segunda-feira, 31 de outubro de 2005

Esse tal de Álouin

Hoje é a noite desse tal de Áloiun, como me dizem os jornais do dia. Máscaras, bruxas, velinhas, vampiros e abóboras, que na vertente portuguesa seriam cabaças, mas são menos sexys(?!).
Há várias coisas que me irritam no Álouin, mas isso até acontece com a maior parte das coisas.
Irrita-me que seja mais um sinal da americanização deste cantinho alegremente ignorado pelo nosso Senhor; irrita-me o fenómeno comercial “para escoar parte do stock que restou do Carnaval”; irrita-me a atitude dos Media à volta desta palhaçada, porque dá notícia (?) fácil e barata, sem pensar muito e sem chatear muita gente (só a mim e a uns quantos lúcidos alcoolizados); mas, sobretudo, irritam-me os gajos que “brincam ao Álouin”.
Sim, porque esta é a forma correcta de classificar o comportamento da malta que, logo à noite, vai invadir o Bairro Alto vestido de Drácula ou merdas afins. Gajos adultos vão “brincar ao Álouin”, vestidos com a farpelita janota que andam a guardar desde que decidiram ir à noite a Sintra fazer um ritual satânico mas que depois não foram porque se acagaçaram (ou porque foram apresentados a esse conceito revolucionário chamado “ridículo”).
O ritual do Álouin são os putos a irem de porta em porta a pedir doces, o que é a maneira americana de fazer o nosso saloio “Pão por Deus”. É uma cena de putos orquestrada pelo lobby americano da higiene dentária.
Irritam-me sobretudo os góticos, que aproveitam esta noite e as sextas-feira 13 para darem largas ao seu fetiche paneleiro de bebedores de sangue e de comedores pelo cu.
Ok, vocês gostam de sangue, e de morte e do Patrácula. Então matem-se! Já! Depressinha, que eu não tenho a noite toda!
Agora, por favor, não se armem ao alternativo com a fatiota da loja dos chineses e não saiam à rua vestidos de gótico à hora marcada, decidida lá pelo Tio Samuel.
Há quem diga que não passa de uma desculpa para fazer uma festa e ir para os copos, o que eu até compreendo. Mas para isso há sempre os jogos da bola em que os lagartos levam na anilha (todos, pelos vistos); os concursos de miss Portugal; o festival da Eurovisão; os Jogos sem Fronteiras; o Carnaval de Ovar; quando um amigalhaço recebeu uma encomenda da boa e quer partilhar com uma malta selecta; ou o simples desejo de mamar copos até cair para o lado, o que qualquer bom atónito faz pelo menos duas vezes por semana.
O Álouin não é cool, é uma bosta. É uma bosta malcheirosa cheia de moscas.
Vão mas é beber uns bagaços, vestidos ainda com a roupa do trabalho, e deixem-se de merdas.

quinta-feira, 27 de outubro de 2005

Piada de baixo nível pela qual o autor se penitencia

De uma forma ou de outra, o futuro de Mário Soares a curto/médio prazo acabará na urna.
Dúvida de irmão

Aí galera! Quiria sabé, né, si praticá capoeira apanho a cena aí dus resfriado dus bichu com penas, tá ligado?

quarta-feira, 26 de outubro de 2005

O rei na barriga

"É pena que nenhum deles tenha formação política. Infelizmente, há uma certa tendência para desvalorizar o cargo de mandatário para a juventude" - Joana Amaral Dias, falando sobre os mandatários para a juventude de Manuel Alegre, Pacman, e de Cavaco Silva, Kátia Guerreiro.

terça-feira, 25 de outubro de 2005

Sou só eu......

