terça-feira, 27 de junho de 2006

Classificados “sentimentais” do Público – Verídico e precioso

CLÍNICA CHINESA
Terapia oriental, Shiatsu, Tui-na, Anti-Stress. Não convívio.

AFONSO
Ladies Only. Parço D’Arcos, Priv. Apart.

JOVEM SENHORA
Dificuldades económicas convive cavalheiros.

MODELO
Precisa de rapazes esculturais para acompanhar em jantares de negócios (?!?!?!?!?)

BENFICA 2 AMIGA QUARENTONA
Simpática bem constituída peluda completa quente

DOLCE VITA- PURO PRAZER!
Apolo, dotado, activo. Desl/privSpeak English

A EMPRESÁRIA
Linda, sofisticada, provocante, convida-o para uma renião escaldante

E o meu preferido:

JOVEM BALZAQUEANA
Elegante, convívio.
A Arte da Guerra

A vitória portuguesa na “Batalha de Nuremberga”, como os jornais portugueses tão sabiamente lhe chamaram (títulos é com eles), encheu a alma deste país, e também a minha.Entre nós instituiu-se, durante e depois do jogo, a corrente de pensamento segundo a qual os portugueses foram uns meninos magoados pelos mauzões dos holandeses. Bom. Uma coisa é certa. Os laranjas entraram para partir e, pior que isso, para intimidar. No fundo, para mandar sem serem melhores, apenas porque eram mais arrogantes. Entraram para partir, porque só assim se sentende que tenham metido um trolha central (o marroquino feioso) a defesa direito, deixando o titular no banco. Era o tipo do trabalhinho sujo, nada mais nada menos que partir as pernas ao Ronaldo. Entraram para intimidar, numa fuga para a frente de quem tinha bem viva na memória as últimas derrotas contra os pobretanas dos tugas, esse povo bárbaro do sul da europa que enfarda sardinhas e dorme nas ruas de Amesterdão, com os cães e os tambores. A intimidação estava em cada lance, em cada empurrão gratuito quando o jogo estava parado. Em cada ar de desprezo perante os nossos jogadores. Mas, se eles entraram assim, rapidamente nós fomos atrás. E bem. Repito, e bem.Este foi um daqueles jogos ganhos no braço, na garra, na alma, como dizem os brasileiros, foi ganho na marra. E deu mais gozo por ser assim. Foi um daqueles jogos em que, se fôssemos meninos, tínhamos perdido de certeza, porque os holandeses nos perderiam o respeito. A entrada sobre o Ronaldo foi uma declaração de intenções. Era a guerra, e os nossos rapazes foram uns bravos guerreiros. Se eles começaram, nós não ficámos atrás. Não vale a pena armarmo-nos em anjinhos. Fodemos os gajos na porrada mas, sobretudo, na ratice. A entrada assassina foi maldosa e demonstrou falta de fair-play? Sim. Mas também a fita do Figo na expulsão do marroquino, também a fita do Van Bommel (precisava de fazer um estágio com o Liedson para ao menos aprender a atirar-se para o chão), também a demora na reposição por parte do Ricardo e do Deco, também, e sobretudo, o ataque à traição dos laranjas quando deviam dar-nos a bola. Quando o Deco viu aquilo e saiu disparado para lhe dar uma trancada, aplaudi tanto como no golo. No futebol, aquilo não se faz. Até na guerra há uma espécie de código de honra, e os holandeses, por quem sempre tive uma grande simpatia, mostraram não ter honra nenhuma. Qualquer jogador daria aquela porrada, e eu aplaudiria. Tudo isto para dizer que, naquele jogo, não houve bons e maus. Houve uns meninos (os laranjas) que se armaram em homens, e depois houve homens (os portugueses), que se recusaram a amochar humildemente e aceitar, mais que a pancada, o desaforo, e lhes deram uma lição de coragem, de determinação e, muito importante, de “ratice” (aquela falta cavada pelo Petit foi absolutamente genial e merecia estar no DVD dos melhores momentos do Gil Vicente). Foi uma guerra e, como costuma acontecer, ninguém saiu limpo. Mas, numa guerra, o importante é sair vivo, e de pé. E isso nós fizemos, com toda a justiça de um povo que aprendeu cedo demais a comer e calar.

