conversa é absolutamente real. Todos os nomes foram alterados para proteger a identidade de idiotas e vítimas. O mencionado Bacamarte fica com esse nome, até porque não sabemos o seu nome verdadeiro.
Manel diz:
estou mais morto que vivo
Jaquim diz:
atão, man?
Manel diz:
adivinha, tens duas hipóteses
Jaquim diz:
ressaca?
Manel diz:
trabalho, caralho
antes fosse
Jaquim diz:
eh pá, isso é pior
Manel diz:
então, que contas?
Jaquim diz:
sabes de quem é que eu me lembrei hoje?
Manel diz:
nopes
Jaquim diz:
do Bacamarte!
Manel diz:
xiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii
Jaquim diz:
lembras-te do bacamarte?
vi um gajo igual a ele na rua
Manel diz:
nem me lembro já da cara dele
Jaquim diz:
barba e gadelha
Manel diz:
a catarina conseguia descer bem baixo
Jaquim diz:
sim
Manel diz:
o baluarte do caralho do CALA-TE FODA-SE!!!!!!!!!!!
Jaquim diz:
ehehehehehe
Manel diz:
pópópópópópó.
estive na polux na sexta feira passada, umas festarola bem gira
cheia de teengrelo
mas estava sozinho, restou-me encostar ao balcão e foder-me alarvemente ,
Jaquim diz:
na polux?
mto bom
Manel diz:
sim, todos bêbedos.. eu ainda perguntei lá a uma gaja «que festa é esta?»É DE TODA A GENTE!!!!!
fiquei por lá uma hora e picos
Jaquim diz:
boa boa
Manel diz:
e tu?
Jaquim diz:
como foste lá parar?
eu ando a morrer em pé
Manel diz:
estava a ver aquelas festas do TODOS na mouraria, acabou
Jaquim diz:
e decidiste ir ver o que se passava na academia
Manel diz:
pois
Jaquim diz:
o bacamarte era um ganda manso
não foi o gajo que pagou umas férias à catarina, em malta, e nem lhe saltou para a cueca?
Manel diz:
isso!!!!!!!!!
Jaquim diz:
ahahaha
que categoria
Manel diz:
as gajas são fodidas
Jaquim diz:
e a catarina a querer papar a viagem e fingir que aquilo era perfeitamente natural
Manel diz:
e papou ou não papou?
Jaquim diz:
ela papou a viagem. ele pagou e não papou um caralho
Manel diz:
olha, a única vez que me pagaram uma viagem tive que foder todos os dias
Jaquim diz:
ela de papo para o ar, na piscina
LOL
Manel diz:
e não me importei
Jaquim diz:
pois!
Manel diz:
imagino o gajo, a doerem-lhe os tomates
Jaquim diz:
e a bancar
Manel diz:
HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHHAHAHAHHAHAA
Jaquim diz:
e ela a ver o mar e a ler anais nin
Manel diz:
ai o amor
Jaquim diz:
torna um gajo idiota
Manel diz:
o amor dura até um gajo se vir
Jaquim diz:
mas há aqueles que já são idiotas à partida
no caso dele, ainda está apaixonado
Manel diz:
eu batia uma p+unheta para a cara da gaja qiue me fizesse isso
Jaquim diz:
LOL
ela a dormir descansadinha e pumba!
Manel diz:
cumshot facial à revelia
Jaquim diz:
hehehehe
seria demasiado mau eu meter isto no blog?
mais disfarçado que o habitualmente?
Manel diz:
diz que hidrata, querida
terça-feira, 15 de setembro de 2009
I see dead people
Hoje não consegui ver os Gatos com a Manuela Ferreira Leite. Dentro do estilo, preferi ver um filme de mortos-vivos no AXN. Mas no fim fiquei desiludido. O penteado da velha era mais scary do que o da zombie.
Mas vi o primeiro, com o Pinócrates. Perante as perguntas marotas e bem esgalhadas do Araújo Pereira, o Sócrates ia respondendo com campanha, mel e piadas secas, em doses iguais.
O único problema do Primeiro Ministro em participar em coisas destas é a sua completa ausência de sentido de humor. É um bocado o fenómeno do Balboa ser jogador da bola e o Abrunhosa ser cantor.
Acontece.
Hoje não consegui ver os Gatos com a Manuela Ferreira Leite. Dentro do estilo, preferi ver um filme de mortos-vivos no AXN. Mas no fim fiquei desiludido. O penteado da velha era mais scary do que o da zombie.
Mas vi o primeiro, com o Pinócrates. Perante as perguntas marotas e bem esgalhadas do Araújo Pereira, o Sócrates ia respondendo com campanha, mel e piadas secas, em doses iguais.
O único problema do Primeiro Ministro em participar em coisas destas é a sua completa ausência de sentido de humor. É um bocado o fenómeno do Balboa ser jogador da bola e o Abrunhosa ser cantor.
Acontece.
Coisas que a Humanidade devia resolver antes de pensar em ir a Marte
1 - As dores de cabeça
2 - O período
3 - A correcta interpretação da lei do fora de jogo (se está atrás da bola, está em jogo)
4 - A calvície
5 - O Cláudio Ramos
6 - Limpar o cu. Já repararam que, tirando a folha dupla e o papel às cores, a Humanidade limpa o cu da mesma maneira há séculos? Não conseguiremos encontrar uma maneira mais eficiente de o fazer?
Marte pode esperar. Tal como o TGV. Os items acima? Há que resolvê-los.
1 - As dores de cabeça
2 - O período
3 - A correcta interpretação da lei do fora de jogo (se está atrás da bola, está em jogo)
4 - A calvície
5 - O Cláudio Ramos
6 - Limpar o cu. Já repararam que, tirando a folha dupla e o papel às cores, a Humanidade limpa o cu da mesma maneira há séculos? Não conseguiremos encontrar uma maneira mais eficiente de o fazer?
Marte pode esperar. Tal como o TGV. Os items acima? Há que resolvê-los.
domingo, 13 de setembro de 2009
A verdadeira cara de pau
É sempre bom ver que anda por aí alguma preocupação acerca do que o Benfica pode fazer esta época.
Agora vem o "professor" Jesualdo Ferreira falar de um caso referente ao ano passado, em que um observador do jogo Benfica-Nacional foi suspenso por, alegadamente, ter omitido factos ocorridos no túnel do estádio da Luz.
Vem o senhor professor dizer agora que "gostaria de saber o que foi omitido" nesse relatório. Pois, também eu gostaria de muita coisa, nomeadamente que Jesualdo Ferreira se calasse bem caladinho, porque o clube onde está tem mais telhados de vidro do que qualquer outro em Portugal.
Gostaria só de salientar algumas coisas:
1 - É interessante ver a obsessão do Porto e do senhor professor com o Benfica. Isto não surpreende, vindo de um clube cujos adeptos festejam golos com cânticos contra o Benfica, mesmo que estejam a jogar contra o Leixões (deve ser da cor, fazem confusão). Isto foi num jogo entre o Benfica e o Nacional, num campeonato ganho pelo Porto. Qual a necessidade de estar a tentar espalhar agora a confusão?
