domingo, 24 de maio de 2009

Quo Vadis, meu Benfica?

Por mau caminho, temo.
A época foi bastante má. Não me surpreendeu, mas com os jogadores que comprámos esperava-se um pouco mais. Com uma pontinha de sorte, em alguns jogos decisivos (aquela derrota em casa com o Guimarães, o roubo no Dragão, etc) podíamos ter ido um pouco mais longe, mas não seria muito justo. A sorte, normalmente, aparece a quem a merece. E nós merecemos ser castigados pelos erros que, mais uma vez, cometemos.

Em termos de jogadores, um pequeno resumo:

Moreira: a mostrar que está pronto para ser o número 1

Aimar: uma desilusão. Nos pormenores vê-se a classe, mas não entendo como não faz mais

Reyes: outra desilusão. Muito bom a atacar, é certo, mas um jogador tão caro não pode custar-nos os golos que ele nos custou, ao não tapar o flanco.

Cardozo: a confirmação de um grande goleador

Maxi: o melhor do Benfica durante toda a época (o que é significativo)

David Luiz: idem

Miguel Vítor: a grande revelação da nossa equipa, um jogador de grande futuro e um sinal, mais do que precioso, de que há coisas boas que podem sair da academia

Carlos Martins: um bluff

Balboa: não é preciso dizer grande coisa

Urreta: vontade de ver mais

Leo: alguém percebe por que raio saiu?

Mantorras: the very very best

E parece que o Quique vai embora. Cometeu muitos erros, deixou-me à beira da apoplexia muitas vezes, mas ainda assim acho que merecia nova oportunidade. Está na altura de quebrar o ciclo de mudar tudo. E, em época de crise, pagar cláusulas de indemnização parece-me estúpido. Quanto ao Jorge Jesus, gosto dele. Há muito tempo defendo um treinador português para o Benfica, a escolher entre Jesus, Cajuda, Carlos Brito ou até José Mota. O problema é que a questão não é o treinador. É o karma do clube, a falta de blindagem cá para fora, e a falta de uma cultura de exigência e rigor.

Em termos de plantel, vendia os seguintes: Luisão, Di Maria e Katsouranis

Recambiava: Reyes, Suazo, emprestava o Balboa e o Binya

Contratações: João Pereira, Néné, trazia de volta o Coentrão

E pouco mais.

Não acredito que a gente se levante. Por isso, a aposta seria manter o Quique, vender os que valem dinheiro, despachar os emprestados a peso de ouro. Comprar pouco e bem, de preferência no mercado doméstico, jogadores já adaptados. E assumir que não somos candidatos a nada, mas que estamos a tentar fazer um caminho.

Não se pode é dizer que se está a começar o caminho e mudar tudo à primeira contrariedade.

A Quique, uma palavra de apreço. Introduziu entre nós um estilo que faz falta. Pena é perceber pouco ou nada do futebol português.

Venha a próxima época.
Balanço de mais uma época triste

Aqui há uns meses entrei em blackout futebolístico, creio que quando o meu Glorioso foi eliminado da Taça pelo Leixões.
Agora, com um suspiro de alívio por este pesadelo ter finalmente acabado, posso finalmente, e de forma fria, analisar a temporada 2008/2009.
Como habitualmente, o Porto ganhou. E ganhou bem. É verdade que, como todos os campeões, quando a coisa tremeu e foi preciso, os árbitros colocaram a mãozinha por baixo. É verdade que o meu Benfica perdeu uma data de pontos por erros dos árbitros, e que o Sporting também foi roubado (mas muito menos que o Paulo Madalena Bento fez crer). Mas o Porto foi muito melhor, e isso viu-se sobretudo na Europa.
Em termos genéricos, algumas revelações: Hulk, Daniel Carriço, Miguel Vitor e Néné.
Melhor jogador do campeonato: Liedson, Néné, Raul Meireles, Lucho, Lisandro.
Confirmação da época: Rodriguez, esse grande pesetero.
Desilusão da época: Balboa, Rochemback, Aimar.

Tanto Sporting como Benfica desiludiram. No entanto, o Benfica fez o que eu esperava, o que faz habitualmente, enquanto o Sporting fez menos do que eu esperava, depois de ter mantido a base da equipa e feito contratações lógicas.

Para terminar, treinador do ano é para dividir entre Jorge Jesus e aquele rabeta do Nacional.
Such a perfect day

O que faz um dia realmente bem sucedido? Daqueles tranquilos e fixes quando tudo corre bem, não há chatices e que nos deixam com um contentamento pacífico que já fazia falta?

