Little Bastard in Model's party
Tudo parecia tão simples que tinha de acabar por ser complicado. Uma amiga de um amigo de um amigo tinha arranjado seis entradas para uma festa no BBC, essa catedral que gostava-bué-de-ser-in-tamos-a-tentar-bué-mas-somos-parolos-e-não-tá-a-colar.
Uma festa é sempre bom, excepto se for uma com abraçoterapia ou uma convenção de amantes do fisting, mas esta tinha dois elementos que faziam toda a diferença: era uma "Festa de Modelos" e, sobretudo, tinha BAR ABERTO!
As perspectivas eram bastante óbvias: seis marmanjos com entrada à pala para uma festa com BAR ABERTO e cheia de modelos. Qualquer coisa abaixo de uma detenção com termo de identidade e residência seria uma desilusão.
Ora como os meus amiguinhos são tipos ambiciosos, a história do BAR ABERTO não era suficiente. Tinha de se começar com umas na Ginja, depois um jantar bem regado, depois uma aguardentezita marota na casa de outro amigo, e só então a festarola.
E prontos, lá chegamos, já quentinhos.
E a festa era um bocado para o merdosa. Pseudo-vips, modelos de trazer por casa, mais uns quantos marmanjos como nós que estavam lá para ver as gajas (nós ao menos estávamos tanto ou mais empenhados em secar o BAR ABERTO), música de merda.
Fogo de vista, muito. Cotas "has been" e pitas "wannabe", modelos que são modelos porque, enfim, são altas, só que levaram com uma porta na tromba, tipo Drulovic.
E, perante a falta de decisão dos meus companheiros, Little Bastard faz-se ao bar para tirar a limpo aquilo do BAR ABERTO.
Peço uma imperial a uma loiraça, uma das poucas realmente boas que por lá estava (Ver Disclaimer no final). Visto ser um teste, optei pela baratucha imperial, porque se tivesse a certeza iria direitinho para o viske. Ela dá-me a imperial e diz-me que são cinco heróis. Cinco! Five! Caralhos ma fodam!
Tirei a notita do bolso com ar cool e descontraído, enquanto dentro do meu corpo se dava um ataque cardíaco, três apoplexias e uma crise de rins. Eu, que aqui vos escrevo, paguei cinco euros por uma bjeca, sem direito sequer a um brochezito ou coisa assim da bargirl (mais, uma vez, ver Disclaimer no final do post). Foda-se.
Depois lá apareceram as pulseirinhas do BAR ABERTO, três para seis gajos, com os portadores do símbolo cor de rozinha a trazerem copázios de vodka para os outros. Apesar da boa vontade, aquela merda estava cheia, e o reabastecimento estava a correr mal.
Lá aguentámos mais uma horita, a ver as gajas a bailar.
Tudo lá para ser visto, a tentar desesperadamente ser visto. A filha/filho do Néné, com todos, excepto eu, dizendo que nunca comeriam uma coisa daquelas (pois, que nojo). Gajas à procura de guita, pobretanas a fingir ter guita, sem sucesso, cotas com guita mas sem força na verga. O costume.
Saída à má-fila, táxi, mija na porta de um Porsche. Incógnito.
Neste, estranhamente conseguia-se mexer os bracinhos e a música não estava nada de especial. Copos.
Táxi.
Casa.
Espetei o pé no carregador de telemóvel, fodi o pé e o carregador e já gastei dinheiro nos paquistaneses do centro comercial do lumiar ("se quer carregador original é mais caro").
Ressaca.
E foi assim A NOITE EM QUE PAGUEI 5 EUROS POR UMA IMPERIAL.
DISCLAIMER
Sendo um rapaz comprometido, quaisquer comentários acerca de eventuais fodas ou perspectivas de tal devem ser tomados como meros exercícios académicos.
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