2 - No jogo em causa, o Benfica foi escandalosamente roubado em casa. Anularam-nos o golo da vitória em cima da hora, por pretensa mão de Miguel Vítor, que estava caído no chão e de costas para a bola. Esse roubo de igreja surgiu num momento em que o campeonato estava ainda quente, e foi mais um dos episódios que contribuiram para afastar o Benfica da corrida, como o célebre jogo das Antas e do penalti fantasma.
3 - Alegadamente, a questão do túnel tem a ver com Nuno Gomes, que se terá dirigido ao senhor ladrão daquele jogo de modos menos próprios. Mas é preciso relembrar que Nuno Gomes levou jogos de suspensão e multa. Para além disso, está longe de ser um titular. Que raio de vantagem acha Jesualdo que o Benfica tirou de todo esse episódio?
4 - Para terminar, quero só salientar a cara de pau desse senhor, infelizmente benfiquista desde pequenino. Insinuar qualquer favorecimento ao Benfica num jogo em que fomos miseravelmente roubados e o Porto, indirectamente, beneficiado, só pode ser falha de memória fruto da idade.
E, não nos esqueçamos qual foi o clube condenado por comprar árbitros, há bem pouco tempo. Se calhar falta-vos um bocadinho de moral para falar, não?...
É sempre bom ver que anda por aí alguma preocupação acerca do que o Benfica pode fazer esta época.
Agora vem o "professor" Jesualdo Ferreira falar de um caso referente ao ano passado, em que um observador do jogo Benfica-Nacional foi suspenso por, alegadamente, ter omitido factos ocorridos no túnel do estádio da Luz.
Vem o senhor professor dizer agora que "gostaria de saber o que foi omitido" nesse relatório. Pois, também eu gostaria de muita coisa, nomeadamente que Jesualdo Ferreira se calasse bem caladinho, porque o clube onde está tem mais telhados de vidro do que qualquer outro em Portugal.
Gostaria só de salientar algumas coisas:
1 - É interessante ver a obsessão do Porto e do senhor professor com o Benfica. Isto não surpreende, vindo de um clube cujos adeptos festejam golos com cânticos contra o Benfica, mesmo que estejam a jogar contra o Leixões (deve ser da cor, fazem confusão). Isto foi num jogo entre o Benfica e o Nacional, num campeonato ganho pelo Porto. Qual a necessidade de estar a tentar espalhar agora a confusão?
2 - No jogo em causa, o Benfica foi escandalosamente roubado em casa. Anularam-nos o golo da vitória em cima da hora, por pretensa mão de Miguel Vítor, que estava caído no chão e de costas para a bola. Esse roubo de igreja surgiu num momento em que o campeonato estava ainda quente, e foi mais um dos episódios que contribuiram para afastar o Benfica da corrida, como o célebre jogo das Antas e do penalti fantasma.
3 - Alegadamente, a questão do túnel tem a ver com Nuno Gomes, que se terá dirigido ao senhor ladrão daquele jogo de modos menos próprios. Mas é preciso relembrar que Nuno Gomes levou jogos de suspensão e multa. Para além disso, está longe de ser um titular. Que raio de vantagem acha Jesualdo que o Benfica tirou de todo esse episódio?
4 - Para terminar, quero só salientar a cara de pau desse senhor, infelizmente benfiquista desde pequenino. Insinuar qualquer favorecimento ao Benfica num jogo em que fomos miseravelmente roubados e o Porto, indirectamente, beneficiado, só pode ser falha de memória fruto da idade.
E, não nos esqueçamos qual foi o clube condenado por comprar árbitros, há bem pouco tempo. Se calhar falta-vos um bocadinho de moral para falar, não?...
sábado, 12 de setembro de 2009
Realpolitik
Em entrevista recente ao DN, o xulo socialista José Lello, secretário nacional do PS e especialista, há anos, em parasitar o Estado e não fazer nenhum e viver à grande, foi questionado acerca dos negócios de Portugal com a Líbia, a Venezuela, Angola, etc. No que toca aos direitos humanos, o senhor deu-nos uma lição de socialismo moderno à moda de Sócrates, afirmando que "podem dizer o que quiserem, mas o que interessa são os negócios".
Muito bom, de facto.
O que pensará a sua amiguinha Ana Gomes disto, ela que há uns anos lançou um ataque violentíssimo contra o Público por este ter publicado um anúncio, pago, a uma empresa de Kadafi?
Há três pessoas (há mais) que me irritam solenemente no PS. Ana Gomes, Lello e Santos Silva, o inquisidor-mor.
São aquelas pessoas que ninguém percebe o que fazem mas estão sempre lá, e com uma flexibilidade dorsal assinalável. Também gosto muito do Vitalino Canas, que tem com os anteriores em comum o facto de ver tudo através de óculos rosa, como quando comenta os discursos de Cavaco Silva e os consegue transformar em mensagens de apoio ao Governo.
Adiante.
Serve isto para dizer que, a partir de hoje, vou substituir a palavra cagalhão pela palavra Lello.
Creio que também funcionará com Ana Gomes, Vitalino ou Santos Silva.
Em entrevista recente ao DN, o xulo socialista José Lello, secretário nacional do PS e especialista, há anos, em parasitar o Estado e não fazer nenhum e viver à grande, foi questionado acerca dos negócios de Portugal com a Líbia, a Venezuela, Angola, etc. No que toca aos direitos humanos, o senhor deu-nos uma lição de socialismo moderno à moda de Sócrates, afirmando que "podem dizer o que quiserem, mas o que interessa são os negócios".
Muito bom, de facto.
O que pensará a sua amiguinha Ana Gomes disto, ela que há uns anos lançou um ataque violentíssimo contra o Público por este ter publicado um anúncio, pago, a uma empresa de Kadafi?
Há três pessoas (há mais) que me irritam solenemente no PS. Ana Gomes, Lello e Santos Silva, o inquisidor-mor.
São aquelas pessoas que ninguém percebe o que fazem mas estão sempre lá, e com uma flexibilidade dorsal assinalável. Também gosto muito do Vitalino Canas, que tem com os anteriores em comum o facto de ver tudo através de óculos rosa, como quando comenta os discursos de Cavaco Silva e os consegue transformar em mensagens de apoio ao Governo.
Adiante.
Serve isto para dizer que, a partir de hoje, vou substituir a palavra cagalhão pela palavra Lello.
Creio que também funcionará com Ana Gomes, Vitalino ou Santos Silva.
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
O povo é quem mais ordenha
A duas semanas das eleições, a votação para Primeiro-Ministro que fazemos no Vodka vai renhida. Liedson lidera destacado, enquanto Carolina Patrocínio sofre claramente do facto do seu nome não vir acompanhado de uma foto dela, de trás, na praia do Gigi.
Louçã vai em último, e mesmo os seus votos têm de ser descontados do entusiasmo do Amarelo que, qual Mourinho utilizando o computador das Antas, está a tentar influenciar a votação.
Recebemos ainda 34 votos numa opção não prevista, um tal de Pepe, e tudo isto nos últimos dois dias. Recebemos igualmente 114 votos negativos no Professor Queiroz.
Com tanto cambalacho (palavra que, creio, estou a escrever pela primeira vez na minha vida), isto mais parece as eleições no Afeganistão.
Enfim, se é bom para o Bobama, também terá de servir para nós.