Notas finais:

Costinha: Xôr Ministro, vá comprar urgentemente um cérebro.

Ricardo: Os arrepios do costume, a apetência e a alma do costume nos momentos decisivos, pela selecção.

Scolari: Fantástico a unir a equipa e a transmitir-lhe uma garra que nunca vi em qualquer selecção portuguesa. Acertadíssimo nas substituições.

Deco: Esqueceu-se que já não joga no Porto, e infelizmente fica de fora no próximo jogo.

Ricardo Carvalho: Em bom futebolês, o “esteio da defesa”.

Petit: A experiência e a pós-graduação em “ratice”.

Miguel: Um pulmão e uma alma que nunca mais acaba. Tás perdoado, Chelas.

Bifes: Venham com a cagança do costume, que é assim que a gente gosta.

segunda-feira, 26 de junho de 2006

16 amarelos + 4 vermelhos

Ainda está por perceber porque razão o Maniche marcou um golo numa partida de Paintball.

quinta-feira, 22 de junho de 2006

Falando simplesmente de bola

Lamento imenso a opção da SIC em transmitir mais logo o jogo entre Japão e Brasil.
Consta que à mesma hora decorrerá um espectáculo bem mais grandioso: Croácia contra Xanana & Ramos Horta.
A não perder na Sport TV 2.
Ponto G

Não resisto a partilhar com os camaradas atónitos a intervenção do incomparável Gimba, no Blitz.

Blitz: Acredito que noutra encarnação fui...
Gimba: Não acredito em Encarnações. Sempre duvidei de Marias, Isabéis e Teresas. O meu negócio é mesmo Fátimas - e de preferência com busto 40.

B: Uma vez (quase) andei à pancada por causa de....
G: Um betinho que não queria andar à pancada (o urso!). O assunto resolveu-se com um par de capilés.

B: Gostava de ter dinheiro para...
G: Abrir uma conta bancária - daquelas em que até se fazem depósitos.

B: E se eu não tive nascido, o mundo seria...
G: Órfão de Gimba. Nem quero pensar. É difícil conceber o planeta Terra nesses moldes. Seria a aridez total. Um Sahara global. Um montão de poeira cósmica à deriva na galáxia, tendo como único elemento hídrico "as lágrimas de minha mãe".

quarta-feira, 21 de junho de 2006

Welcome back

Hoje comprei o Blitz. Fui à tabacaria ao pé do trabalho e pedi o Blitz, e o gajo fez um sorrisinho maroto e respondeu "o Blitz não temos, mas temos a Blitz!".
Não relatarei aqui o que me apeteceu fazer ao citado Badaró, mas serve isto para dizer que o Blitz é agora uma revista. E toda janota, por sinal. Parecida com a Mojo, com grafismo razoável, até traz coisas de jeito para ler!!!!
Durante anos comprei o Blitz. No início adorava-o, depois foi só o hábito que ficou (não é sempre assim?), até porque a qualidade do jornal foi caindo consideravelmente no espaço de poucos anos. Deixei de o comprar quando as capas alternavam invariavelmente entre o MárioLino Manson e um rapper manhoso qualquer, o que ainda durou um bom tempo.
Mas agora estou de volta. A solução, ditada pelos tempos mercantilistas que todos vivemos, era fechar de uma vez ou reformular a coisa em revista. Ainda bem que adoptaram esta segunda via. Pelo primeiro número, está uma coisa decente e até interessante. Espero que continue assim, e terá aqui um leitor fiel, nem que seja por motivos sentimentais.
Tenho saudades do jornal dos velhos tempos, mas sei que hoje em dia as coisas já não se fazem assim, "como deve ser". E para suplemento semanal, o Y continua a ser bem melhor do que o Blitz estava a ser.
Sim, comprarei o Blitz. "O" Blitz, não entro cá nessas merdas de comprar "A" Blitz, parece que tou a comprar uma magazine de gaja. Da mesma forma que um Português Suave, dos amarelos e castanhos, nunca poderá ser, apenas, um "Português".
Welcome back, novo-velho Blitz.
Futebol espectáculo é na TVI