.....ou este é uma merda de nome para uma empresa?!
Pedido de Esclarecimento

Se me fizerem um bico, corro o risco de apanhar a gripe das aves?

sexta-feira, 21 de outubro de 2005

Dumbo de imitação

José Rodrigues dos Santos, o saltarico jornalista da RTP, acaba de lançar o seu último livro, com o original título de "O Codex 632".
Espera-se ansiosamente pelas novas aventuras literárias deste grande escritor, como os prometidos "O Codex 632 Descodificado" e "Anjos e Diabretes 91210".
Ditadura absoluta

Multiplicam-se nos últimos dias os indícios de que, caso o Tribunal Constitucional não permita fazer em breve o referendo ao aborto, o PS se prepara para alterar a lei sem consultar os portugueses.
É óbvio que a lei tem de ser alterada, e que a criminalização do aborto é um resquício do poder feudal que a santa madre igreja ainda tem neste país. Mas há formas diferentes de fazer as coisas, e há sobretudo uma coisa chamada democracia.
Se já é discutível se é ou não altura para um novo referendo (eu acho que é), parece-me inadmissível que uma decisão resultante de um referendo seja alterada sem uma nova consulta ao povo.
A maioria absoluta tem limites, e mesmo que se argumente que os fins justificam os meios (o que é defensável), uma decisão deste tipo seria, pura e simplesmente, o fim de um instrumento chamado referendo, seja sobre o que for.
É neste ponto que deve estar a discussão, em termos institucionais.
Já percebemos que os referendos não servem para nada, a não ser para que o povo diga sim àquilo que o partido no poder defende.
Talvez estejamos próximos da formalização da morte dos referendos, o que, em abstracto, é assustador.
No plano concreto, é apenas a oficialização de uma evidência, já que a coexistência de consultas populares com esta sistema de partidocracia corrupta e amiguista é, no mínimo, esquizofrénica.
Bullshit

E pronto, já está. O Cavaco já avançou. Depois de tanto tabu, de tanta merdice, o seu anúncio acabou por ser um segredo de Polichinelo, com o media a entrarem na dança e a fazerem manchetes como “Cavaco avança dia 20”!. Tanta merda para isto.
Cavaco arrasava nas sondagens enquanto estava calado. Com o fim do pseudo-tabu, estão criadas as condições para que o terror do bolo-rei se enterre.
O seu discurso foi, como seria de esperar, uma mão cheia de nada. Meia dúzia de lugares comuns, muito marketing, muita parra e pouca uva.
Falando, mesmo que naturalmente não dizendo nada de relevante, Cavaco vai perder alguma da vantagem que tem agora, uma vez passado o impacto inicial do anúncio formal da candidatura.
Ainda assim, vai ganhar as eleições, dando aos portugueses finalmente a figura salazarenta de que se sentem órfãos.

PS – Absolutamente ridícula, a figura das televisões na cobertura do anúncio de Cavaco. Desde os especiais filmando a porta por onde ele ia entrar até ao já clássico da estupidez que é acompanhar o seu carro de mota.
Amigo não empata amigo

Os doutos deputados da nossa AR discutiram e chegaram à conclusão de que não há nenhum problema no facto de o deputado e dirigente socialista António Vitorino representar, enquanto advogado, a GALP, que por acaso é uma empresa de capitais públicos.
Pronto, então está bem. Se esta questão é colocada, discutida na “casa da democracia” e votada pelos deputados, então tudo foi feito para assegurar a legalidade da actividade do pequeno senhor.
Só um pormenor: a decisão acerca da legalidade contou apenas com os votos favoráveis da bancada socialista.

O Hipnótico Inspector Rôla e o Homicídio à Hora Certa

Praga, República Checa. Seis e pouco da tarde. Apesar de estar um frio cortante, como a lâmina de uma daquelas facas que até cortam pregos e solas de sapato, este final de tarde Outonal está bastante aprazivél.

Nada como estar bem agasalhado enquanto tomo uma bela Krusovice e como uma sandocha na esplanada ao lado da loja da Mango e defronte à saída da estção de metro de Mustek, junto à Venceslau. A Krusovice é sem dúvida alguma uma das melhores cervejas do mundo, se bem que esta que me foi servida trazia “brinde”, uma jangada à deriva com refugiados cubanos boiava na minha cerveja. “A cavalo dado não se olha o dente”. Sorvo de um só gole os nove cubanos e a sua jangada feita de bidons de diesel e paus de gelado da Olá. Gosto dos cubanos, são simpáticos e saborosos.

Regresso a Portugal, via Praga depois de ter estado ao serviço da EUROPOL, no caso do sequestro do Tampo de Sanita do 811 do Hotel Kiev em Bratislava. Infelizmente e apesar dos meus melhores esforços, o Tampo de Sanita foi encontrado morto na margem esquerda do Danúbio e o resgate que havia sido pago não foi recuperado. Um milhão de WC Patos. Dos azuis.