A duas semanas das eleições, a votação para Primeiro-Ministro que fazemos no Vodka vai renhida. Liedson lidera destacado, enquanto Carolina Patrocínio sofre claramente do facto do seu nome não vir acompanhado de uma foto dela, de trás, na praia do Gigi.
Louçã vai em último, e mesmo os seus votos têm de ser descontados do entusiasmo do Amarelo que, qual Mourinho utilizando o computador das Antas, está a tentar influenciar a votação.
Recebemos ainda 34 votos numa opção não prevista, um tal de Pepe, e tudo isto nos últimos dois dias. Recebemos igualmente 114 votos negativos no Professor Queiroz.
Com tanto cambalacho (palavra que, creio, estou a escrever pela primeira vez na minha vida), isto mais parece as eleições no Afeganistão.
Enfim, se é bom para o Bobama, também terá de servir para nós.
Betty frígida
A Joana Amaral Dias faz-me alguma confusão. É daquelas que só podia ser do Bloco, tal o pedantismo pseudo-intelectual que exsuda. Sofre do mesmo problema que todas as gajas giras e minimamente inteligentes que têm algum tipo de pretensão intelectual: exagera na atitude de "sou muito mais que uma gaja boa, também sou brilhante". Isto é sempre irritante, mas é um bocado mais irritante quando a gaja em causa é bastante menos brilhante e inteligente do que pensa ser. E este é claramente o caso.
Disse a senhora, ao DN, que considera "lamentável" o aproveitamento que Francisco Louçã fez do convite que o PS fez à menina. "O facto de Francisco Louçã ter colocado esse convite e as suas implicações políticas - as que Louçã viu nesse convite - nas primeiras páginas, não me agradou".
A menina parece esquecer-se foi que foi ela quem colocou a bola em movimento, nomeadamente avisando discretamente a TVI do convite que lhe fora feito, apenas e só por desejo de protagonismo. O problema foi que o tiro lhe saiu pela culatra, e a sua brincadeira egocêntrica lhe fugiu do controlo, ganhando proporções não previstas.
O problema da Joana Amaral Dias é que, na verdade e por mais que ela se esforce, o seu palminho de cara ainda é o que de melhor a senhora tem.
A Joana Amaral Dias faz-me alguma confusão. É daquelas que só podia ser do Bloco, tal o pedantismo pseudo-intelectual que exsuda. Sofre do mesmo problema que todas as gajas giras e minimamente inteligentes que têm algum tipo de pretensão intelectual: exagera na atitude de "sou muito mais que uma gaja boa, também sou brilhante". Isto é sempre irritante, mas é um bocado mais irritante quando a gaja em causa é bastante menos brilhante e inteligente do que pensa ser. E este é claramente o caso.
Disse a senhora, ao DN, que considera "lamentável" o aproveitamento que Francisco Louçã fez do convite que o PS fez à menina. "O facto de Francisco Louçã ter colocado esse convite e as suas implicações políticas - as que Louçã viu nesse convite - nas primeiras páginas, não me agradou".
A menina parece esquecer-se foi que foi ela quem colocou a bola em movimento, nomeadamente avisando discretamente a TVI do convite que lhe fora feito, apenas e só por desejo de protagonismo. O problema foi que o tiro lhe saiu pela culatra, e a sua brincadeira egocêntrica lhe fugiu do controlo, ganhando proporções não previstas.
O problema da Joana Amaral Dias é que, na verdade e por mais que ela se esforce, o seu palminho de cara ainda é o que de melhor a senhora tem.
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Ontem de manhã, na minha barriga, diferentes gases oriundos de facções políticas rivais digladiavam-se entre si numa luta intestina, provocando-me uma dor de barriga filha da puta e fazendo tanto barulho que quase pareciam trovões. Alguns minutos depois, uma enorme trovoada abatia-se sobre a cidade de Lisboa.
Parvoíce
Hoje, depois de tomar banho, descubro horrorizado que sou igual ao Partido Socialista: assim como o PS malhava no Código de Trabalho de Bagão Félix quando estava na oposição e depois fez um Código de Trabalho ainda mais à direita quando foi para o governo, também eu resisto sempre à ideia de entrar na banheira antes do duche, e resisto sempre à ideia de sair da banheira quando já estou no duche.
Sempre que me esqueço de limpar a areia da minha gata, quando o bicho repara que estou na cama sem meias prestes a adormecer, rasga-me sempre um bocado do meu pé com as suas garras afiadas como quem corta um pouco de cartolina com um chizato, e eu juro que ouço os seus bigodes a rirem-se baixinho. Quando, pelo contrário, limpo a areia, ela faz exactamente a mesma coisa. É por isso que eu sempre preferi os gatos aos cães.
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
Declaração de interesses: Sempre votei BE e antes PSR
A propósito do debate de ontem, tenho a dizer que eu, tal como o Sócrates, estive a ler atentamente o programa eleitoral do BE, tendo descoberto que este partido propõe o abastecimento público de haxixe canalizado em todas as casas e reivindicando a homossexualidade mínima garantida- obrigação de todo o cidadão de perpetrar pelo menos uma pequena prática homossexual por ano, sendo que serão providenciados benefícios fiscais generosos para taxas de bichanice superiores a 30 marotices diárias.
A propósito do debate de ontem, tenho a dizer que eu, tal como o Sócrates, estive a ler atentamente o programa eleitoral do BE, tendo descoberto que este partido propõe o abastecimento público de haxixe canalizado em todas as casas e reivindicando a homossexualidade mínima garantida- obrigação de todo o cidadão de perpetrar pelo menos uma pequena prática homossexual por ano, sendo que serão providenciados benefícios fiscais generosos para taxas de bichanice superiores a 30 marotices diárias.
terça-feira, 8 de setembro de 2009
Big Brother is watching you
Muito se tem falado na asfixia democrática e na tentativa de controlar a imprensa. Eu, que trabalho há quase 10 anos na área, posso dar-vos apenas a minha experiência: nunca vi um governo tão manipulador da comunicação social, tão obcecado com o que se diz dele, com tantos directores de jornais nas mãos.
E tão ou mais grave do que isto é o que se tem visto por estes dias: assessores de imprensa do Governo, pagos pelo dinheiro dos nossos impostos, a trabalhar em pura e simples campanha eleitoral. Telefonando aos jornalistas quadrilhando sobre o que disse a Ferreira Leite, tentando influenciar os artigos, e negando dados oficiais com o único argumento, algumas vezes assumido, que em altura de campanha não divulgam dados que possam ser utilizados pelos partidos da oposição. São dados públicos e oficiais, escondidos apenas porque as conclusões não são famosas para o governo.
Gente que trabalha para o Estado, paga com o nosso dinheiro, mas que nada mais fazem que o trabalho sujo do partido que está no poder, num regabofe sem fronteiras. Digam o que disserem. Eu sinto na pele o que o Sócrates faz. E quem sofre é, sobretudo, o leitor, que supostamente se quer informado.
Não é só o Little Bastard que tem o direito a escrever posts sobre situações nonsense passadas em concessionárias da Galp
- Boa tarde, bomba 1 e estes palmiers, se faz favor.
- Tudo junto ou separado?
- Tudo junto.
- Tem cartão de pontos?
- Não.
- Quer aderir?
