Hoje acordei...
... no divã do psicanalista, na posição da praxe, deitado a olhar para o tecto, enquanto escutava como música ambiente o albúm, "Pan Pipes plays The Beatlles", obra imprescindível em qualquer consultório que se preze. Do meio da música, a frase esperada: "Fale-me da sua infância." A partir daí foi a enxurrada normal de léxico psicanalítico, complexos freudianos, desejos reprimidos, fobias e por aí fora. Ao fim de uma hora sentia-me estranhamente mais aliviado, uma sensação de apaziguamento, aquela voz soava-me estranhamente familiar. Quando me levantei para sair e olhei pela primeira vez a cara do psicanalista, fiquei estarrecido, ele era eu. Estive a ser analisado por mim próprio. Afinal a auto-terapia sempre resulta.
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