Confesso-me desiludido com o desfecho deste caso, uma serie de sequestros que tem assolado toda a Europa nos últimos cinco anos, que começou com o sequestro do Suporte de Toalha de Banho do 307 do Sheraton de Munique, tendo eu me envolvido neste caso de crime internacional aquando do rapto da Saboneteira do 416 do Hotel Algarve na Praia da Rocha ocorrido há dois anos atrás.

Termino a cerveja e preparo-me para pedir outra. Sete horas da noite. Dois tiros ecoam no ar. A multidão de regresso a casa depois de mais um dia trabalho, detêm o seu passo apressado. Alguns agentes da Policie dirigem-se numa correria desenfreada em direcção à Praça Velha, a Staromestka Namesti que se situa ali perto. Sigo-os.

Qual gazela salto por cima do mendigo sem pernas, mais hábil que um juiz num bar de alterne em Bragança evito as prostitutas baixas, gordas e desdentadas que assediam os trauseuntes e mais à frente recolho dois ou três flyers das strip joints locais: “isto merece ser investigado!”. Chego à Praça Velha, hordas de turistas nipónicos, germânicos e americanos encontram-se em estado de choque em virtude do crime hediondo que acabaram de presenciar.

Batiam as sete da tarde e como costume dos últimos secúlos, à passagem da hora certa os apóstolos surgiram em procissão no Relógio Astronómico da Staromestka, mas desta vez algo se passou, em vez de os apóstolos recolherem pacatamente ao interior das engrenagens do relógio, à passagem de Judas Iscariótes, que seguia no meio da procissão, o grupo estancou a passada cercando Judas e após uma breve troca de insultos e provocações, precipitou-se sobre este e espancou-o violentamente. Não obstante o facto de Judas já se encontrar inanimado no chão, estes ainda continuaram a agredí-lo com pontapés, muitos dos quais na cabeça.

Ainda não contentes com o sucedido Pedro e João, aparentemente os lideres do grupo decidem lançar o corpo já cadáver de Judas sobre a multidão que assistia a tudo estupefacta. Judas caiu sobre a testa de uma turista japonesa tendo-lhe aberto um sobrolho. A turista desmaiou e Judas resvalou para dentro de uma sarjeta e foi arrastado para as águas frias do Moldava, nunca tendo o seu corpo sido encontrado.

A turba assassina rapidamente dispersou e barricou-se dentro das rodas e rodinhas da engrenagem do relógio.

Dispersada a multidão e montado um perimetro de segurança, que obrigou ao encerramento da Staromestka, foram chamadas as forças especiais checas e iniciadas as negociações tendo em vista a rendição do grupo.

Pelas nove da noite o grupo de apóstolos assassinos fazem as suas exigências, anunciando de que estas não forem cumpridas se suicidarão e farão explodir o relógio ex-libris da cidade através da detonação de vários isqueiros descartáveis e caixas de fósforos que foram recolhendo ao longo dos últimos anos.

“Lista de exigências dos apóstolos:

- 6 pizzas familiares: cinco pizzas quatro estações e uma com anchovas e alcaparras;
- 2 grades de Budweiser, da checa e não da americana;
- 3 garrafas de Schnaps de pessêgo;
- 1 caixa de Panasorbe;
- 2 strippers para um show lésbico;
- 1 Swatch “Manoel de Oliveira”;
- e 1 autocarro de uma empresa de transportes de Viana do Castelo para os levar para destino desconhecido.”

A polícia checa acede às exigências do grupo. O autocarro parte de Viana às duas da manhã. O Swatch “Manoel de Oliveira” é que torna a situação mais complicada, deverá demorar cerca de 9 anos a chegar, mais ano menos ano.

Ofereço-me para intervir, ao que as autoridades checas anuem.

Subo por um escadote em direcção relógio com as duas strippers às costas e a caixa de Panasorbe no bolso da gabardine. Os comes e bebes ainda vão demorar mais um pouco.

Entro por uma das portinholas do mostrador do relógio, passo por uma roda dentada grande e por outras mais pequenas. Uma das strippers fica com um dos mamilos entalados entre duas das rodas dentadas e fica para trás, a outra perde-se no escuro e é comida por uma ratazana. A caixa de Panasorbe aterrorizada, salta do meu bolso e foge.

