terça-feira, 18 de maio de 2010
Algumas considerações sobre o Sr. Silva
O Sr. Silva disse ontem que a questão do casamento homossexual não era prioritária no actual contexto de crise. Por isso, no auge da crise, fez uma comunicação solene ao país em horário nobre para se pronunciar sobre o casamento homossexual.
O Sr. Silva é contra o casamento homossexual. Por isso, promulgou a lei a favor do casamento homossexual.
Eu acho que o Sr. Silva é um bocado idiota. Por isso, não vou votar Manuel Alegre.
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6 comentários:
Hã?
Continua a tentar.
Aliás, se o voto útil é assim tão importante, talvez devesse ter votado no PS nas últimas eleições, não?
É um bom argumento, que me fez um pouco mudar a minha posição. Sempre fui contra o voto útil, pelo que, por uma questão de coerência, não devo agora apelar ao contrário. Estando já de facto espartilhado o espaço político à esquerda, não faz sentido que quem se reveja mais na candidatura do Nobre ou na do PCP, venha agora sacrificar as suas convicções por causa do voto útil. O que tenho pena é que previamente a essa dispersão de candidaturas não tenha sido criada uma única candidatura de esquerda (fosse a de Alegre ou de qualquer outro) que simbolizasse uma real plataforma de convergência política entre a ala esquerda do PS, PCP, BE e independentes de esquerda à volta de determinadas ideias programáticas (reforço do estado social, defesa dos serviços públicos, combate às desigualdades, combate à evasão fiscal, recusa da austeridade assimétrica, etc.), de modo a que este voto não exigisse a exclusão de nenhuma convicção, uma vez que todas as sensibilidades de esquerda estariam incluídas nesse voto.
continua a mandar postais
"O que tenho pena é que previamente a essa dispersão de candidaturas não tenha sido criada uma única candidatura de esquerda (fosse a de Alegre ou de qualquer outro) que simbolizasse uma real plataforma de convergência política entre a ala esquerda do PS, PCP, BE e independentes de esquerda à volta de determinadas ideias programáticas (reforço do estado social, defesa dos serviços públicos, combate às desigualdades, combate à evasão fiscal, recusa da austeridade assimétrica, etc.), de modo a que este voto não exigisse a exclusão de nenhuma convicção, uma vez que todas as sensibilidades de esquerda estariam incluídas nesse voto." Não podia estar mais de acordo. E lamento muito que o modo como foi construída a candidatura do Manuel Alegre tenha inviabilizado esta plataforma de esquerda.
Ele terá todo o direito de se candidatar sem andar a bater à porta de todas as capelinhas de esquerda. Mas eu também tenho todo o direito de não votar nele. Se voto ou não, logo se verá.
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