- Não, obrigado.
(é neste momento que a senhora se desmancha a rir na minha cara e, muito irónica, diz)
- Com certeza.
(faço o pagamento, regresso ao meu carro, ponho o pé no acelerador e fujo o mais rápido que consigo daquele lugar sinistro)
- Boa tarde, bomba 1 e estes palmiers, se faz favor.
- Tudo junto ou separado?
- Tudo junto.
- Tem cartão de pontos?
- Não.
- Quer aderir?
- Não, obrigado.
(é neste momento que a senhora se desmancha a rir na minha cara e, muito irónica, diz)
- Com certeza.
(faço o pagamento, regresso ao meu carro, ponho o pé no acelerador e fujo o mais rápido que consigo daquele lugar sinistro)
Peter Pan morreu atropelado pelo 81
Um homem só se torna verdadeiramente adulto quando um gajo: (1) deixa de comer macacos do nariz; (2) deixa de fazer batota no monopólio; (3) passa a dizer sempre "foda-se" em vez de asneiras de substituição ridículas como "fónix" ou "fogo"; (4) deixa de olhar para os piços dos amigos nos urinóis públicos.
Um homem só se torna verdadeiramente adulto quando um gajo: (1) deixa de comer macacos do nariz; (2) deixa de fazer batota no monopólio; (3) passa a dizer sempre "foda-se" em vez de asneiras de substituição ridículas como "fónix" ou "fogo"; (4) deixa de olhar para os piços dos amigos nos urinóis públicos.
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
Os problemas complicados têm sempre soluções simples
Pedi numa reprografia para fotocopiarem um livro. Inicalmente, responderam-me que não era permitido a cópia integral de um livro. Mas depois pensaram um pouco melhor e disseram: "Fazemos assim. Hoje copiamos metade do livro e amanhã copiamos a outra metade". No dia seguinte, antes de dormir, deleitei-me com a leitura da cópia integral do último romance da Margarida Rebelo Pinto.
Pedi numa reprografia para fotocopiarem um livro. Inicalmente, responderam-me que não era permitido a cópia integral de um livro. Mas depois pensaram um pouco melhor e disseram: "Fazemos assim. Hoje copiamos metade do livro e amanhã copiamos a outra metade". No dia seguinte, antes de dormir, deleitei-me com a leitura da cópia integral do último romance da Margarida Rebelo Pinto.
Tradução: "Cum caralho, até o Américo Amorim é umas grandessíssima puta"
"A prostituição é unicamente uma expressão particular da prostituição geral dos trabalhadores, e porque a prostituição é uma relação que inclui quer a pessoa prostituída quer a pessoa que prostitui- cuja baixeza é ainda maior- então o capitalista também está incluído nesta categoria" (Karl Marx)
"A prostituição é unicamente uma expressão particular da prostituição geral dos trabalhadores, e porque a prostituição é uma relação que inclui quer a pessoa prostituída quer a pessoa que prostitui- cuja baixeza é ainda maior- então o capitalista também está incluído nesta categoria" (Karl Marx)
Excerto da minha autobiografia não autorizada
Estou na cama. O despertador toca mas não me apetece mexer-me para desligá-lo. Já não tenho sono mas também não tenho qualquer vontade de me levantar da cama. O despertador continua a tocar como uma ambulância. Uma luz branca entra pelos poros dos estores. Tenho vontade de mijar. A ideia de carregar com o meu corpo amarelo até à casa de banho faz-me dores de cabeça. Quem aguentou a noite toda pode aguentar mais um bocadinho. A cama está quente, o ar está frio. Enterro-me nos lençóis como se fosse um morto. O barulho do despertador está longe, muito longe. É bom ficar parado. Não fazer nada. Não pensar em nada. Como se estivesse a olhar para uma televisão desligada. E sinto um líquido amarelo e quente espalhando-se pelos lençóis.
Estou na cama. O despertador toca mas não me apetece mexer-me para desligá-lo. Já não tenho sono mas também não tenho qualquer vontade de me levantar da cama. O despertador continua a tocar como uma ambulância. Uma luz branca entra pelos poros dos estores. Tenho vontade de mijar. A ideia de carregar com o meu corpo amarelo até à casa de banho faz-me dores de cabeça. Quem aguentou a noite toda pode aguentar mais um bocadinho. A cama está quente, o ar está frio. Enterro-me nos lençóis como se fosse um morto. O barulho do despertador está longe, muito longe. É bom ficar parado. Não fazer nada. Não pensar em nada. Como se estivesse a olhar para uma televisão desligada. E sinto um líquido amarelo e quente espalhando-se pelos lençóis.
Excerto da minha biografia autorizada
Quando a minha mãe estava grávida, tinha o hábito um pouco desagradável de comer peças de roupa sempre que se sentia nervosa. Sempre pressenti que isso pudesse ter estado de alguma forma relacionado com o facto de eu ter nascido já completamente vestido com um pequeno estupefacto amarelo.
Quando a minha mãe estava grávida, tinha o hábito um pouco desagradável de comer peças de roupa sempre que se sentia nervosa. Sempre pressenti que isso pudesse ter estado de alguma forma relacionado com o facto de eu ter nascido já completamente vestido com um pequeno estupefacto amarelo.
Um país de felizes e competentes burocratas
Um homem (eu) entra numa estação de serviço. Escolheu aquela, da Galp, em detrimento de uma mais pequena, de bairro, porque esta só vende gasolina e velas, e não tem tabaco.
O homem entra pela porta que diz "Entrada", apesar da porta que diz "Saída" ser muito mais perto e ir dar directamente ao balcão, que é o seu destino. O homem não consegue evitar sentir que aquilo é estúpido, mas obedece à mesma porque da última vez que fez o contrário teve uma discussão de meio minuto com um mentecapto vestido de laranja.
Para chegar ao balcão, tem de fazer uma gincana digna dos antigos jogos sem fronteiras, por entre os dvd's de filmes de merda, os pacotes de batatas fritas, as revistas cor de rosa e os ambientadores de carro em forma de pinheiro. Finalmente chegado ao balcão, aproxima-se um serzinho vestido de laranja, com ar de enfado por estar a ser incomodado.
- Boas.
- Boa tarde. Diga.
- É a bomba 5 e um camel, se faz favor.
- Não temos camel. Só temos camel azul.
E aí o homem recorda outra discussão, tida numa BP cerca de um ano antes. Olha para trás do mentecapto e vê, no expositor, alguns belos maços amarelos de camel.
- Então isso que tem aí atrás é o quê?
- É camel, mas é do expositor.
Engraçado como as coisas estúpidas se repetem, quase da mesma forma.
- Então mas tem aí um, dois...seis maços de camel. Não pode tirar um?
- Não, não podemos. Mas temos camel azul.
- Deixe estar obrigado. Mas para que serve ter o tabaco aí se não o vende?
- É do expositor.
- Mas o expositor serve para expor o que há, certo?
- E normalmente há, mas hoje não. Estamos à espera.
- Deixe-me ver se percebi. Haver há, mas não pode vender porque está no expositor. E está aí para mostrar que há.
- Sim.
- Mas não há.
- Não. Agora não, estamos à espera.
