quarta-feira, 29 de julho de 2009

Não, não, agora a sério...


terça-feira, 28 de julho de 2009

Wrong number

Consta que Sócrates tentou convidar a Joana Amaral Dias mas ela mandou-o cagar à mata. Eu estou solidário com o nosso primeiro. Também já a convidei para tomar um copo e levei com o Fernando Rosas com a boina de lavrador do Luis Fazenda.
Fuck!
O derby da Capital

O cenário estava montado. No relvado da Sic e da Sic Notícias, Grupo Desportivo António Costa e Santana Lopes Futebol Clube defrontaram-se num derby largamente aguardado.
Ao contrário das expectativas dos adeptos, o embate começou morno, com ambas as equipas estudando-se mutuamente. António Costa no seu registo ortodoxo, um 4-5-1 catenaccio, mais preocupado em não sofrer golos. Do outro lado, o 3-5-2, por vezes 0-0-10 de Santana Lopes, no seu estilo ofensivo e caótico. Costa procurou controlar o meio campo, abusando dos trincos e do jogo destrutivo. Na linha, Helena Roseta exemplificava os exercícios de aquecimento, enquanto Sá Fernandes engraxava as botas de Costa. Santana, só, atacava pelos flancos e, quando era apanhado em contrapé, utilizava o anti-jogo, basicamente atirando-se para o chão e esperando que o árbitro marcasse falta, o que aconteceu a maior parte das vezes. Costa apostava no contra-ataque, mas atacou sempre com poucos elementos e sem arriscar na ofensiva. Santana ainda tentou o chuveirinho no final, mas as torres caril iam dando conta do recado.
No fim, um jogo que começou demasiado táctico e acabou quezilento, com pouco futebol para mostrar.
Resultado: 0-0.
Ganhou a abstenção (ou os outros candidatos, sim, eles existem).
O Infantado

Tanta conversa não sei para quê. Como podem acreditar que o Sócrates tentou sondar a Joana Amaral Dias? Toda a gente conhece as suas preferências.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

O PS é constituído por gente muito muito superior













Dúvida: alguém recebeu dinheiro para conceber aquele slogan?

(Mais bem retratado aqui)

quarta-feira, 22 de julho de 2009

As maravilhas do xunga (online)

Kowalski diz:
boas
ora cá vai disto
http://cinema.sapo.pt/magazine/noticia/steven-seagal-e-jean-claude-van-damme-aos-murros-em-anuncio

Jorge Olino diz:
é demasiado kung-fu junto

Kowalski diz:
mto à frente

Jorge Olino diz:
steven seagal, jean clau van damme E EUROPE?
estou a entrar em overdrive

Kowalski diz:
o que podia ser melhor?
só mandar a ana malhoa lá para a molhada

Jorge Olino diz:
eu só metia um pouco mais de dolf lundgren
e aí seria perfeito

Kowalski diz:
sim, com uma espada

Jorge Olino diz:
e já agora, uns relâmpagos

Kowalski diz:
com a lâmina quente, tipo lava
era do best

Jorge Olino diz:
bom, assim sendo metia também na banda sonora Manowar, e o Christopher Lambert armado em imortal à espadalhada com o Dolf
seria apoteótico

Kowalski diz:
era um orgasmo visual e auditivo
e a samantha fox a fugir aos gritinhos?
com t-shirt molhada?

Jorge Olino diz:
ok, parece-me que temos um script vencedor
hollywood, série Z, aí vamos nós

Kowalski diz:
eu já lá estou, meu amigo
O efeito Mantorras

Se há jogador de quem eu gosto é de Mantorras, o Profeta.
Pode ser a cheerleader mais cara do planeta, mas ver aquele preto entrar em campo, cheio de fome de mostrar que ainda quer ser alguém, comove-me e enche-me de ganas de vê-lo conseguir.
Gostava que houvesse um efeito Mantorras na minha vida. Passo a explicar.
Estás numa fila de trânsito e estás atrasado para algo importante. É uma situação de difícil resolução. Para todos, claro está, mas não para o Mantorras. Essa é uma situação que merece um "Eh, pá, isto só lá vai com o Mantorras".
O teu chefe exige-te uma tarefa monstruosa e impossível de realizar. "Mete o Mantorras", e tá feito.
A vida dá-te a volta, e parece que tudo foi por água abaixo. Pensa no preto, o Profeta, o órfão das ruas de Luanda. Pensa em tudo o que poderia ter sido se tivesse duas pernas. E pensa no que, agora, acabado, ainda é quando entra em campo, felino, morto por agarrar na bola e balançar as redes.
O Mantorras é a ponta de ilusão, de estúpida fé, de solução quando não há soluções.

