sábado, 27 de setembro de 2003

Hoje acordei...

... na corda bomba. A corda estendia-se pelo infinito, olhava para trás, não via o princípio, olhava para a frente, não via o fim. Não sabia a que altura estava, mas o facto de ter visto um Boeing 747 a passar e conseguir ver os passageiros, incrédulos, a olhar para mim, dizia-me que estava relativamente alto. Lá estava eu, petrificado pela situação, segurando a vara que, ao contrário do que é suposto, estava a contribuir para o meu desiquilíbrio, as gotas de suor escorriam-me pelo corpo, estava indeciso entre acabar com a minha angústia rapidamente, deixando-me cair no vazio, ou adiar esse momento tentando caminhar pela corda até, provavelmente, nunca chegar a lado nenhum. Decidi arriscar, melindrosamente lá dei o primeiro passo, foi como se o estômago subisse até à boca, a corda balançava mas decide dar mais um... e mais um... e mais um. Foi então que, para minha completa estupefacção, vi alguém a caminhar para mim, passo a passo, em sentido contrário...

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