sexta-feira, 29 de setembro de 2006

Coisas que não precisavamos de ficar a saber

Casa Pia:Pigmentação nas partes genitais de Cruz domina sessão

"...o perito do INML que hoje testemunhou em tribunal considerou que os sinais de pigmentação no pénis do apresentador só poderiam aumentar 10% a 20% com uma erecção."

"...tal cálculo é importante para a defesa de Cruz, já que um dos jovens que acusa o apresentador, terá dito que a mancha tinha o tamanho de uma moeda de um cêntimo."

Chato é que a frase: "O Carlos Cruz safou-se com uma granda pinta!" deixará, eventualmente, de fazer qualquer sentido!
Lindo!!!...

...é o "Cabelinho à Paulo Bento".

Já ganhou...
Sem futuro

Mais uma notícia, mais ridícula do que preocupante e daí talvez não.

Engraçado como é que um jornal com estes princípios editoriais só existe há 27 anos, aposto que o Professor Oliveira Salazar aplaudiria de pé o apoio "de forma firma a instituição Família, o direito à Vida e assume o seu apreço pelas raízes cristãs da sociedade portuguesa" e a dissimulação do Sr. João Marcelino que diz que o Correio da Manhã não pretende fazer campanha contra a despenalização do aborto, que a criação deste estatuto é uma necessidade de adaptar o jornal "aos novos tempos".

Novo realmente só o tempo, porque o cheiro a bafio da atitude é notório.
Triste futuro

Esta é a notícia mais preocupante dos últimos tempos.

Quer dizer, daqui a 44 anos, se lá chegar, terei 75 e não basta um gajo já não conseguir ir à casa de banho sozinho, não ter segurança social, não poder ir à rua sem o fato protector por causa dos raios ultravioletas e um barco por causa do aumento do nível das águas do mar, ainda por cima não vai quase haver pitas jeitosas para um gajo se babar?

quarta-feira, 27 de setembro de 2006

Benfica - 0 x Cristiano Ronaldo - 1

Um escândalo o que aconteceu ontem na Luz, mais uma vez o glorioso foi roubado injustamente. Segundo as regras do futebol, para que um encontro possa ser realizado, uma equipa deve entrar em campo com um mínimo de sete jogadores, ora toda a gente viu que o Manchester só jogou com três jogadores, Cristiano Ronaldo, Saha e Van Der Sar.

terça-feira, 26 de setembro de 2006

A Melhor Tatuagem

ENGOLE 69

segunda-feira, 25 de setembro de 2006

Pode ser que seja do cansaço!

Mais um momento magnífico de televisão, ontem na TVI. Marco, Marta e filho assistem em casa aos melhores(?) momentos do Big Brother e comentam. Entre o nariz no meio do cú de uma das bardajonas do programa e o famoso "falam, falam e não os vejo a fazer nada" com caralhos e fodasses pelo meio, a criança lá assistiu às figuras tristes do pai.

A pedagogia de subúrbio é uma corrente cada vez mais na moda!

sexta-feira, 22 de setembro de 2006

Analyze This

Numa viagem inesperada a Tomar, eu e alguns amigos meus de longa data, visitámos uma agência de publicidade convenientemente localizada num centro comercial semi-abandonado. Curiosamente, havia um manancial de actividades exercidas pela empresa, e nenhuma dessas era publicidade. Entre as quais podiam-se apontar a venda de computadores portáteis - da Dell e da Apple, note-se - e uma piscina de criação de marisco. Após criteriosa escolha do equipamento, decidiu-se experimentar-se a qualidade do mesmo, o que não seria um teste fidedigno se não saltássemos todos para dentro da piscina. Com o equipamento, claro. Fiquei algo decepcionado pelo baixo nível da água, que dava pelos joelhos, e pelas ameijoas que teimosamente me trincavam os pés. Após uma sessão prolongada de mergulhos, mais ou menos bem sucedidos, decidimos abandonar o sítio. Decidiu-se também que os portáteis não eram coisa por aí além, de forma que os deixámos a repousar junto das tenazes ameijoas. Por alguma razão alguém decidiu vazar a piscina, antes de apanharmos o Cacilheiro para a Margem Sul.

