Revolta sim, Desilusão não
O Presidente da República, que há dias falou muito de justiça e, de modo encapotado, se referiu ao Juiz Rui Teixeira, tem agora uma muito boa oportunidade de concretizar melhor o seu superior discurso.
O seu nome surge envolvido numa marmelada, a la Largo do Rato, e, nem por isso, nos surge diligente a esclarecer isto tudo. Não. Nada.
Deve estar há 12 horas reunido com a sua corte de assessores e outros doutores a discutir coisas elevadas como “pá, a melhor estratégia de” qualquer coisa, de modo “a que não passe lá para fora, uma imagem de desorientação do Presidente da República que acentue a preocupante crise das instituições democráticas, pá. Era importante passar uma mensagem, pá, de serenidade, tás a ver ó não sei quantos”.
Enfim, deve estar fulo com isto tudo. E nós, todos, surdos com o seu silêncio.
Há ainda quem se revolte. Eu revolto-me.
Há ainda quem se desiluda. Eu, aí, já não.
Em 96 quem era de esquerda, ou simplesmente anti-cavaquista, tinha que votar Sampaio. Em 2001 votou quem quis. Eu não quis, porque sabia que dali nada viria de bom e, com alguma sorte, nem de mau.
Quem espera o nada não se desilude.
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