quarta-feira, 15 de outubro de 2003

Hoje acordei...

... no circo, com a cabeça metida na boca de um leão, sinto um capacete na cabeça, já estou dentro do canhão, o Homem-Bala vai ser disparado, bam, lá vou eu, sou apanhado no ar por uma trapezista, que tem barba, afinal não é uma trapezista, nem está no ar, é a Mulher Barbuda e está no chão, as barbas não estão nela, estão em mim, já não são barbas, é uma tarte de natas jogada por um palhaço que foge enquanto me afasto a galope num cavalo, não me seguro, começo a cair para um dos lados, as facas espetam-se a centímetros do meu corpo enquanto giro sem parar, às voltas comandado pelo focinho de uma foca, mais uma e estou em pé, no topo de uma pirâmide humana, não há equilíbrio, não há ninguém por baixo, há o vazio, está tudo escuro, um foco de luz acende-se sobre mim, as palmas do público irrompem o silêncio, a ovação de pé é agradecida por uma vénia e saio triunfante.

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