Este foi o meu sonho de ontem à noite.
Feitas as contas, é quase tão bom como aquele em que eu e um amigo, pedimos boleia ao Steven Spielberg, que conduzia uma Renault 4L e possuía um português incrívelmente fluente. Levou-nos até à Buraca, onde saltámos uma vala do esgoto de forma a podermos ir acender um fogareiro. Este objectivo foi gorado por um tiroteio, razão pela qual tivémos que regressar, frustados e sem peixe assado.

terça-feira, 19 de setembro de 2006

Sobre a Etiqueta da Conversação Online Via Messenger e Boas Práticas Para Não Passar Por Cromo

1. Nicks em Inglês.
Lá por estar na língua de Lord Byron não melhora a qualidade literária do nick. Vómito dos vómitos, surge por vezes associado aos Nicks Com Pensamentos 'Profundos' (ver ponto 3).

2. Decorar com caracteres idiotas.
Mais em voga no segmento sub-20, apanha algumas franjas menos esclarecidas dos 30's. Já são crescidinhos, se querem fazer bonecada usem os toalhetes do restaurante enquanto a taça de tinto da casa não chega à mesa.

3. Nicks com pensamentos 'profundos'.
"É sempre preciso amor para compreenderes o que difere de ti."
Se eu quisesse ler merda deste género lia a Xis.

4. Nicks sobre o tempo.
"O bom tempo está de volta!"
Eu sei, por incrível que pareça tenho janelas para perceber o dia de sol que estou a perder aqui em frente ao computador, a trabalhar.

5. Nick seguido de reticências.
A mais falhada das tentativas de parecer um ser misterioso, profundo, e em última instância, sexy. A querer dar ares de tipo complexo, mais vale ter o messenger sempre desligado e deixar toda a gente a pensar: "Tu queres ver que este gajo tem vida?"

6. Nick com mensagem privada
A mais hedionda, e felizmente rara, das práticas do messenger. "Não me telefones", "Estou farta", "Quero-te". Poupem-nos, e vejam se vão dar uma queca a casa na hora de almoço.

segunda-feira, 18 de setembro de 2006

Louvável

Modelos muito magras proibidas de desfilar em Espanha

Nada a dizer. A medida fala por si e que bem que é aplicada a palavra medida neste caso.
Túnel ao fundo da Luz?

É impressão minha ou o Benfica lá conseguiu jogar algum futebol ontem?

P.S: É outra impressão minha ou aquele Miguelito é um verdadeiro portento do futebol?

quinta-feira, 14 de setembro de 2006

Chlép

Dia 30 de Setembro, Lisboa vai ser palco da Lesboa Party, e como o nome indicia, mete fufice.
Depois das sardinhadas dos Santos, será a segunda vez num ano que as ruas da cidade vão cheirar a peixe.
Quinta Dimensão

Apito Dourado pode ser anulado por ser inconstitucional

De certeza que Portugal não fica entre a Colômbia e a Venezuela?
Iniciação a uma vida banal

Escrevo na ressaca do “heróico” empate arrancado pelo Benfica na Dinamarca. Ressaca talvez não seja a palavra mais indicada. Ressaca sugere festa, excesso, atrevimento anterior, e o jogo desta noite foi tudo menos isso.
Custa-me escrever isto mas o Benfica é, actualmente, uma equipa banal. Banalíssima. Um Belenenses a nível europeu. Uma amiba.
Não jogámos a ponta de um corno. Os loirinhos tentaram mas não sabiam mais, mostraram bem que não sabem jogar à bola. O Benfas nem tentou. O nosso único momento de brilhantismo foi protagonizado por um jogador com nome de aspirante a mecânico, um tal de Paulo Jorge, Pájó para os amigos.
É triste, meus amigos.
O Glorioso acabou o jogo a passar para o lado, a assobiar para o lado, a andar de lado. A fingir que não estava num campo de futebol, mas numa divagação filosófica sobre o nada e o seu significado. À imagem do seu treinador.
Fernando Santos, o engenheiro, disse que essa postura da equipa, de jogar para o lado e para o empate, tinha sido um erro.
Mas foi este engenhocas, que tem a mesma capacidade motivacional de um caracol, que defendeu, antes da partida, que “um empate não seria um mau resultado”.
Xôr engenheiro, faça-me o grande favor de ir à merda. O Benfica é o maior clube português, foi duas vezes campeão europeu, esteve presente em sete finais. O Copenhaga é uma equipa de curling. Um empate não é mau, é terrível. Mais terrível só a falta de confiança e ambição deste engenheiro sem obra.
Sei que o Glorioso não é uma grande equipa. Sei que é de longe o mais fraco dos três grandes, neste momento. Mas também sei que o Benfica não se pode esconder, não pode fugir, não pode armar-se em tímido.
Podemos cair, mas já agora que o façamos como homens. Não como burocratazinhos que só sabem ajeitar a gravata.
Não transforme o Benfica no seu Estoril, xôr engenheiro.
Dedique-se a fazer pontes e estradas, porque de futebol vosselência não entende nada.

