sábado, 9 de setembro de 2006

O Coito
O Governo de José Sócrates descobriu agora uma coisa muita fixe: a declaração de interesse público.
Não vou falar do caso Mateus. Já não há paciência e, por outro lado, o Vodka Atónito já o explicou muito bem, referindo que, obviamente, a culpa é do preto.
Falo desta fantástica instituição que é o “interesse público”. Sócrates já tinha utilizado a marosca na questão do absurdo e tecnocrata fecho das maternidades, passando por cima dos tribunais, e fez agora o mesmo com o Gil Vicente.
O “interesse público” parece aqueles jogos dos putos, em que quando um está à rasca vai para o coito e ninguém lhe pode tocar.
A questão é que isso não pode dar para tudo, e a separação de poderes é um dos factores essenciais para uma democracia saudável.
E por que não mandar Bruxelas e o Pacto de Estabilidade e Crescimento à merda, alegando o “interesse público”, como por exemplo esse estranho conceito do bem-estar dos cidadãos de um país?
E, já agora, por que não usar o “interesse público” para correr com Sócrates?

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