terça-feira, 2 de setembro de 2003

Não havia necessidadezzzzzzzzz...!

Leio, por curiosidade, a crónica de um senhor chamado Mário Pinto, no jornal Público. Num dos temas abordados na sua crónica, este senhor dá a sua opinião sobre a decadência da nossa televisão e consegue escrever a frase, que seguramente irá ganhar o Prémio Diácono Remédios 2003:

"Entre as cadeias de serviço público de televisão, a portuguesa deve ser a mais comercial e a mais decadente. Alinhando com a evolução geral dos nossos costumes, e com os primeiros lugares que estamos ganhando em mães solteiras, divórcios, sida, etc."

Hmmm... analisemos, pois então! Os costumes portugueses estão em decadência? Sim, é verdade. Já não há touros de morte (tirando o caso de Barrancos, graças a Deus!), já não se pesca baleias nas águas açorianas, há menos analfabetismo e medidas para combater o emprego infantil. Uma vergonha! As mães solteiras, essas grandes porcas, que se metem debaixo deles e depois queixam-se. Os divórcios que aumentam a cada dia que passa. Mas será possível que as pessoas ainda não compreenderam a frase: "O que Deus juntou, homem algum poderá separar", mesmo que signifique umas valentes porradas no lombo. E a sida? Essa doença, doença não, castigo divino que caiu sobre essa gentinha de comportamento duvidoso.

Sabe o que lhe digo Sr. Mário Pinto: "Ardúo é o caminho dos justos e abençoados, pelos caminhos povoados de pobres almas pecaminosas e desviantes, até ao paraíso."

O que eu gosto dos defensores da moral e dos bons costumes e das suas pequenitas frases reaccionárias! São uma verdadeira ternura!

P.S: Alguém me sabe dizer quem raio é este senhor?

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