segunda-feira, 17 de novembro de 2003

A Cidade e as Serras

Depois das inaugurações dos estádios do Benfica, Sporting e Beira-Mar, era difícil fazer algo de mais parolo. Ainda assim, o FC Porto não quis ficar atrás dos mouros e semi-mouros, e bateu o record.
Eu já estava à espera do Praça da Alegria especial (para Antas), dos inúmeros directos para não dizer nada, do Emplastro a esbugalhar os olhos para as câmaras. Mas nada me podia ter preparado para o provincianismo bacoco dessa fraude chamada Luis de Matos, da rábula da chave do cofre a passar de pescoço para pescoço, do Mourinho a mostrar que, apesar de lá por cima o chamarem de professor, continua com algumas dificuldades em ler, enfim!, melhor que tudo só o símbolo do separador da RTP para a cerimónia: Um dragão (claro!), com as chamas no rabo(!). Lindo.
Quanto ao Luis de Matos, que me dizem ser uma figura muito considerada lá para os lados de Coimbra e para cima: tu não és o David Copperfield. És um bimbo! Pior que isso, o teu ídolo, o DC, é um bimbo maior que tu!
Magia? Magia fez o Scolari na inauguração do estádio de Aveiro: conseguiu empatar com a Grécia (que por acaso jogou metade do jogo com um a menos), e aguentar-se no lugar a mamar mais uns milhares de contos por mês.
Em Aveiro, a magia tocou a comédia. A diferença é que a piada não estava tanto em campo, mas em como um burgesso que nem falar sabe continua a gozar alegramente com os milhões de portugueses que ainda acompanham a Selecção Nacional.

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