Pouco depois dou por mim cercado pelos apóstolos armados com palitos, pedaços de papel higiénico e um persevativo usado, estou em clara desvantagem. Onze para um.

Tento entabular conversa com eles num aramaíco bastante razoável – obrigado Mel Gibson – mas Lucas espicaça-me com um palito, obrigando-me a repensar a estratégia. Decido passar à ofensiva e dar uma de árbitro arguido no caso do “Apito Dourado”, saco das cartolinas amarela e vermelha que trago sempre comigo e dou vermelho directo a Pedro e a João por entrada dura e desnecessária sobre Judas e vermelho directo a Lucas por tentativa de agressão sobre a minha pessoa.

Oito para um. Duplo amarelo para Paulo e Mateus por contestarem as minhas decisões.

Seis para um. Tomé nem quer acreditar. Cinco apóstolos expulsos, a barricada tem que terminar. Cabisbaixos os apóstolos entregam-se às autoridades. "Haverá lugar a sumaríssimos?"

Esta tamanha tragédia aconteceu porque Judas que tinha sido o escolhido para as compras semanais no supermercado trouxe iogurtes naturais açucarados em vez dos sem açucar e como toda a gente sabe Tiago é diabético, e amante de Pedro. E de João. E de Paulo, Mateus, Lucas e dos outros todos. Excepto Tomé. Tomé nem acredita!

A noite já vai longa, tenho avião para Lisboa de manhã cedo.

Jogo a mão ao bolso para tirar o maço de tabaco, com ele vem um flyer de uma espelunca de strip. “Isto merece ser investigado.”

Casos anteriores resolvidos:
01 - O Massacre dos 7 Pães de Kilo
02 - Homicídio na A5
03 - Os Desenxabidos Neo-Nazis
04 - A Génese
05 - Burro nas Couves

quinta-feira, 20 de outubro de 2005

A (strange) kind of magic

David Copperfield, o Luis de Matos norte-americano, promete mais uma vez revolucionar o mundo da magia, com um truque que fará esquecer todos os truques.
O senhor promete, nada mais nada menos, engravidar uma rapariga num dos seus próximos espectáculos, sem lhe tocar!
Este truque, introduz no mundo do ilusionismo um conceito que se poderia chamar de “o oposto de bom”, já que é exactamente o contrário do que todo o macho anseia: chafurdar à vontade sem ter um puto nove meses depois.
Got Milk?

Alguém me explica a diferença entre isto e uma noitada em Santos?....

terça-feira, 18 de outubro de 2005

Geração Perdida III

Excerto de uma conversa electrónica, com os nomes devidamente alterados para proteger a identidade e reputação dos intervenientes.

T8 diz:
tenho dois contos começados e uma ideia para um romance futurista que me reclama a atenção
freud diz:
huuummmmm.....
freud diz:
fatos justos de lycra...
T8 diz:
hum?!
freud diz:
não era por aí....?
T8 diz:
anúncios da triumph
freud diz:
pára *****, a secretária está a levantar
T8 diz:
eheheheh
T8 diz:
são bem bons, os cabrões dos anúncios
freud diz:
deliciosos
T8 diz:
só falta o dentuça. porque uma delas é papuça
Geração Perdida II

Excerto de uma conversa electrónica, com os nomes devidamente alterados para proteger a identidade e reputação dos intervenientes.

T8 diz:
food for the mind
freud diz:
ácidos? ganza?
freud diz:
never mind the food!
freud diz:
mind the beer
freud diz:
and, afterwards, mind da gap
T8 diz:
documentários, bons livros, boa onda
freud diz:
sim, não há ´ganza
freud diz:
senão era menu completo
T8 diz:
eu tenho
freud diz:
eu tb tive
freud diz:
m tempos idos
freud diz:
mas lá em casa poucoi dura
T8 diz:
bons tempos
T8 diz:
evapora
freud diz:
rebentei com 20 euros numa semana
freud diz:
esfuma-se
freud diz:
eu esfumo
tu esfumas

ele esfuma
freud diz:
e às vezes tens a aparelhagem com o som perfeito e não tens nada a n ser wiskey.. e não é a mesma coisa..
freud diz:
e aí só me apetece chorar, chorar a bandeiras despegadas
T8 diz:
não é a mesma coisa
T8 diz:
antes não ter leite que não ter ganza
freud diz:
antes não ter um braço
freud diz:
raramente necessito de dois braços a n ser para enrolar
Geração Perdida

Excerto de uma conversa electrónica, com os nomes devidamente alterados para proteger a identidade e reputação dos intervenientes.

