quinta-feira, 28 de dezembro de 2006

Auto-conhecimento

Um tipo sabe que é um bocado cromo quando, ao deparar-se com uma rapariga chamada Hulva, em vez de se lembrar de genitália feminina, lembra-se de um episódio do Seinfeld.


Para os descrentes, a Hulva trabalha nas caixas do supermercado do Corte Inglés.

Boas Festas o caneco

Não fossem as constantes e sempre urgentes viagens ao wc, explicava-vos o temporário problema de saúde de que padeço.

terça-feira, 26 de dezembro de 2006

Fuck Christmas, I've Got The Blues


James Brown 1933-2006

p.s. Titulo solenemente surrupiado ao 2º album do Legendário Homem-Tigre

domingo, 24 de dezembro de 2006

É de bom tom engolir

Estou com uma puta de uma dor de dentes que me "obrigou" a, desde o acordar, bochechar um quarto de uma garrafa de aguardente.
Estou pronto para a consoada.

sábado, 23 de dezembro de 2006

Podia estar a chover

E o Natal continua a bombar. O Natal tem algumas coisas fixes, como as dezenas de jantares de Natal das empresas em que toda a gente se embebeda. A única diferença é que para nós, atónitos, é mais ou menos a noite do costume, enquanto para os outros é das poucas bubas do ano.
Adiante.
Daqui a 24 horas estarei em casa de um familiar, a levar com uma seca descomunal e a tentar não agredir ou ser abertamente hostil para com pessoas que, na verdade, desprezo. Faço-o pela minha mãe, e pelo meu lugarzinho no céu, mas foda-se, é uma merda.
Tenho duas prendas para comprar, amanhã, dia 24. Tenho andado a fingir que há sérias hipóteses de essas prendas me aparecerem cá em casa, embrulhadas e tudo, mas até agora nicles.
O Natal não é fácil, excepto para as crianças felizes.
Resta-nos enfrentar estes dias, com este fabuloso sol de Outono que torna Lisboa estupidamente bela. Puxar a gola para cima e enfrentar a vida. Temos tempo para pensar um pouco, e às vezes não pensamos nas coisas mais felizes. Mas há que levantar a cabeça e seguir em frente. Acreditar não que tudo vai correr bem, mas esperar que sim e continuar a tentar. É-me mais fácil ser estóico quando está frio e Lisboa tem este sol que leva às lágrimas.
Bom natal para todos.
Um forte abraço do pequeno bastardo.

quarta-feira, 20 de dezembro de 2006

Mouraria :: Aluga-se


Escadinhas na Mouraria


Vista do Miradouro da Graça


Vista da Senhora da Graça

Procuro pessoa para dividir casa na Mouraria, para residência ou para atelier.

A casa é um T3+1 está em muito boas condições (o prédio foi recuperado há cerca de 3 anos) e fica numas muito tipicas escadinhas na Mouraria.

Tem dois quartos com janela para a rua, mais um interior.

A cozinha está equipada, casa de banho de boas dimensões.

Sala com um pequeno escritório.

Varanda com uma pequena arrecadação e vista sobre o Miradouro da Graça e a Senhora do Monte.

A casa fica entre o Martim Moniz e a Costa do Castelo. A 2 minutos do Teatro Taborda. A 5 da Baixa e da Graça e a 10 do Bairro Alto.

Transportes perto Martim Moniz, Praça da Figueira, Graça... autocarro, metro e eléctrico.

Água, luz e gás tudo em ordem.

Possibilidade de alugar um ou dois dos quartos... a combinar.

Possibilidade de entrar já em Janeiro.

Obrigado

.mais info > mail: idle.consultant@gmail.com
Post (mortem)

O meu contributo para o blog tem sido menos do que isto.

terça-feira, 19 de dezembro de 2006

AGORA QUE O VODKA SE TORNOU NA SECÇÃO DE CLASSIFICADOS

Vende-se:




















Fígado semi-novo, experimentado nas mais duras provas conhecidas pelo homem, tendo resistido, quase inteiro, a tudo. Habituado a situações extremas, é um fígado amante de desportos radicais. Se és aventureiro, este é o fígado para ti! Não hesites!