O homem, ainda não calejado o suficiente para deixar de se surpreender com a estupidez humana, abana a cabeça e sai a rir-se. E sai pela "Saída".
Um homem (eu) entra numa estação de serviço. Escolheu aquela, da Galp, em detrimento de uma mais pequena, de bairro, porque esta só vende gasolina e velas, e não tem tabaco.
O homem entra pela porta que diz "Entrada", apesar da porta que diz "Saída" ser muito mais perto e ir dar directamente ao balcão, que é o seu destino. O homem não consegue evitar sentir que aquilo é estúpido, mas obedece à mesma porque da última vez que fez o contrário teve uma discussão de meio minuto com um mentecapto vestido de laranja.
Para chegar ao balcão, tem de fazer uma gincana digna dos antigos jogos sem fronteiras, por entre os dvd's de filmes de merda, os pacotes de batatas fritas, as revistas cor de rosa e os ambientadores de carro em forma de pinheiro. Finalmente chegado ao balcão, aproxima-se um serzinho vestido de laranja, com ar de enfado por estar a ser incomodado.
- Boas.
- Boa tarde. Diga.
- É a bomba 5 e um camel, se faz favor.
- Não temos camel. Só temos camel azul.
E aí o homem recorda outra discussão, tida numa BP cerca de um ano antes. Olha para trás do mentecapto e vê, no expositor, alguns belos maços amarelos de camel.
- Então isso que tem aí atrás é o quê?
- É camel, mas é do expositor.
Engraçado como as coisas estúpidas se repetem, quase da mesma forma.
- Então mas tem aí um, dois...seis maços de camel. Não pode tirar um?
- Não, não podemos. Mas temos camel azul.
- Deixe estar obrigado. Mas para que serve ter o tabaco aí se não o vende?
- É do expositor.
- Mas o expositor serve para expor o que há, certo?
- E normalmente há, mas hoje não. Estamos à espera.
- Deixe-me ver se percebi. Haver há, mas não pode vender porque está no expositor. E está aí para mostrar que há.
- Sim.
- Mas não há.
- Não. Agora não, estamos à espera.
O homem, ainda não calejado o suficiente para deixar de se surpreender com a estupidez humana, abana a cabeça e sai a rir-se. E sai pela "Saída".
É com estas que se vê como George W Bush tinha uma grande classe
Há políticos republicanos a acusarem o Presidente Americano de querer matar os idosos referindo-se à proposta de estender a comparticipação do Estado às consultas de cuidados paliativos. Barack Obama já respondeu: "Prometo não desligar o ventilador de nenhuma avó".
Há políticos republicanos a acusarem o Presidente Americano de querer matar os idosos referindo-se à proposta de estender a comparticipação do Estado às consultas de cuidados paliativos. Barack Obama já respondeu: "Prometo não desligar o ventilador de nenhuma avó".
Divulgação Científica
A comunidade científica descobriu recentemente que a credibilidade de uma afirmação de um político expressa vinte dias antes de um acto eleitoral é exactamente a mesma da afirmação de uma pessoa que, por se encontrar muito mal-disposto por ter bebido em demasia no dia anterior, jurar que nunca mais vai beber na vida.
A comunidade científica descobriu recentemente que a credibilidade de uma afirmação de um político expressa vinte dias antes de um acto eleitoral é exactamente a mesma da afirmação de uma pessoa que, por se encontrar muito mal-disposto por ter bebido em demasia no dia anterior, jurar que nunca mais vai beber na vida.
Propostas para reduzir o défice orçamental
Ontem, no Avante, depois de ter bebido duas caipirinhas e uma garrafa de vinho branco alentejano junto ao espaço do partido comunista chinês, lembrei-me que, em vez de se gastar inutilmente dinheiro dos contribuintes em kits para "soprar o balão", dever-se-ia medir o grau de alcoolémia de uma forma muito mais barata e igualmente precisa contando quantos segundos é que um condutor demora a entornar um copo sobre uma mesa.
Ontem, no Avante, depois de ter bebido duas caipirinhas e uma garrafa de vinho branco alentejano junto ao espaço do partido comunista chinês, lembrei-me que, em vez de se gastar inutilmente dinheiro dos contribuintes em kits para "soprar o balão", dever-se-ia medir o grau de alcoolémia de uma forma muito mais barata e igualmente precisa contando quantos segundos é que um condutor demora a entornar um copo sobre uma mesa.
domingo, 6 de setembro de 2009
O Disco da Minha Vida III
E aqui, meus amigos, entramos em território quase sagrado. Falamos dos Pulp, essa banda que, durante anos, foi a banda preferida de qualquer gajo que não podia com os U2 e torcia o nariz aos boçais (se bem que não totalmente desprovidos de talento) Oasis.
Estávamos nos 90's, terreno dominado pela Britpop, com tudo o que isso teve de bom e de mau.
Os Pulp não tinham nada a ver com a Britpop, apenas foram adoptados quando a maralha se apercebeu da maravilha weird que tinha entre as mãos. Desde o início dos anos 80 que o infatigável e mítico Jarvis Cocker brincava com uma banda chamada Pulp. O primeiro disco, "It", era uma coisa esquisita, entre o bucólico e o alucinado. Tem poucas faixas que interessem realmente, mas foi suficiente para mostrar que Jarvis via o mundo através de óculos especiais.
Seguiram-se vários álbuns bastante bons até ao início dos anos 90, quando, já com a formação clássica estabilizada, saiu o "His n Hers". O disco culmina o período pop dos Pulp, feito de canções de amor e frustração embebidas em sintetizadores e grande malhas. "Babies" e "Do you remember the first time" são os exemplos mais óbvios de uma coisa linda. Mas o melhor estava ainda para vir.
Foi em 95 que o mundo viu nascer "Different Class". Fica para a história como o disco de "Common People", que muito à Pulp é apenas a terceira faixa do album. Mas era muito mais que isso. Foi com este disco que os Pulp conseguiram fazer a síntese perfeita entre a pop doce e sintetizada do passado com o seu lado negro de rock inteligente. Resultado? Um disco que agrada imediatamente ao ouvido mas que, devido à profundidade das letras, do ambiente e das camadas sonoras das músicas, permite que vivamos nele anos e anos. E isto, meus amigos, muito poucos discos conseguem fazer.
Tantos anos vivi neste disco que consegui proezas fantásticas: amei e odiei e voltei a amar a mesma rapariga ao som dele, variando as músicas; deixei de conseguir ouvir uma das faixas, "FEELING CALLED LOVE", porque um bom amigo chorou a mesma rapariga ao seu som; entre outras coisas inconfessáveis sob pena de estragar de vez a minha reputação.
É um disco que me inspira a escrever de cada vez que o ouço. Cada música é um mundo, literário. E faz a perfeita síntese entre letra e música.
Very british, mas com um twist.
É música para frustrados, para voyeurs, para os que vêem a gaja boa escolher o idiota com caparro porque tem carro, para os que - mesmo que vivam no centro - sabem que vieram dos subúrbios, para os que são lousy in bed mas têm garganta à mesma, para os românticos deseperados que se refugiam na bebida e na poesia, para os que só conseguem não estar à margem enquanto dura a embriaguez.
Todo o disco, as 12 faixas, são excelentes, sem excepção.
