O crime perfeito
Ela nunca me tinha procurado num dia de semana, só os fins de semana eram nossos, nos dias úteis ela era do marido tal como uma repartição pública de horário rígido e igual desprezo a cumprir as suas obrigações. Ela nunca me tinha deixado dizer: "Amo-te!", demolia todas as vezes essa minha intenção, com os seus lábios poderosos e eu desmoronava-me como um baralho de cartas. Ela nunca tinha se entregado assim, o sexo entre nós nunca tinha sido tão selvagem, tão primitivo, as unhas dela esquecidas nas minhas costas, as minhas mãos violando o mais íntimo recanto do seu corpo. Ela nunca tinha explodido daquela maneira em cima de mim, não como naquela noite, mas como em todas eu adormeci primeiro. Ela nunca tinha despejado o tambor do revólver no meu peito.
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