Eu tive um desses. E é óptimo. Deixo-vos aqui os condimentos que fizeram a alegria simples deste rapaz.

1 - Acordar depois da uma da tarde, tendo dormido de forma espectacular

2 - Almoçar um belo tachinho de arroz de polvo com picante, num restaurante ao lado de casa

3 - Acabar o livro que andava a ler

4 - Get some action

5 - Ver o Benfica, com direito a jantar com a miúda ao intervalo

6 - Ver o Benfica ganhar

7 - Ver o Benfica ganhar 3-1

8 - Ver o Benfica marcar 3 golos, e dos bons

9 - Ver o grande Mantorras marcar o último golo

10 - Fumar um fininho e ver o filme do Maradona

sábado, 23 de maio de 2009

Serviço Público


Eu não curto muito este senhor, mas depois de arrasar a atrasada da Manela subiu um bocado na minha consideração.
Lá vai o advogado da TVI entrar com mais um processo.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

O Macaco Nu

Há três picaretas inúteis no PS. Quer dizer, há mais, mas há três que me custa sustentar, dado o seu nível de fleuma xuxa e evidente parasitismo sobre o nosso querido país. Falo do espectacular triunvirato José Lello, Santos Silva e Vitalino Canas. Em comum têm o facto de nunca terem, de facto, trabalhado na vida, ganharem uns milhares de contos por mês a mandar bitaites, e responderem às questões incómodas sobre o PS seguindo o mesmo estilo do antigo ministro da informação de Saddam Hussein.
O picareta de serviço de hoje foi Vitalino Canas, ou o Professor Pardal, como é conhecido pelo seu grupo de fãs.
O PS acaba de chumbar a audição, por parte do parlamento, do tal de Lopes da Mota (não, não é uma série dos Gato Fedorento). Há fortíssimos indícios de o senhor ter pressionado magistrados do MP para se apressarem a arquivar o caso Freeport no que toca ao nosso Sócrates. E, apesar disto ter sido conhecido há várias semanas, ninguém ouviu uma palavrinha que fosse do senhor Lopes da Mota. Nem uma. Caladinho que nem um rato, entretido no tacho internacional para o qual foi nomeado...pelo Sócrates.
E o PS não quer ouvir o senhor. Deixem lá isso, não vale a pena. Concentrem-se é no Quique, no Verão que está a chegar, no Cristo Rei. A desculpa é simples: está a correr um processo na justiça, portanto vamos deixar a justiça funcionar.
Acontece que, lembro, o PS foi um dos partidos que viabilizou a ida de Oliveira Costa - do BPN - ao parlamento, quando não só já corria um processo judicial como o homem até estava já preso (e lá continua).

O PS de Sócrates é assim. Quando não lhe convém não vê, não fala e não ouve. Assobia para o lado e entretém com uma frivolidade qualquer.
Votem neles, votem. Se a ideia de sustentar Lellos, Santos Silvas, Vitalinos, Silvas Pereiras e Sócrates não vos aflige.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

O luto online

De facto, com a morte de Vasco Granja (Vasco quem?!, perguntaram-me alguns felizes colegas de trabalho, nascidos já na insípida década de 80), morre um mito da minha infância. E apesar de todas as críticas e de todo o gozo cínico, acreditem que sinto uma verdadeira e muito real nostalgia da presença vagamente estranha daquele bizarro divulgador de desenhos animados.
Como disse, e bem, o nosso camarada Fatchary, o Vodka está de luto (era fixe quem quer que saiba mexer nisto meter uma daquelas faixazitas negras no canto). Não está só de luto, está em choque.
Pedindo antecipadamente desculpa aos nossos 2,5 leitores, por estar mais uma vez a fazer o belo do copy/paste de uma conversa de messenger, gostaria de partilhar convosco a forma como dois membros deste tasco imundo se consolaram mutuamente (não sejam maldosos, vá) desta triste notícia.