Os destaques óbvios são "Common People", "Underwear", "Disco 2000", "I Spy" pela letra que é praticamente uma cartilha do mundo Pulp e, a minha preferida de toda a carreira do grupo, "Something Changed".
Depois disto, o "This is Harcore", em bom nível, e a seguir o "We Love Life", já mostrando o desgaste que levaria ao fim da banda.
O "Different Class" é, apenas, o melhor disco pop de todos os tempos, e deixa para trás maravilhas como "Parklife", dos Blur, ou "White Album" dos Beatles.
Quem não o conhece, agarre-o. Quem conhece, sacuda-lhe o pó.
Vale sempre a pena.
sábado, 5 de setembro de 2009
A sorte protege os cobardes
Por mais bem intencionado que eu fosse, nunca poderia ter pertencido a qualquer organização de resistência anti-fascista. Bastava um pide ameaçar-me que me iria cortar as unhas dos pés com um corta-unhas um pouco grande para eu chibar logo todos os meus camaradas, incluindo a minha avó.
Por mais bem intencionado que eu fosse, nunca poderia ter pertencido a qualquer organização de resistência anti-fascista. Bastava um pide ameaçar-me que me iria cortar as unhas dos pés com um corta-unhas um pouco grande para eu chibar logo todos os meus camaradas, incluindo a minha avó.
A aposta na ferrovia é absolutamente estratégica para o país
Às oito e oito esperava como sempre pelo comboio das oito e oito. Como sempre as pessoas tinham o seu pequeno canivete de viagem já aberto, preparados para a habitual luta por um lugar sentado. Hoje tive sorte. Levei apenas três cortes superficiais e consegui sentar-me no lugar dos deficientes.
Às oito e oito esperava como sempre pelo comboio das oito e oito. Como sempre as pessoas tinham o seu pequeno canivete de viagem já aberto, preparados para a habitual luta por um lugar sentado. Hoje tive sorte. Levei apenas três cortes superficiais e consegui sentar-me no lugar dos deficientes.
Como se chama a parte branca dos olhos?
Não sei porquê mas até hoje sempre que removo os simpáticos restos de comida alojados entre os dentes em sonhos faço-o sempre com uma faca de cozinha, mas sempre que estou acordado, e vejo um casal de góticos a passearem na rua num dia quente de verão, o homem veste sempre umas bermudas pretas muito justas, a mulher calça sempre umas botas da tropa extremamente práticas para o verão e o cão que passeiam é sempre totalmente preto menos na parte branca dos olhos.
Não sei porquê mas até hoje sempre que removo os simpáticos restos de comida alojados entre os dentes em sonhos faço-o sempre com uma faca de cozinha, mas sempre que estou acordado, e vejo um casal de góticos a passearem na rua num dia quente de verão, o homem veste sempre umas bermudas pretas muito justas, a mulher calça sempre umas botas da tropa extremamente práticas para o verão e o cão que passeiam é sempre totalmente preto menos na parte branca dos olhos.
O Partido Nulo é nosso
O que é que Angola e o Partido Nulo têm em comum? Absolutamente nada. Mas o facto dos que se opõem aos partidos apelando ao voto em branco terem constituído um partido fez-me, não sei porquê, lembrar que Angola queria resolver o problema da burocracia criando um ministério da desburocratização.
O que é que Angola e o Partido Nulo têm em comum? Absolutamente nada. Mas o facto dos que se opõem aos partidos apelando ao voto em branco terem constituído um partido fez-me, não sei porquê, lembrar que Angola queria resolver o problema da burocracia criando um ministério da desburocratização.
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
Velhismo
Ó se faz favor, desculpe estar a incomodá-lo mas receio bem que exista uma infestação de velhas naquela mesa. Há bocado havia uma, depois três, agora seis. Confesso que estou a ficar um pouco assustado. Podia fazer qualquer coisa, por favor? Tenho receio de ser esmagado por dezenas de velhas ao meu redor. E se a peste se alastrar lá para fora? Por favor, faça alguma coisa antes de ser já tarde demais... tarde demais... tarde demais...
Ó se faz favor, desculpe estar a incomodá-lo mas receio bem que exista uma infestação de velhas naquela mesa. Há bocado havia uma, depois três, agora seis. Confesso que estou a ficar um pouco assustado. Podia fazer qualquer coisa, por favor? Tenho receio de ser esmagado por dezenas de velhas ao meu redor. E se a peste se alastrar lá para fora? Por favor, faça alguma coisa antes de ser já tarde demais... tarde demais... tarde demais...
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
Happy, happy days
Meus amigos, com esta mensagem comemora-se o 3000º (como se diz isto?) post do Vodka. E conseguimos que esta mensagem especial não seja do amarelo a falar de piços.
E isso é bom.
Por isso, muitos parabéns a todos aqueles que, ao longo de seis anos, colaboraram com este tasco infecto mas honesto, e a todos os leitores.
(Algum) Respect
Hoje, o jornal da noite da TVI começou...pela TVI. A saída da Manuela Moura Guedes e da direcção de informação era claramente a notícia do dia. Depois de dada a notícia, e as acusações da oposição de interferência governamental, entrou no ar Miguel Sousa Tavares, a bater na administração da TVI. Há muitos motivos para dizermos mal da TVI, mas não acredito que qualquer outro canal em Portugal desse espaço a tal coisa.
É assim, para o bem e para o mal. E hoje, nisto, estiveram bem.
Hoje, o jornal da noite da TVI começou...pela TVI. A saída da Manuela Moura Guedes e da direcção de informação era claramente a notícia do dia. Depois de dada a notícia, e as acusações da oposição de interferência governamental, entrou no ar Miguel Sousa Tavares, a bater na administração da TVI. Há muitos motivos para dizermos mal da TVI, mas não acredito que qualquer outro canal em Portugal desse espaço a tal coisa.
É assim, para o bem e para o mal. E hoje, nisto, estiveram bem.
Ajudem-me, o Pedro Paixão tem neste momento uma arma apontada à minha cabeça
Todos os dias, quando ando no metro, há uma senhora que fala comigo. Com a sua voz delicada, avisa-me sempre qual é a estação seguinte. Quando a senhora me diz "estação terminal", estremeço sempre. Tenho sempre a sensação que anuncia o meu fim. Depois, levanto-me à pressa e diluo-me no meio da multidão.
Todos os dias, quando ando no metro, há uma senhora que fala comigo. Com a sua voz delicada, avisa-me sempre qual é a estação seguinte. Quando a senhora me diz "estação terminal", estremeço sempre. Tenho sempre a sensação que anuncia o meu fim. Depois, levanto-me à pressa e diluo-me no meio da multidão.
Não é só o Pacheco Pereira que apresenta um pensamento crítico sobre a blogoesfera
No trade-off entre uma punheta e a publicação de um post (sim, julgo ser extremamente difícil fazer as duas coisas ao mesmo tempo, apesar de existir alguma controvérsia sobre este assunto), a última revela-se claramente uma melhor escolha, em virtude de se gastar com ela menos lenços de papel.
No trade-off entre uma punheta e a publicação de um post (sim, julgo ser extremamente difícil fazer as duas coisas ao mesmo tempo, apesar de existir alguma controvérsia sobre este assunto), a última revela-se claramente uma melhor escolha, em virtude de se gastar com ela menos lenços de papel.
