sábado, 24 de janeiro de 2004

Ainda a Anabela

Ainda não tinha visitado o blog da Anabela Mota Ribeiro, mas depois deste celeuma todo à volta do assunto, resolvi dar um saltinho até lá. Leio a crítica que faz a Tolkien e ao Senhor dos Anéis e sou levado a pensar que realmente a senhora se não é parva, parece...

Embora tenha gostado muito dos filmes, não sou um fanático do Senhor dos Anéis e até sou capaz de concordar com algumas críticas, mas as que Anabela faz são no minímo descabidas. Diz ela:

" ... isso não faz dele (Tolkien) mais do que um escritorzeco de contos de fadas desprovidos da contextualização mítico-social que confere validade a esse género literário." Talvez a jornalista pense o mesmo dos Irmãos Grimmm ou de Hans Christian Andersen. Se desse ao trabalho de investigar um bocadinho mais, ficaria a saber que O Senhor dos Anéis foi escrito durante a Segunda Guerra Mundial e que em certos aspectos a obra é uma metáfora aos tempos conturbados que se viviam na altura. Será que isto não serve como contextualização mítico-social?

"E onde estão as mulheres? Relegadas para papéis secundários de serviçais e companheiras....nesta adaptação contemporânea ao grande écran não terá sido possível usar-se a liberdade artística para o tornar mais adequado à nossa realidade? Pergunto-me, Aragorn não poderia ter sido mulher, mantendo ou potenciando a sua importância como personagem fulcral?" Desculpe, o quê? Mas isto faz algum sentido? E porque não fazer uma adaptação da Lolita do Nabokov, com a personagem com mais de 18 anos? Seria com certeza mais politicamente correcto!

"A sua representação no filme (Gollum) é, obviamente, uma evocação do aspecto que o corpo dos doentes com SIDA em estado terminal assume. A demonização era desnecessária, quanto a mim." Esta última frase nem consigo comentar. A estupidez aqui atingiu limites impensáveis!

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