Nas nossas vidas, deixem jogar o Mantorras.
O fim do blackout

Termina aqui oficialmente o meu blackout futebolístico.
Começou e durou enquanto forma de proteger o meu pobre coração de mais uma série de desilusões, que já se anunciavam a meio da época passada.
Mas agora chega.
Fiz-me sócio e comprei bilhete de época. Não há volta a dar-lhe. Está na hora de deixar de me fingir desinteressado e blasé. Sou maluco pelo Glorioso, portanto vamos a isso. Todas as frustrações, todas as esperanças esmagadas pelo destino. Caguei. Está na hora de realmente vibrar com aquilo.
Vou finalmente poder dizer, com todo o direito, "Corram, cabrões! Eu pago-vos o ordenado". Agora é a sério. Não mais cu sentado no sofá e cagar sentenças como se fosse o Mourinho. Agora vou para lá, para o meio de milhares de sofredores.
Que sa foda.
Não o faço agora por ter mais esperanças de sucesso nesta temporada. Nisso, o tempo ensinou-me a ser niilista. Mas adoro aquele clube, e se tiver que sofrer in loco, so be it.
Hoje fui lá e levámos na anilha. Roubados e tal, mas perdemos. Tal como na anterior visita, em que perdemos 1-0 com o Bitória de Guimarães. Talvez haja aqui um padrão, mas espero que não.
Mas hoje vi um estádio cheio, e vi futebol como há muito a equipa não mostrava.
Um adepto benfiquista está, infelizmente, habituado a perder. Para mim já me basta ver entrega, fio de jogo, os toques do Aimar e as nozadas do Di Maria.

Bring it on.

domingo, 19 de julho de 2009



Se o Ian Curtis tivesse sido uma pessoa feliz




sábado, 18 de julho de 2009

That joke isn't funny anymore

Quando toda a pressão de mais uma semana na mina te faz acordar com O Medo, e uma dor de cabeça monstra te atira para uma crise de nervos.
Quando choras pela primeira vez à frente da mulher que amas e que pensava que tu nunca choravas e que serias sempre tu o forte, para o que der e vier.
Quando percebes que o que fazes é merda, e que ficarás louco a fazê-lo porque não és capaz, pura e simplesmente, de ignorar o facto de que é merda (se não o visses seria tudo tão mais fácil, quase risível).
Quando és o único do teu bairro a viver de cigarros e Eels e Silver Jews, e o Verão está lá fora.
Quando o Euromilhões sai finalmente a um tuga, e tu sabes que não foste tu porque não te sentes rico, e só vais confirmar o boletim uma semana depois, para que pelo menos uma pequena parte de ti viva na estúpida esperança de que o gajo que manda nisto tenha decidido finalmente recompensar-te por seres um gajo porreiro. (E quem te disse isso, que és um gajo porreiro?)

O que fazes quando o show deixou definitivamente de ter piada?

quinta-feira, 16 de julho de 2009

A cara de pau

Lá veio o Alberto João vomitar o habitual chorrilho de disparates, e a imprensa do contenente lá se meteu a fazer barulho, basicamente porque é Verão, não há notícias, já ninguém liga à gripe, não cai um avião há pelo menos três dias e a pré-época do Benfica não chega para tudo. E porque, admitamos, é fácil encher noticiários e debates com o Alberto João.
No meio da poia que lhe saiu da boca, o imperador da Madeira disse que queria colocar na constituição a proibição do comunismo, à semelhança da proibição de organizações fascistas.
Não vou sequer comentar isto. É um bocado como o Malato e os anúncios a pensos higiénicos. Não vale a pena. Eles existem e temos de continuar com a nossa vida. É tudo.
Queria falar do comentário do Aguiar Branco (who?), o vice-presidente do PSD. Perante as críticas de toda a gente, a imprensa quis saber o que pensava o senhor das palavras de Alberto João. E o que disse ele? Que não é oportuno dizer se concorda se se deve ou não abolir o comunismo, proibir a sua existência. Não é oportuno porquê? Porque na próxima legislatura haverá revisão constitucional, e aí se conhecerão as propostas do PSD para a mudança da Constituição. Pois. Exacto. Ele conseguiu, de facto, utilizar o argumento mais chato e burocrata possível. Não pode comentar porque não é oportuno. Quando for altura de rever a Constituição, ele então vai ligar a parte do cérebro destinada a esta matéria e, aí sim, dizer o que pensa. Espectáculo.
É claro que nem ele nem o PSD subscrevem as palavras de Alberto João sobre o comunismo. O PSD é um partido que agrupa interesses económicos, não ideológicos, portanto está-se francamente cagando. Só que hoje não o podia dizer, porque isso seria contrariar o único bastião laranja relevante que o PSD ainda tem. É política, da pura e dura. É por isso que é um mau princípio este argumento burocrata num caso destes. Sobretudo para um partido que enche a boca com o slogan "Política de Verdade". Bom, pelo menos a primeira parte do slogan está correcta.