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
Recordações do estupefacto amarelo
Conheci no secundário um gajo que provavelmente era a pessoa com mais sentido de humor do mundo, só que dizia sempre as piadas uns segundos depois do momento apropriado, pelo que nunca ninguém se ria. Alguns anos mais tarde, foi encontrado espalmado como um boneco de plasticina de Vasco Granja, acabadinho de se atirar de um décimo quarto andar.
Conheci no secundário um gajo que provavelmente era a pessoa com mais sentido de humor do mundo, só que dizia sempre as piadas uns segundos depois do momento apropriado, pelo que nunca ninguém se ria. Alguns anos mais tarde, foi encontrado espalmado como um boneco de plasticina de Vasco Granja, acabadinho de se atirar de um décimo quarto andar.
Round 1
A semana está a correr bem a Sócrates. Primeiro foi a entrevista na RTP feita pela dócil Judite de Sousa. E ontem foi o primeiro debate, contra o duro Paulo Portas.
Já ouvi várias opiniões diferentes, mas a minha é que Sócrates ganhou claramente o debate.
Passo a explicar.
Portas entrou no debate para jogar para o zero a zero. Está numa posição complicada: precisa de se afirmar e ganhar votos, mas não quer alienar/atacar demasiado quer Sócrates quer Ferreira Leite. Por uma razão muito simples: está à espera de ser ele o fiel da balança, o partido que vai ajudar alguém a, através de uma coligação pós-eleitoral, assegurar estabilidade no poder. O problema é que, como no futebol, quem entra para empatar normalmente perde. E foi isso que aconteceu.
Sócrates vinha bravo, e ao ataque. Bem preparado por um batalhão de assessores, spin doctors e especialistas em marketing, baseou a sua estratégia em dois elementos que se repetiram ao longo do debate: enumerar medidas que tomou e comparar com a situação que havia quando Portas esteve no Governo. Tipo "hoje em dia 500 mil portugueses andam de skate, no seu tempo eram 12".
Isto meteu o Portas na defensiva, que passou o debate todo obrigado a responder a ataques, em vez de passar o tempo a atacar.
No fim, Portas lamentou-se que Sócrates acha mais importante debater o passado longínquo do que o que fez e não fez. Tem razão, é claro. Mas ficou a clara ideia de um Paulo Bento a chorar por causa do árbitro, o que mostra que Portas perdeu.
Infelizmente, apesar de não ser surpresa, o debate centrou-se apenas em ataques, com cada um a tentar mostrar que o outro é péssimo. Propostas para o futuro, medidas, nicles.
Vi um Sócrates renascido. Ainda à porta, quando lhe perguntaram o que esperava do debate com o "líder da Direita", deu o primeiro soco, respondendo que "não sei se isso é delicado para com a Dra. Manuela Ferreira Leite". Entrada a pés juntos direito ao menisco.
Depois de quatro anos ultra-liberais, agora centra tudo em mostrar-se de esquerda e encostar Ferreira Leite bem à direita (e as tiradas da senhora sobre a sacrossanta família também contribuem para isso).
Nos últimos tempos, creio que Sócrates ganhou novo fôlego. O marketing está a funcionar. Aparece como o gajo dinâmico, activo, da esperança, fazendo de Ferreira Leite a velhada, cansada, que transpira pessimismo por todos os poros. A verdade é que muito boa gente está a ir nesta cantiga e, na minha opinião, isso mostra que Sócrates está à frente.
Tal como Pinho depois dos corninhos, agora é bestial, e toda a gente se esqueceu da merda que Sócrates anda a fazer há quatro anos e meio.
Nada como um banho de marketing para enganar um povo que, realmente, quer ser enganado.
A semana está a correr bem a Sócrates. Primeiro foi a entrevista na RTP feita pela dócil Judite de Sousa. E ontem foi o primeiro debate, contra o duro Paulo Portas.
Já ouvi várias opiniões diferentes, mas a minha é que Sócrates ganhou claramente o debate.
Passo a explicar.
Portas entrou no debate para jogar para o zero a zero. Está numa posição complicada: precisa de se afirmar e ganhar votos, mas não quer alienar/atacar demasiado quer Sócrates quer Ferreira Leite. Por uma razão muito simples: está à espera de ser ele o fiel da balança, o partido que vai ajudar alguém a, através de uma coligação pós-eleitoral, assegurar estabilidade no poder. O problema é que, como no futebol, quem entra para empatar normalmente perde. E foi isso que aconteceu.
Sócrates vinha bravo, e ao ataque. Bem preparado por um batalhão de assessores, spin doctors e especialistas em marketing, baseou a sua estratégia em dois elementos que se repetiram ao longo do debate: enumerar medidas que tomou e comparar com a situação que havia quando Portas esteve no Governo. Tipo "hoje em dia 500 mil portugueses andam de skate, no seu tempo eram 12".
Isto meteu o Portas na defensiva, que passou o debate todo obrigado a responder a ataques, em vez de passar o tempo a atacar.
No fim, Portas lamentou-se que Sócrates acha mais importante debater o passado longínquo do que o que fez e não fez. Tem razão, é claro. Mas ficou a clara ideia de um Paulo Bento a chorar por causa do árbitro, o que mostra que Portas perdeu.
Infelizmente, apesar de não ser surpresa, o debate centrou-se apenas em ataques, com cada um a tentar mostrar que o outro é péssimo. Propostas para o futuro, medidas, nicles.
Vi um Sócrates renascido. Ainda à porta, quando lhe perguntaram o que esperava do debate com o "líder da Direita", deu o primeiro soco, respondendo que "não sei se isso é delicado para com a Dra. Manuela Ferreira Leite". Entrada a pés juntos direito ao menisco.
Depois de quatro anos ultra-liberais, agora centra tudo em mostrar-se de esquerda e encostar Ferreira Leite bem à direita (e as tiradas da senhora sobre a sacrossanta família também contribuem para isso).
Nos últimos tempos, creio que Sócrates ganhou novo fôlego. O marketing está a funcionar. Aparece como o gajo dinâmico, activo, da esperança, fazendo de Ferreira Leite a velhada, cansada, que transpira pessimismo por todos os poros. A verdade é que muito boa gente está a ir nesta cantiga e, na minha opinião, isso mostra que Sócrates está à frente.
Tal como Pinho depois dos corninhos, agora é bestial, e toda a gente se esqueceu da merda que Sócrates anda a fazer há quatro anos e meio.
Nada como um banho de marketing para enganar um povo que, realmente, quer ser enganado.
Estupidismo
Hoje de manhã quando estava no chuveiro descobri uma solução para o problema do défice de produtividade: como em Portugal a produtividade é inversamente proporcional à qualidade das relações entre os funcionários, basta que as chefias espalhem cirurgicamente intrigas entre todos os elementos da sua equipa.
Hoje de manhã quando estava no chuveiro descobri uma solução para o problema do défice de produtividade: como em Portugal a produtividade é inversamente proporcional à qualidade das relações entre os funcionários, basta que as chefias espalhem cirurgicamente intrigas entre todos os elementos da sua equipa.
