Tudo normal.
O que vimos em campo, o que já vinha de trás, enfim, resultou neste desfecho. Normal, previsível e justo.
Começando pelo jogo, para deixar o resumo do Mundial para outro post.
Entrámos com uma equipa defensiva e uma mentalidade também defensiva. Creio que Queiroz assumiu que não tinha condições para lutar de igual para igual com a Espanha, e provavelmente teve razão. O treinador montou uma estratégia, que funcionou dentro do esperado: defender em bloco, tentar controlar o poderio da Espanha e contra-atacar, esperando também que um acidente qualquer pudesse acontecer. E até podia ter acontecido. O problema é que há graus de estratégia. Há graus de cagufa e de calculismo. Até porque toda a gente sabia, e confirmou-se, que se a Espanha marcasse primeiro o jogo acabava. No papel estava tudo certo dentro dessa estratégia, até mesmo tirar o único avançado e meter o Danny, que no treino anterior não conseguia sequer correr. Mas levámos o golo, e acabou-se.
Esse é o problema de Queiroz, tem ideias e não se sabe libertar delas. Não sabe reagir, não sabe inspirar. É um mister de régua e esquadro, e não temos equipa para, só com isso, irmos longe.
A Espanha foi melhor, claramente. Individualmente, e sobretudo como equipa, é muito melhor que nós.
Nós temos um superjogador, alguns muito bons, muitos razoáveis e alguns bastante fracos (Duda e Ricardo Costa, por exemplo). Não chegou.
O árbitro deu uma mãozinha à Espanha, mas não foi por isso que saímos.
Fomos até onde fazia sentido irmos. Com sorte podíamos ter ido mais longe, mas esta saída, nos oitavos de final e contra a Espanha, é lógica.
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