No noticiário do almoço da TVI fomos presenteados com mais um suculento naco de boa informação. Neste caso, o título forte da notícia era "D. Duarte detecta armas ilegais em Timor".
O tom surrealista desta frase deixou-me colado ao ecrã, e o resultado não desiludiu. Aparentemente, o nosso rei esteve em Timor, e relatou "em exclusivo" à TVI que, quando vinha de jipe nas estradas à volta de Dili, viu uns rapazotes de G3 na mão. Ora aí está! Qual James Bond, pá, o D. Duarte é que deslinda estes mistérios difíceis, pá!
E também gostei muito da frase de encerramento da notícia, de viva voz pelo rei de todos nós e de todos os mongolóides deste mundo: "Vínhamos no jipe e mandaram-nos parar. Depois o nosso motorista disse-lhes que no carro vinha o Rajá de Portugal, e eles vieram todos cumprimentar-me. Foi muito engraçado".
De facto.
A sugestão

Vendo belas imagens desse pardieiro chamado Timor, apercebi-me que Portugal, sempre na vanguarda, descobriu finalmente um sítio onde alguém gosta da GNR.
Próximo passo: mandem para lá os gajos da Emel e o Nuno Melo.
Portugal 2 x México 1


Inés Sainz a tal periodista da TV Azteca (México)

Portugal x México: lá que eles tinham vaca, tinham... mas a vitória foi nossa!!!

sexta-feira, 16 de junho de 2006

Do mesmo dono da Pastelaria Salmonela

A caminho do elevador, vejo que este tem um papel afixado: "Manutenção efectuada".
Nome da empresa responsável pela manutenção? Bonne Chance.

Deixe estar, vou pelas escadas.

