segunda-feira, 29 de setembro de 2003

Hoje acordei...

... no tecto do mundo, no pico do Monte Everest, exactamente, a 8850 metros de altitude. Apesar dos trinta graus abaixo de zero que se fazia sentir, estava completamente embriagado por aquela vista maravilhosa, impossível de descrever em palavras. A verdade, por mais cliché que possa parecer, é que, nestas alturas, perante a magnitude da natureza lembramo-nos da nossa insignificância enquanto seres humanos. Era como se conseguisse abraçar o mundo todo ao mesmo tempo e sentia uma estranha e calorosa sensação de estar em casa, mas se calhar, era porque de trás de mim, das roulottes das bifanas e das farturas, vinha o ar quente do óleo a ferver e o cheiro reconfortante da comida. Mais abaixo, miúdos nepaleses esperavam, impacientemente, a sua vez de andar nos carrinhos de choque, enquanto pelo altifalante ouvia-se: "Pista de Carrinhos de Choque Alverca!!! Hiper Gigante!!! A maior!! A mais grande!! Hoje a lady não paga!!!"

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