Foi com muita, muita pena que soube do fim oficial dos Da Weasel.
Para mim são, apenas, a melhor banda portuguesa a surgir nos anos 90, juntamente com os Ornatos e, a alguma distância os Clã, de quem não gosto especialmente mas que são muito bons no que fazem.
A primeira vez que os vi ao vivo foi em 1998, numa Queima das Fitas, em Coimbra. Asseguraram a primeira parte de um mítico e muito aguardado concerto dos Violent Femmes, num pavilhão quente e a abarrotar de gente. Estava lá para ouvir os VF, pelo que confesso que não prestei muita atenção à Doninha. Na memória ficou-me um som bastante mau e um puto multado magrinho, de cabeça rapada, a rapar furiosamente.
Voltei a vê-los várias vezes, e os Da Weasel, em palco, foram sempre, sempre bons.
Tenho todos os seus discos, e continuo a revisitá-los. Para mim são uma das poucas bandas portuguesas que conseguiu, de facto, misturar estilos e ser sempre competente, estimulante, e cool. O meu disco preferido é o "Podes fugir mas não te podes esconder", que inclui a música abaixo, "Mata-me de novo". Serviu-me de banda sonora, há muitos anos atrás, a uma fase difícil mas muito interessante na minha vida.
Todos os membros da banda são tipos realmente talentosos, e acredito que muitos deles voltarão a fazer boa música, e não necessariamente nos subgrupos que têm actualmente. E eu vou estar atento.
Mas tenho muita pena.
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
3 comentários:
Grande banda, com grande som e boas letras, mas que vinha a ficar comercial demais.
Tenho muita pena que tenham acabado.
Para mim, o 3.º Capítulo é uma referência. A qualidade das músicas variava muito dentro de cada álbum: eles faziam uns singles bem merdosos e comercialóides para financiar músicas muito boas, que suponho ser o que queriam mesmo fazer. Não posso censurá-los por terem de comer, embora acabem mais associados aos hits mais chamativos e superficiais do que a outras grandes músicas que faziam.
O último álbum, Escárnio e maldizer fazia muito alarido (orquesta e o camandro) para o conteúdo que tinha. O penúltimo, Re-definições, em termos de letras estava muito forte mesmo. Álbum fraco mesmo, para mim, só o "Introdução a uma vida banal", mas rapidamente perceberam que por ali não iam longe e o seguinte já foi excelente (acho que foi o Podes Fugir).
Para mim o 3º capítulo também é o melhor álbum deles, mas gostei muito do "Manual". Já o último passou-me ao lado.
Tenho amigos que não gostavam do Virgul, mas para mim era o que dava um lado cool, melodioso e ragga, que os distanciava do Hip-hop do qual não sou apreciador.
Já as letras do puto Pac eram na sua maioria muito boas.
Enviar um comentário