Tem algumas vistas interessantes. Senão vejamos.

Como esta, bastante frequente:




Ou esta, que nos aquece a alma só de a contemplar:














Ou ainda esta:

















Também se aceita permuta, por uma coisa destas:















Enfim, algo que permita ao seu dono continuar a apreciar belas vistas por muitos e longos anos:




Informações podem ser obtidas através do endereço electrónico vodka.atonito@gmail.com

A Gerência agradece.

PLUGS

O Rui Unas é um tipo que anda por aí há uma data de anos, assim como a Sida.
Desde tempos imemoriais, há três coisas certas acerca do Unas.

1 - É careca
2 - Todos os seus programas são patrocinados pelos chocolates Crunch.
3 - Não tem piada

Acontece que o mundo não pára de evoluir, todos nós estamos mais maduros e, vendo no outro dia um novo programa do Unas, percebi que nem tudo está igual:

O Unas já não é careca.

sexta-feira, 15 de dezembro de 2006

Às Vezes o Que é Demais Enjoa...

...e o que é de menos também.

O Benfica tem jogadores a mais...

e treinador a menos.
Curiosidades Cientificas



Maria José Morgado Agarra Apito



Nuno Melo Quer Agarrar Apito de Paulo Portas

terça-feira, 12 de dezembro de 2006

Quase... Quase...

O Pinochet finou-se...

O Parque de Campismo da Costa da Caparica ia sendo levado p'lo mar...

...quase perfeito, quase... quase...

segunda-feira, 11 de dezembro de 2006

Idle Consultant vs FTV (Fatelas, Trambolhos & Vacas)



Ainda a propósito da posta anterior, também este vosso escriba fez parte do "Copo Expedicionário" que se deslocou na malograda sexta-feira passada a esse local de culto que é o BBC, sigla esse que desconfio não querer significar Bar Belém Café, mas sim Bardajonas, Badalhocas & Coironas.

Partilho na sua maior parte da descrição e dos comentários ao "evento"... Já em relação à questão da "filha" do Néné, não posso estar de acordo... quer dizer também ainda não apanhei uma cardina de benzeno com 605 Forte... acho...

Os objectivos do "Copo Expedicionário" sairam completamente logrados:

01 - O BAR ABERTO não era lá muito aberto e o nosso elemento a quem foi confiada a dita pulserinha trazedoura de álcoois, não foi muito eficaz... um tal de Freud, diminutivo de Freuderico. De qualquer forma bebemos mais "à pala" de que muitos pseudo-vaipes.

02 - Não conseguimos ser detidos pela polícia, ser expulsos, espancados p'los seguranças, nem sequer um destaquezinho na capa do 24 Horas de Sábado, quanto mais o GRANDE OBJECTIVO... a capa ser toda nossa.

03 - Mesmo na eventualidade de o BAR ABERTO ser mesmo ABERTO, seria eventualmente dificil de secar o dito cujo, os vodkas tónicos, de vodka apenas um cheirinho tinha... era a dose infantil.

04 - Eu que não sou muito versado nestas coisas das revistas e programas de TV especializados no "glamúrre" estou desconfiado que o Mozer só tem um casaco de napa e usa-o em todas as festas a que vai.

05 - Chamar "música" aquilo que me estava a magoar as "zorelhas" devia de ser crime contra a Humanidade e os responsáveis abatidos com um tio na nuca no próprio local, sem apelo nem agravo.

06 - O resto há foi dito p'lo Little Bastard na sua posta anterior.

Em relação à moçoila, de seu nome Raquel Loureiro, que ilustra esta peça... duas silabas: mula, calmeirona, matulona e com um "granda" par delas. Esta moçoila pode muito bem ir mudar as lâmpadas da minha casa, que até tem um pé direito altinho e ela não precisava de se colocar em bicos de pés.

Duas e meia da manhã pusemo-nos alheta...

Incógnito.

Sábado.

Depois do fiasco da Sexta-feira, "Copo Expedicionário" que é "Copo Expedicionario" não desiste de uma boa peleja... e dirigiu-se a uma tal de festa, aonde a imperial era dois euros em copo de plástico... mas ninguém se queixou... porque sim esta era uma festa digna do "Copo Expedicionário"... tinha "música" e bastante bem frequentada.