Kowalski diz:
atão lá se foi o vasco

fatchary diz:
epá, tou triste

Kowalski diz:
o gajo lixava-nos a mona, mas dá-me alguma nostalgia

fatchary diz:
qual noddy, pá

Kowalski diz:
qual ruca
um careca com cancro e pronúncia do bolhão
filhos da puta
andam a foder a carola aos putos

fatchary diz:
é por isso q há cada vez mais panilas

Kowalski diz:
panilas e maricas, pá!

fatchary diz:
e rabetas

Kowalski diz:
haviam de levar com os bonecos em plasticina a ver se acordavam para a vida

fatchary diz:
se o noddy fosse macho já tinha enrabado a macaca Marta

Kowalski diz:
lol
essa anda enrolada com aquele que anda vestido de joker, não anda?
e o bófia é abusador de meninos, vê-se à légua

fatchary diz:
o q morreu e ganhou o óscar?

Kowalski diz:
esse já não papa nada
tá é a ser papado "as we speak"

fatchary diz:
também a fazer filmes de rabetas
isto vai tudo a dar ao mesmo

Adeus amigo Vasco!


Morreu o Vasco Granja, o Vodka está de luto!

Koniec!




domingo, 3 de maio de 2009

Vital Radical

Ser político é estranho. Não fazem nenhum durante quatro anos, mas depois no espaço de poucos meses têm de vir a correr fazer amigos, entre os animais.
Desta feita, Vital Moreira está na berlinda. Ouvindo os comentadores, esteve nos cuidados intensivos, mas agora está na berlinda. Dois dias depois de ter sido "barbaramente agredido" com insultos e com a correspondente deslocação do ar de quem o insultou "barbaramente", decidiu que estava pronto para outra.
E o que foi fazer este espectacular candidato socialista ao tacho internacional conhecido por eleições europeias? Acertaram. Como é lógico, foi fazer rafting no Rio Minho. Há quem diga que o rafting é para malta nova, que ainda tem mobilidade nas articulações e alguma flexibilidade. A verdade é que malta como o Vital Moreira e a Zita Seabra, por exemplo, já provaram que flexibilidade é algo que não lhes falta, o que é potenciado pela ausência de coluna vertebral. E diz que isso dá jeito para estas coisas do rafting.
Já muita gente fez coisas estúpidas por estar em campanha. Marcelo Rebelo de Sousa mandou-se ao Tejo, o que lhe provocou um princípio de tuberculose e cegueira momentânea a quem teve de o ver de tanga; Valentim Loureiro foi visto a comer de talheres; e até o Vital Moreira decidiu começar o seu fim de semana radical com uma visitinha à festa do povo, aquela malta que cheira mal e quer bater em quem o anda a foder pela calada.
Mas esta viagem de rafting, meu deus. Sei apenas que liguei a televisão e lá estava ele, de costas, de pé, de calças de licra. Um idoso de calças de licra e com um capacete ridículo na tola. Com "Vital Moreira" orgulhosamente escrito. Duvido muito, mas mesmo muito, que este tipo de merdas lhe valha mais um voto que seja. A não ser que ele ameace andar sempre vestido de licra se não ganhar. Isso era coisa para me fazer pensar.

Uma nota: se alguém descobrir na net o vídeo radical de Vital Moreira, por favor não diga nada a ninguém. E se encontrar o do Badaró no Superbuéréré a fazer de Sangoku, avise. Eu continuo à procura.

Segue abaixo uma conversa, franca e amena, acerca do tema.

Kowalski diz:
boas
vi na sic o vital moreira a fazer rafting no rio minho

Jorge Olino diz:
ora muito boa tarde

Kowalski diz:
estou chocado
de calças de licra, filmado de trás

Jorge Olino diz:
deve ter ganho o gosto ao perigo
primeiro surfou o 1º de maio

Kowalski diz:
e com uma tijela na tola a dizer "Vital Moreira"
lol

Jorge Olino diz:
de qq menira, bater num gajo que faz lembrar o avô cantigas, tem qq coisa de retorcido
*maneira

Kowalski diz:
aquele capacete joli tinha-lhe dado jeito no primeiro de maio
recomendo ver o jornal da noite da sic
para veres as imagnes

Jorge Olino diz:
faltam 13 minutos para a risota, então

Kowalski diz:
quer dizer, recomendo se não quiseres dormir nas próximas duas semanas
aterrador

Jorge Olino diz:
o rangel também devia ficar bonito

Kowalski diz:
Foda-se

Jorge Olino diz:
aliás, o rangel tem ali qq coisa de vinagrete

Kowalski diz:
pronto. pensei que não era possível ficar mais enojado que estava depois de ver o avô cantigas de licra
mas conseguiste
bravo e obrigado

Jorge Olino diz:
epá, há sempre um patamar abaixo
faz parte da condição humana

Kowalski diz:
e o rangel é sempre um candidato crónico