Sinopse .01
Ligeira ideia para telefilme de produção nacional, baseada numa grande produção norte-americana
"A 300 metros do Cais do Sodré"
Lisboa, anos zero. A metrópole fervilha, na próximidade do Euro 2004 emigrantes de leste, africanos, assassinos, pedófilos, ladrões, agentes da brigada de trânsito e até algumas pessoas de bem, procuram um lugar ao sol.
No Cais do Sodré, submundo do fado vadio um jovem, Camané tenta vingar o trágico destino a que o seu pai, Rodrigo foi votado pelo clã Câmara Pereira, o desterro num T0 em Ranholas.
Camané apenas conta com a ajuda de Paulo Bragança, que nos anos noventa num combate de fado vadio com Nuno da Câmara Pereira, quando se preparava para vencer foi barbaramente agredido p'las costa por uma laracha lançada por Mico.
Paulo, ficou em estado de cama durante várias semanas e jurou destruir o clã Câmara Pereira, nem que para isso tivesse que cantar descalço e ter um aspecto efeminado.
Camané com a ajuda de Paulo, consegue infiltrar-se no submundo do Cais e começa a vencer alguns combates de fado vadio usando o nome de Alfredo da Buraca.
Depois de vencer o Tim de Alfragide e o Tino da Madragoa, surge então Mico que é facilmente vencido por Alfredo da Buraca/Camané.
Depois de Mico segue-se Gonçalo. Gonçalo luta com fados retrógados, conservadores e fascistas, mas Camané vence-o, dando a estocada final com um fado sobre a guerra colonial.
Numa estranha noite de nevoeiro em plena rua, Camané combate com Frei Hermano, apesar de atacar com temas religiosos, Frei é vencido com alguma facilidade.
Momento dramático, Camané visita o pai no T0 em Ranholas, Rodrigo completamente consumido pelo álcool e p'lo tabaco vê um filme pornográfico. No momento em que Camané pousa a sua mão sobre o ombro do pai, este tem um espasmo e começa a espumar da boca.
Na ambulância, caminho das urgências do Amadora-Sintra segurando a mão do pai, Camané liga para Paulo Bragança e pede-o para arranjar o combate com Nuno.
A grande noite. Noite fria e chuvosa. Na tasca cheia de gente e de fumo, o ar é irrespirável. Alguns ex-pides assistem ao evento.
Alguns combates menores aquecem a plebe.
Paulo combate Mico, e logo no primeiro round com um fadinho dedicado a Amália, parte uma perna a Mico que capitula e é enviado para o São José.
Onze e meia da noite o ambiente está ao rubro, Nuno e Alfredo da Buraca/Camané olham-se olhos nos olhos, a suas testas suam.
Primeiro e segundo rounds, os fadistas estudam-se mutuamente.
Terceiro round, Nuno atira Camané ao tapete com um fado sobre o Ribatejo.
Camané, levanta-se prontamente limpa o suor da testa com um lenço que o pai lhe tinha oferecido antes partir para o desterro, Camané olha Nuno nos olhos e revela-lhe que afinal ele não é o Alfredo da Buraca, mas sim, Camané filho de Rodrigo.
O terror e o ódio tomam conta da expressão de Nuno. Os ex-pides abandonam a tasca.
Quarto e quinto rounds, grande violência nas palavras e muito suor.
Sexto round, Camané é derrubado com incrível violência por um fado sobre toiros. Camané tem sangue na sua face. Camané demora a levantar-se. Paulo teme p'la sorte do amigo. Combalido Camané levanta-se e limpa o sangue do rosto com a mão.
Sétimo e decisivo round. Nuno volta a atacar com toiros. Camané defende-se como pode. Nuno continua a apostar nos toiros. Camané é atingido e dá um passo para trás, tem o sobrolho aberto, o sangue jorra pela sua face abaixo.
Camané contra-ataca com um fado sobre a liberdade, Nuno mostra surpresa e revela falta de soluções para se defender da arte de Camané.
Nuno é atingido na cabeça, desequilibra-se mas não cai. Nuno é novamente atingido, desta feita na boca, dois dentes saltam (grande plano dos dentes a caírem no chão).
Nuno cai no chão sobre os joelhos e depois para a frente (grande plano na cabeçao ensaguentada de Nuno aos pés de Camané).
Silêncio na tasca.
Alguns segundos depois a plebe rejubila e Camané é aclamado como salvador da plebe.
Há festa na rua do Cais do Sodré ao Bairro Alto.
Manhã seguinte, fresca mas com sol, a plebe está sorridente.
Camané visita o pai na Unidade de Cuidados Intensivos do Amadora-Sintra. Rodrigo encontra-se visivelmente recuperado. Camané entrega ao pai a chave da sua antiga casa no centro de Lisboa. Pai e filho abraça-se e choram.
Aeroporto da Portela. Vicente da Câmara abalado e enraivecido, parte com o resta do clã para o Brasil, sem não antes jurar vingança.
Créditos finais com Rodrigo a cantar Caís do Sodré.
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1 comentário:
brilhante.
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