Muito de salutar uma tal de T.T. que já fez um tal de C.C. e outras cousas na TV, no seu vestidinho a abanar o rabinho. Veredicto: Micro-Tesuda.

E assim sendo cá estamos.

Anúncio: Se quer ou vai organizar uma festa e teme que esta vai ser um fracasso, não hesite contacte o "Copo Expedicionário Consulting & Drinking" para o mail aqui da tasca, que teremos o maior prazer em transformar a sua festa num acontecimento inesquecivel.

sábado, 9 de dezembro de 2006

Little Bastard in Model's party

Tudo parecia tão simples que tinha de acabar por ser complicado. Uma amiga de um amigo de um amigo tinha arranjado seis entradas para uma festa no BBC, essa catedral que gostava-bué-de-ser-in-tamos-a-tentar-bué-mas-somos-parolos-e-não-tá-a-colar.
Uma festa é sempre bom, excepto se for uma com abraçoterapia ou uma convenção de amantes do fisting, mas esta tinha dois elementos que faziam toda a diferença: era uma "Festa de Modelos" e, sobretudo, tinha BAR ABERTO!
As perspectivas eram bastante óbvias: seis marmanjos com entrada à pala para uma festa com BAR ABERTO e cheia de modelos. Qualquer coisa abaixo de uma detenção com termo de identidade e residência seria uma desilusão.
Ora como os meus amiguinhos são tipos ambiciosos, a história do BAR ABERTO não era suficiente. Tinha de se começar com umas na Ginja, depois um jantar bem regado, depois uma aguardentezita marota na casa de outro amigo, e só então a festarola.
E prontos, lá chegamos, já quentinhos.
E a festa era um bocado para o merdosa. Pseudo-vips, modelos de trazer por casa, mais uns quantos marmanjos como nós que estavam lá para ver as gajas (nós ao menos estávamos tanto ou mais empenhados em secar o BAR ABERTO), música de merda.
Fogo de vista, muito. Cotas "has been" e pitas "wannabe", modelos que são modelos porque, enfim, são altas, só que levaram com uma porta na tromba, tipo Drulovic.
E, perante a falta de decisão dos meus companheiros, Little Bastard faz-se ao bar para tirar a limpo aquilo do BAR ABERTO.
Peço uma imperial a uma loiraça, uma das poucas realmente boas que por lá estava (Ver Disclaimer no final). Visto ser um teste, optei pela baratucha imperial, porque se tivesse a certeza iria direitinho para o viske. Ela dá-me a imperial e diz-me que são cinco heróis. Cinco! Five! Caralhos ma fodam!
Tirei a notita do bolso com ar cool e descontraído, enquanto dentro do meu corpo se dava um ataque cardíaco, três apoplexias e uma crise de rins. Eu, que aqui vos escrevo, paguei cinco euros por uma bjeca, sem direito sequer a um brochezito ou coisa assim da bargirl (mais, uma vez, ver Disclaimer no final do post). Foda-se.
Depois lá apareceram as pulseirinhas do BAR ABERTO, três para seis gajos, com os portadores do símbolo cor de rozinha a trazerem copázios de vodka para os outros. Apesar da boa vontade, aquela merda estava cheia, e o reabastecimento estava a correr mal.
Lá aguentámos mais uma horita, a ver as gajas a bailar.
Tudo lá para ser visto, a tentar desesperadamente ser visto. A filha/filho do Néné, com todos, excepto eu, dizendo que nunca comeriam uma coisa daquelas (pois, que nojo). Gajas à procura de guita, pobretanas a fingir ter guita, sem sucesso, cotas com guita mas sem força na verga. O costume.
Saída à má-fila, táxi, mija na porta de um Porsche. Incógnito.
Neste, estranhamente conseguia-se mexer os bracinhos e a música não estava nada de especial. Copos.
Táxi.
Casa.
Espetei o pé no carregador de telemóvel, fodi o pé e o carregador e já gastei dinheiro nos paquistaneses do centro comercial do lumiar ("se quer carregador original é mais caro").
Ressaca.
E foi assim A NOITE EM QUE PAGUEI 5 EUROS POR UMA IMPERIAL.