quarta-feira, 13 de setembro de 2006

Bichas doidas

Ao que parece Buenos Aires vai receber o Mundial Gay de Futebol em 2007. De repente, a expressão "Pontapé nas bolas" faz todo o sentido.

A bichice dá-me nos nervos e para mim isto é mais uma iniciativa tipicamente bicha. Ou seja, mais uma demonstração de: "Olhem para nós aqui! Queremos é dar nas vistas!!"

Um Festival de Cinema Gay e Lésbico é uma iniciativa com todo o sentido, pq são filmes que abordam temas que normalmente não são abordados no cinema corrente, mas futebol é futebol, não há diferença entre ser jogado por heterosexuais ou homossexuais, as regras não mudam, penso eu. A única diferença que consigo imaginar é o ambiente no balneário ser mais "alegre", onde o conceito de marcar golo será, provavelmente diferente.

Talvez a ideia seja essa, transmitir um resumo dos jogos e depois mostrar na íntegra a festa da equipa vencedora no balneário, com a participação da equipa derrotada, pq o que conta é o desportivismo.

Se a justificação é a do futebol ser, supostamente, um reduto machista, então sugiro que organizem touradas gay, ainda por cima a lycra justinha e os dourados são um amor, fofos!
Remédio Santo(s)

Não se apoquente camarada Idle Consultant, a FIFA parece ter a solução:

FIFA mantém em aberto possibilidade de suspensão de Portugal

Pelo menos na Liga dos campeões, quanto ao campeonato nacional... enfim...

Ninguém pára o Benfica!
O Glorioso (???)

A questão que me assalta não é se vamos perder o jogo de hoje para a Champignons Ligue contra o FC Copenhaga, esse colosso do futebol mundial, essa 8ª Maravilha do Mundo...

...a questão é saber por quantos vamos perder este jogo, e o próximo de Domingo contra o Nacional e se o Sô Santos ainda estará aos comandos do nosso Glorioso na próxima Segunda-feira.

Esperemos que não. Antes o Capitão Mário Wilson...

segunda-feira, 11 de setembro de 2006

Loose Change 2nd Edition

A teoria da conspiração ou Não acredito em bruxas, mas...

Loose Change 2nd Edition


Já tinha visto o documentário "Loose Change" no Google há algum tempo, mas ontem voltei a vê-lo, no canal 1 da RTP por volta da uma da manhã. De louvar a iniciativa, ainda por cima no canal do estado, já que este documentário arrasa por completo o "amigo americano".

Seguidores da escola Michael Moore, Dylan Avery, Jason Bermas e Korey Rowe mostram que os atentados foram, na verdade, um "inside job" e a maior conspiração americana desde que o homem foi à lua. As teorias fazem sentido? Sem dúvida! Há provas que apoiem essas teorias? Há e muitas, não acredito que tenham inventado páginas de net, recortes de jornais, editado vídeos para ilustrar a sua versão dos factos.

É certo que, no meio, há raciocínios insustentáveis, mas o atentado ao Pentágono, onde não houve vestígios de qualquer avião, as chamadas feitas pelos passageiros dos aviões, numa altura em que a taxa de sucesso de uma chamada feita de dentro de um avião comercial a 30 000 pés era de 0,006% e as explosões em cadeia que se vêem nas torres algures andares abaixo no momento do desmoronamento, são dúvidas inquietantes que persistem sem nenhuma hipótese de virem a ser algum dia esclarecidas.