terça-feira, 7 de julho de 2009

O Grande Manjar

E rebentou a bronca. Ardeu o circo. Soltou-se a franga.
Essas coisas.
Aconteceram cenas maradas.
E se é normal que aconteçam cenas maradas a quem bebe meio litro de aguardente e fuma 5 ganzas seguidas, como muitos dos frequentadores e todos os colaboradores deste tasco, a coisa muda de figura quando as cenas maradas acontecem com a nossa classe política.
Ah poisé.
O Sócrates decidiu que quem é candidato a uma Câmara Municipal não pode ser candidato à Assembleia. Assim acaba-se com os meninos e meninas que se candidatam às autárquicas, não ganham e ficam apenas vereadores, e dão corda aos sapatos e se instalam no parlamento lisboeta. Isto para não falar daqueles, esses sim políticos tugas no verdadeiro sentido da palavra, que acumulam as duas coisas (mais o emprego no escritório de advogado).
O escândalo!
O horror!
O pavor!
Como é possível?!
Pois.
A nação socialista está em choque. Elisa Ferreira e Ana Gomes estão indignadas. Paulo Pedroso - que se antecipou e já disse que só queria as autárquicas - é o bom escoteiro e diz que a direcção do partido é espectacular. Manuel Alegre, o bardo rebelde, cada vez se enrola mais em beijos na boca ao Sócrates e diz que este fez muito bem, e ataca a Ferreira e a Gomes (esta última a maior fraude política dos últimos anos, cheia de frontalidade e independência a atacar os outros, mas fica molhada só de pensar na disciplina partidária).
Está o caldo entornado no PS.
A medida é boa, claro. Só que agora soa a eleitoralismo, mas por mim já estou por tudo, desde que façam algo bem tanto me faz por que raio o fazem.
E vi há bocado um debate na televisão, em que dois comentadores liberalinhos choravam esta medida.
O argumento? Que assim, as autarquias vão ficar mal-servidas, porque as grandes figuras políticas a nível nacional não vão arriscar candidatar-se às câmaras com medo de, depois, não se poderem baldar para um lugar no parlamento ou no governo.
Não passa pela cabeça destes senhores que tipos que fazem isso estão já a servir mal as autarquias. Que apenas as tratam como um trampolim político, um estágio bem remunerado, que traem à primeira oportunidade.
Esta classe política acha-se de facto, a escolhida. Uma elite fabulosa de poucas centenas de tugas entre os 10 milhões que moram neste cabrão deste quadrado. Os únicos que nos podem salvar, a nós, do destino cruel da pobreza e da iliteracia civilizacional. Só eles servem. Os mesmos. Para o governo, para o parlamento, para a europa, para as autarquias. É por isso que têm de repetir, acumular, papar tudo. Não lhes passa pela cabeça que, se calhar, as câmaras e os seus cidadãos possam ficar mais bem servidos por pessoas locais, se calhar sem grande carreira política, mas que estão genuinamente preocupadas com o bem-estar das populações. Mais bem-servidos do que por meras figuras decorativas que se estão apenas a auto-promover e a enganar o turista.
E para esses senhores que não podem correr o risco de se candidatarem para, se não ganharem, serem meros vereadores, uma singela mensagem: Vão mas é trabalhar malandros.
Fodido são os milhões de portugueses que se matam a trabalhar por 500 euros por mês, e vos pagam os salários. A política é demasiado sacrifício? Perdem muito dinheiro com isso? É fácil: não se candidatem. Fiquem pelo privado a engordar a conta bancária. Vão para a puta que vos pariu. Ah, pois, mas se não fizerem carreira política depois não conseguem fazer tão bem as vossas trafulhices, ganhar conhecimentos por baixo da mesa, e assim não conseguem ganhar tanto dinheiro, né? Pois, a vida é lixada.
Esta gente trata Portugal como um imenso manjar do qual eles vão escolhendo os pratos. Todos os pratos. E querem comer o deles, o nosso, e ainda que a gente os sirva.
E no fim agradeça.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Uma mão-cheia de nada