T8 diz:
logo se vê
T8 diz:
tenho é que voltar a criar
freud diz:
e eu tenho que voltar a procriar
T8 diz:
só tenho criado raízes e teias de aranha
T8 diz:
ehehehahaharrahahaharhahaqhaharh
freud diz:
entretanto vou vendo umas coisas
freud diz:
tb nem tenho pgado na máquina fotográfica
freud diz:
tenho batido outras coisas que não chapas
T8 diz:
eheheheheheheheh
freud diz:
ri-te ri-te...
freud diz:
pensava eu que esse tempo tinha passado...
T8 diz:
esse tempo nunca passa
freud diz:
que era uma distante recordação
freud diz:
ah ah ah ah hhaa
freud diz:
nem sei se ria se chore
T8 diz:
nunca devemos cortar definitivamente com o bilhar de bolso
freud diz:
os bons hábitos nunca se perdem
freud diz:
no fundo é como andar de bicicleta, nunca esqueces
T8 diz:
é mais como encher um pneu de bicicleta, é dar à bomba


E prontes....
Peso-Mosca

A miserável figura de Morais Sarmento empurra o normal cidadão para um imperativo desprezo.

Estranho é que, de tempos a tempos, Morais faça questão de relembrar a justeza e os propósitos de salubridade inerentes ao asco que lhe temos.

Desta feita, em entrevista ao Diário Económico, brindou-nos o antigo ministro com as seguintes tiradas sobre Mário Soares:

- “Do dr. Mário Soares não espero nada, nem acho que seja correcto perguntar como é que ele vê o país nos próximos dez anos por respeito pela idade que tem”;

- “Todos devemos querer o bem do dr. Mário Soares. E que a sua longevidade seja muita. Mas enfim... é estranha esta contenda... acho que é uma maldade”.

Perante esta (mais esta) afronta à dignidade humana, pergunto se não sobra a Morais Sarmento um único amigo boxeur que lhe recorde a sova exemplar que um dia levou nas páginas do DN?

segunda-feira, 17 de outubro de 2005

O Que É Que Ainda Falta Acontecer...

...ao Seporténgue?

Perder em casa por falta de comparência???

sexta-feira, 14 de outubro de 2005

Tá-se mesmo a ver que vou levar nas orelhas

Onde quer que se encontre a Joana, deve estar despedaçada com toda esta situação.

quinta-feira, 13 de outubro de 2005

Foi Um Vince Te Avias

'Dasse... é sempre a mesma coisa promessas, promessas e mais promessas... Foi um aí Jesus que vem aí o fim do mundo, vem aí o furacão, ou "furcão" como diria Pedro Bicudo o correspondente da RTP nos Estados Unidos...

...qual furacão qual quê, mas é que somos tão ruiins, mas tão ruins que nem as calamidades querem nada connosco.

E ainda estamos nós preocupados com a gripe das aves? Para quê??? Os espanhois é que se tem que preocupar, que eles lá é que tem atentados à bomba, espanhois, os filmes do Joselito, uma gastronomia merdosa, um café que mete nojo, o Cesário Borga e até tornados.

Nós por cá tudo bem, até tá solinho e tudo.

terça-feira, 11 de outubro de 2005

McDonalds 1, Google 0

Banda Larga
Banda Larga atinge 50% dos lares em 2010

Bunda Larga
Excesso de peso atinge 51% dos lares portugueses
Fórmula 1

Acho Portugal um país particularmente propenso à Fórmula 1. Nem sequer estou a falar do nacional conducionismo. Há imensos Nikki Laudas por cá. Por exemplo, o Armando Gama. Tal qual o ex-campeão, faz anos que ninguém lhe vê as orelhas.

segunda-feira, 10 de outubro de 2005

O Rescaldo Eleitoral...

...visto sentado ao balcão da tasca mais ranhosa do bairro, a beber imperiais e a comer tremoços.