Vejam e tirem as vossas próprias conclusões.

Mais info: www.loosechange911.com
Fenomenal

Diz a Massa ao Queijo:
- Estou massada!...
Responde o Queijo:
- E eu ralado!

sábado, 9 de setembro de 2006

Lauro Atónito Apresenta…….

…”Marie Antoinette”, de Sofia Coppola.
Digo já ao que venho: todos nós sabíamos que, depois de “Lost int Translation”, a coisa tinha que vir abaixo, né?
Depois do drama onírico-suburbano de “Virgens Suicidas” e do drama urbano-alienado de “Lost in Translation”, Coppola mandou-se agora à história da rainha francesa, decapitada pela revolução, a tal que sugeria ao povo que comesse duchaises, já que não tinham pão. O truque, para a realizadora, aquilo que a atraiu na história, não é tanto o lado histórico, mas sim o percurso de uma princesa austríaca que abandona a sua pátria para em nome de uma aliança política, casar com um apanascado príncipe francês. E história passa pela dura adaptação a novas e muito rígidas regras, a responsabilidade de produzir um herdeiro ao trono de França, a descoberta da sexualidade, da maternidade, enfim, de um certo tipo de crescimento. Só que Coppola conta a história como se nos estivesse a relatar uns anos de Erasmus de uma jovem do século XX. Não há na personagem nada da rainha Marie Antoinette altiva, distante, institucional, há apenas uma jovem a aprender a ser rainha, uma jovem que gosta de festas, de jogo, de bailaricos e amantes. E o ângulo nem é desinteressante, juntando música modernaça à França da idade das luzes, Strokes em Versalhes. O problema é, muito simplesmente, a coisa ficar rapidamente algo ridícula. Uma rainha adolescente (Kirsten Dunst de rabo à mostra), que tem a mesma classe que uma chavala do Barreiro a mascar chuínga, que tem um cão chamado Mops (Esfregonas), é um bocado estranho. Parece que a ideia era, em parte, mostrar que ela era uma espécie de revolucionária face aos fechados modos da corte, mas essa ideia fica-se pelo facto de a senhora, ao contrário do que era costume, bater palmas no final de uma representação teatral. Um grande quebra do protocolo, talvez, mas muito pouco revolucionário num período em que o próprio povo não tinha comida e se preparava para sacar a cabeça à família real.
Depois, parece ser um filme sem grandes meios a tentar passar por outra coisa. Não tenho nada contra os pequenos filmes, mas é um bocado foleiro um filme tentar passar por grandioso e perder dimensão em cenas óbvias. Este filme tem Versalhes (e não apenas a pastelaria), mas depois falta povo, falta gente, falta coisas para as quais não basta uma câmara na mão e alguma boa vontade (umas centenas de figurantes ajudavam). Quando a multidão enraivecida chega ao palácio para os lixar, a câmara mostra-nos meia dúzia de foices e archotes no ar, o que é um bocado estranho.
E, já agora, que raio de merda é aquela de metade da corte francesa ter sotaque nova-iorquino? Por que raio as senhoras dizem “Mônsiê”, como uma turista da Florida na Eurodisney? E porque é que toda a gente fala inglês “amaricano” menos o filho varão da rainha? Lost in translation? Parece que sim.
O filme não é mau de todo, de facto, mas é assombrado por estes e outros equívocos. A primeira parte é chata para caraças, só perucas e vestidos e merdas, mas depois lá vai melhorando. Acho que o truque foi fazer parecer aquilo uma merda total no princípio, para depois sairmos da sala a achar que, “até nem ficou mal de todo”.
Uma França clássica-modernaça, com uns toques desse grande filme que é o “Amadeus”, esse sim um que conseguiu a difícil tarefa de actualizar uma história clássica sem ficar ridículo.
Recomendo a todos os atónitos que vejam o filme, ainda assim. Tem momentos bons e, se conseguirem deixar o filtro do ridículo em casa, talvez alguns achem mesmo genial a forma pop como a realizadora tenta contar a história.
Eu apenas apanhei um bocado de seca e senti, em grande medida, que a menina Coppola se espalhou um bocado ao comprido.
Acontece, e já está perdoada.
O Coito
O Governo de José Sócrates descobriu agora uma coisa muita fixe: a declaração de interesse público.
Não vou falar do caso Mateus. Já não há paciência e, por outro lado, o Vodka Atónito já o explicou muito bem, referindo que, obviamente, a culpa é do preto.
Falo desta fantástica instituição que é o “interesse público”. Sócrates já tinha utilizado a marosca na questão do absurdo e tecnocrata fecho das maternidades, passando por cima dos tribunais, e fez agora o mesmo com o Gil Vicente.
O “interesse público” parece aqueles jogos dos putos, em que quando um está à rasca vai para o coito e ninguém lhe pode tocar.
A questão é que isso não pode dar para tudo, e a separação de poderes é um dos factores essenciais para uma democracia saudável.
E por que não mandar Bruxelas e o Pacto de Estabilidade e Crescimento à merda, alegando o “interesse público”, como por exemplo esse estranho conceito do bem-estar dos cidadãos de um país?
E, já agora, por que não usar o “interesse público” para correr com Sócrates?