Racismo
Hoje de manhã no chuveiro ocorreu-me a solução para erradicar a pobreza no terceiro mundo: abertura total das fronteiras. Quando os europeus de pedigree ariano até à vigésima quarta geração já não conseguissem jogar golf porque todos os buracos estão tapados por barracas de nigerianos, não resta outra alternativa aos governos ocodentais senão injectar milhões de euros no desenvolvimento do terceiro mundo.
Hoje de manhã no chuveiro ocorreu-me a solução para erradicar a pobreza no terceiro mundo: abertura total das fronteiras. Quando os europeus de pedigree ariano até à vigésima quarta geração já não conseguissem jogar golf porque todos os buracos estão tapados por barracas de nigerianos, não resta outra alternativa aos governos ocodentais senão injectar milhões de euros no desenvolvimento do terceiro mundo.
terça-feira, 1 de setembro de 2009
Por uma questão de economia de recursos, apelo a que, em simultâneo com as eleições legislativas, se coloque em referendo a seguinte questão:
"Concorda que a expressão «pé-cochinho», por atentar contra a dignidade dos cidadãos portadores de deficiência locomotora num membro inferior, seja interditada nos debates parlamentares?"
"Concorda que a expressão «pé-cochinho», por atentar contra a dignidade dos cidadãos portadores de deficiência locomotora num membro inferior, seja interditada nos debates parlamentares?"
União de estupefacto
No expresso desta semana, o Miguel Sousa Tavares manifestou a sua revolta para com a nova lei da união de facto, por esta forçar pessoas a aceder a direitos (pensões de sobrevivência, etc.) que nunca pediram a ninguém, uma vez que decidiram livremente não contratualizar a sua relação afectiva. Eu compreendo a sua indignação. Se o Estado Português me desse, sem me consultar, e sem eu nunca lhe ter pedido, o direito a usufruir livremente de quaisquer funcionárias públicas com menos de trinta e cinco anos e sem bigode que eu quisesse, eu também ficaria francamente revoltado.
No expresso desta semana, o Miguel Sousa Tavares manifestou a sua revolta para com a nova lei da união de facto, por esta forçar pessoas a aceder a direitos (pensões de sobrevivência, etc.) que nunca pediram a ninguém, uma vez que decidiram livremente não contratualizar a sua relação afectiva. Eu compreendo a sua indignação. Se o Estado Português me desse, sem me consultar, e sem eu nunca lhe ter pedido, o direito a usufruir livremente de quaisquer funcionárias públicas com menos de trinta e cinco anos e sem bigode que eu quisesse, eu também ficaria francamente revoltado.
Inquietação
Não me consigo decidir sobre qual a melhor maneira de conseguir escapar do meu emprego de burocrata de 1000€: arriscar um franchising dos Ornatos Violeta (como fizeram com razoável sucesso os "2008" e os "Dr. Estranho Amor") ou, se pelo contrário, optar pela alternativa com menor risco, abrindo um restaurante de rodízio de comida salpicada com coisas um pouco nojentas - como macacos do nariz, cera dos ouvidos e o cotão que fica preso nos pêlos do cu- para pessoas um pouco esquisitas, tudo à discrição por apenas doze euros e cinquenta.
Não me consigo decidir sobre qual a melhor maneira de conseguir escapar do meu emprego de burocrata de 1000€: arriscar um franchising dos Ornatos Violeta (como fizeram com razoável sucesso os "2008" e os "Dr. Estranho Amor") ou, se pelo contrário, optar pela alternativa com menor risco, abrindo um restaurante de rodízio de comida salpicada com coisas um pouco nojentas - como macacos do nariz, cera dos ouvidos e o cotão que fica preso nos pêlos do cu- para pessoas um pouco esquisitas, tudo à discrição por apenas doze euros e cinquenta.
Pequenos prazeres
Das coisas que mais me dão mais prazer na vida é pressentir que alguém está com pressa para levantar dinheiro no único multibanco que existe no raio de 15 Km e ir, calmamente, tecla a tecla, introduzindo as referências das cinco contas que tenho para pagar, como se fosse a primeira vez na vida que estivesse a mexer naquela coisa esquisita e simpática que nos cospe dinheiro.
Das coisas que mais me dão mais prazer na vida é pressentir que alguém está com pressa para levantar dinheiro no único multibanco que existe no raio de 15 Km e ir, calmamente, tecla a tecla, introduzindo as referências das cinco contas que tenho para pagar, como se fosse a primeira vez na vida que estivesse a mexer naquela coisa esquisita e simpática que nos cospe dinheiro.
Sócio Por 1 Dia...
Há colhões de anos - o colhão essa imensa unidade temporal - que não ia à bola. E nunca havera ido ao novo Estádio da Luz.
Foi preciso o mui estimado Little Bastard ter que ficar a trabalhar na mina de níquel que faz a Lusa Pátria avançar, para que tivesse ido assisir a um daqueles eventos que só acontecem de setenta em setenta e tal anos, um cometa ou outra merda assim.
Nada como uma bifana, mais de meio litro de cerveja em copo de plástico na rúlóte e uma cabazada daquelas à moda antiga para deixar um gajo feliz.
Isso e os apertos de mão e as palmadas nas costas dos sócios que são sócios, un scom bigode, outros não.
Little Bastard, mui vos agradeço... e as suas 16 (dezasseis) jolas o aguardam.
Há colhões de anos - o colhão essa imensa unidade temporal - que não ia à bola. E nunca havera ido ao novo Estádio da Luz.
Foi preciso o mui estimado Little Bastard ter que ficar a trabalhar na mina de níquel que faz a Lusa Pátria avançar, para que tivesse ido assisir a um daqueles eventos que só acontecem de setenta em setenta e tal anos, um cometa ou outra merda assim.
Nada como uma bifana, mais de meio litro de cerveja em copo de plástico na rúlóte e uma cabazada daquelas à moda antiga para deixar um gajo feliz.
Isso e os apertos de mão e as palmadas nas costas dos sócios que são sócios, un scom bigode, outros não.
Little Bastard, mui vos agradeço... e as suas 16 (dezasseis) jolas o aguardam.
Elogio à América- Parte II
Sempre gostei muito do sentido de humor dos americanos: "Nos anos 60 o Museu de Ciência de Chicago, que é um lugar muito respeitado, tinha montado uma exposição. O tema era uma aldeia vietnamita, à roda da qual se encontravam espingardas e era suposto que as crianças viessem brincar, pegando-lhes e disparando contra a aldeia." Tenho pena que hoje em dia a ditadura do politicamente correcto não permita que num qualquer respeitável museu americano se envolva a pequenada num delicioso jogo interactivo para ver quem arranca mais cabeças, braços e pernas de civis iraquianos com granadinhas de brincar.
Sempre gostei muito do sentido de humor dos americanos: "Nos anos 60 o Museu de Ciência de Chicago, que é um lugar muito respeitado, tinha montado uma exposição. O tema era uma aldeia vietnamita, à roda da qual se encontravam espingardas e era suposto que as crianças viessem brincar, pegando-lhes e disparando contra a aldeia." Tenho pena que hoje em dia a ditadura do politicamente correcto não permita que num qualquer respeitável museu americano se envolva a pequenada num delicioso jogo interactivo para ver quem arranca mais cabeças, braços e pernas de civis iraquianos com granadinhas de brincar.
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