sábado, 4 de outubro de 2003

Hoje acordei...

... no fim do arco-íris. Enquanto procurava o pote de ouro, imaginava o que iria fazer com tanto dinheiro. De repente, alguém passa por mim a correr, dá-me um encontrão, quase que me derruba, seguro pelos dois braços lá ia o pote cheio de moedas reluzentes e hipnotizantes. Desatei a correr atrás daquele ladrão de sonhos, que embora carregado já levava uma vantagem considerável. Começamos a subir o arco-íris, corríamos sem descanso na faixa amarela, embora já mais próximo, sabia que não iria aguentar muito mais e com um forte puxão tirei-lhe a cor debaixo dos pés. O pote caiu no chão, as pernas procuraram equlibrar-se, os braços procuraram algo para se agarrarem, mas tarde demais, a queda foi inevitável e o ladrão estatelou-se bem lá em baixo.
Agarrado ao pote de ouro, comecei a cair em mim, a ter a noção do que tinha feito. A ganância e o poder do dinheiro tinham corrompido o meu bom senso, tinha ceifado uma vida humana apenas por uma cobiça injustificável. Afinal era verdade, o dinheiro não traz felicidade. Para me redimir ia doar aquele tesouro a instituições de caridade, mas isso só não chegava para limpar uma consciência tão pesada, por isso tomei uma decisão drástica: "Amanhã vou acordar num templo Budista perdido algures no Tibete!"

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