Lisboa:
- Carmona ganhou porque não é o Carrilho e muito menos o Santana Lopes;
- Carrilho perdeu porque pouco mais é do que o gajo que anda a comer a Bárbara Guimarães;
- Sá Fernandes perdeu porque a Ana Drago não tem nem o rabo nem as mamas da Bárbara Guimarães;
- Mª José Nogueira Pinto perdeu por não tem nem o rabinho nem as maminhas da Ana Drago e ser do CDS/PP também ajuda.

Porto:
- Rio ganhou porque não é o Chico Assis;
- Chico Assis perdeu porque é o Chico Assis e saco de pancada em Felgueiras.

Gondomar:
- O Sô Major ganhou porque os frigorificos que ofereceu em 2001 eram de boa qualidade e até hoje apenas um se avariou, sendo precisamente o da única pessoa que votou PSD em Gondomar nestas eleições.

Oeiras:
- Isaltino ganhou porque tem um sobrinho na Suiça.

Felgueiras:
- A Fátinha ganhou porque se não ganhasse era o Armagedão.

Amarante:
- O Avelino fodeu-se.

Marco de Canavezes:
- O Avelino fodeu-se outra vez.

Sintra:
- Seara ganhou porque não é filho Mário Soares;
- João Soares perdeu porque é filho Mário Soares.

Faro:
- O Zé Apolinário ganhou porque deu-se um milagre, mas "adonde é que já se viu um filhe de Olhão a mandar em Fáre, mósse déb?"
- O Zé Vitorino perdeu porque é doido;
- A pedra de calçada perdeu porque não se candidatou.

Portimão:
- O Manél da Luz ganhou porque é do PS, e o PS ganha sempre em Portimão. Se o candidato do PS à Câmara de Portimão fosse o Zézé Camarinha ou uma lata de conservas de sardinha em molho de tomate também ganhava.
De mal a pior

Depois de saber os resultados das eleições o Vince desistiu de passar por cá. "Não perco tempo com coisas já destruídas" disse categoricamente.

Entretanto, George W depois de saber da decisão de Vince, decidiu convidar Avelino Ferreira Torres para Mayor de New Orleans.

domingo, 9 de outubro de 2005

E que tal manteres-te em Silence?!

David Fonseca, o ex-silencioso quatro, acaba de lançar o seu último álbum, chamado "Our hearts will beat as one".
Como os anteriores, espera-se que seja uma "piece of shit".
Gelar a penca

O alpinista João Garcia anunciou o regresso aos Himalaias. Presume-se que vá em busca do nariz que lá deixou há três anos.
É fartar vilanagem!

ISALTINO!!!! ISALTINO!!!!

FÁTIMA!!!! FÁTIMA!!!!

VALENTIM!!! VALENTIM!!!

Às vezes apetece-me descer do pedestal e ser como o povinho!

P.S: Tou tão triste pelo senhor Avelino!