DISCLAIMER
Sendo um rapaz comprometido, quaisquer comentários acerca de eventuais fodas ou perspectivas de tal devem ser tomados como meros exercícios académicos.

quinta-feira, 7 de dezembro de 2006

I'm on a Highway to Hell

Hoje, no Jornal da Tarde da Sic, uma atleta portuguesa no Campeonato de Ténis de Mesa para Deficientes Intelectuais, dizia: "...estamos um pouco lentos e a bater mal a bola".
Concordo inteiramente.

domingo, 3 de dezembro de 2006

Trabalhas na Revista Atlântico? Fixe. Quando é que essa merda fecha?

Deambulando por essa net fora, dei comigo no blog da perigosa Revista Atlântico, a tal que só publica textos de gajos com três nomes (e se houver por lá um hifenzito melhor ainda).
E os tipos andam todos entretidos numas grandes discussões, pá. Coisas sérias, pá, terrorismo, economia, até escravatura. É claro que o elemento comum entre a malta escrevedora é a sua crença na superioridade moral do Ocidente (leia-se EUA), bem como o facto de vários deles terem filhos chamados Martim e Francisca. Ah, e são todos de direita, ia-me esquecendo de dizer este pormenor.
E foi então que dei comigo a pensar noutras coisas, como por exemplo por que raio os pseudo-intelectuais de direita (sim, não há só os outros) continuam alegremente a debater estas coisas, a tentar intervir, a defender os seus pontos de vista umbiguistas. A resposta mais evidente, e provavelmente a correcta, é que o fazem para satisfazer os seus gigantescos egos cultivados em colégios internos, mas isso não explica tudo. Também os esquerdalhos como nós têm o seu egozito, e nenhuma vergonha de o demonstrar, mas por alguma razão a malta faz-se à vida e caga.
E a coisa até é simples.
É mais fácil cagar postas de pescada quando temos empregadinhas para fazer tudo, quando a nossa preocupação é saber se já chegou a Portugal o novo modelo da BMW, quando nos debatemos mais com as alterações ao IRC do que com a manutenção do próprio emprego, ou a ter de escolher entre este e a nossa sanidade.
E o problema está, em grande parte, aqui.
Como ser de esquerda neste mundo? Como ser de esquerda e ainda assim trabalhar para comer, aturar o cabrão do patrão, ser mais uma vez enrabado pelos governantes (de esquerda, dizem eles)? Para alguns é fácil, deixam de tomar banho, arranjam uns cães e vão para o Chiado pedir dinheiro por atirarem umas merdas para o chão. Mas, e para os outros?
Os outros. Nós.
É fodido.
Nós desistimos.
A fraca produção do Vodka nos últimos tempos é disso sinal. Onde andam os grandes protestos, as farpas políticas, as sátiras venenosas? Ainda existem, mas morrem entre um e outro copo, que falar sempre dá menos trabalho que escrever.
Há quem diga que a esquerdice é uma doença que passa com a idade. Não concordo. Sou tanto de esquerda como sempre fui. Não mudei a minha forma de pensar, não passei a gostar do Cavaco e do Sócrates. Simplesmente estou cansado.
Cansado de ter de lutar por algo em que não acredito, para poder comer e não ter de andar a pedir nada a ninguém. Cansado de esta vida estúpida me esgotar sem me deixar consumar seja o que for.
Cansado de escrever em casa, sem expectativas de divulgação, de saber que as coisas estão mal mas cansado demais para deixar que isso me incomode verdadeiramente. Quanto a tua preocupação é saber se vais aguentar o emprego mais uma semana, se vais resistir a esbofetear o chefe, é difícil ter energia para dizer mal do Bush.
A revolta é a mesma, mas o cansaço é infinitamente maior. Daí as bubas, as drogas, as noitadas, as aventuras inconsequentes que buscam apenas que aconteça mais alguma coisa naquela noite, seja o que for. É para aí que vai a frustração, e graças a deus por tudo isso.
Eles ganharam. Nós continuaremos a beber.
Ao menos isso.