quarta-feira, 14 de junho de 2006

A Mística do Cholé

“A razão do sucesso foi o balneário” .
Augusto Inácio, treinador do Beira-Mar

terça-feira, 13 de junho de 2006

A emocionante saga de Carlo Rasmussen

Carlo Rasmussen era uma loura criança italo-germânica. Nascera em Colónia, na Alemanha, o seu pai era alemão, a sua mãe era alemã, mas os seus óculos de sol preferidos eram italianos, obra de um artesão florentino. Colónia era nessa altura uma cidade pacífica e agradável, especialmente para aqueles que não detinham o sentido do olfacto. O pai de Carlo era o Dr. Strauss Rasmussen, um cientista especializado em engenharia genética. A sua mãe era também o Dr. Strauss Rasmussen, o que sempre causou à criança muita estranheza. Carlo era fruto de uma experiência de laboratório, um ser criado de raiz a partir de uma semente de sésamo, matéria que o Dr. Rasmussen sempre considerou detentora de “um grande potencial creativo, se lhe forem dadas as oportunidades”. Era grande preocupação do cientista dar a Carlo uma infância o mais normal possível, pelo que entendia fundamental a existência de um pai e de uma mãe. Para solucionar esta dificuldade, o doutor passava os dias vestidos de pai e as noites vestido de mãe. Contudo, esta regra era violada algumas vezes, pois havia certas ocasiões em que o Dr. Rasmussen se julgava sozinho em casa e se vestia de mulher mesmo durante o dia, mas desta feita para seu próprio prazer. Mesmo assim, Carlo teve uma infância normal, se exceptuarmos o facto de se recusar a mascarar-se de Zorro, excepto no Natal, ocasião em que o fazia de bom grado e até com alguma excitação. Por outro lado, nunca se deu bem a jogar ao pião, porque quando o lançava era o próprio Carlo que começava a girar sem parar, o que até podia ser divertido não fosse o facto de os seus colegas o tentarem girar na palma das suas mãos, o que o deixava muito irritado, além de despenteado. Mas a escola corria-lhe bem, apesar de sentir algumas dificuldades em dizer a tabuada dos sete enquanto fazia o pino e cantava tirolês. Isto fez com que chumbasse vários anos seguidos, até que propôs que o seu exame fosse constituído por uma prova ainda mais difícil, no caso a tarefa de comer dez pratos de esparguete à bolonhesa por uma palhinha. Voltando a casa depois de ter finalmente passado no exame, o seu pai ficou felicíssimo e ofereceu-lhe um livro de banda desenhada e uma fotobiografia do Clemente. Adorou ambas as prendas, especialmente o livro, e isso foi o início de um mundo novo para ele. Passava horas seguidas a ler livros aos quadradinhos, mas só o conseguia fazer se tivesse um revólver à mão, pois olhava para os bonecos e insistia que os anõezinhos coloridos o queriam matar. Um dia, um anãozinho colorido tentou de facto matá-lo ao tentar desenhar-lhe um bigode ridículo na testa, mas Carlo conseguiu escapar e correu a esconder-se dentro de um vaso de crisântemos que tinha no jardim. Passou lá vários anos, saindo apenas de vez em quando, quase sempre na altura dos saldos. Foi envelhecendo e tornando-se mais maduro e equilibrado, fruto da luz correcta e de ser regado regularmente. Dez anos depois de estar no vaso decidiu sair, até porque o facto de estar lá dentro tornava-lhe muito difícil jogar golfe, um dos seus passatempos preferidos. Voltou ao seu quarto um homem novo, e agora chamava-se André Mokenga e era um cabide de arame. Afirmava ter visto a luz, e ter percebido finalmente que o seu objectivo neste mundo era encontrar Deus, cuja figura lhe fora revelada em sonhos ainda dentro do vaso. Passou a vaguear pela terra em busca do seu criador, e insistia com as pessoas para que lhe pusessem os casacos em cima, dizendo “Ponha, ponha, é para isso que eu sirvo, oh que bom!”, o que levou um vizinho seu a pôr-lhe a alcunha de André Mokenga, o cabide de arame. Os anos passaram e André não encontrava Deus. Um dia, já grisalho, voltou para casa de seu pai e de sua mãe, o Dr. Rasmussen. Foi aí que, ao voltar a ver o seu pai, encontrou finalmente o ser que buscava há tantos anos: à sua frente, o seu pai tinha-se transformado no ser que vira em sonhos, a divindade. Em vez do Doutor sisudo e de meias de nylon que era antes o seu progenitor, Strauss Rasmussen parecia-se agora com um Eládio Clímaco com pés de pato e com uma equação complicada tatuada nos dentes.
“Meu Deus!”, gritou André, e correu na direcção do Todo-Poderoso.
“Sim, sou eu! O verdadeiro castor conhece sempre a melhor omeleta!”, e dizendo isto abriu os braços para abraçar o crente. Depois colocou-lhe o casaco em cima e pendurou-no no armário, onde Carlo Rasmussen ou André Mokenga (como quiserem) vive feliz até hoje, apesar de atormentado por uma traça ateia.

sexta-feira, 9 de junho de 2006

Joint-Venture


Director Criativo: idle consultant
Monta-cargas: raviolli ninja

Nempem tupudopo nospos apanospos oipoitenpentapa épé saupaudoposopo

Apa Fapalapa dospos Pês, popor epexemplopo.

terça-feira, 6 de junho de 2006

Cumpriu

Morreu Raul Indipwo, músico e cantor do Duo Ouro Negro.

Muitos anos depois da morte de Milo, a outra metade do Duo, este cumpriu a sua promessa: "Vou levar-te comigo meu irmão".