A campanha para as autárquicas já está nas ruas, através dos cartazes que poluem esta cidade que todos os políticos candidatos juram amar. Passando de carro – sim, ando de carro e de mota e por isso sou um dos gajos que, para o António Costa, sou inimigo de Lisboa - vi os novos cartazes do actual presidente da CML. Gostei particularmente dos slogans. Fui à net e vi que, afinal, há 3 diferentes. Quer dizer, são iguais à excepção de uma frasesinha: num diz-se “Casa Arrumada, Cumprimos”, noutro diz “Pôr a Câmara a Funcionar, Cumprimos” e o terceiro diz “Preparar o Futuro, Cumprimos”.
Eu não sei se ele cumpriu ou não. O que sei é que se o que ele tem para mostrar são estas generalidades e banalidades, corre o sério risco de levar na anilha do Santana.
Que eu tenha visto, António Costa só fez uma coisa que interferiu comigo: decidiu pintar faixas bus novas em toda a cidade, o que é espectacular porque estas estão sempre vazias, conseguindo assim lixar ainda mais o trânsito de todas as outras faixas (a Rua do Ouro é o exemplo perfeito disto).
O senhor até terá feito mais coisas. Não as vejo, mas acredito que as tenha feito. Agora, ninguém me tira da cabeça que meter como trunfo eleitoral “Arrumar a Casa”, algo que não diz nada a ninguém, indicia claramente que, em concreto, não fez grande coisa.
O perigo disto é que é entregar a CML de mão-beijada ao Santana, e este decidir começar a esburacar tudo e a fazer túneis, e lá temos mais 5 anos de obras inúteis na cidade, enquanto os prédios não param de cair e ninguém tenta resolver os problemas reais da cidade (habitação e o seu custo).
Não é a primeira vez que o PS subestima o Santana. Das outras vezes deu-se mal.
Pinho Jackson

Ambos desapareceram de cena recentemente, ambos tinham a mania que eram Bad e ambos, de repente, se tornaram na melhor coisa que o mundo alguma vez viu.
De repente, toda a gente gosta do Michael Jackson. Génio, Imperador da Pop, etc. Isto apesar de andar toda a gente há 15 anos a gozar com o homem.
E agora, o Pinho. O Senhor dos Cornos.
Isto é uma coisa muito portuguesa, portuguesinha, de bajular os mortos depois de lhes baterem em vida.
Note-se que o Pinho até ganhou popularidade com os chifres. Foi como o Marinho Pinto com a Manuela, o tipo passou-se e todos os portugueses se reviram no gajo que, de repente, perde a noção e caga para a etiqueta. O que não percebo é a carrada de elogios que lhe andam a fazer, com o argumento de que o gesto diabólico não deve ofuscar a análise ao seu mandato. Concordo inteiramente. Discordo é da avaliação positiva que muita malta anda a fazer do senhor. O meu problema com ele não é ser um alarve e um desastrado politicamente. Prefiro isto aos políticos perfeitinhos como os Antónios Costas, os Sócrates e os Passos Coelhos desta vida. Estes não têm gaffes, mas não são melhores por causa disso.
No que toca a Pinho, o problema foi que só se lembrou que era ministro da Economia quando o circo pegou fogo. E aí lá foi ele, sim senhor, de extintor na mão a tentar salvar as Qimondas e o Bordalos, e os respectivos postos de trabalho. O que este senhor não se pode esquecer foi que, em grande parte, estas e outras empresas pegaram fogo porque o Governo do senhor Pinho passou três anos a asfixiar a economia portuguesa. Era o Governo das Finanças, do Défice, e não da Economia. É por isso que esta crise só vem agudizar a que já cá estava, antes do subprime dar barraca.
É injusto que Pinho saia por causa dos chifres, sim senhor. Já devia ter saído.
E é injusto que os chifres façam passar a ideia de que, no que realmente interessa, o senhor foi exemplar.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Bollywood Snack


O caril é dá-lhes a volta ao miolo!