sábado, 8 de outubro de 2005

A obscenidade

Em época de eleições, que como a dos incêndio este ano dura mais tempo, Portugal entrou definitivamente em modo esquizofrénico.
As autárquicas transformaram o país num esterco cujo fedor perturba os campos magnéticos.
E não estou a falar dos Isaltinos, dos Valentins, dos Avelinos e das Felgueiras, todos eles filhos pródigos deste sistema político, que não apenas abre espaço à corrupção mas incentiva-a, sendo ela a única forma de se fazer política e chegar aos lugares de cima. Mas este não é o principal problema. Isso é acessório, e até agradeço que sejam os corruptos que são e até que ganhem as suas eleições, para demonstrar que, obviamente, o crime compensa. Compensa porque, na política portuguesa, as carreiras são através dele construídas, e não de abnegação e filantropia.
Choca-me mais o que está oculto, porque ninguém no seu perfeito juízo pode acreditar que não haja muitos mais casos de corrupção política, sobretudo no fertil viveiro autárquico.
Mas a verdadeira obscenidade está em todo o lado. Vejo e ouço os relatos jornalísticos sobre a campanha autárquica: os candidatos, de todos os partidos, percorrem o país num louco frenesim; visitam mercados, escolas, hospitais, jardins, praças, avenidas, zonas pobres.
Em todas as visitas falam ao povo, os seus eleitores, como se lidassem com atrasados mentais (o que em muitos casos é verdade), prometendo uma solução para cada cantinho, um polícia em cada esquina, passeios limpos em cada rua, um jardim em cada bairro. Tudo é gravíssimo e tudo precisa de solução, desde as grandes obras à mudança de lâmpadas. E tudo isto se promete, em troca de um voto, com transacções de brindes pelo meio, desde os clássicos autocolantes e isqueiros até aos mais originais chouriços e robots de cozinha.
Esta é a verdadeira esquizofrenia. A compra dos votos, as promessas que, dois dias depois das eleições, estão esquecidas (mentira, as promessas são esquecidas no momento em que o candidato parte para outra visita, em que fará mais 500 promessas).
E depois, durante quatro anos, os políticos cagam e mijam em cima do povo, o mesmo povo que os aplaude nas ruas em troca de um avental de plástico e da ilusão de que eles, quem quer que sejam, se preocupam.
Eles prometem obras e cumprem beijinhos. Sabem que mentem, nos sabemos que eles mentem, toda a gente sabe que eles mentem. Mas o circo não pára.
Fátima Felgueiras?! Deixem-me rir, que ao menos para isso serve.
Não deixemos que este e outros folclores nos distraiam da verdadeira farsa.
Chega de obscenidade. Ou será que ainda não?......

segunda-feira, 3 de outubro de 2005

Quem Arrota...

...quer pichota, abre o cú que eu vou de mota!!!

"P. Ferreira-Sporting, 3-0: Peseiro foi de Mota"

Nada mais apropriado para o tal do Peseiro, que andou a arrotar postas de pescadas de elevado calibre nos últimos dias, tais como de que tinha crédito e de que tinha condições para continuar e ainda de que gostou da segunda parte do Sepórtengue d'ontem... será que foi só por terem sofrido apenas um golinho na segunda parte?

Ao tal do Peseiro, o Prémio Kumba Ialá... e é já!!!
Crédito Malparado

(escrito logo a seguir ao Sporting/Halmstads, pelo que pode estar um pouco desactualizado....ihihihihihi....)

Bom, vou tentar escrever isto sem me rir.
Melhor do que a espectacular derrota do Sporting, em plena casa de banho, com uma equipa que conseguiu não descer na competitiva primeira divisão sueca, só o facto de essa derrota se seguir a uma frase que se arrisca a ficar na história: O técnico dos lagartos disse na ocasião que tem "mais crédito do que débito no Sporting" uma vez que quase ganhou a taça UEFA (foi finalista vencido em casa) e quase ganhou a Liga portuguesa (terminou em terceiro lugar, atrás de Benfica e FC Porto).
É por isso que, confesso, me deu bastante gozo ver a lagartagem levar na bilha. Porque, de há dois anos para cá, assumiu uns ares de arrogância como se fossem a melhor equipa do mundo, quando na verdade é preciso bem mais do que dar uns toques na bola para se fazer uma equipa.
É o efeito danoninho: faltou-lhes um bocadinho assim! Quase ganhavam a liga, quase ganhavam a uefa, quase entravam na liga dos campeões, quase seguiam para a fase de grupos da uefa, quase ganhavam um bocadinho de humildade, apropriada a uma equipa que não vê um troféu há bastante tempo.
As grandes equipas vêm-se na diferença entre esse quase e o facto de efectivamente ganharem. O Porto de Mourinho esteve prestes a perder a final da Uefa contra o Celtic, mas ganhou porque era uma grande equipa. O Benfica perdeu em Manchester porque ainda não é uma grande equipa, também lhe faltou um bocadinho assim. Mas, no Glorioso, ninguém com pelo menos meio cérebro (o que à partida exclui o Veiga e o Vieira) tem a arrogância do Senhor Peseiro, ou acha que os adversários são meros detalhes na caminhada triunfal do seu clube.
Peseiro ainda tem crédito, diz ele. Eu até concordo, e aplaudo. É como as máquinas de carros nas salas de jogos. A gente chega à rasca ao check-point, mas passa, restando-nos depois 3 segundos para chegar ao próximo controlo, longecomócaraças. Ainda tem créditos, mas não vai longe.
Peseiro, mais uma vez te faltou um bocadinho assim…….