quarta-feira, 6 de setembro de 2006

Tá quase



4 de Outubro num torrent perto de si!

terça-feira, 5 de setembro de 2006

Caso Mateus: A conclusão do tuga

A culpa é do preto.

segunda-feira, 4 de setembro de 2006

A Herança Genética é uma Coisa Tramada

O indíviduo que se vê na foto, convenientemente marcado por uma seta, a morder uma cadeira, é o meu primogénito.

sexta-feira, 1 de setembro de 2006

A morte de um sacana

Dizem-me que o Independente acaba hoje. Vou à respectiva página na net e confirmo.
Emoção nenhuma. Mas um post.

O Independente foi um jornal sacana, mas bom.
Tendencioso, de direita, mas legível e prazeiroso, até para gajos de esquerda como eu.

Um pouco através dele aprendi a ler e, de algum modo, a escrever. Um pouco através dele aprendi a gostar e a odiar Portugal.

No fundo (que é onde o Independente está), o saldo é positivo.
O jornal será sempre reconhecido pela sua sacanice, muitas vezes geradora de injustiças, mas também por ter sido feito, em tempos, por homens que não usavam gravata e se orgulhavam de não terem livro de cheques. Homens quase livres.

Longe vão, no entanto, esses dias em que o Independente se constituiu como o terror privativo da quinta-feira de alguns, trocando o sono de ministros e de outros quejandos por suores frios de temor à manchete do dia seguinte.
Isso – confesso – agradava-me desmedidamente.

Do jornal retirei artigos e imagens de grande qualidade, graças a pessoas como o Nuno Saraiva, o MEC, a Inês Gonçalves, o Paulo Portas, a Céu Guarda, o Júlio Pinto, o João Ferreira do Amaral, a Constança Cunha e Sá, o André Carrilho e o Paulo Nogueira.

Nunca deixei, porém, de desprezar aquele excesso estético à la CDS, da calça bege e da camisa azul com risca branca, do cabelo revirado e do gin tónico na pata superior direita, com direito, por exemplo, ao cantinho do Portugal no seu melhor, que mais não era que uma pífia demonstração de desprezo pela populaça.

Vomitei também, claro, e sempre, a linha descomedidamente liberal(ista) e atlântica.

Mas de peito feito recebi algumas doses de patriotismo (coisa eventualmente parola), reflectida na defesa que ainda faço da soberania de Portugal.

Enfim, deu para rir e aprender qualquer coisita.

É mais uma empresa que fecha. Vítima – é curioso – de um capitalismo (também sacana) que condena ao insucesso projectos de imprensa que ousem navegar por águas diferentes das dos grandes grupos. Não deixa de ter a sua ironia.

Há anos que não leio o Independente. Mas hoje, a caminho da Festa do Avante, talvez pare o carro numa qualquer estação de serviço e, pela última vez, o compre. A luta continua!